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Publicado
Arquitecto João Ceregeiro
Presidente da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas
Autor da entrevista | Anteprojectos
Fale-nos um pouco da APAP… A APAP fez este mês 46 anos, como associação de uma classe profissional que tem procurado dar resposta aos desafios que se colocam à comunidade humana, na busca de uma melhor comunicação do homem com ele próprio e com a natureza e desta forma procurar uma realidade global mais sustentada.
No cumprimento dos estatutos, a associação tem representado e defendido os interesses dos actuais 1500 associados, e procurado dar visibilidade à profissão. Como membro da Federação Europeia dos Arquitectos Paisagistas (IFLA Europa), a associação tem enquadrado as directivas europeias, seja ao nível da profissão ou do ensino.
A análise de contas, organizar assembleias gerais e acompanhar a avaliação curricular constitui o trabalho de base. Nos últimos anos alargámos o funcionamento às regiões, através de uma rede de delegados cobrindo o continente, Açores e Madeira. Contamos com apoio jurídico ao associado. Também temos um núcleo para apoio técnico na organização de concursos públicos.
Referiu a visibilidade da profissão… É um campo vasto dar visibilidade e celebrar a profissão. Este ano comemoramos os 80 anos do curso de Arquitectura Paisagista e o centenário do prof. Gonçalo Ribeiro Telles, num ciclo diversificado de eventos, ao qual chamámos 80-100, e que se estenderá até ao final do ano onde se destacará o fundador da profissão prof. Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de arquitectos paisagistas.
Em Abril, vamos estar com o Mês Internacional da Arquitectura Paisagista (MIAP), que integra a Urban Garden, na FIL, com conferências, lançamento de um concurso internacional para profissionais num debate sobre o desenho da cidade e um outro na categoria de estudantes.Também não podemos esquecer a criação do novo site, da APAP, mais aberto e dinâmico, associado a uma base de dados com vista a uma relação mais directa entre os sócios e os serviços da associação.
Imagino que sejam necessários mais arquitectos paisagistas? Sem dúvida, são precisos em todas as áreas, sobretudo na administração central, junto do património, DGPC, junto do ICNF, fundamental voltar a ter arquitectos paisagistas e garantir uma discussão mais integrada e menos sectorizada sobre a paisagem.
Devemos entender mais a importância da paisagem, nas nossas vidas, no bem estar e na construção de um futuro melhor. Ao contrário da tradicional visão comum, todos fazemos parte da paisagem, ela espelha a nossa cultura, os nossos valores civilizacionais, é a nossa impressão digital no território. Do sítio à região, seja através do projecto, do planeamento onde a paisagem deverá estar presente à partida, ou de um efectivo ordenamento do território, se há ambição em transformar, recuperar e manter as nossas paisagens, com vista a um verdadeiro desenvolvimento sustentado, são necessários mais arquitectos paisagistas.
Soubemos de notícias no campo da formação dentro da associação… Têm sido bem sucedidas as formações em áreas técnicas complementares ao curriculum dos cursos de AP, que funcionam como charneira na prática profissional para outras frentes técnicas. Ainda no campo cultural e formativo, temos produzido documentários, edições de livros e estamos a trabalhar na reedição de obras de referência, desaparecidas no mercado. Mantém-se forte a vontade de organizar o Centro de Documentação de AP, e o Arquivo Digital já está em andamento, como repositório de toda a informação relacionada com a profissão, de acesso aberto aos associados.
As relações institucionais com a APAP vão no bom caminho? O saldo é positivo mas há passos importantes a darA APAP está representada em júris de concursos públicos, no prémio Gonçalo Ribeiro Telles para a Paisagem, no Prémio Nacional de Paisagem no âmbito da Política Nacional de Arquitectura e Paisagem, onde tem um representante na comissão de acompanhamento e são várias as instituições que pedem colaboração à APAP, na revisão da legislação.
No entanto continuamos empenhados no reconhecimento efectivo da profissão, que está enquadrada na lei portuguesa, à qual estão atribuídas actividades exclusivas, havendo condições para que a regulação se produza, através da constituição de uma associação profissional de direito público, um passo fundamental para a afirmação social e a coesão profissional e académica.
Qual a área de particular atenção da actual direcção? Os jovens estudantes e licenciados sem dúvida.
Temos de reencontrar a proximidade com as instituições de ensino, alunos e núcleos, apoiar a inserção profissional e social dos recém-licenciados no mundo do trabalho, quer pela disponibilização da figura do Tutor ou pela divulgação de ofertas de estágios e oportunidades profissionais.
Pensar a Paisagem e consolidar o futuro da Arquitectura Paisagista em Portugal será mais fácil se aliarmos a experiência dos profissionais com as inquietudes, os sonhos e a garra dos mais jovens.
Publicado
Arquitecto João Ceregeiro
Presidente da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas
Autor da entrevista | Anteprojectos
Fale-nos um pouco da APAP… A APAP fez este mês 46 anos, como associação de uma classe profissional que tem procurado dar resposta aos desafios que se colocam à comunidade humana, na busca de uma melhor comunicação do homem com ele próprio e com a natureza e desta forma procurar uma realidade global mais sustentada.
No cumprimento dos estatutos, a associação tem representado e defendido os interesses dos actuais 1500 associados, e procurado dar visibilidade à profissão. Como membro da Federação Europeia dos Arquitectos Paisagistas (IFLA Europa), a associação tem enquadrado as directivas europeias, seja ao nível da profissão ou do ensino.
A análise de contas, organizar assembleias gerais e acompanhar a avaliação curricular constitui o trabalho de base. Nos últimos anos alargámos o funcionamento às regiões, através de uma rede de delegados cobrindo o continente, Açores e Madeira. Contamos com apoio jurídico ao associado. Também temos um núcleo para apoio técnico na organização de concursos públicos.
Referiu a visibilidade da profissão… É um campo vasto dar visibilidade e celebrar a profissão. Este ano comemoramos os 80 anos do curso de Arquitectura Paisagista e o centenário do prof. Gonçalo Ribeiro Telles, num ciclo diversificado de eventos, ao qual chamámos 80-100, e que se estenderá até ao final do ano onde se destacará o fundador da profissão prof. Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de arquitectos paisagistas.
Em Abril, vamos estar com o Mês Internacional da Arquitectura Paisagista (MIAP), que integra a Urban Garden, na FIL, com conferências, lançamento de um concurso internacional para profissionais num debate sobre o desenho da cidade e um outro na categoria de estudantes.Também não podemos esquecer a criação do novo site, da APAP, mais aberto e dinâmico, associado a uma base de dados com vista a uma relação mais directa entre os sócios e os serviços da associação.
Imagino que sejam necessários mais arquitectos paisagistas? Sem dúvida, são precisos em todas as áreas, sobretudo na administração central, junto do património, DGPC, junto do ICNF, fundamental voltar a ter arquitectos paisagistas e garantir uma discussão mais integrada e menos sectorizada sobre a paisagem.
Devemos entender mais a importância da paisagem, nas nossas vidas, no bem estar e na construção de um futuro melhor. Ao contrário da tradicional visão comum, todos fazemos parte da paisagem, ela espelha a nossa cultura, os nossos valores civilizacionais, é a nossa impressão digital no território. Do sítio à região, seja através do projecto, do planeamento onde a paisagem deverá estar presente à partida, ou de um efectivo ordenamento do território, se há ambição em transformar, recuperar e manter as nossas paisagens, com vista a um verdadeiro desenvolvimento sustentado, são necessários mais arquitectos paisagistas.
Soubemos de notícias no campo da formação dentro da associação… Têm sido bem sucedidas as formações em áreas técnicas complementares ao curriculum dos cursos de AP, que funcionam como charneira na prática profissional para outras frentes técnicas. Ainda no campo cultural e formativo, temos produzido documentários, edições de livros e estamos a trabalhar na reedição de obras de referência, desaparecidas no mercado. Mantém-se forte a vontade de organizar o Centro de Documentação de AP, e o Arquivo Digital já está em andamento, como repositório de toda a informação relacionada com a profissão, de acesso aberto aos associados.
As relações institucionais com a APAP vão no bom caminho? O saldo é positivo mas há passos importantes a darA APAP está representada em júris de concursos públicos, no prémio Gonçalo Ribeiro Telles para a Paisagem, no Prémio Nacional de Paisagem no âmbito da Política Nacional de Arquitectura e Paisagem, onde tem um representante na comissão de acompanhamento e são várias as instituições que pedem colaboração à APAP, na revisão da legislação.
No entanto continuamos empenhados no reconhecimento efectivo da profissão, que está enquadrada na lei portuguesa, à qual estão atribuídas actividades exclusivas, havendo condições para que a regulação se produza, através da constituição de uma associação profissional de direito público, um passo fundamental para a afirmação social e a coesão profissional e académica.
Qual a área de particular atenção da actual direcção? Os jovens estudantes e licenciados sem dúvida.
Temos de reencontrar a proximidade com as instituições de ensino, alunos e núcleos, apoiar a inserção profissional e social dos recém-licenciados no mundo do trabalho, quer pela disponibilização da figura do Tutor ou pela divulgação de ofertas de estágios e oportunidades profissionais.
Pensar a Paisagem e consolidar o futuro da Arquitectura Paisagista em Portugal será mais fácil se aliarmos a experiência dos profissionais com as inquietudes, os sonhos e a garra dos mais jovens.
Publicado
Arquitecto João Ceregeiro
Presidente da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas
Autor da entrevista | Anteprojectos
Fale-nos um pouco da APAP… A APAP fez este mês 46 anos, como associação de uma classe profissional que tem procurado dar resposta aos desafios que se colocam à comunidade humana, na busca de uma melhor comunicação do homem com ele próprio e com a natureza e desta forma procurar uma realidade global mais sustentada.
No cumprimento dos estatutos, a associação tem representado e defendido os interesses dos actuais 1500 associados, e procurado dar visibilidade à profissão. Como membro da Federação Europeia dos Arquitectos Paisagistas (IFLA Europa), a associação tem enquadrado as directivas europeias, seja ao nível da profissão ou do ensino.
A análise de contas, organizar assembleias gerais e acompanhar a avaliação curricular constitui o trabalho de base. Nos últimos anos alargámos o funcionamento às regiões, através de uma rede de delegados cobrindo o continente, Açores e Madeira. Contamos com apoio jurídico ao associado. Também temos um núcleo para apoio técnico na organização de concursos públicos.
Referiu a visibilidade da profissão… É um campo vasto dar visibilidade e celebrar a profissão. Este ano comemoramos os 80 anos do curso de Arquitectura Paisagista e o centenário do prof. Gonçalo Ribeiro Telles, num ciclo diversificado de eventos, ao qual chamámos 80-100, e que se estenderá até ao final do ano onde se destacará o fundador da profissão prof. Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de arquitectos paisagistas.
Em Abril, vamos estar com o Mês Internacional da Arquitectura Paisagista (MIAP), que integra a Urban Garden, na FIL, com conferências, lançamento de um concurso internacional para profissionais num debate sobre o desenho da cidade e um outro na categoria de estudantes.Também não podemos esquecer a criação do novo site, da APAP, mais aberto e dinâmico, associado a uma base de dados com vista a uma relação mais directa entre os sócios e os serviços da associação.
Imagino que sejam necessários mais arquitectos paisagistas? Sem dúvida, são precisos em todas as áreas, sobretudo na administração central, junto do património, DGPC, junto do ICNF, fundamental voltar a ter arquitectos paisagistas e garantir uma discussão mais integrada e menos sectorizada sobre a paisagem.
Devemos entender mais a importância da paisagem, nas nossas vidas, no bem estar e na construção de um futuro melhor. Ao contrário da tradicional visão comum, todos fazemos parte da paisagem, ela espelha a nossa cultura, os nossos valores civilizacionais, é a nossa impressão digital no território. Do sítio à região, seja através do projecto, do planeamento onde a paisagem deverá estar presente à partida, ou de um efectivo ordenamento do território, se há ambição em transformar, recuperar e manter as nossas paisagens, com vista a um verdadeiro desenvolvimento sustentado, são necessários mais arquitectos paisagistas.
Soubemos de notícias no campo da formação dentro da associação… Têm sido bem sucedidas as formações em áreas técnicas complementares ao curriculum dos cursos de AP, que funcionam como charneira na prática profissional para outras frentes técnicas. Ainda no campo cultural e formativo, temos produzido documentários, edições de livros e estamos a trabalhar na reedição de obras de referência, desaparecidas no mercado. Mantém-se forte a vontade de organizar o Centro de Documentação de AP, e o Arquivo Digital já está em andamento, como repositório de toda a informação relacionada com a profissão, de acesso aberto aos associados.
As relações institucionais com a APAP vão no bom caminho? O saldo é positivo mas há passos importantes a darA APAP está representada em júris de concursos públicos, no prémio Gonçalo Ribeiro Telles para a Paisagem, no Prémio Nacional de Paisagem no âmbito da Política Nacional de Arquitectura e Paisagem, onde tem um representante na comissão de acompanhamento e são várias as instituições que pedem colaboração à APAP, na revisão da legislação.
No entanto continuamos empenhados no reconhecimento efectivo da profissão, que está enquadrada na lei portuguesa, à qual estão atribuídas actividades exclusivas, havendo condições para que a regulação se produza, através da constituição de uma associação profissional de direito público, um passo fundamental para a afirmação social e a coesão profissional e académica.
Qual a área de particular atenção da actual direcção? Os jovens estudantes e licenciados sem dúvida.
Temos de reencontrar a proximidade com as instituições de ensino, alunos e núcleos, apoiar a inserção profissional e social dos recém-licenciados no mundo do trabalho, quer pela disponibilização da figura do Tutor ou pela divulgação de ofertas de estágios e oportunidades profissionais.
Pensar a Paisagem e consolidar o futuro da Arquitectura Paisagista em Portugal será mais fácil se aliarmos a experiência dos profissionais com as inquietudes, os sonhos e a garra dos mais jovens.