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Publicado
Lusa
De acordo com o especialista, existem 510 mercados municipais, um dado que apurou no estudo “Mercados Municipais o(s) que temos, o(s) que queremos, no que cremos!”, de 2015, desenvolvido através de um inquérito enviado a todas as Câmaras Municipais (308).
Para João Barreta, há um grande desajustamento entre a procura e a oferta, devido à incapacidade das autarquias em adaptar estes espaços de comércio tradicional às novas exigências.
“Em 90% dos mercados a oferta é a tradicional, ou seja, são as bancas do peixe, as bancas dos hortofrutícolas e as lojas à volta, normalmente os talhos e alguns estabelecimentos de restauração”, explicou, defendendo que deve haver uma maior diversidade, como, por exemplo, bancas com produtos biológicos e artesanato local.
A grande lacuna dos mercados municipais, reforçou, refere-se à gestão das autarquias pelo “desconhecimento” em relação ao que o cliente deseja e porque “pouco ou nada têm feito em termos de planeamento e gestão”.
Contudo, João Barreta disse que se tem verificado, nos últimos anos, uma tendência crescente para as autarquias valorizarem os seus mercados, através de investimentos em obras de requalificação ou do desenvolvimento de planos de ação e dinamização comercial.
Os mercados da Ribeira e de Campo de Ourique, em Lisboa, e do Bom Sucesso, no Porto, são experiências bem-sucedidas de revitalização, introduzindo novas valências associadas à restauração, referiu o mestre em comércio urbano, frisando, porém, que hoje, como estão, não se podem dizer que sejam mercados municipais.
“Há uma espécie de concessão da exploração, mas que não tem a montante uma preocupação com os respetivos mercados como os conhecíamos […], fica o nome e o chamariz do mercado, mas de mercado vão tendo cada vez bem menos”, lamentou, explicando que o grande fluxo de pessoas que visitam estes três mercados é direcionado à área de restauração, pelo que essa procura não vai à banca do peixe, “não vai à banca da fruta”.
No seu entender, este novo conceito para revitalizar os espaços de comércio tradicional “não é replicável para a esmagadora maioria dos mercados municipais”: resulta nos grandes centros urbanos, mas “no meio rural é impensável apostar nestas experiências, porque depois não há procura”.
Cerca de um terço dos 510 mercados municipais foram construídos antes de 1950 para abastecimento local de produtos frescos às populações. Trinta por cento destes espaços estão classificados como património nacional ou municipal, segundo dados apurados no estudo.
Questionado sobre um eventual desaparecimento dos mercados municipais, João Barreta considerou que o número de espaços não tem diminuído de forma muito significativa, tratando-se algumas vezes de “deslocalizações” do centro das localidades para zonas mais periféricas.
Os mercados municipais existentes em Portugal representam cerca de 58 mil pontos de venda, entre lojas e bancas, proporcionando 150 mil postos de trabalho, mas o especialista admite que o número seja bem superior devido ao emprego informal que é criado.
Há cerca de 160 mil pessoas a visitar diariamente estes espaços, sendo o principal desafio transformar visitantes em clientes efetivos.
O distrito de Lisboa destaca-se por ter o maior número de mercados a nível nacional (18%, mais concretamente 94 espaços), seguindo-se o distrito de Setúbal, com 9%, o que corresponde a 49 mercados, e, em terceiro lugar, o distrito de Faro, com 38 espaços de comércio tradicional. Os distritos com menos mercados são Viana do Castelo (10), Bragança (11) e Guarda (11).
Fonte: Lusa
Publicado
Lusa
De acordo com o especialista, existem 510 mercados municipais, um dado que apurou no estudo “Mercados Municipais o(s) que temos, o(s) que queremos, no que cremos!”, de 2015, desenvolvido através de um inquérito enviado a todas as Câmaras Municipais (308).
Para João Barreta, há um grande desajustamento entre a procura e a oferta, devido à incapacidade das autarquias em adaptar estes espaços de comércio tradicional às novas exigências.
“Em 90% dos mercados a oferta é a tradicional, ou seja, são as bancas do peixe, as bancas dos hortofrutícolas e as lojas à volta, normalmente os talhos e alguns estabelecimentos de restauração”, explicou, defendendo que deve haver uma maior diversidade, como, por exemplo, bancas com produtos biológicos e artesanato local.
A grande lacuna dos mercados municipais, reforçou, refere-se à gestão das autarquias pelo “desconhecimento” em relação ao que o cliente deseja e porque “pouco ou nada têm feito em termos de planeamento e gestão”.
Contudo, João Barreta disse que se tem verificado, nos últimos anos, uma tendência crescente para as autarquias valorizarem os seus mercados, através de investimentos em obras de requalificação ou do desenvolvimento de planos de ação e dinamização comercial.
Os mercados da Ribeira e de Campo de Ourique, em Lisboa, e do Bom Sucesso, no Porto, são experiências bem-sucedidas de revitalização, introduzindo novas valências associadas à restauração, referiu o mestre em comércio urbano, frisando, porém, que hoje, como estão, não se podem dizer que sejam mercados municipais.
“Há uma espécie de concessão da exploração, mas que não tem a montante uma preocupação com os respetivos mercados como os conhecíamos […], fica o nome e o chamariz do mercado, mas de mercado vão tendo cada vez bem menos”, lamentou, explicando que o grande fluxo de pessoas que visitam estes três mercados é direcionado à área de restauração, pelo que essa procura não vai à banca do peixe, “não vai à banca da fruta”.
No seu entender, este novo conceito para revitalizar os espaços de comércio tradicional “não é replicável para a esmagadora maioria dos mercados municipais”: resulta nos grandes centros urbanos, mas “no meio rural é impensável apostar nestas experiências, porque depois não há procura”.
Cerca de um terço dos 510 mercados municipais foram construídos antes de 1950 para abastecimento local de produtos frescos às populações. Trinta por cento destes espaços estão classificados como património nacional ou municipal, segundo dados apurados no estudo.
Questionado sobre um eventual desaparecimento dos mercados municipais, João Barreta considerou que o número de espaços não tem diminuído de forma muito significativa, tratando-se algumas vezes de “deslocalizações” do centro das localidades para zonas mais periféricas.
Os mercados municipais existentes em Portugal representam cerca de 58 mil pontos de venda, entre lojas e bancas, proporcionando 150 mil postos de trabalho, mas o especialista admite que o número seja bem superior devido ao emprego informal que é criado.
Há cerca de 160 mil pessoas a visitar diariamente estes espaços, sendo o principal desafio transformar visitantes em clientes efetivos.
O distrito de Lisboa destaca-se por ter o maior número de mercados a nível nacional (18%, mais concretamente 94 espaços), seguindo-se o distrito de Setúbal, com 9%, o que corresponde a 49 mercados, e, em terceiro lugar, o distrito de Faro, com 38 espaços de comércio tradicional. Os distritos com menos mercados são Viana do Castelo (10), Bragança (11) e Guarda (11).
Fonte: Lusa
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Lusa
De acordo com o especialista, existem 510 mercados municipais, um dado que apurou no estudo “Mercados Municipais o(s) que temos, o(s) que queremos, no que cremos!”, de 2015, desenvolvido através de um inquérito enviado a todas as Câmaras Municipais (308).
Para João Barreta, há um grande desajustamento entre a procura e a oferta, devido à incapacidade das autarquias em adaptar estes espaços de comércio tradicional às novas exigências.
“Em 90% dos mercados a oferta é a tradicional, ou seja, são as bancas do peixe, as bancas dos hortofrutícolas e as lojas à volta, normalmente os talhos e alguns estabelecimentos de restauração”, explicou, defendendo que deve haver uma maior diversidade, como, por exemplo, bancas com produtos biológicos e artesanato local.
A grande lacuna dos mercados municipais, reforçou, refere-se à gestão das autarquias pelo “desconhecimento” em relação ao que o cliente deseja e porque “pouco ou nada têm feito em termos de planeamento e gestão”.
Contudo, João Barreta disse que se tem verificado, nos últimos anos, uma tendência crescente para as autarquias valorizarem os seus mercados, através de investimentos em obras de requalificação ou do desenvolvimento de planos de ação e dinamização comercial.
Os mercados da Ribeira e de Campo de Ourique, em Lisboa, e do Bom Sucesso, no Porto, são experiências bem-sucedidas de revitalização, introduzindo novas valências associadas à restauração, referiu o mestre em comércio urbano, frisando, porém, que hoje, como estão, não se podem dizer que sejam mercados municipais.
“Há uma espécie de concessão da exploração, mas que não tem a montante uma preocupação com os respetivos mercados como os conhecíamos […], fica o nome e o chamariz do mercado, mas de mercado vão tendo cada vez bem menos”, lamentou, explicando que o grande fluxo de pessoas que visitam estes três mercados é direcionado à área de restauração, pelo que essa procura não vai à banca do peixe, “não vai à banca da fruta”.
No seu entender, este novo conceito para revitalizar os espaços de comércio tradicional “não é replicável para a esmagadora maioria dos mercados municipais”: resulta nos grandes centros urbanos, mas “no meio rural é impensável apostar nestas experiências, porque depois não há procura”.
Cerca de um terço dos 510 mercados municipais foram construídos antes de 1950 para abastecimento local de produtos frescos às populações. Trinta por cento destes espaços estão classificados como património nacional ou municipal, segundo dados apurados no estudo.
Questionado sobre um eventual desaparecimento dos mercados municipais, João Barreta considerou que o número de espaços não tem diminuído de forma muito significativa, tratando-se algumas vezes de “deslocalizações” do centro das localidades para zonas mais periféricas.
Os mercados municipais existentes em Portugal representam cerca de 58 mil pontos de venda, entre lojas e bancas, proporcionando 150 mil postos de trabalho, mas o especialista admite que o número seja bem superior devido ao emprego informal que é criado.
Há cerca de 160 mil pessoas a visitar diariamente estes espaços, sendo o principal desafio transformar visitantes em clientes efetivos.
O distrito de Lisboa destaca-se por ter o maior número de mercados a nível nacional (18%, mais concretamente 94 espaços), seguindo-se o distrito de Setúbal, com 9%, o que corresponde a 49 mercados, e, em terceiro lugar, o distrito de Faro, com 38 espaços de comércio tradicional. Os distritos com menos mercados são Viana do Castelo (10), Bragança (11) e Guarda (11).
Fonte: Lusa