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Castelo dos Mouros com Obras de Requalificação Global e Importantes Descobertas Arqueológicas

Categoria:  Notícias do Dia

Publicado

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Projeto “À Conquista do Castelo

  • Projeto de valorização com investimento de mais de 3,2 milhões de Euros
  • Arquitetos, Engenheiros e Arqueólogos em trabalho sincronizado
  • Achados arqueológicos revelaram a História: mais de 30 sepulturas medievais cristãs, habitações muçulmanas e objetos do neolítico

O projeto “À Conquista do Castelo”, que está a ser desenvolvido pela Parques de Sintra no Castelo dos Mouros, é cofinanciado pelo PIT (Programa de Intervenção do Turismo) e tem como objetivo a valorização global e restauro deste importante monumento e pólo turístico de Sintra (265.000 visitas em 2011).

Este projeto de valorização, que inclui o restauro das muralhas, dos caminhos, da Igreja, da Cisterna e da envolvente paisagística, bem como a instalação de diversas infraestruturas para melhor acolher os visitantes (cafetarias, sanitários, bilheteiras, loja e eliminação de barreiras à mobilidade). Para estas obras foram revistas as redes de energia, comunicações, iluminação, proteção contra relâmpagos e incêndios, águas e esgotos.

O projeto foi antecedido e acompanhado pela realização de escavações arqueológicas nos locais a intervir. As campanhas têm sido realizadas em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, desde 2009, e apresentaram resultados tão surpreendentes e significativos que acabaram por condicionar o projeto da obra. São agora conhecidos os resultados a divulgar num seminário e a publicar no final do projeto.

As investigações arqueológicas pretenderam fundamentar as intervenções de recuperação e aprofundar a informação histórica sobre o local mas, a descoberta de elementos como mais de três dezenas de sepulturas medievais cristãs (com cerca de 2 a 3 enterramentos em cada), vários alicerces de habitações muçulmanas e objetos do Neolítico (por exemplo, um vaso cerâmico completo do 5º milénio a.C), conduziu à reconfiguração do projeto para permitir mostrar ao público os principais achados.

Projeto de valorização: “À Conquista do Castelo!”

O extenso projeto de recuperação e beneficiação do Castelo dos Mouros envolve um investimento de mais de 3,2 milhões de Euros, dos quais cerca de 600 mil Euros são financiados pelo PIT.

Os trabalhos envolveram: o restauro das muralhas (cuja datação das várias fases construtivas da parte principal foi estudada pelos especialistas em Arqueologia da Arquitetura do Centro de Ciencias Humanas y Sociales de Madrid e, a definição das argamassas adequadas foi realizada com o apoio do Instituto Superior Técnico); a reabilitação da Igreja para Centro de Interpretação da História do Castelo (com exposição dos resultados das escavações arqueológicas); a criação de um polo de receção de visitantes nas escavações arqueológicas; a adaptação da cisterna para acolher visitantes; a recuperação de acessos, caminhos pedestres e de ronda; a substituição da iluminação cénica das muralhas; a adaptação da antiga habitação dos guardas florestais a cafetaria e instalações sanitárias; a instalação de infraestruturas modernas de água, esgotos, energia e comunicações; o restabelecimento das vistas do Castelo para a Vila de Sintra; o enquadramento paisagístico e reposição da ambiência romântica; e a redução das barreiras físicas à mobilidade (permitindo a cidadão com mobilidade reduzida chegar a pelo menos algumas das vistas que o Castelo oferece).

Dado o difícil acesso ao interior das muralhas, o transporte de materiais de construção é feito através de uma grua de cabos sustentados por uma torre localizada dentro do Castelo. Esta solução permite transportar as cargas sem interferir com os visitantes, minimizando ruídos e emissões poluentes.

Investigações e descobertas arqueológicas

Para fundamentar as intervenções projetadas no Castelo, melhor conhecer as ocupações humanas do local e as suas fases construtivas, a Parques de Sintra, tem promovido desde 2009, em colaboração com os alunos da licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a realização de Campos de Investigação Arqueológica.

Estas investigações, totalizaram até ao momento, um investimento de cerca de 154 mil Euros, financiados a 100% pela Parques de Sintra (cujo orçamento de gestão tem por base apenas as receitas de bilheteira, lojas/cafetarias e aluguer de espaços).

As campanhas arqueológicas já realizadas incidiram, principalmente, em duas áreas: a necrópole (situada entre as ruínas da Igreja e a muralha nascente) e o interior do Castelo (antigas cavalariças).

Na necrópole, a identificação de 33 sepulturas de rito cristão, cada uma com cerca de 2 a 3 enterramentos, traduz a elevada densidade de povoamento do local e, por outro lado, a longa diacronia do uso do espaço, desde meados do século XII até meados do século XVI. Com estes trabalhos e com os realizados no interior da fortificação, foi possível determinar a área de implantação do bairro islâmico do Castelo, tendo-se identificado alicerces de habitações associadas a numerosos silos escavados no substrato rochoso, sobre as quais foi edificada a muralha medieval, fazendo supor uma ocupação muçulmana de cariz rural, bastante extensa. Estes dados alteraram a cronologia dos panos de muralha que eram, até ao momento, considerados de fundação muçulmana. Foram ainda identificados níveis arqueológicos do Neolítico, tendo sido recolhido um vaso cerâmico de asas bífidas, inteiro, típico das produções oleiras do 5º milénio a.C.

O Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é um dos monumentos mais visitados e uma das principais atrações turísticas da Paisagem Cultural de Sintra, classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1995, tendo recebido mais de 265.000 visitas em 2011.

De origem muçulmana, o Castelo dos Mouros foi aforado, em 1840, por D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha (casado com a Rainha D. Maria II) e alvo de intervenções de recuperação segundo o conceito estético do romantismo. Cerca de um século mais tarde foi objeto de novas obras, enquadradas nas grandes reformas dos monumentos nacionais e manteve-se sem grandes alterações até aos dias de hoje.

A fortificação é constituída por duas cinturas de muralha, sendo o Castelo constituído por cinco zonas relevantes: a Alcáçova, a Praça de Armas, a Torre Real, a Cisterna e os espaços denominados por antigas cavalariças. Fora da primeira linha de muralhas localizam-se a Igreja de S. Pedro de Canaferrim, a qual apresenta vestígios de pintura mural decorativa, com padrões que remontam ao séc. XV, um monumento fúnebre/ossário, silos escavados na rocha e a antiga Casa do Guarda do Castelo.

Mais Informações:  

Maria Alcaparra

Comunicação Parques de Sintra - Monte da Lua

219 237 309 / 92 549 55 41

[maria.alcaparra@parquesdesintra.pt](mail to:maria.alcaparra@parquesdesintra.pt)

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

Castelo dos Mouros com Obras de Requalificação Global e Importantes Descobertas Arqueológicas

Categoria:  Notícias do Dia

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Projeto “À Conquista do Castelo

  • Projeto de valorização com investimento de mais de 3,2 milhões de Euros
  • Arquitetos, Engenheiros e Arqueólogos em trabalho sincronizado
  • Achados arqueológicos revelaram a História: mais de 30 sepulturas medievais cristãs, habitações muçulmanas e objetos do neolítico

O projeto “À Conquista do Castelo”, que está a ser desenvolvido pela Parques de Sintra no Castelo dos Mouros, é cofinanciado pelo PIT (Programa de Intervenção do Turismo) e tem como objetivo a valorização global e restauro deste importante monumento e pólo turístico de Sintra (265.000 visitas em 2011).

Este projeto de valorização, que inclui o restauro das muralhas, dos caminhos, da Igreja, da Cisterna e da envolvente paisagística, bem como a instalação de diversas infraestruturas para melhor acolher os visitantes (cafetarias, sanitários, bilheteiras, loja e eliminação de barreiras à mobilidade). Para estas obras foram revistas as redes de energia, comunicações, iluminação, proteção contra relâmpagos e incêndios, águas e esgotos.

O projeto foi antecedido e acompanhado pela realização de escavações arqueológicas nos locais a intervir. As campanhas têm sido realizadas em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, desde 2009, e apresentaram resultados tão surpreendentes e significativos que acabaram por condicionar o projeto da obra. São agora conhecidos os resultados a divulgar num seminário e a publicar no final do projeto.

As investigações arqueológicas pretenderam fundamentar as intervenções de recuperação e aprofundar a informação histórica sobre o local mas, a descoberta de elementos como mais de três dezenas de sepulturas medievais cristãs (com cerca de 2 a 3 enterramentos em cada), vários alicerces de habitações muçulmanas e objetos do Neolítico (por exemplo, um vaso cerâmico completo do 5º milénio a.C), conduziu à reconfiguração do projeto para permitir mostrar ao público os principais achados.

Projeto de valorização: “À Conquista do Castelo!”

O extenso projeto de recuperação e beneficiação do Castelo dos Mouros envolve um investimento de mais de 3,2 milhões de Euros, dos quais cerca de 600 mil Euros são financiados pelo PIT.

Os trabalhos envolveram: o restauro das muralhas (cuja datação das várias fases construtivas da parte principal foi estudada pelos especialistas em Arqueologia da Arquitetura do Centro de Ciencias Humanas y Sociales de Madrid e, a definição das argamassas adequadas foi realizada com o apoio do Instituto Superior Técnico); a reabilitação da Igreja para Centro de Interpretação da História do Castelo (com exposição dos resultados das escavações arqueológicas); a criação de um polo de receção de visitantes nas escavações arqueológicas; a adaptação da cisterna para acolher visitantes; a recuperação de acessos, caminhos pedestres e de ronda; a substituição da iluminação cénica das muralhas; a adaptação da antiga habitação dos guardas florestais a cafetaria e instalações sanitárias; a instalação de infraestruturas modernas de água, esgotos, energia e comunicações; o restabelecimento das vistas do Castelo para a Vila de Sintra; o enquadramento paisagístico e reposição da ambiência romântica; e a redução das barreiras físicas à mobilidade (permitindo a cidadão com mobilidade reduzida chegar a pelo menos algumas das vistas que o Castelo oferece).

Dado o difícil acesso ao interior das muralhas, o transporte de materiais de construção é feito através de uma grua de cabos sustentados por uma torre localizada dentro do Castelo. Esta solução permite transportar as cargas sem interferir com os visitantes, minimizando ruídos e emissões poluentes.

Investigações e descobertas arqueológicas

Para fundamentar as intervenções projetadas no Castelo, melhor conhecer as ocupações humanas do local e as suas fases construtivas, a Parques de Sintra, tem promovido desde 2009, em colaboração com os alunos da licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a realização de Campos de Investigação Arqueológica.

Estas investigações, totalizaram até ao momento, um investimento de cerca de 154 mil Euros, financiados a 100% pela Parques de Sintra (cujo orçamento de gestão tem por base apenas as receitas de bilheteira, lojas/cafetarias e aluguer de espaços).

As campanhas arqueológicas já realizadas incidiram, principalmente, em duas áreas: a necrópole (situada entre as ruínas da Igreja e a muralha nascente) e o interior do Castelo (antigas cavalariças).

Na necrópole, a identificação de 33 sepulturas de rito cristão, cada uma com cerca de 2 a 3 enterramentos, traduz a elevada densidade de povoamento do local e, por outro lado, a longa diacronia do uso do espaço, desde meados do século XII até meados do século XVI. Com estes trabalhos e com os realizados no interior da fortificação, foi possível determinar a área de implantação do bairro islâmico do Castelo, tendo-se identificado alicerces de habitações associadas a numerosos silos escavados no substrato rochoso, sobre as quais foi edificada a muralha medieval, fazendo supor uma ocupação muçulmana de cariz rural, bastante extensa. Estes dados alteraram a cronologia dos panos de muralha que eram, até ao momento, considerados de fundação muçulmana. Foram ainda identificados níveis arqueológicos do Neolítico, tendo sido recolhido um vaso cerâmico de asas bífidas, inteiro, típico das produções oleiras do 5º milénio a.C.

O Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é um dos monumentos mais visitados e uma das principais atrações turísticas da Paisagem Cultural de Sintra, classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1995, tendo recebido mais de 265.000 visitas em 2011.

De origem muçulmana, o Castelo dos Mouros foi aforado, em 1840, por D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha (casado com a Rainha D. Maria II) e alvo de intervenções de recuperação segundo o conceito estético do romantismo. Cerca de um século mais tarde foi objeto de novas obras, enquadradas nas grandes reformas dos monumentos nacionais e manteve-se sem grandes alterações até aos dias de hoje.

A fortificação é constituída por duas cinturas de muralha, sendo o Castelo constituído por cinco zonas relevantes: a Alcáçova, a Praça de Armas, a Torre Real, a Cisterna e os espaços denominados por antigas cavalariças. Fora da primeira linha de muralhas localizam-se a Igreja de S. Pedro de Canaferrim, a qual apresenta vestígios de pintura mural decorativa, com padrões que remontam ao séc. XV, um monumento fúnebre/ossário, silos escavados na rocha e a antiga Casa do Guarda do Castelo.

Mais Informações:  

Maria Alcaparra

Comunicação Parques de Sintra - Monte da Lua

219 237 309 / 92 549 55 41

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Castelo dos Mouros com Obras de Requalificação Global e Importantes Descobertas Arqueológicas

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Projeto “À Conquista do Castelo

  • Projeto de valorização com investimento de mais de 3,2 milhões de Euros
  • Arquitetos, Engenheiros e Arqueólogos em trabalho sincronizado
  • Achados arqueológicos revelaram a História: mais de 30 sepulturas medievais cristãs, habitações muçulmanas e objetos do neolítico

O projeto “À Conquista do Castelo”, que está a ser desenvolvido pela Parques de Sintra no Castelo dos Mouros, é cofinanciado pelo PIT (Programa de Intervenção do Turismo) e tem como objetivo a valorização global e restauro deste importante monumento e pólo turístico de Sintra (265.000 visitas em 2011).

Este projeto de valorização, que inclui o restauro das muralhas, dos caminhos, da Igreja, da Cisterna e da envolvente paisagística, bem como a instalação de diversas infraestruturas para melhor acolher os visitantes (cafetarias, sanitários, bilheteiras, loja e eliminação de barreiras à mobilidade). Para estas obras foram revistas as redes de energia, comunicações, iluminação, proteção contra relâmpagos e incêndios, águas e esgotos.

O projeto foi antecedido e acompanhado pela realização de escavações arqueológicas nos locais a intervir. As campanhas têm sido realizadas em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, desde 2009, e apresentaram resultados tão surpreendentes e significativos que acabaram por condicionar o projeto da obra. São agora conhecidos os resultados a divulgar num seminário e a publicar no final do projeto.

As investigações arqueológicas pretenderam fundamentar as intervenções de recuperação e aprofundar a informação histórica sobre o local mas, a descoberta de elementos como mais de três dezenas de sepulturas medievais cristãs (com cerca de 2 a 3 enterramentos em cada), vários alicerces de habitações muçulmanas e objetos do Neolítico (por exemplo, um vaso cerâmico completo do 5º milénio a.C), conduziu à reconfiguração do projeto para permitir mostrar ao público os principais achados.

Projeto de valorização: “À Conquista do Castelo!”

O extenso projeto de recuperação e beneficiação do Castelo dos Mouros envolve um investimento de mais de 3,2 milhões de Euros, dos quais cerca de 600 mil Euros são financiados pelo PIT.

Os trabalhos envolveram: o restauro das muralhas (cuja datação das várias fases construtivas da parte principal foi estudada pelos especialistas em Arqueologia da Arquitetura do Centro de Ciencias Humanas y Sociales de Madrid e, a definição das argamassas adequadas foi realizada com o apoio do Instituto Superior Técnico); a reabilitação da Igreja para Centro de Interpretação da História do Castelo (com exposição dos resultados das escavações arqueológicas); a criação de um polo de receção de visitantes nas escavações arqueológicas; a adaptação da cisterna para acolher visitantes; a recuperação de acessos, caminhos pedestres e de ronda; a substituição da iluminação cénica das muralhas; a adaptação da antiga habitação dos guardas florestais a cafetaria e instalações sanitárias; a instalação de infraestruturas modernas de água, esgotos, energia e comunicações; o restabelecimento das vistas do Castelo para a Vila de Sintra; o enquadramento paisagístico e reposição da ambiência romântica; e a redução das barreiras físicas à mobilidade (permitindo a cidadão com mobilidade reduzida chegar a pelo menos algumas das vistas que o Castelo oferece).

Dado o difícil acesso ao interior das muralhas, o transporte de materiais de construção é feito através de uma grua de cabos sustentados por uma torre localizada dentro do Castelo. Esta solução permite transportar as cargas sem interferir com os visitantes, minimizando ruídos e emissões poluentes.

Investigações e descobertas arqueológicas

Para fundamentar as intervenções projetadas no Castelo, melhor conhecer as ocupações humanas do local e as suas fases construtivas, a Parques de Sintra, tem promovido desde 2009, em colaboração com os alunos da licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a realização de Campos de Investigação Arqueológica.

Estas investigações, totalizaram até ao momento, um investimento de cerca de 154 mil Euros, financiados a 100% pela Parques de Sintra (cujo orçamento de gestão tem por base apenas as receitas de bilheteira, lojas/cafetarias e aluguer de espaços).

As campanhas arqueológicas já realizadas incidiram, principalmente, em duas áreas: a necrópole (situada entre as ruínas da Igreja e a muralha nascente) e o interior do Castelo (antigas cavalariças).

Na necrópole, a identificação de 33 sepulturas de rito cristão, cada uma com cerca de 2 a 3 enterramentos, traduz a elevada densidade de povoamento do local e, por outro lado, a longa diacronia do uso do espaço, desde meados do século XII até meados do século XVI. Com estes trabalhos e com os realizados no interior da fortificação, foi possível determinar a área de implantação do bairro islâmico do Castelo, tendo-se identificado alicerces de habitações associadas a numerosos silos escavados no substrato rochoso, sobre as quais foi edificada a muralha medieval, fazendo supor uma ocupação muçulmana de cariz rural, bastante extensa. Estes dados alteraram a cronologia dos panos de muralha que eram, até ao momento, considerados de fundação muçulmana. Foram ainda identificados níveis arqueológicos do Neolítico, tendo sido recolhido um vaso cerâmico de asas bífidas, inteiro, típico das produções oleiras do 5º milénio a.C.

O Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é um dos monumentos mais visitados e uma das principais atrações turísticas da Paisagem Cultural de Sintra, classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1995, tendo recebido mais de 265.000 visitas em 2011.

De origem muçulmana, o Castelo dos Mouros foi aforado, em 1840, por D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha (casado com a Rainha D. Maria II) e alvo de intervenções de recuperação segundo o conceito estético do romantismo. Cerca de um século mais tarde foi objeto de novas obras, enquadradas nas grandes reformas dos monumentos nacionais e manteve-se sem grandes alterações até aos dias de hoje.

A fortificação é constituída por duas cinturas de muralha, sendo o Castelo constituído por cinco zonas relevantes: a Alcáçova, a Praça de Armas, a Torre Real, a Cisterna e os espaços denominados por antigas cavalariças. Fora da primeira linha de muralhas localizam-se a Igreja de S. Pedro de Canaferrim, a qual apresenta vestígios de pintura mural decorativa, com padrões que remontam ao séc. XV, um monumento fúnebre/ossário, silos escavados na rocha e a antiga Casa do Guarda do Castelo.

Mais Informações:  

Maria Alcaparra

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