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Publicado
Fotografia © Ricardo Oliveira Dias
O atelier Orgânica Arquitectura, do arquiteto Paulo Serôdio, apresenta um projeto de transformação de um edifício habitacional, do início do século XX, localizado na Rua Palmira, 14, em Lisboa, num hotel de três estrelas com 21 unidades de alojamento e 40 camas - o Hotel Palmira.
© Eduardo Montenegro
As obras de alteração visaram a adaptação de um edifício de habitação à lógica de funcionamento de um hotel, nomeadamente a relação primordial entre as unidades de alojamento e as áreas de serviço e de apoio, que pressupõe a resolução eficaz das circulações entre estes espaços.
A proposta do atelier Orgânica introduziu dois elevadores que organizam os circuitos interiores, separando as áreas dos hóspedes das áreas de apoio e de serviço, e cria galerias exteriores para permitir o acesso aos quartos na fachada para o nº. 12, tirando partido do afastamento a este edifício e da configuração dos pisos no interior do lote.
Essas galerias, articuladas nos topos por um corpo de escadas,resolvem também a circulação de emergência permitindo eliminar as escadas e o corredor interiores existentes.
© Ricardo Oliveira Dias
Para o arquiteto Paulo Serôdio, o gabinete propôs “ uma diferente possibilidade de intervir no edifício sem seguir o adágio recente dos projectos de construção nestas zonas consolidadas de Lisboa: a solução da fachada e a sua condição de imagem de continuidade na rua, em particular, a composição com elementos arquitectónicos de referências de simplificação abstratizante, assim como, a forma do edifício em planta e a sua profundidade no lote, resultantes da concordância do alinhamento com os edifícios vizinhos.”
© Eduardo Montenegro
O atelier Orgânica introduziu no edifício um novo carácter e identidade contemporânea. Em particular, redesenhou os vãos introduzindo-se novos materiais. No conjunto, destacou nas fachadas as aberturas das caixas dos vãos e os painéis metálicos perfurados com um padrão geométrico irregular.
© Ricardo Oliveira Dias
Fraco estado de conservação
O fraco estado de conservação do edifício decorre essencialmente da idade do imóvel e dos materiais utilizados na sua construção. Em particular, as entregas das vigas de madeira nas fachadas e empenas estavam em muitos casos degradadas por apodrecimento e ataque de xilófagos.
Nos Pisos 2 e 3, foi particularmente evidente a deformação do pavimento na divisão junto à fachada, uma vez que o vigamento é paralelo à rua e terá sido eliminada uma parede de suporte perpendicular a esta.
© Ricardo Oliveira Dias
As obras de reabilitação no edifício previram o seu reforço estrutural e a criação de novas infraestruturas técnicas: águas e esgotos, climatização, eletricidade, segurança, comunicações.
Para garantir o bom desempenho térmico e acústico do edifício , optou-se por soluções construtivas e revestimentos das paredes, tectos e pavimentos com bons isolamentos.
© Ricardo Oliveira Dias
Diálogo entre o novo e o antigo
Em síntese, sublinha Paulo Serôdio, “a reinvenção do edifício abre diálogo a explorar a tensão entre temporalidades, novo e antigo. A pretendida transgressão é uma reflexão crítica, uma alternativa possível de entrelaçar a contemporaneidade na arquitetura da cidade antiga, sem recusar o passado nem desfigurar o seu contexto urbano”. E conclui.
À realidade de transformação do uso dos edifícios na cidade histórica deverá corresponder uma manifestação arquitectónica própria de cada tempo, condição essencial para a sua história viva.
© Ricardo Oliveira Dias
FICHA TÉCNICA
Localização:
Rua Palmira | Arroios – Lisboa
Concepção/Conclusão:
2018-2024
Área Construção | Área Terreno
870 m2 | 298 m2
Dono de obra:
Metroway
Arquitectura:
Orgânica Arquitectura: Paulo Serôdio Lopes, Teresa Ser|ôdio Lopes, Marta Belém Colaboradores:
João Cordeiro,Rita Batista, Vítor Sá
Estruturas:
Pedro Viegas
Instalações Hidráulicas: Gonçalo Delca | Pedro Anunciação
AVAC Eficiência Energética: Gonçalo Delca | Pedro Anunciação
Electricidade e Telecomunicações: Fátima Leal
Segurança contra Incêndios: José Correia
Construtor:
Secular
Fotografias:
Ricardo Oliveira Alves | Eduardo Montenegro
Publicado
Fotografia © Ricardo Oliveira Dias
O atelier Orgânica Arquitectura, do arquiteto Paulo Serôdio, apresenta um projeto de transformação de um edifício habitacional, do início do século XX, localizado na Rua Palmira, 14, em Lisboa, num hotel de três estrelas com 21 unidades de alojamento e 40 camas - o Hotel Palmira.
© Eduardo Montenegro
As obras de alteração visaram a adaptação de um edifício de habitação à lógica de funcionamento de um hotel, nomeadamente a relação primordial entre as unidades de alojamento e as áreas de serviço e de apoio, que pressupõe a resolução eficaz das circulações entre estes espaços.
A proposta do atelier Orgânica introduziu dois elevadores que organizam os circuitos interiores, separando as áreas dos hóspedes das áreas de apoio e de serviço, e cria galerias exteriores para permitir o acesso aos quartos na fachada para o nº. 12, tirando partido do afastamento a este edifício e da configuração dos pisos no interior do lote.
Essas galerias, articuladas nos topos por um corpo de escadas,resolvem também a circulação de emergência permitindo eliminar as escadas e o corredor interiores existentes.
© Ricardo Oliveira Dias
Para o arquiteto Paulo Serôdio, o gabinete propôs “ uma diferente possibilidade de intervir no edifício sem seguir o adágio recente dos projectos de construção nestas zonas consolidadas de Lisboa: a solução da fachada e a sua condição de imagem de continuidade na rua, em particular, a composição com elementos arquitectónicos de referências de simplificação abstratizante, assim como, a forma do edifício em planta e a sua profundidade no lote, resultantes da concordância do alinhamento com os edifícios vizinhos.”
© Eduardo Montenegro
O atelier Orgânica introduziu no edifício um novo carácter e identidade contemporânea. Em particular, redesenhou os vãos introduzindo-se novos materiais. No conjunto, destacou nas fachadas as aberturas das caixas dos vãos e os painéis metálicos perfurados com um padrão geométrico irregular.
© Ricardo Oliveira Dias
Fraco estado de conservação
O fraco estado de conservação do edifício decorre essencialmente da idade do imóvel e dos materiais utilizados na sua construção. Em particular, as entregas das vigas de madeira nas fachadas e empenas estavam em muitos casos degradadas por apodrecimento e ataque de xilófagos.
Nos Pisos 2 e 3, foi particularmente evidente a deformação do pavimento na divisão junto à fachada, uma vez que o vigamento é paralelo à rua e terá sido eliminada uma parede de suporte perpendicular a esta.
© Ricardo Oliveira Dias
As obras de reabilitação no edifício previram o seu reforço estrutural e a criação de novas infraestruturas técnicas: águas e esgotos, climatização, eletricidade, segurança, comunicações.
Para garantir o bom desempenho térmico e acústico do edifício , optou-se por soluções construtivas e revestimentos das paredes, tectos e pavimentos com bons isolamentos.
© Ricardo Oliveira Dias
Diálogo entre o novo e o antigo
Em síntese, sublinha Paulo Serôdio, “a reinvenção do edifício abre diálogo a explorar a tensão entre temporalidades, novo e antigo. A pretendida transgressão é uma reflexão crítica, uma alternativa possível de entrelaçar a contemporaneidade na arquitetura da cidade antiga, sem recusar o passado nem desfigurar o seu contexto urbano”. E conclui.
À realidade de transformação do uso dos edifícios na cidade histórica deverá corresponder uma manifestação arquitectónica própria de cada tempo, condição essencial para a sua história viva.
© Ricardo Oliveira Dias
FICHA TÉCNICA
Localização:
Rua Palmira | Arroios – Lisboa
Concepção/Conclusão:
2018-2024
Área Construção | Área Terreno
870 m2 | 298 m2
Dono de obra:
Metroway
Arquitectura:
Orgânica Arquitectura: Paulo Serôdio Lopes, Teresa Ser|ôdio Lopes, Marta Belém Colaboradores:
João Cordeiro,Rita Batista, Vítor Sá
Estruturas:
Pedro Viegas
Instalações Hidráulicas: Gonçalo Delca | Pedro Anunciação
AVAC Eficiência Energética: Gonçalo Delca | Pedro Anunciação
Electricidade e Telecomunicações: Fátima Leal
Segurança contra Incêndios: José Correia
Construtor:
Secular
Fotografias:
Ricardo Oliveira Alves | Eduardo Montenegro
Publicado
Fotografia © Ricardo Oliveira Dias
O atelier Orgânica Arquitectura, do arquiteto Paulo Serôdio, apresenta um projeto de transformação de um edifício habitacional, do início do século XX, localizado na Rua Palmira, 14, em Lisboa, num hotel de três estrelas com 21 unidades de alojamento e 40 camas - o Hotel Palmira.
© Eduardo Montenegro
As obras de alteração visaram a adaptação de um edifício de habitação à lógica de funcionamento de um hotel, nomeadamente a relação primordial entre as unidades de alojamento e as áreas de serviço e de apoio, que pressupõe a resolução eficaz das circulações entre estes espaços.
A proposta do atelier Orgânica introduziu dois elevadores que organizam os circuitos interiores, separando as áreas dos hóspedes das áreas de apoio e de serviço, e cria galerias exteriores para permitir o acesso aos quartos na fachada para o nº. 12, tirando partido do afastamento a este edifício e da configuração dos pisos no interior do lote.
Essas galerias, articuladas nos topos por um corpo de escadas,resolvem também a circulação de emergência permitindo eliminar as escadas e o corredor interiores existentes.
© Ricardo Oliveira Dias
Para o arquiteto Paulo Serôdio, o gabinete propôs “ uma diferente possibilidade de intervir no edifício sem seguir o adágio recente dos projectos de construção nestas zonas consolidadas de Lisboa: a solução da fachada e a sua condição de imagem de continuidade na rua, em particular, a composição com elementos arquitectónicos de referências de simplificação abstratizante, assim como, a forma do edifício em planta e a sua profundidade no lote, resultantes da concordância do alinhamento com os edifícios vizinhos.”
© Eduardo Montenegro
O atelier Orgânica introduziu no edifício um novo carácter e identidade contemporânea. Em particular, redesenhou os vãos introduzindo-se novos materiais. No conjunto, destacou nas fachadas as aberturas das caixas dos vãos e os painéis metálicos perfurados com um padrão geométrico irregular.
© Ricardo Oliveira Dias
Fraco estado de conservação
O fraco estado de conservação do edifício decorre essencialmente da idade do imóvel e dos materiais utilizados na sua construção. Em particular, as entregas das vigas de madeira nas fachadas e empenas estavam em muitos casos degradadas por apodrecimento e ataque de xilófagos.
Nos Pisos 2 e 3, foi particularmente evidente a deformação do pavimento na divisão junto à fachada, uma vez que o vigamento é paralelo à rua e terá sido eliminada uma parede de suporte perpendicular a esta.
© Ricardo Oliveira Dias
As obras de reabilitação no edifício previram o seu reforço estrutural e a criação de novas infraestruturas técnicas: águas e esgotos, climatização, eletricidade, segurança, comunicações.
Para garantir o bom desempenho térmico e acústico do edifício , optou-se por soluções construtivas e revestimentos das paredes, tectos e pavimentos com bons isolamentos.
© Ricardo Oliveira Dias
Diálogo entre o novo e o antigo
Em síntese, sublinha Paulo Serôdio, “a reinvenção do edifício abre diálogo a explorar a tensão entre temporalidades, novo e antigo. A pretendida transgressão é uma reflexão crítica, uma alternativa possível de entrelaçar a contemporaneidade na arquitetura da cidade antiga, sem recusar o passado nem desfigurar o seu contexto urbano”. E conclui.
À realidade de transformação do uso dos edifícios na cidade histórica deverá corresponder uma manifestação arquitectónica própria de cada tempo, condição essencial para a sua história viva.
© Ricardo Oliveira Dias
FICHA TÉCNICA
Localização:
Rua Palmira | Arroios – Lisboa
Concepção/Conclusão:
2018-2024
Área Construção | Área Terreno
870 m2 | 298 m2
Dono de obra:
Metroway
Arquitectura:
Orgânica Arquitectura: Paulo Serôdio Lopes, Teresa Ser|ôdio Lopes, Marta Belém Colaboradores:
João Cordeiro,Rita Batista, Vítor Sá
Estruturas:
Pedro Viegas
Instalações Hidráulicas: Gonçalo Delca | Pedro Anunciação
AVAC Eficiência Energética: Gonçalo Delca | Pedro Anunciação
Electricidade e Telecomunicações: Fátima Leal
Segurança contra Incêndios: José Correia
Construtor:
Secular
Fotografias:
Ricardo Oliveira Alves | Eduardo Montenegro