Até ao final do ano, a Câmara deverá iniciar a obra de reabilitação, com conclusão prevista até ao final de 2026", refere o município em comunicado, a propósito da abertura da sessão de trabalho com parceiros e peritos europeus no âmbito do projeto Viana Starts, cuja apresentação pública está agendada para quarta-feira.

Citado na nota de imprensa, o presidente da autarquia, Luís Nobre, destaca o sonho de “pertencer à rede das 100 cidades europeias mais inteligentes e alcançar a neutralidade carbónica até 2030”, sublinhando que o Viana Starts é “um passo muito importante para atingir este objetivo”.

O projeto Viana Starts, aprovado no âmbito do programa Iniciativas Urbanas Europeias, representa um investimento total de 6,2 milhões de euros, sendo cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em cerca de 4,9 milhões de euros.

Com a reconversão do matadouro municipal, a autarquia pretende transformar o edifício “utilizando soluções inovadoras de eficiência energética, baixo teor de carbono e economia circular, baseando-se nos princípios do Novo Bauhaus Europeu”.

O projeto visa criar um “laboratório criativo e comunitário, assente no espírito da Ciência + Tecnologia + Arte, para que este seja um futuro espaço de criação”, acrescenta a autarquia minhota.

A intenção é “explorar as formas como as colaborações entre ciência, tecnologia e artes estão a promover um desenvolvimento mais sustentável em todo o mundo, com impacto positivo na economia, no meio ambiente e na sociedade”.

De acordo com o município, pretende-se impulsionar “futuras atividades, onde cientistas locais, tecnologias de setores locais chave, artistas e designers, tanto locais como internacionais, possam encontrar-se, trocar sinergias e coproduzir soluções inovadoras, conteúdos criativos de teor científico e artístico”.

O Viana Starts irá incluir espaços multidisciplinares de cocriação e partilha de conhecimento, “assumindo-se como um ponto de encontro para comunidades locais e internacionais, com o objetivo de promover o processo de criação, reflexão, discussão e exposição de soluções e ideias, a nível científico, artístico e cultural”.

O projeto é cofinanciado pelas Iniciativas Urbanas Europeias, uma iniciativa da União Europeia que promove projetos-piloto no domínio do desenvolvimento urbano sustentável.

“Viana do Castelo integra, assim, o grupo restrito de 14 cidades europeias que serão exemplos na implementação de ações inovadoras para enfrentar desafios urbanos”, refere.

A Associação Juvenil de Deão, o Itecons - Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade, a Inova+, o Dinamo10 – Creative Hub, a Associação Empresarial do Distrito de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo são os parceiros deste projeto liderado pela autarquia.

Um dos objetivos da Iniciativa Urbana Europeia é que os resultados do projeto sejam utilizados por outras cidades, ampliando o impacto de toda a Iniciativa, através da replicabilidade das soluções inovadoras desenvolvidas pelos projetos.

Assim, o Viana Starts tem como Parceiros de Transferência as cidades de Brescia, em Itália, Brest, em França, e Ferrol, em Espanha.

Desativado em 1990, o matadouro foi construído numa zona considerada central, à entrada da Veiga da Areosa, mas fora da cidade, e entrou em funcionamento em 1926, numa localização então próxima da feira, do mercado e da feira do gado.