resultados
Publicado
Paulo Vila Verde
ARQUITECTO - INQUIETUDE ARQUITETURA
E este mês de Maio trouxe-nos mais uma data marcante, o 31º aniversário da Revista Anteprojectos e que proporcionou a honra de refletir sobre o momento.
Num mercado de comunicação social cada vez mais saturado, difícil, exigente e em constante transformação, vê-se na Anteprojectos o permanente esforço de se mutar e criar novidade, ancorando-nos, arquitetos e marcas que acreditam e apoiam todo este ato de louvar e, como tal, contribuem também na promoção da nossa arte e atividade enquanto muitos dos grandes meios não se dispõem, infelizmente, a tal.
Esta revista é um dos poucos meios escritos em suporte papel, talvez o mais antigo deste segmento, sempre disponível e atento às aventuras e realizações dos pequenos (ainda) desconhecidos ateliers de arquitetura, mas que um dia poderão ser marcos de importância ou
até históricos.
De forma insistente, persistente e positiva tem cabido à Anteprojectos a solicitação e partilha de novos projetos fomentando presença e continuidade de um leque de colegas que cada vez mais cresce e se une, partilhando a quem se dispõe a valorizá-los. Muito é de enaltecer, e em nome de todos os desconhecidos e conhecidos, muito há a agradecer.
Não podia perder oportunidade de me unir a este momento orgulhando-me de, em determinado momento, ter-me cruzado com que mais defende esta publicação e está sempre de garra pronta para fazer acontecer, a sua diretora Ângela Leitão. Se a revista tivesse uma cara seria garantidamente a sua. Proponho até uma edição tendo a Ângela como capa, agradecendo-lhe todo o espírito de luta e parabenizando-a por tudo o que tem feito pela publicação e por muitos de nós. Provavelmente poucos teriam conseguido navegar contra e a favor de ventos e marés, acompanhando os nossos percursos, também por vezes conturbados.
E em todo o trabalho desenvolvido vejo, principalmente, um exercício com vontade de encurtar as distâncias existentes entre colegas arquitetos seja localmente ou a nível nacional. Temos sido, e infelizmente a história e as dores de alguns o têm mostrado, uma classe com muitas costas voltadas que inibem relações. Porém, a Anteprojectos tem, com o seu navegar, fomentado o convívio e a aproximação que se reflete na criação de
fortes laços de amizade e parceria.
E está aqui uma das grandes e positivas valias desta publicação. Um caminho nem sempre fácil de percorrer, mas que promove laços numa classe distante entre si mesma e de há tanto tempo que passou a fazer parte da sua essência. Felizmente os últimos anos têm-se mostrado mais unidos levando-nos a encarar as naturais dificuldades da atividade com outra disposição e postura de cumplicidade com muitos dos pares.
No fundo a arquitetura é uma arte de síntese, mas com uma intrínseca e vincada relação de grupo, seja entre clientes, arquitetos, engenheiros, empreiteiros ou outros. Logo, parece-me incompreensível o afastamento entre arquitetos unindo-se parcelarmente grupos como guildas, sendo, contudo, urgente e necessário que toda a rede de colegas funcione de forma oleada e as suas relações também. Apenas assim a classe ganhará vínculo e força construindo ações de conjunto por um bem comum. Contudo, surgimos sempre de certa forma desacreditados no caminho e no futuro que percorreremos. Passou a ser esta a normal forma de estar, porém, com alguma razão, talvez.
Mas esta não é altura para essa atitude derrotista e conformada, muito pelo contrário. Fazemos atualmente um percurso penoso onde somos driblados entre leis, normativas, honorários, concursos e encomendas desajustadas e o que menos necessitamos é de afastamento e isolamento. Precisamos sim de união e construção de força, não devendo ser natural e aconselhável esperar que alguém nos defenda ou tome atitudes por nós mesmos. Nem a Ordem dos Arquitectos o consegue fazer sozinha sem a ajuda e a participação de cada um de nós. É imperativo que mudemos a tradicional poética do queixar e nada fazer.
Em todas estas dores que fazem parte da nossa atividade, tem esta publicação estado presente em muitos momentos e esperemos que em muitos mais o faça, até de forma mais cirúrgica e presente, assumindo uma postura de vínculo comunicativo entre a classe e o público. E muito tem feito por nós, arquitetos, nestes 31 anos de ininterrupta existência. Um trajeto por ele próprio de enorme mérito, considerando o nosso minúsculo mercado, e de relevância na nossa classe, podendo considerá-la com uma publicação de tão grande valor como as históricas revistas associadas à área da arquitetura e construção surgidas a partir dos anos 20 do passado século.
Que venham, no mínimo, mais 31 voltas ao calendário! Muito obrigado, Anteprojectos!
Publicado
Paulo Vila Verde
ARQUITECTO - INQUIETUDE ARQUITETURA
E este mês de Maio trouxe-nos mais uma data marcante, o 31º aniversário da Revista Anteprojectos e que proporcionou a honra de refletir sobre o momento.
Num mercado de comunicação social cada vez mais saturado, difícil, exigente e em constante transformação, vê-se na Anteprojectos o permanente esforço de se mutar e criar novidade, ancorando-nos, arquitetos e marcas que acreditam e apoiam todo este ato de louvar e, como tal, contribuem também na promoção da nossa arte e atividade enquanto muitos dos grandes meios não se dispõem, infelizmente, a tal.
Esta revista é um dos poucos meios escritos em suporte papel, talvez o mais antigo deste segmento, sempre disponível e atento às aventuras e realizações dos pequenos (ainda) desconhecidos ateliers de arquitetura, mas que um dia poderão ser marcos de importância ou
até históricos.
De forma insistente, persistente e positiva tem cabido à Anteprojectos a solicitação e partilha de novos projetos fomentando presença e continuidade de um leque de colegas que cada vez mais cresce e se une, partilhando a quem se dispõe a valorizá-los. Muito é de enaltecer, e em nome de todos os desconhecidos e conhecidos, muito há a agradecer.
Não podia perder oportunidade de me unir a este momento orgulhando-me de, em determinado momento, ter-me cruzado com que mais defende esta publicação e está sempre de garra pronta para fazer acontecer, a sua diretora Ângela Leitão. Se a revista tivesse uma cara seria garantidamente a sua. Proponho até uma edição tendo a Ângela como capa, agradecendo-lhe todo o espírito de luta e parabenizando-a por tudo o que tem feito pela publicação e por muitos de nós. Provavelmente poucos teriam conseguido navegar contra e a favor de ventos e marés, acompanhando os nossos percursos, também por vezes conturbados.
E em todo o trabalho desenvolvido vejo, principalmente, um exercício com vontade de encurtar as distâncias existentes entre colegas arquitetos seja localmente ou a nível nacional. Temos sido, e infelizmente a história e as dores de alguns o têm mostrado, uma classe com muitas costas voltadas que inibem relações. Porém, a Anteprojectos tem, com o seu navegar, fomentado o convívio e a aproximação que se reflete na criação de
fortes laços de amizade e parceria.
E está aqui uma das grandes e positivas valias desta publicação. Um caminho nem sempre fácil de percorrer, mas que promove laços numa classe distante entre si mesma e de há tanto tempo que passou a fazer parte da sua essência. Felizmente os últimos anos têm-se mostrado mais unidos levando-nos a encarar as naturais dificuldades da atividade com outra disposição e postura de cumplicidade com muitos dos pares.
No fundo a arquitetura é uma arte de síntese, mas com uma intrínseca e vincada relação de grupo, seja entre clientes, arquitetos, engenheiros, empreiteiros ou outros. Logo, parece-me incompreensível o afastamento entre arquitetos unindo-se parcelarmente grupos como guildas, sendo, contudo, urgente e necessário que toda a rede de colegas funcione de forma oleada e as suas relações também. Apenas assim a classe ganhará vínculo e força construindo ações de conjunto por um bem comum. Contudo, surgimos sempre de certa forma desacreditados no caminho e no futuro que percorreremos. Passou a ser esta a normal forma de estar, porém, com alguma razão, talvez.
Mas esta não é altura para essa atitude derrotista e conformada, muito pelo contrário. Fazemos atualmente um percurso penoso onde somos driblados entre leis, normativas, honorários, concursos e encomendas desajustadas e o que menos necessitamos é de afastamento e isolamento. Precisamos sim de união e construção de força, não devendo ser natural e aconselhável esperar que alguém nos defenda ou tome atitudes por nós mesmos. Nem a Ordem dos Arquitectos o consegue fazer sozinha sem a ajuda e a participação de cada um de nós. É imperativo que mudemos a tradicional poética do queixar e nada fazer.
Em todas estas dores que fazem parte da nossa atividade, tem esta publicação estado presente em muitos momentos e esperemos que em muitos mais o faça, até de forma mais cirúrgica e presente, assumindo uma postura de vínculo comunicativo entre a classe e o público. E muito tem feito por nós, arquitetos, nestes 31 anos de ininterrupta existência. Um trajeto por ele próprio de enorme mérito, considerando o nosso minúsculo mercado, e de relevância na nossa classe, podendo considerá-la com uma publicação de tão grande valor como as históricas revistas associadas à área da arquitetura e construção surgidas a partir dos anos 20 do passado século.
Que venham, no mínimo, mais 31 voltas ao calendário! Muito obrigado, Anteprojectos!
Publicado
Paulo Vila Verde
ARQUITECTO - INQUIETUDE ARQUITETURA
E este mês de Maio trouxe-nos mais uma data marcante, o 31º aniversário da Revista Anteprojectos e que proporcionou a honra de refletir sobre o momento.
Num mercado de comunicação social cada vez mais saturado, difícil, exigente e em constante transformação, vê-se na Anteprojectos o permanente esforço de se mutar e criar novidade, ancorando-nos, arquitetos e marcas que acreditam e apoiam todo este ato de louvar e, como tal, contribuem também na promoção da nossa arte e atividade enquanto muitos dos grandes meios não se dispõem, infelizmente, a tal.
Esta revista é um dos poucos meios escritos em suporte papel, talvez o mais antigo deste segmento, sempre disponível e atento às aventuras e realizações dos pequenos (ainda) desconhecidos ateliers de arquitetura, mas que um dia poderão ser marcos de importância ou
até históricos.
De forma insistente, persistente e positiva tem cabido à Anteprojectos a solicitação e partilha de novos projetos fomentando presença e continuidade de um leque de colegas que cada vez mais cresce e se une, partilhando a quem se dispõe a valorizá-los. Muito é de enaltecer, e em nome de todos os desconhecidos e conhecidos, muito há a agradecer.
Não podia perder oportunidade de me unir a este momento orgulhando-me de, em determinado momento, ter-me cruzado com que mais defende esta publicação e está sempre de garra pronta para fazer acontecer, a sua diretora Ângela Leitão. Se a revista tivesse uma cara seria garantidamente a sua. Proponho até uma edição tendo a Ângela como capa, agradecendo-lhe todo o espírito de luta e parabenizando-a por tudo o que tem feito pela publicação e por muitos de nós. Provavelmente poucos teriam conseguido navegar contra e a favor de ventos e marés, acompanhando os nossos percursos, também por vezes conturbados.
E em todo o trabalho desenvolvido vejo, principalmente, um exercício com vontade de encurtar as distâncias existentes entre colegas arquitetos seja localmente ou a nível nacional. Temos sido, e infelizmente a história e as dores de alguns o têm mostrado, uma classe com muitas costas voltadas que inibem relações. Porém, a Anteprojectos tem, com o seu navegar, fomentado o convívio e a aproximação que se reflete na criação de
fortes laços de amizade e parceria.
E está aqui uma das grandes e positivas valias desta publicação. Um caminho nem sempre fácil de percorrer, mas que promove laços numa classe distante entre si mesma e de há tanto tempo que passou a fazer parte da sua essência. Felizmente os últimos anos têm-se mostrado mais unidos levando-nos a encarar as naturais dificuldades da atividade com outra disposição e postura de cumplicidade com muitos dos pares.
No fundo a arquitetura é uma arte de síntese, mas com uma intrínseca e vincada relação de grupo, seja entre clientes, arquitetos, engenheiros, empreiteiros ou outros. Logo, parece-me incompreensível o afastamento entre arquitetos unindo-se parcelarmente grupos como guildas, sendo, contudo, urgente e necessário que toda a rede de colegas funcione de forma oleada e as suas relações também. Apenas assim a classe ganhará vínculo e força construindo ações de conjunto por um bem comum. Contudo, surgimos sempre de certa forma desacreditados no caminho e no futuro que percorreremos. Passou a ser esta a normal forma de estar, porém, com alguma razão, talvez.
Mas esta não é altura para essa atitude derrotista e conformada, muito pelo contrário. Fazemos atualmente um percurso penoso onde somos driblados entre leis, normativas, honorários, concursos e encomendas desajustadas e o que menos necessitamos é de afastamento e isolamento. Precisamos sim de união e construção de força, não devendo ser natural e aconselhável esperar que alguém nos defenda ou tome atitudes por nós mesmos. Nem a Ordem dos Arquitectos o consegue fazer sozinha sem a ajuda e a participação de cada um de nós. É imperativo que mudemos a tradicional poética do queixar e nada fazer.
Em todas estas dores que fazem parte da nossa atividade, tem esta publicação estado presente em muitos momentos e esperemos que em muitos mais o faça, até de forma mais cirúrgica e presente, assumindo uma postura de vínculo comunicativo entre a classe e o público. E muito tem feito por nós, arquitetos, nestes 31 anos de ininterrupta existência. Um trajeto por ele próprio de enorme mérito, considerando o nosso minúsculo mercado, e de relevância na nossa classe, podendo considerá-la com uma publicação de tão grande valor como as históricas revistas associadas à área da arquitetura e construção surgidas a partir dos anos 20 do passado século.
Que venham, no mínimo, mais 31 voltas ao calendário! Muito obrigado, Anteprojectos!