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O edifício existente foi construído no início da década de 80 do século passado e corresponde a um projeto-tipo que teve nessa época uma ampla disseminação pelo país, conhecido como “projeto normalizado P3”. São edifícios de construção muito simples, com estrutura porticada aparente em betão armado, alvenarias de preenchimento rebocadas e pintadas, e coberturas em fibrocimento (no presente caso substituída recentemente por painéis “sandwich”).
Presentemente o edifício revela algumas carências em termos de espaços face às necessidades atuais da escola, como sejam a falta de uma sala polivalente, por esta se encontrar a ser utilizada como refeitório, falta de área na cozinha e espaços de serviço anexos, instalações sanitárias com pouco espaço, falta de condições de acessibilidade a utentes com mobilidade reduzida e ausência de instalação sanitária adaptada, ausência de biblioteca e de espaços de trabalho e reunião para os professores. Existem também problemas ao nível do conforto térmico, acústico e do controlo da luminosidade interior, em especial nos espaços de ensino. O espaço exterior carece de materiais e equipamentos adequados e de proteção no percurso de ligação da entrada do recinto escolar à entrada do edifício.
As intervenções serão as seguintes: Ampliação do piso térreo, destinada a refeitório, devolvendo a sala polivalente à sua função original; Remodelação das instalações sanitárias, com inclusão de uma instalação para utentes com mobilidade reduzida; Remodelação das áreas de cozinha e serviços; Ampliação do piso superior, destinada a biblioteca, sala de professores e sala de reuniões; Remodelação de duas salas de menores dimensões localizadas entre as salas de aula, de modo a serem dotadas de condições para serem usadas como apoio a atividades de expressão plástica ou como salas laboratoriais; Reordenamento das áreas exteriores com a criação de um anfiteatro ao ar livre, uma arrecadação para equipamentos de uso no exterior, e de uma zona exterior coberta de ligação entre a escola e a entrada do recinto escolar.
A intervenção prevê a demolição das instalações sanitárias existentes, sendo pelo espaço atualmente ocupado por estas que se processará a ligação às áreas a ampliar, localizadas a nascente do edifício existente.
No piso térreo o espaço libertado pela referida demolição dará lugar a uma ampliação do átrio de entrada, criando uma zona onde se poderá localizar um ponto de permanência de um vigilante para controlo da entrada do edifício e das áreas comuns do piso térreo. Este espaço comunica com um novo átrio, já na área ampliada, de acesso às novas instalações sanitárias e ao refeitório.
Por uma questão de funcionalidade e de economia de espaço, as instalações sanitárias dos alunos têm uma zona partilhada, com uma bancada com 8 lavatórios, aberta ao átrio do refeitório, facilitando assim o seu uso à entrada e saída das refeições. Deste espaço acede-se aos dois espaços separados por sexos destinados aos outros equipamentos sanitários – 5 cabines com sanita na instalação feminina e 2 cabines com sanita e 6 urinóis na instalação masculina.
O refeitório tem uma forma retangular alongada e desenvolve-se ao longo da fachada nascente da sala polivalente, beneficiando de uma ampla área envidraçada para este quadrante, como forma de otimizar o aproveitamento da luz natural.
Propõe-se a demolição das áreas de cozinha e serviços, localizadas a norte da sala polivalente e a construção de um novo corpo de serviços no mesmo local. Esta opção prende-se com as limitações que a estrutura existente impõe, impossibilitando uma correta organização funcional destes espaços e tornando mais onerosa a obra comparativamente à opção de demolir e construir uma nova estrutura.
No piso superior são igualmente demolidas as instalações sanitárias, dando lugar a novas instalações destinadas a docentes e pessoal auxiliar, e a um corredor de acesso às áreas a ampliar, destinadas a biblioteca, sala de professores e sala de reuniões.
É prevista a alteração pontual de duas pequenas salas, localizadas uma em cada piso entre as salas de aula, de modo a criar duas salas laboratoriais, com bancada central dotada de ponto de água e esgoto, que permita a realização de experiências por parte dos alunos ou a utilização para apoio a atividades de expressão plástica.
Para cumprir os requisitos legais de segurança contra incêndio em edifícios, foi necessário criar uma segunda via de evacuação ao nível do piso superior. Para tal reformulou-se a área ampliada face ao que havia sido proposto na fase anterior do projeto, criando um átrio de acesso à biblioteca com saída direta para o exterior, para um percurso que leva a uma escada de emergência.
Junto à estrema norte do terreno é proposta a construção de um anexo destinado a áreas técnicas e arrecadação de material exterior da escola. Por necessidade de espaço para as instalações técnicas, foi aumentada a área face ao que havia sido proposto na fase anterior de projeto, sendo agora o anexo composto por três compartimentos – a referida arrecadação, a área destinada aos equipamentos técnicos de produção e armazenamento de água quente, e ainda um compartimento para lixos. Como forma de simplificação das instalações técnicas respetivas, os coletores solares para aquecimento de água são agora colocados diretamente sobre este anexo. No exterior é proposto um pequeno anfiteatro ao ar livre, na zona noroeste do terreno (definido no projeto de arranjos exteriores) e uma cobertura de ligação entre a entrada do recinto escolar e a entrada do edifício.
O edifício será dotado de condições de acessibilidade a utentes com mobilidade reduzida, sendo designadamente previstos espaços de circulação e vãos de acesso com dimensões adequadas e proposta uma instalação sanitária adaptada. Uma vez que a configuração da escada existente inviabiliza a adoção de uma solução de plataforma de escada, optou-se por uma plataforma vertical como forma de assegurar um percurso acessível de ligação entre pisos. Esta plataforma será instalada num novo volume exterior ao edifício existente, adjacente à fachada poente, em comunicação com os átrios de ambos os pisos.
A necessidade de melhorar o conforto térmico e acústico do edifício existente ditou a necessidade de intervir ao nível das fachadas e vãos deste. Assim sendo, optou-se por dar um tratamento idêntico a toda a envolvente, tanto do existente como da ampliação proposta, de modo a conferir uma imagem unitária ao conjunto.
De modo a assegurar a durabilidade e facilidade de manutenção do edifício, definiu-se em todo o seu perímetro um embasamento em material cerâmico de cor azul claro, até à altura das padieiras dos vãos do piso térreo. Acima deste nível as fachadas terão um acabamento areado fino de cor branca, com exceção de duas zonas reentrantes entre pisos, na entrada principal e na fachada sul, que serão de cor amarelo ocre.
As caixilharias serão alumínio anodizado à cor natural e os estores serão lacados na mesma cor. No interior os novos espaços serão caracterizados pelo uso de paredes e tetos predominantemente brancas, contrastando com pavimentos coloridos, com diferentes cores conforme o tipo de espaços - amarelo nas zonas de circulação, azul nas salas de aula e espaços de trabalho de professores, laranja na biblioteca e sala polivalente, e verde no refeitório. As instalações sanitárias de alunos usam pavimento e revestimento de paredes em cerâmico com o mesmo tom de verde na zona comum, acentuando a continuidade funcional com o refeitório, e em cada um dos espaços, masculino e feminino, são usadas cores diferenciadas (azul e laranja). Nas instalações sanitárias para utentes com mobilidade reduzida e para professores é usada a cor amarelo, dando continuidade à dos pavimentos das zonas comuns.
Nas zonas de serviço privilegiou-se a funcionalidade, utilizando pavimento porcelânico técnico de cor cinza e paredes em azulejo branco, e deixando nos tetos o betão da estrutura à vista com acabamento envernizado.
Nas zonas de nova construção será usada uma estrutura de betão armado, solidarizada com a estrutura existente, com preenchimento em alvenaria de tijolo. As fachadas serão isoladas termicamente pelo exterior com recurso ao sistema ETICS, com acabamento em material cerâmico até 2.20m acima do pavimento térreo, areado branco ou amarelo ocre acima dessa cota.
As fachadas serão rematadas superiormente por rufos metálicos em chapa de zinco quinada. Nas zonas de “beiral” existentes propõe-se a aplicação de uma estrutura metálica para criação de platibandas, criando-se pelo interior caleiras em zinco para recolha das águas pluviais e, pelo exterior, revestimento com o sistema ETICS sobre uma base de painéis compósitos de madeira e cimento, de modo a garantir uma imagem idêntica de todas as fachadas.
A cobertura das zonas novas é do tipo “plana invertida”, com impermeabilização e isolamento térmico protegidos superiormente por cascalho rolado. Os pavimentos interiores serão em vinílico heterogéneo em rolo nas zonas de átrios, circulações, salas de aulas, salas laboratoriais, biblioteca, sala polivalente, refeitório e salas de professores e reuniões, e em mosaico cerâmico nas zonas de serviço e instalações sanitárias.
As paredes serão revestidas com lambrins resistentes até à altura de 2,20m e estucadas acima dessa cota, e integralmente pintadas a esmalte aquoso lavável de cor branca, exceto nas instalações sanitárias e parte do refeitório, em que serão revestidas a azulejo. Os tetos serão revestidos a materiais com propriedades acústicas nos espaços principais – painéis de fibras de madeira nas salas de aula e salas laboratoriais e gesso cartonado perfurado na sala polivalente, refeitório, novos espaços de circulação, biblioteca e salas de trabalho e de reuniões de professores – e deixados em betão à vista com acabamento envernizado nos espaços de serviço e parte das instalações sanitárias de alunos. Nas zonas existentes a manter sem intervenção a nível de tetos é proposta apenas a reparação e pintura do existente.
Os vãos exteriores serão em alumínio à cor natural e os vãos interiores serão em madeira com revestimento colorido lavável e de elevada resistência. A cobertura exterior do acesso à escola será em betão armado à vista com acabamento envernizado, impermeabilizada superiormente com telas asfálticas com granulado de ardósia. A estrutura de suporte será composta por pilares metálicos pintados a esmalte de cor cinza escuro. As serralharias exteriores (portões e guardas) serão em ferro metalizado e pintado a esmalte de cor cinza escuro.
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O edifício existente foi construído no início da década de 80 do século passado e corresponde a um projeto-tipo que teve nessa época uma ampla disseminação pelo país, conhecido como “projeto normalizado P3”. São edifícios de construção muito simples, com estrutura porticada aparente em betão armado, alvenarias de preenchimento rebocadas e pintadas, e coberturas em fibrocimento (no presente caso substituída recentemente por painéis “sandwich”).
Presentemente o edifício revela algumas carências em termos de espaços face às necessidades atuais da escola, como sejam a falta de uma sala polivalente, por esta se encontrar a ser utilizada como refeitório, falta de área na cozinha e espaços de serviço anexos, instalações sanitárias com pouco espaço, falta de condições de acessibilidade a utentes com mobilidade reduzida e ausência de instalação sanitária adaptada, ausência de biblioteca e de espaços de trabalho e reunião para os professores. Existem também problemas ao nível do conforto térmico, acústico e do controlo da luminosidade interior, em especial nos espaços de ensino. O espaço exterior carece de materiais e equipamentos adequados e de proteção no percurso de ligação da entrada do recinto escolar à entrada do edifício.
As intervenções serão as seguintes: Ampliação do piso térreo, destinada a refeitório, devolvendo a sala polivalente à sua função original; Remodelação das instalações sanitárias, com inclusão de uma instalação para utentes com mobilidade reduzida; Remodelação das áreas de cozinha e serviços; Ampliação do piso superior, destinada a biblioteca, sala de professores e sala de reuniões; Remodelação de duas salas de menores dimensões localizadas entre as salas de aula, de modo a serem dotadas de condições para serem usadas como apoio a atividades de expressão plástica ou como salas laboratoriais; Reordenamento das áreas exteriores com a criação de um anfiteatro ao ar livre, uma arrecadação para equipamentos de uso no exterior, e de uma zona exterior coberta de ligação entre a escola e a entrada do recinto escolar.
A intervenção prevê a demolição das instalações sanitárias existentes, sendo pelo espaço atualmente ocupado por estas que se processará a ligação às áreas a ampliar, localizadas a nascente do edifício existente.
No piso térreo o espaço libertado pela referida demolição dará lugar a uma ampliação do átrio de entrada, criando uma zona onde se poderá localizar um ponto de permanência de um vigilante para controlo da entrada do edifício e das áreas comuns do piso térreo. Este espaço comunica com um novo átrio, já na área ampliada, de acesso às novas instalações sanitárias e ao refeitório.
Por uma questão de funcionalidade e de economia de espaço, as instalações sanitárias dos alunos têm uma zona partilhada, com uma bancada com 8 lavatórios, aberta ao átrio do refeitório, facilitando assim o seu uso à entrada e saída das refeições. Deste espaço acede-se aos dois espaços separados por sexos destinados aos outros equipamentos sanitários – 5 cabines com sanita na instalação feminina e 2 cabines com sanita e 6 urinóis na instalação masculina.
O refeitório tem uma forma retangular alongada e desenvolve-se ao longo da fachada nascente da sala polivalente, beneficiando de uma ampla área envidraçada para este quadrante, como forma de otimizar o aproveitamento da luz natural.
Propõe-se a demolição das áreas de cozinha e serviços, localizadas a norte da sala polivalente e a construção de um novo corpo de serviços no mesmo local. Esta opção prende-se com as limitações que a estrutura existente impõe, impossibilitando uma correta organização funcional destes espaços e tornando mais onerosa a obra comparativamente à opção de demolir e construir uma nova estrutura.
No piso superior são igualmente demolidas as instalações sanitárias, dando lugar a novas instalações destinadas a docentes e pessoal auxiliar, e a um corredor de acesso às áreas a ampliar, destinadas a biblioteca, sala de professores e sala de reuniões.
É prevista a alteração pontual de duas pequenas salas, localizadas uma em cada piso entre as salas de aula, de modo a criar duas salas laboratoriais, com bancada central dotada de ponto de água e esgoto, que permita a realização de experiências por parte dos alunos ou a utilização para apoio a atividades de expressão plástica.
Para cumprir os requisitos legais de segurança contra incêndio em edifícios, foi necessário criar uma segunda via de evacuação ao nível do piso superior. Para tal reformulou-se a área ampliada face ao que havia sido proposto na fase anterior do projeto, criando um átrio de acesso à biblioteca com saída direta para o exterior, para um percurso que leva a uma escada de emergência.
Junto à estrema norte do terreno é proposta a construção de um anexo destinado a áreas técnicas e arrecadação de material exterior da escola. Por necessidade de espaço para as instalações técnicas, foi aumentada a área face ao que havia sido proposto na fase anterior de projeto, sendo agora o anexo composto por três compartimentos – a referida arrecadação, a área destinada aos equipamentos técnicos de produção e armazenamento de água quente, e ainda um compartimento para lixos. Como forma de simplificação das instalações técnicas respetivas, os coletores solares para aquecimento de água são agora colocados diretamente sobre este anexo. No exterior é proposto um pequeno anfiteatro ao ar livre, na zona noroeste do terreno (definido no projeto de arranjos exteriores) e uma cobertura de ligação entre a entrada do recinto escolar e a entrada do edifício.
O edifício será dotado de condições de acessibilidade a utentes com mobilidade reduzida, sendo designadamente previstos espaços de circulação e vãos de acesso com dimensões adequadas e proposta uma instalação sanitária adaptada. Uma vez que a configuração da escada existente inviabiliza a adoção de uma solução de plataforma de escada, optou-se por uma plataforma vertical como forma de assegurar um percurso acessível de ligação entre pisos. Esta plataforma será instalada num novo volume exterior ao edifício existente, adjacente à fachada poente, em comunicação com os átrios de ambos os pisos.
A necessidade de melhorar o conforto térmico e acústico do edifício existente ditou a necessidade de intervir ao nível das fachadas e vãos deste. Assim sendo, optou-se por dar um tratamento idêntico a toda a envolvente, tanto do existente como da ampliação proposta, de modo a conferir uma imagem unitária ao conjunto.
De modo a assegurar a durabilidade e facilidade de manutenção do edifício, definiu-se em todo o seu perímetro um embasamento em material cerâmico de cor azul claro, até à altura das padieiras dos vãos do piso térreo. Acima deste nível as fachadas terão um acabamento areado fino de cor branca, com exceção de duas zonas reentrantes entre pisos, na entrada principal e na fachada sul, que serão de cor amarelo ocre.
As caixilharias serão alumínio anodizado à cor natural e os estores serão lacados na mesma cor. No interior os novos espaços serão caracterizados pelo uso de paredes e tetos predominantemente brancas, contrastando com pavimentos coloridos, com diferentes cores conforme o tipo de espaços - amarelo nas zonas de circulação, azul nas salas de aula e espaços de trabalho de professores, laranja na biblioteca e sala polivalente, e verde no refeitório. As instalações sanitárias de alunos usam pavimento e revestimento de paredes em cerâmico com o mesmo tom de verde na zona comum, acentuando a continuidade funcional com o refeitório, e em cada um dos espaços, masculino e feminino, são usadas cores diferenciadas (azul e laranja). Nas instalações sanitárias para utentes com mobilidade reduzida e para professores é usada a cor amarelo, dando continuidade à dos pavimentos das zonas comuns.
Nas zonas de serviço privilegiou-se a funcionalidade, utilizando pavimento porcelânico técnico de cor cinza e paredes em azulejo branco, e deixando nos tetos o betão da estrutura à vista com acabamento envernizado.
Nas zonas de nova construção será usada uma estrutura de betão armado, solidarizada com a estrutura existente, com preenchimento em alvenaria de tijolo. As fachadas serão isoladas termicamente pelo exterior com recurso ao sistema ETICS, com acabamento em material cerâmico até 2.20m acima do pavimento térreo, areado branco ou amarelo ocre acima dessa cota.
As fachadas serão rematadas superiormente por rufos metálicos em chapa de zinco quinada. Nas zonas de “beiral” existentes propõe-se a aplicação de uma estrutura metálica para criação de platibandas, criando-se pelo interior caleiras em zinco para recolha das águas pluviais e, pelo exterior, revestimento com o sistema ETICS sobre uma base de painéis compósitos de madeira e cimento, de modo a garantir uma imagem idêntica de todas as fachadas.
A cobertura das zonas novas é do tipo “plana invertida”, com impermeabilização e isolamento térmico protegidos superiormente por cascalho rolado. Os pavimentos interiores serão em vinílico heterogéneo em rolo nas zonas de átrios, circulações, salas de aulas, salas laboratoriais, biblioteca, sala polivalente, refeitório e salas de professores e reuniões, e em mosaico cerâmico nas zonas de serviço e instalações sanitárias.
As paredes serão revestidas com lambrins resistentes até à altura de 2,20m e estucadas acima dessa cota, e integralmente pintadas a esmalte aquoso lavável de cor branca, exceto nas instalações sanitárias e parte do refeitório, em que serão revestidas a azulejo. Os tetos serão revestidos a materiais com propriedades acústicas nos espaços principais – painéis de fibras de madeira nas salas de aula e salas laboratoriais e gesso cartonado perfurado na sala polivalente, refeitório, novos espaços de circulação, biblioteca e salas de trabalho e de reuniões de professores – e deixados em betão à vista com acabamento envernizado nos espaços de serviço e parte das instalações sanitárias de alunos. Nas zonas existentes a manter sem intervenção a nível de tetos é proposta apenas a reparação e pintura do existente.
Os vãos exteriores serão em alumínio à cor natural e os vãos interiores serão em madeira com revestimento colorido lavável e de elevada resistência. A cobertura exterior do acesso à escola será em betão armado à vista com acabamento envernizado, impermeabilizada superiormente com telas asfálticas com granulado de ardósia. A estrutura de suporte será composta por pilares metálicos pintados a esmalte de cor cinza escuro. As serralharias exteriores (portões e guardas) serão em ferro metalizado e pintado a esmalte de cor cinza escuro.
Publicado
O edifício existente foi construído no início da década de 80 do século passado e corresponde a um projeto-tipo que teve nessa época uma ampla disseminação pelo país, conhecido como “projeto normalizado P3”. São edifícios de construção muito simples, com estrutura porticada aparente em betão armado, alvenarias de preenchimento rebocadas e pintadas, e coberturas em fibrocimento (no presente caso substituída recentemente por painéis “sandwich”).
Presentemente o edifício revela algumas carências em termos de espaços face às necessidades atuais da escola, como sejam a falta de uma sala polivalente, por esta se encontrar a ser utilizada como refeitório, falta de área na cozinha e espaços de serviço anexos, instalações sanitárias com pouco espaço, falta de condições de acessibilidade a utentes com mobilidade reduzida e ausência de instalação sanitária adaptada, ausência de biblioteca e de espaços de trabalho e reunião para os professores. Existem também problemas ao nível do conforto térmico, acústico e do controlo da luminosidade interior, em especial nos espaços de ensino. O espaço exterior carece de materiais e equipamentos adequados e de proteção no percurso de ligação da entrada do recinto escolar à entrada do edifício.
As intervenções serão as seguintes: Ampliação do piso térreo, destinada a refeitório, devolvendo a sala polivalente à sua função original; Remodelação das instalações sanitárias, com inclusão de uma instalação para utentes com mobilidade reduzida; Remodelação das áreas de cozinha e serviços; Ampliação do piso superior, destinada a biblioteca, sala de professores e sala de reuniões; Remodelação de duas salas de menores dimensões localizadas entre as salas de aula, de modo a serem dotadas de condições para serem usadas como apoio a atividades de expressão plástica ou como salas laboratoriais; Reordenamento das áreas exteriores com a criação de um anfiteatro ao ar livre, uma arrecadação para equipamentos de uso no exterior, e de uma zona exterior coberta de ligação entre a escola e a entrada do recinto escolar.
A intervenção prevê a demolição das instalações sanitárias existentes, sendo pelo espaço atualmente ocupado por estas que se processará a ligação às áreas a ampliar, localizadas a nascente do edifício existente.
No piso térreo o espaço libertado pela referida demolição dará lugar a uma ampliação do átrio de entrada, criando uma zona onde se poderá localizar um ponto de permanência de um vigilante para controlo da entrada do edifício e das áreas comuns do piso térreo. Este espaço comunica com um novo átrio, já na área ampliada, de acesso às novas instalações sanitárias e ao refeitório.
Por uma questão de funcionalidade e de economia de espaço, as instalações sanitárias dos alunos têm uma zona partilhada, com uma bancada com 8 lavatórios, aberta ao átrio do refeitório, facilitando assim o seu uso à entrada e saída das refeições. Deste espaço acede-se aos dois espaços separados por sexos destinados aos outros equipamentos sanitários – 5 cabines com sanita na instalação feminina e 2 cabines com sanita e 6 urinóis na instalação masculina.
O refeitório tem uma forma retangular alongada e desenvolve-se ao longo da fachada nascente da sala polivalente, beneficiando de uma ampla área envidraçada para este quadrante, como forma de otimizar o aproveitamento da luz natural.
Propõe-se a demolição das áreas de cozinha e serviços, localizadas a norte da sala polivalente e a construção de um novo corpo de serviços no mesmo local. Esta opção prende-se com as limitações que a estrutura existente impõe, impossibilitando uma correta organização funcional destes espaços e tornando mais onerosa a obra comparativamente à opção de demolir e construir uma nova estrutura.
No piso superior são igualmente demolidas as instalações sanitárias, dando lugar a novas instalações destinadas a docentes e pessoal auxiliar, e a um corredor de acesso às áreas a ampliar, destinadas a biblioteca, sala de professores e sala de reuniões.
É prevista a alteração pontual de duas pequenas salas, localizadas uma em cada piso entre as salas de aula, de modo a criar duas salas laboratoriais, com bancada central dotada de ponto de água e esgoto, que permita a realização de experiências por parte dos alunos ou a utilização para apoio a atividades de expressão plástica.
Para cumprir os requisitos legais de segurança contra incêndio em edifícios, foi necessário criar uma segunda via de evacuação ao nível do piso superior. Para tal reformulou-se a área ampliada face ao que havia sido proposto na fase anterior do projeto, criando um átrio de acesso à biblioteca com saída direta para o exterior, para um percurso que leva a uma escada de emergência.
Junto à estrema norte do terreno é proposta a construção de um anexo destinado a áreas técnicas e arrecadação de material exterior da escola. Por necessidade de espaço para as instalações técnicas, foi aumentada a área face ao que havia sido proposto na fase anterior de projeto, sendo agora o anexo composto por três compartimentos – a referida arrecadação, a área destinada aos equipamentos técnicos de produção e armazenamento de água quente, e ainda um compartimento para lixos. Como forma de simplificação das instalações técnicas respetivas, os coletores solares para aquecimento de água são agora colocados diretamente sobre este anexo. No exterior é proposto um pequeno anfiteatro ao ar livre, na zona noroeste do terreno (definido no projeto de arranjos exteriores) e uma cobertura de ligação entre a entrada do recinto escolar e a entrada do edifício.
O edifício será dotado de condições de acessibilidade a utentes com mobilidade reduzida, sendo designadamente previstos espaços de circulação e vãos de acesso com dimensões adequadas e proposta uma instalação sanitária adaptada. Uma vez que a configuração da escada existente inviabiliza a adoção de uma solução de plataforma de escada, optou-se por uma plataforma vertical como forma de assegurar um percurso acessível de ligação entre pisos. Esta plataforma será instalada num novo volume exterior ao edifício existente, adjacente à fachada poente, em comunicação com os átrios de ambos os pisos.
A necessidade de melhorar o conforto térmico e acústico do edifício existente ditou a necessidade de intervir ao nível das fachadas e vãos deste. Assim sendo, optou-se por dar um tratamento idêntico a toda a envolvente, tanto do existente como da ampliação proposta, de modo a conferir uma imagem unitária ao conjunto.
De modo a assegurar a durabilidade e facilidade de manutenção do edifício, definiu-se em todo o seu perímetro um embasamento em material cerâmico de cor azul claro, até à altura das padieiras dos vãos do piso térreo. Acima deste nível as fachadas terão um acabamento areado fino de cor branca, com exceção de duas zonas reentrantes entre pisos, na entrada principal e na fachada sul, que serão de cor amarelo ocre.
As caixilharias serão alumínio anodizado à cor natural e os estores serão lacados na mesma cor. No interior os novos espaços serão caracterizados pelo uso de paredes e tetos predominantemente brancas, contrastando com pavimentos coloridos, com diferentes cores conforme o tipo de espaços - amarelo nas zonas de circulação, azul nas salas de aula e espaços de trabalho de professores, laranja na biblioteca e sala polivalente, e verde no refeitório. As instalações sanitárias de alunos usam pavimento e revestimento de paredes em cerâmico com o mesmo tom de verde na zona comum, acentuando a continuidade funcional com o refeitório, e em cada um dos espaços, masculino e feminino, são usadas cores diferenciadas (azul e laranja). Nas instalações sanitárias para utentes com mobilidade reduzida e para professores é usada a cor amarelo, dando continuidade à dos pavimentos das zonas comuns.
Nas zonas de serviço privilegiou-se a funcionalidade, utilizando pavimento porcelânico técnico de cor cinza e paredes em azulejo branco, e deixando nos tetos o betão da estrutura à vista com acabamento envernizado.
Nas zonas de nova construção será usada uma estrutura de betão armado, solidarizada com a estrutura existente, com preenchimento em alvenaria de tijolo. As fachadas serão isoladas termicamente pelo exterior com recurso ao sistema ETICS, com acabamento em material cerâmico até 2.20m acima do pavimento térreo, areado branco ou amarelo ocre acima dessa cota.
As fachadas serão rematadas superiormente por rufos metálicos em chapa de zinco quinada. Nas zonas de “beiral” existentes propõe-se a aplicação de uma estrutura metálica para criação de platibandas, criando-se pelo interior caleiras em zinco para recolha das águas pluviais e, pelo exterior, revestimento com o sistema ETICS sobre uma base de painéis compósitos de madeira e cimento, de modo a garantir uma imagem idêntica de todas as fachadas.
A cobertura das zonas novas é do tipo “plana invertida”, com impermeabilização e isolamento térmico protegidos superiormente por cascalho rolado. Os pavimentos interiores serão em vinílico heterogéneo em rolo nas zonas de átrios, circulações, salas de aulas, salas laboratoriais, biblioteca, sala polivalente, refeitório e salas de professores e reuniões, e em mosaico cerâmico nas zonas de serviço e instalações sanitárias.
As paredes serão revestidas com lambrins resistentes até à altura de 2,20m e estucadas acima dessa cota, e integralmente pintadas a esmalte aquoso lavável de cor branca, exceto nas instalações sanitárias e parte do refeitório, em que serão revestidas a azulejo. Os tetos serão revestidos a materiais com propriedades acústicas nos espaços principais – painéis de fibras de madeira nas salas de aula e salas laboratoriais e gesso cartonado perfurado na sala polivalente, refeitório, novos espaços de circulação, biblioteca e salas de trabalho e de reuniões de professores – e deixados em betão à vista com acabamento envernizado nos espaços de serviço e parte das instalações sanitárias de alunos. Nas zonas existentes a manter sem intervenção a nível de tetos é proposta apenas a reparação e pintura do existente.
Os vãos exteriores serão em alumínio à cor natural e os vãos interiores serão em madeira com revestimento colorido lavável e de elevada resistência. A cobertura exterior do acesso à escola será em betão armado à vista com acabamento envernizado, impermeabilizada superiormente com telas asfálticas com granulado de ardósia. A estrutura de suporte será composta por pilares metálicos pintados a esmalte de cor cinza escuro. As serralharias exteriores (portões e guardas) serão em ferro metalizado e pintado a esmalte de cor cinza escuro.