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CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO UNIFAMILIAR GEMINADA

Categoria:  Reportagens > Arquitectura

Publicado

ÁREA OBJETO DO PEDIDO: O presente projeto refere-se à construção de uma moradia unifamiliar geminada, a levar a efeito no Bairro do Outeiro, Lote 5, Leceia, freguesia de Barcarena, concelho de Oeiras. O lote tem uma área total de 606,00m², o qual se encontra descrito na 1ª Conservatória do Registo Predial de Oeiras sob o n.º 5259/20170704 (artigo matricial n.º 5721), com as seguintes confrontações: Norte: Lote 6 Sul: Lote 4 Nascente: Propriedade vizinha Quinta da Fonte Poente: Rua B de acesso ao loteamento O lote em questão insere-se num plano de loteamento urbano com vista a reconversão urbanística da AUGI do Outeiro de Leceia, segundo o alvará de loteamento n.º 1/2016.

CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO URBANÍSTICA: O lote está localizado em espaço residencial consolidado, não abrangido por RAN, nem por REN, conforme extrato do P.D.M. em anexo à presente memória descritiva. Para a obra de edificação da presente proposta, não será necessária a realização de demolições de construções, uma vez que o lote em questão se encontra completamente desocupado e livre de construções. Prevê-se a necessidade de efetuar movimentações de terras, para colmatar acentuados desníveis de acesso ao lote, questão desenvolvida adiante.

ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO NOS PLANOS TERRITORIAIS APLICÁVEIS: A construção prevista no presente projeto destina-se a habitação com 1 fogo e observa as normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente: o Regulamento do Plano Diretor Municipal de Oeiras, o Regulamento de Urbanização e Edificação do Município de Oeiras (RUEMO), o Regulamento de Permissões Administrativas, Taxas e Outras Receitas do Município de Oeiras (RPATOR), o Regime Jurídico de Urbanização e Edificação (RJUE), o Regime Geral de Edificações Urbanas (RGEU), o Decreto-Lei 163/2006 de 8 de Agosto (Regime da Acessibilidade aos Edifícios e Estabelecimentos), Decreto-Lei 220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios) e ainda o Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro (A.L. N.º 1/2016).

Os valores propostos para as áreas de construção e de implantação apresentam-se na alínea g) da presente memória, a saber:

Índice de construção proposto: 0,45 Índice de ocupação proposto: 0,33 Da presente intervenção resultará uma habitação de 1 fogo, com as seguintes características: Área bruta de construção acima da cota de soleira (habitação): 207,28 m2 Área bruta de construção abaixo da cota de soleira (cave sem pé-direito regulamentar): 200,55 m2 As restantes características da construção são as seguintes: Área do Lote: 606,00 m2 Área de Implantação: 200,60 m2 Altura da Fachada a partir da cota de soleira: 7,20m Tipologia do fogo: Habitação T3 Cota de Soleira: 134,18 m

A implantação dos muros respeitará a previsão constante das plantas anexas e demais peças desenhadas, as quais foram elaboradas tendo em consideração o estipulado no P.D.M. de Oeiras, no RMUO e, acima de tudo, no Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro. Neste último, salvaguarda-se o cumprimento de: 

- Altura máxima 1,50 m para os muros dentro do lote, a avaliar pelos serviços municipais, caso a caso;

- Altura compreendida entre 1,50 m e 2,00 m para os muros de limite de propriedade confinantes com terrenos vizinhos; - Altura máxima 2,00 m para os muros de vedação confinantes com a via pública, constituídos por paramentos de alvenaria com altura compreendida entre 0,60 m e 1,00 m, sendo a restante dimensão vertical constituída por vedações vazadas Em relação aos alpendres, encontram-se incluídos nos cálculos de área bruta de construção por se tratarem de espaços exteriores cobertos, tal como vem definido no Decreto Regulamentar 9/2009, de 29 de Maio.

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JUSTIFICAÇÃO DAS OPÇÕES TÉCNICAS E DA INTEGRAÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA DA OPERAÇÃO: A solução arquitectónica proposta é marcada pela simplicidade volumétrica e cromática, onde a utilização predominante do cinza claro (NCS S 1000-N) lhe confere leveza e lumisidade. A utilização de outras materialidades, como a madeira e detalhes de fachada em xisto, cria um contraponto de texturas e tonalidades que enquadram e destacam certas áreas. Tratando-se de uma moradia geminada, alinhada ao limite direito do lote (tal como definido em plano de loteamento), a solução foi desenhada com o intuito de marcar linhas-guia que respeitam alinhamentos futuros (projecto do lote 4, com o qual pretendemos criar uma relação constante). Assim, volumetricamente, projecta-se um piso térreo muito rectilíneo e um piso superior, mais recuado, rectilíneo em alçado principal, mas com uma cobertura em curva descendente a tardoz. Este gesto diferenciador plasma uma plasticidade volumétrica que se demarca de uma solução convencional, concorrendo para uma expressão arquitectónica detentora de uma identidade própria, que pretende valorizar e dignificar a sua envolvente enquanto agente participativo na construção da imagem do território onde se insere. Este tema da curva é reforçado pontualmente na zona de entrada e no alpendre tardoz. O acentuado declive do terreno constituiu um desafio para o projecto da habitação e dos muros, motivo pelo qual se prevê a necessidade de efetuar movimentações de terras, para colmatar os acentuados desníveis de acesso ao lote. Perante a obrigatioriedade de cumprir os acessos pedonal e automóvel previamente estipulados no plano de loteamento, foi necessário propôr o enchimento do terreno na zona de entrada principal da habitação, como forma de colmatar o desnível de cerca de 2,00 m entre o nível do arruamento exterior e o terreno natural, cumprindo assim a cota de soleira mínima prevista no Regulamento de Loteamento (dentro do limite legal dos 0,70m). A tardoz, o nível de terreno proposto mantém, de uma forma mais controlada e acessível, a depressão natural do terreno. Os muros foram projectados tendo em conta o terreno proposto e as cotas a que os habitantes se deslocam, calculando a partir deles as alturas máximas dos muros limítrofes. Já o acesso automóvel, implantado na zona mais alta do terreno, obriga a uma escavação para o piso em cave, onde se prevê 2 lugares de estacionamento, tal como definido no Regulamento de Loteamento. A área exterior da edificação é composta por distintas áreas de ocupação, com diferentes níveis de permeabilidade. Estas correspondem a áreas de jardim, uma piscina, áreas de deck e um espaço de pérgula, tido em consideração como um anexo de 25,55 m2 e uma altura que não ultrapassa os 2,80m (tal como definido no Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro), que funciona como apoio à habitação, no qual se localiza uma bancada de apoio e arrumos. A área de deck subdivide-se em dois tipos: um totalmente impermeável assente sobre laje maciça ou possuindo obstáculos à sua permeabilidade (como por exemplo floreiras ou estruturas de bancada) e outro, por forma a não exceder os níveis de impermeabilização, assente em estrutura autoportante e vazada, por isso, semi-permeável. Tais situações encontram-se representadas nas peças desenhadas de arranjos exteriores, onde se apresentam áreas de impermeabilização do solo e as formas de tratamento da envolvente exterior. 

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INDICAÇÃO DAS CONDICIONANTES PARA UM ADEQUADO RELACIONAMENTO FORMAL E FUNCIONAL COM A ENVOLVENTE, INCLUINDO COM A VIA PÚBLICA E AS INFRAESTRUTURAS OU EQUIPAMENTOS AÍ EXISTENTES: O arruamento que serve o lote é pavimentado em blocos de pavimento exterior em betão vibro-prensado de dulpa camada e dispõe de infra-estruturas urbanas mínimas suficientes, nomeadamente esgotos, eletricidade, água e telecomunicações, às quais serão ligados os respectivos ramais. Apesar de a cota de soleira prevista para a moradia ser 134,18 m, o lote possui 2 acessos a partir da via pública, estando a porta de homem de acesso ao lote à cota 134,00 m e o portão de acesso automóvel à cota 134,37 m. Os muros serão rebocados e pintados na cor cinza claro (NCS S 1000-N) e a vedação metálica em barra chata e varetas verticais lacada na cor cinza (NCS S 2500-N), sendo também este o acabamento de todos os elementos metálicos previstos (portões e caixa do correio). As alturas das alvenarias dos muros acima do solo, do gradeamento e dos portões são definidas nos alçados constantes das peças desenhadas. PROGRAMA DE UTILIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES, QUANDO FOR O CASO, INCLUINDO A ÁREA A AFETAR AOS DIVERSOS USOS: Em relação à distribuição funcional dos diversos compartimentos interiores, os mesmos apresentam-se da seguinte forma: 1 - O piso térreo contempla e condensa as principais funções do programa habitacional, organizando-se em três núcleos distintos: - O núcleo de acesso, distribuição e comunicações verticais no limite direito (poente) da moradia. As escadas aí presentes estabelecem ligação com o piso em cave e com a mezzanine superior; - O núcleo privado, no limite poente e norte, com 2 quartos, uma instalação sanitária partilhada e uma suite com closet; - O núcleo social da sala de estar, jantar e cozinha ocupa todo o tardoz (a nascente) da moradia e mantém uma relação constante com jardim posterior, comunicando directamente com o alpendre coberto exterior. 2 - O piso superior funciona em mezzanine debruçada sobre a sala de estar. 3 - O piso em cave alberga funções técnicas de apoio à habitação, a saber, uma garagem com dois lugares de estacionamento, uma lavandaria e arrumos. O tecto curvo do espaço da sala de estar, varia entre os 2,50m e os 6,82m, possuindo os restantes compartimentos um pé direito livre de 2,50m. A cave, por sua vez, tem um pé-direito livre de 2,20 m. Construtivamente, a solução arquitectónica utiliza uma estrutura de lajes, pilares e vigas em betão armado, sendo as paredes exteriores executadas em alvenaria de tijolo térmico e acústico com isolamento térmico pelo exterior em sistema ETICS. A cobertura plana, revestida com lajetas térmicas, prevê a instalação de painéis solares para obtenção de energia. As caixilharias serão em alúminio anodizado à cor natural, com corte térmico e vidro duplo. O sombreamento far-se-á recorrendo a um sistema de estores exteriores. O valor estimado para a construção foi de 350.000,00€. 

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GABINETE

GIMA PROJECTOS - ARQUITECTURA E ENGENHARIA, LDA

 

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Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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ÁREA OBJETO DO PEDIDO: O presente projeto refere-se à construção de uma moradia unifamiliar geminada, a levar a efeito no Bairro do Outeiro, Lote 5, Leceia, freguesia de Barcarena, concelho de Oeiras. O lote tem uma área total de 606,00m², o qual se encontra descrito na 1ª Conservatória do Registo Predial de Oeiras sob o n.º 5259/20170704 (artigo matricial n.º 5721), com as seguintes confrontações: Norte: Lote 6 Sul: Lote 4 Nascente: Propriedade vizinha Quinta da Fonte Poente: Rua B de acesso ao loteamento O lote em questão insere-se num plano de loteamento urbano com vista a reconversão urbanística da AUGI do Outeiro de Leceia, segundo o alvará de loteamento n.º 1/2016.

CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO URBANÍSTICA: O lote está localizado em espaço residencial consolidado, não abrangido por RAN, nem por REN, conforme extrato do P.D.M. em anexo à presente memória descritiva. Para a obra de edificação da presente proposta, não será necessária a realização de demolições de construções, uma vez que o lote em questão se encontra completamente desocupado e livre de construções. Prevê-se a necessidade de efetuar movimentações de terras, para colmatar acentuados desníveis de acesso ao lote, questão desenvolvida adiante.

ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO NOS PLANOS TERRITORIAIS APLICÁVEIS: A construção prevista no presente projeto destina-se a habitação com 1 fogo e observa as normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente: o Regulamento do Plano Diretor Municipal de Oeiras, o Regulamento de Urbanização e Edificação do Município de Oeiras (RUEMO), o Regulamento de Permissões Administrativas, Taxas e Outras Receitas do Município de Oeiras (RPATOR), o Regime Jurídico de Urbanização e Edificação (RJUE), o Regime Geral de Edificações Urbanas (RGEU), o Decreto-Lei 163/2006 de 8 de Agosto (Regime da Acessibilidade aos Edifícios e Estabelecimentos), Decreto-Lei 220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios) e ainda o Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro (A.L. N.º 1/2016).

Os valores propostos para as áreas de construção e de implantação apresentam-se na alínea g) da presente memória, a saber:

Índice de construção proposto: 0,45 Índice de ocupação proposto: 0,33 Da presente intervenção resultará uma habitação de 1 fogo, com as seguintes características: Área bruta de construção acima da cota de soleira (habitação): 207,28 m2 Área bruta de construção abaixo da cota de soleira (cave sem pé-direito regulamentar): 200,55 m2 As restantes características da construção são as seguintes: Área do Lote: 606,00 m2 Área de Implantação: 200,60 m2 Altura da Fachada a partir da cota de soleira: 7,20m Tipologia do fogo: Habitação T3 Cota de Soleira: 134,18 m

A implantação dos muros respeitará a previsão constante das plantas anexas e demais peças desenhadas, as quais foram elaboradas tendo em consideração o estipulado no P.D.M. de Oeiras, no RMUO e, acima de tudo, no Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro. Neste último, salvaguarda-se o cumprimento de: 

- Altura máxima 1,50 m para os muros dentro do lote, a avaliar pelos serviços municipais, caso a caso;

- Altura compreendida entre 1,50 m e 2,00 m para os muros de limite de propriedade confinantes com terrenos vizinhos; - Altura máxima 2,00 m para os muros de vedação confinantes com a via pública, constituídos por paramentos de alvenaria com altura compreendida entre 0,60 m e 1,00 m, sendo a restante dimensão vertical constituída por vedações vazadas Em relação aos alpendres, encontram-se incluídos nos cálculos de área bruta de construção por se tratarem de espaços exteriores cobertos, tal como vem definido no Decreto Regulamentar 9/2009, de 29 de Maio.

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JUSTIFICAÇÃO DAS OPÇÕES TÉCNICAS E DA INTEGRAÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA DA OPERAÇÃO: A solução arquitectónica proposta é marcada pela simplicidade volumétrica e cromática, onde a utilização predominante do cinza claro (NCS S 1000-N) lhe confere leveza e lumisidade. A utilização de outras materialidades, como a madeira e detalhes de fachada em xisto, cria um contraponto de texturas e tonalidades que enquadram e destacam certas áreas. Tratando-se de uma moradia geminada, alinhada ao limite direito do lote (tal como definido em plano de loteamento), a solução foi desenhada com o intuito de marcar linhas-guia que respeitam alinhamentos futuros (projecto do lote 4, com o qual pretendemos criar uma relação constante). Assim, volumetricamente, projecta-se um piso térreo muito rectilíneo e um piso superior, mais recuado, rectilíneo em alçado principal, mas com uma cobertura em curva descendente a tardoz. Este gesto diferenciador plasma uma plasticidade volumétrica que se demarca de uma solução convencional, concorrendo para uma expressão arquitectónica detentora de uma identidade própria, que pretende valorizar e dignificar a sua envolvente enquanto agente participativo na construção da imagem do território onde se insere. Este tema da curva é reforçado pontualmente na zona de entrada e no alpendre tardoz. O acentuado declive do terreno constituiu um desafio para o projecto da habitação e dos muros, motivo pelo qual se prevê a necessidade de efetuar movimentações de terras, para colmatar os acentuados desníveis de acesso ao lote. Perante a obrigatioriedade de cumprir os acessos pedonal e automóvel previamente estipulados no plano de loteamento, foi necessário propôr o enchimento do terreno na zona de entrada principal da habitação, como forma de colmatar o desnível de cerca de 2,00 m entre o nível do arruamento exterior e o terreno natural, cumprindo assim a cota de soleira mínima prevista no Regulamento de Loteamento (dentro do limite legal dos 0,70m). A tardoz, o nível de terreno proposto mantém, de uma forma mais controlada e acessível, a depressão natural do terreno. Os muros foram projectados tendo em conta o terreno proposto e as cotas a que os habitantes se deslocam, calculando a partir deles as alturas máximas dos muros limítrofes. Já o acesso automóvel, implantado na zona mais alta do terreno, obriga a uma escavação para o piso em cave, onde se prevê 2 lugares de estacionamento, tal como definido no Regulamento de Loteamento. A área exterior da edificação é composta por distintas áreas de ocupação, com diferentes níveis de permeabilidade. Estas correspondem a áreas de jardim, uma piscina, áreas de deck e um espaço de pérgula, tido em consideração como um anexo de 25,55 m2 e uma altura que não ultrapassa os 2,80m (tal como definido no Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro), que funciona como apoio à habitação, no qual se localiza uma bancada de apoio e arrumos. A área de deck subdivide-se em dois tipos: um totalmente impermeável assente sobre laje maciça ou possuindo obstáculos à sua permeabilidade (como por exemplo floreiras ou estruturas de bancada) e outro, por forma a não exceder os níveis de impermeabilização, assente em estrutura autoportante e vazada, por isso, semi-permeável. Tais situações encontram-se representadas nas peças desenhadas de arranjos exteriores, onde se apresentam áreas de impermeabilização do solo e as formas de tratamento da envolvente exterior. 

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INDICAÇÃO DAS CONDICIONANTES PARA UM ADEQUADO RELACIONAMENTO FORMAL E FUNCIONAL COM A ENVOLVENTE, INCLUINDO COM A VIA PÚBLICA E AS INFRAESTRUTURAS OU EQUIPAMENTOS AÍ EXISTENTES: O arruamento que serve o lote é pavimentado em blocos de pavimento exterior em betão vibro-prensado de dulpa camada e dispõe de infra-estruturas urbanas mínimas suficientes, nomeadamente esgotos, eletricidade, água e telecomunicações, às quais serão ligados os respectivos ramais. Apesar de a cota de soleira prevista para a moradia ser 134,18 m, o lote possui 2 acessos a partir da via pública, estando a porta de homem de acesso ao lote à cota 134,00 m e o portão de acesso automóvel à cota 134,37 m. Os muros serão rebocados e pintados na cor cinza claro (NCS S 1000-N) e a vedação metálica em barra chata e varetas verticais lacada na cor cinza (NCS S 2500-N), sendo também este o acabamento de todos os elementos metálicos previstos (portões e caixa do correio). As alturas das alvenarias dos muros acima do solo, do gradeamento e dos portões são definidas nos alçados constantes das peças desenhadas. PROGRAMA DE UTILIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES, QUANDO FOR O CASO, INCLUINDO A ÁREA A AFETAR AOS DIVERSOS USOS: Em relação à distribuição funcional dos diversos compartimentos interiores, os mesmos apresentam-se da seguinte forma: 1 - O piso térreo contempla e condensa as principais funções do programa habitacional, organizando-se em três núcleos distintos: - O núcleo de acesso, distribuição e comunicações verticais no limite direito (poente) da moradia. As escadas aí presentes estabelecem ligação com o piso em cave e com a mezzanine superior; - O núcleo privado, no limite poente e norte, com 2 quartos, uma instalação sanitária partilhada e uma suite com closet; - O núcleo social da sala de estar, jantar e cozinha ocupa todo o tardoz (a nascente) da moradia e mantém uma relação constante com jardim posterior, comunicando directamente com o alpendre coberto exterior. 2 - O piso superior funciona em mezzanine debruçada sobre a sala de estar. 3 - O piso em cave alberga funções técnicas de apoio à habitação, a saber, uma garagem com dois lugares de estacionamento, uma lavandaria e arrumos. O tecto curvo do espaço da sala de estar, varia entre os 2,50m e os 6,82m, possuindo os restantes compartimentos um pé direito livre de 2,50m. A cave, por sua vez, tem um pé-direito livre de 2,20 m. Construtivamente, a solução arquitectónica utiliza uma estrutura de lajes, pilares e vigas em betão armado, sendo as paredes exteriores executadas em alvenaria de tijolo térmico e acústico com isolamento térmico pelo exterior em sistema ETICS. A cobertura plana, revestida com lajetas térmicas, prevê a instalação de painéis solares para obtenção de energia. As caixilharias serão em alúminio anodizado à cor natural, com corte térmico e vidro duplo. O sombreamento far-se-á recorrendo a um sistema de estores exteriores. O valor estimado para a construção foi de 350.000,00€. 

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CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO URBANÍSTICA: O lote está localizado em espaço residencial consolidado, não abrangido por RAN, nem por REN, conforme extrato do P.D.M. em anexo à presente memória descritiva. Para a obra de edificação da presente proposta, não será necessária a realização de demolições de construções, uma vez que o lote em questão se encontra completamente desocupado e livre de construções. Prevê-se a necessidade de efetuar movimentações de terras, para colmatar acentuados desníveis de acesso ao lote, questão desenvolvida adiante.

ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO NOS PLANOS TERRITORIAIS APLICÁVEIS: A construção prevista no presente projeto destina-se a habitação com 1 fogo e observa as normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente: o Regulamento do Plano Diretor Municipal de Oeiras, o Regulamento de Urbanização e Edificação do Município de Oeiras (RUEMO), o Regulamento de Permissões Administrativas, Taxas e Outras Receitas do Município de Oeiras (RPATOR), o Regime Jurídico de Urbanização e Edificação (RJUE), o Regime Geral de Edificações Urbanas (RGEU), o Decreto-Lei 163/2006 de 8 de Agosto (Regime da Acessibilidade aos Edifícios e Estabelecimentos), Decreto-Lei 220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios) e ainda o Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro (A.L. N.º 1/2016).

Os valores propostos para as áreas de construção e de implantação apresentam-se na alínea g) da presente memória, a saber:

Índice de construção proposto: 0,45 Índice de ocupação proposto: 0,33 Da presente intervenção resultará uma habitação de 1 fogo, com as seguintes características: Área bruta de construção acima da cota de soleira (habitação): 207,28 m2 Área bruta de construção abaixo da cota de soleira (cave sem pé-direito regulamentar): 200,55 m2 As restantes características da construção são as seguintes: Área do Lote: 606,00 m2 Área de Implantação: 200,60 m2 Altura da Fachada a partir da cota de soleira: 7,20m Tipologia do fogo: Habitação T3 Cota de Soleira: 134,18 m

A implantação dos muros respeitará a previsão constante das plantas anexas e demais peças desenhadas, as quais foram elaboradas tendo em consideração o estipulado no P.D.M. de Oeiras, no RMUO e, acima de tudo, no Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro. Neste último, salvaguarda-se o cumprimento de: 

- Altura máxima 1,50 m para os muros dentro do lote, a avaliar pelos serviços municipais, caso a caso;

- Altura compreendida entre 1,50 m e 2,00 m para os muros de limite de propriedade confinantes com terrenos vizinhos; - Altura máxima 2,00 m para os muros de vedação confinantes com a via pública, constituídos por paramentos de alvenaria com altura compreendida entre 0,60 m e 1,00 m, sendo a restante dimensão vertical constituída por vedações vazadas Em relação aos alpendres, encontram-se incluídos nos cálculos de área bruta de construção por se tratarem de espaços exteriores cobertos, tal como vem definido no Decreto Regulamentar 9/2009, de 29 de Maio.

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JUSTIFICAÇÃO DAS OPÇÕES TÉCNICAS E DA INTEGRAÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA DA OPERAÇÃO: A solução arquitectónica proposta é marcada pela simplicidade volumétrica e cromática, onde a utilização predominante do cinza claro (NCS S 1000-N) lhe confere leveza e lumisidade. A utilização de outras materialidades, como a madeira e detalhes de fachada em xisto, cria um contraponto de texturas e tonalidades que enquadram e destacam certas áreas. Tratando-se de uma moradia geminada, alinhada ao limite direito do lote (tal como definido em plano de loteamento), a solução foi desenhada com o intuito de marcar linhas-guia que respeitam alinhamentos futuros (projecto do lote 4, com o qual pretendemos criar uma relação constante). Assim, volumetricamente, projecta-se um piso térreo muito rectilíneo e um piso superior, mais recuado, rectilíneo em alçado principal, mas com uma cobertura em curva descendente a tardoz. Este gesto diferenciador plasma uma plasticidade volumétrica que se demarca de uma solução convencional, concorrendo para uma expressão arquitectónica detentora de uma identidade própria, que pretende valorizar e dignificar a sua envolvente enquanto agente participativo na construção da imagem do território onde se insere. Este tema da curva é reforçado pontualmente na zona de entrada e no alpendre tardoz. O acentuado declive do terreno constituiu um desafio para o projecto da habitação e dos muros, motivo pelo qual se prevê a necessidade de efetuar movimentações de terras, para colmatar os acentuados desníveis de acesso ao lote. Perante a obrigatioriedade de cumprir os acessos pedonal e automóvel previamente estipulados no plano de loteamento, foi necessário propôr o enchimento do terreno na zona de entrada principal da habitação, como forma de colmatar o desnível de cerca de 2,00 m entre o nível do arruamento exterior e o terreno natural, cumprindo assim a cota de soleira mínima prevista no Regulamento de Loteamento (dentro do limite legal dos 0,70m). A tardoz, o nível de terreno proposto mantém, de uma forma mais controlada e acessível, a depressão natural do terreno. Os muros foram projectados tendo em conta o terreno proposto e as cotas a que os habitantes se deslocam, calculando a partir deles as alturas máximas dos muros limítrofes. Já o acesso automóvel, implantado na zona mais alta do terreno, obriga a uma escavação para o piso em cave, onde se prevê 2 lugares de estacionamento, tal como definido no Regulamento de Loteamento. A área exterior da edificação é composta por distintas áreas de ocupação, com diferentes níveis de permeabilidade. Estas correspondem a áreas de jardim, uma piscina, áreas de deck e um espaço de pérgula, tido em consideração como um anexo de 25,55 m2 e uma altura que não ultrapassa os 2,80m (tal como definido no Regulamento do Loteamento do Bairro do Outeiro), que funciona como apoio à habitação, no qual se localiza uma bancada de apoio e arrumos. A área de deck subdivide-se em dois tipos: um totalmente impermeável assente sobre laje maciça ou possuindo obstáculos à sua permeabilidade (como por exemplo floreiras ou estruturas de bancada) e outro, por forma a não exceder os níveis de impermeabilização, assente em estrutura autoportante e vazada, por isso, semi-permeável. Tais situações encontram-se representadas nas peças desenhadas de arranjos exteriores, onde se apresentam áreas de impermeabilização do solo e as formas de tratamento da envolvente exterior. 

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INDICAÇÃO DAS CONDICIONANTES PARA UM ADEQUADO RELACIONAMENTO FORMAL E FUNCIONAL COM A ENVOLVENTE, INCLUINDO COM A VIA PÚBLICA E AS INFRAESTRUTURAS OU EQUIPAMENTOS AÍ EXISTENTES: O arruamento que serve o lote é pavimentado em blocos de pavimento exterior em betão vibro-prensado de dulpa camada e dispõe de infra-estruturas urbanas mínimas suficientes, nomeadamente esgotos, eletricidade, água e telecomunicações, às quais serão ligados os respectivos ramais. Apesar de a cota de soleira prevista para a moradia ser 134,18 m, o lote possui 2 acessos a partir da via pública, estando a porta de homem de acesso ao lote à cota 134,00 m e o portão de acesso automóvel à cota 134,37 m. Os muros serão rebocados e pintados na cor cinza claro (NCS S 1000-N) e a vedação metálica em barra chata e varetas verticais lacada na cor cinza (NCS S 2500-N), sendo também este o acabamento de todos os elementos metálicos previstos (portões e caixa do correio). As alturas das alvenarias dos muros acima do solo, do gradeamento e dos portões são definidas nos alçados constantes das peças desenhadas. PROGRAMA DE UTILIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES, QUANDO FOR O CASO, INCLUINDO A ÁREA A AFETAR AOS DIVERSOS USOS: Em relação à distribuição funcional dos diversos compartimentos interiores, os mesmos apresentam-se da seguinte forma: 1 - O piso térreo contempla e condensa as principais funções do programa habitacional, organizando-se em três núcleos distintos: - O núcleo de acesso, distribuição e comunicações verticais no limite direito (poente) da moradia. As escadas aí presentes estabelecem ligação com o piso em cave e com a mezzanine superior; - O núcleo privado, no limite poente e norte, com 2 quartos, uma instalação sanitária partilhada e uma suite com closet; - O núcleo social da sala de estar, jantar e cozinha ocupa todo o tardoz (a nascente) da moradia e mantém uma relação constante com jardim posterior, comunicando directamente com o alpendre coberto exterior. 2 - O piso superior funciona em mezzanine debruçada sobre a sala de estar. 3 - O piso em cave alberga funções técnicas de apoio à habitação, a saber, uma garagem com dois lugares de estacionamento, uma lavandaria e arrumos. O tecto curvo do espaço da sala de estar, varia entre os 2,50m e os 6,82m, possuindo os restantes compartimentos um pé direito livre de 2,50m. A cave, por sua vez, tem um pé-direito livre de 2,20 m. Construtivamente, a solução arquitectónica utiliza uma estrutura de lajes, pilares e vigas em betão armado, sendo as paredes exteriores executadas em alvenaria de tijolo térmico e acústico com isolamento térmico pelo exterior em sistema ETICS. A cobertura plana, revestida com lajetas térmicas, prevê a instalação de painéis solares para obtenção de energia. As caixilharias serão em alúminio anodizado à cor natural, com corte térmico e vidro duplo. O sombreamento far-se-á recorrendo a um sistema de estores exteriores. O valor estimado para a construção foi de 350.000,00€. 

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GIMA PROJECTOS - ARQUITECTURA E ENGENHARIA, LDA