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Envolvida pelo povoado, descobre-se ao fundo de uma quelha uma casa em pedra com dois pisos. A intervenção começa por retirar o conteúdo das vivências dos antigos habitantes.
A base de trabalho é uma caixa em pedra de granito dourado, ligada a um volume contíguo em tijolo rebocado onde construímos a cozinha e a instalação sanitária. As espessas paredes empedra são preenchidas nos vãos porfinas caixilharias de cor branca, no1º piso, deixando transparecer o interior e conferindo a leveza e o equilíbrio deste amontoado de pedra aparelhada. No piso térreo grandes portas brancas opacas encerram o pátio da casa.
A cobertura em telha de canudo branca foi determinante para completar a harmonia “clara” do conjunto, destaca-se da envolvente e encena os dias de neve, momento de consagração conceptual do projecto. No volume contíguo invertem-se os princípios: a construção tradicional com cobertura de duas águas é preterida por um volume puro de cobertura plana totalmente branco.
O conteúdo da caixa de pedra, estucada no interior, é preenchido por madeira de castanheiro. No 1º piso, uma sala de planta quadrada com o fogo da lareira ao centro, onde se convive e se aquece o corpo enregelado pelo inverno. De forma simétrica, quer ao nível da organização do espaço quer do desenho do mobiliário e do seu uso, distribuem-se os quatro quartos/alcovas.
A separação entre a sala e os quartos é definida por paredes em madeira que seguem na vertical o alinhamento das réguas do pavimento, cortadas à medida da casa. Estas paredes ocultam a estrutura de suporte da cobertura e contêm os armários e as portas que servem os quartos. O desenho destas aberturas acerta de modo rigoroso com a escala e dimensões da “casca de pedra” conferindo diversas assimetrias e revelando a reduzida dimensão humana da casa.
Uma intervenção que procura através de princípios e processos construtivos tradicionais incutir uma imagem de contemporaneidade que faz desta casa uma excepção na paisagem da serra.
Inês Cortesão é Arquitecta, Designer de Interiores e Mestre em Diseño de Interiores. Estagiou e colaborou no Atelier do Arquitecto João Luís Carrilho da Graça entre 2000 e 2002.
No mesmo ano constitui Atelier próprio, em Lisboa e em 2006 cria a bica-arquitectos, juntamente com Célia Faria, Maria Rebelo Pinto e Margarida Brito Alves, onde desenvolve projectos em parceria para além dos projectos individuais.
Contudo os primeiros projectos construídos datam de 1999 e desde então foram inúmeros nas mais diversas áreas, sendo que a reabilitação e remodelação já conta com cerca de 40obras, pelo que nesta área a experiência é já vasta.
Contam-se projectos de edificação, reabilitação e remodelação de habitação (unifamiliar e colectiva), serviços, comércio, saúde, educação, religioso, hotelaria, restauração, indústria e projectos expositivos. Muitos destes projectos foram publicados e divulgados em diversas revistas e sites nacionais e internacionais, sendo de destacar: Casa no Príncipe Real, em Lisboa, capa da Arquitectura Ibérica 10, em 2005 e na revista alemã Wohn!Design em 2012; Centro de Radiologia na Figueira da Foz, capa da Arquitectura Ibérica 11, em 2005 e na revista alemã AIT Architektur; 3 Casas para 3 Irmãs em S. João do Campo, Coimbra, divulgada na RTP2 no programa Arquitectarte, em 2009; Casa Clara em Vilar, Castro Daire, publicada na Arquitectura Ibérica 36, em 2011 e na revista inglesa Monocle 54, em 2012; Igreja de Nossa Senhora das Necessidades em Chãs, Leiria, nomeada na categoria de Melhor Projecto Público nos Prémios Construir 2012
“Uma obra arquitectónica pode dispôr de qualidades artísticas se as suas variadas formas e conteúdos confluirem numa forte atmosfera capaz de nos comover… É a visão interior, a compreensão e sobretudo a verdade. E quem sabe a verdade, inesperada, seja poesia.”
Peter Zumthor
Projectos em carteira:
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Envolvida pelo povoado, descobre-se ao fundo de uma quelha uma casa em pedra com dois pisos. A intervenção começa por retirar o conteúdo das vivências dos antigos habitantes.
A base de trabalho é uma caixa em pedra de granito dourado, ligada a um volume contíguo em tijolo rebocado onde construímos a cozinha e a instalação sanitária. As espessas paredes empedra são preenchidas nos vãos porfinas caixilharias de cor branca, no1º piso, deixando transparecer o interior e conferindo a leveza e o equilíbrio deste amontoado de pedra aparelhada. No piso térreo grandes portas brancas opacas encerram o pátio da casa.
A cobertura em telha de canudo branca foi determinante para completar a harmonia “clara” do conjunto, destaca-se da envolvente e encena os dias de neve, momento de consagração conceptual do projecto. No volume contíguo invertem-se os princípios: a construção tradicional com cobertura de duas águas é preterida por um volume puro de cobertura plana totalmente branco.
O conteúdo da caixa de pedra, estucada no interior, é preenchido por madeira de castanheiro. No 1º piso, uma sala de planta quadrada com o fogo da lareira ao centro, onde se convive e se aquece o corpo enregelado pelo inverno. De forma simétrica, quer ao nível da organização do espaço quer do desenho do mobiliário e do seu uso, distribuem-se os quatro quartos/alcovas.
A separação entre a sala e os quartos é definida por paredes em madeira que seguem na vertical o alinhamento das réguas do pavimento, cortadas à medida da casa. Estas paredes ocultam a estrutura de suporte da cobertura e contêm os armários e as portas que servem os quartos. O desenho destas aberturas acerta de modo rigoroso com a escala e dimensões da “casca de pedra” conferindo diversas assimetrias e revelando a reduzida dimensão humana da casa.
Uma intervenção que procura através de princípios e processos construtivos tradicionais incutir uma imagem de contemporaneidade que faz desta casa uma excepção na paisagem da serra.
Inês Cortesão é Arquitecta, Designer de Interiores e Mestre em Diseño de Interiores. Estagiou e colaborou no Atelier do Arquitecto João Luís Carrilho da Graça entre 2000 e 2002.
No mesmo ano constitui Atelier próprio, em Lisboa e em 2006 cria a bica-arquitectos, juntamente com Célia Faria, Maria Rebelo Pinto e Margarida Brito Alves, onde desenvolve projectos em parceria para além dos projectos individuais.
Contudo os primeiros projectos construídos datam de 1999 e desde então foram inúmeros nas mais diversas áreas, sendo que a reabilitação e remodelação já conta com cerca de 40obras, pelo que nesta área a experiência é já vasta.
Contam-se projectos de edificação, reabilitação e remodelação de habitação (unifamiliar e colectiva), serviços, comércio, saúde, educação, religioso, hotelaria, restauração, indústria e projectos expositivos. Muitos destes projectos foram publicados e divulgados em diversas revistas e sites nacionais e internacionais, sendo de destacar: Casa no Príncipe Real, em Lisboa, capa da Arquitectura Ibérica 10, em 2005 e na revista alemã Wohn!Design em 2012; Centro de Radiologia na Figueira da Foz, capa da Arquitectura Ibérica 11, em 2005 e na revista alemã AIT Architektur; 3 Casas para 3 Irmãs em S. João do Campo, Coimbra, divulgada na RTP2 no programa Arquitectarte, em 2009; Casa Clara em Vilar, Castro Daire, publicada na Arquitectura Ibérica 36, em 2011 e na revista inglesa Monocle 54, em 2012; Igreja de Nossa Senhora das Necessidades em Chãs, Leiria, nomeada na categoria de Melhor Projecto Público nos Prémios Construir 2012
“Uma obra arquitectónica pode dispôr de qualidades artísticas se as suas variadas formas e conteúdos confluirem numa forte atmosfera capaz de nos comover… É a visão interior, a compreensão e sobretudo a verdade. E quem sabe a verdade, inesperada, seja poesia.”
Peter Zumthor
Projectos em carteira:
Publicado
Envolvida pelo povoado, descobre-se ao fundo de uma quelha uma casa em pedra com dois pisos. A intervenção começa por retirar o conteúdo das vivências dos antigos habitantes.
A base de trabalho é uma caixa em pedra de granito dourado, ligada a um volume contíguo em tijolo rebocado onde construímos a cozinha e a instalação sanitária. As espessas paredes empedra são preenchidas nos vãos porfinas caixilharias de cor branca, no1º piso, deixando transparecer o interior e conferindo a leveza e o equilíbrio deste amontoado de pedra aparelhada. No piso térreo grandes portas brancas opacas encerram o pátio da casa.
A cobertura em telha de canudo branca foi determinante para completar a harmonia “clara” do conjunto, destaca-se da envolvente e encena os dias de neve, momento de consagração conceptual do projecto. No volume contíguo invertem-se os princípios: a construção tradicional com cobertura de duas águas é preterida por um volume puro de cobertura plana totalmente branco.
O conteúdo da caixa de pedra, estucada no interior, é preenchido por madeira de castanheiro. No 1º piso, uma sala de planta quadrada com o fogo da lareira ao centro, onde se convive e se aquece o corpo enregelado pelo inverno. De forma simétrica, quer ao nível da organização do espaço quer do desenho do mobiliário e do seu uso, distribuem-se os quatro quartos/alcovas.
A separação entre a sala e os quartos é definida por paredes em madeira que seguem na vertical o alinhamento das réguas do pavimento, cortadas à medida da casa. Estas paredes ocultam a estrutura de suporte da cobertura e contêm os armários e as portas que servem os quartos. O desenho destas aberturas acerta de modo rigoroso com a escala e dimensões da “casca de pedra” conferindo diversas assimetrias e revelando a reduzida dimensão humana da casa.
Uma intervenção que procura através de princípios e processos construtivos tradicionais incutir uma imagem de contemporaneidade que faz desta casa uma excepção na paisagem da serra.
Inês Cortesão é Arquitecta, Designer de Interiores e Mestre em Diseño de Interiores. Estagiou e colaborou no Atelier do Arquitecto João Luís Carrilho da Graça entre 2000 e 2002.
No mesmo ano constitui Atelier próprio, em Lisboa e em 2006 cria a bica-arquitectos, juntamente com Célia Faria, Maria Rebelo Pinto e Margarida Brito Alves, onde desenvolve projectos em parceria para além dos projectos individuais.
Contudo os primeiros projectos construídos datam de 1999 e desde então foram inúmeros nas mais diversas áreas, sendo que a reabilitação e remodelação já conta com cerca de 40obras, pelo que nesta área a experiência é já vasta.
Contam-se projectos de edificação, reabilitação e remodelação de habitação (unifamiliar e colectiva), serviços, comércio, saúde, educação, religioso, hotelaria, restauração, indústria e projectos expositivos. Muitos destes projectos foram publicados e divulgados em diversas revistas e sites nacionais e internacionais, sendo de destacar: Casa no Príncipe Real, em Lisboa, capa da Arquitectura Ibérica 10, em 2005 e na revista alemã Wohn!Design em 2012; Centro de Radiologia na Figueira da Foz, capa da Arquitectura Ibérica 11, em 2005 e na revista alemã AIT Architektur; 3 Casas para 3 Irmãs em S. João do Campo, Coimbra, divulgada na RTP2 no programa Arquitectarte, em 2009; Casa Clara em Vilar, Castro Daire, publicada na Arquitectura Ibérica 36, em 2011 e na revista inglesa Monocle 54, em 2012; Igreja de Nossa Senhora das Necessidades em Chãs, Leiria, nomeada na categoria de Melhor Projecto Público nos Prémios Construir 2012
“Uma obra arquitectónica pode dispôr de qualidades artísticas se as suas variadas formas e conteúdos confluirem numa forte atmosfera capaz de nos comover… É a visão interior, a compreensão e sobretudo a verdade. E quem sabe a verdade, inesperada, seja poesia.”
Peter Zumthor
Projectos em carteira: