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...o trigo do joio.

Categoria:  Artigos de Opinião

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Artigo de Opinião Pedro Novo_destaque

Artigo de Opinião Pedro Novo

Em Portugal, para a grande maioria das pessoas o arquitecto ainda é o alfaiate de fato à medida, que olha para o cliente como estrela cintilante dos palcos pop. Entendem-no como artista de devaneios que cria casas onde não se pode morar. Casas para os flashes das revistas. Não podiam estar mais errados! A profissão não é hermética e as áreas de intervenção abrangem um espectro muito largo para além das áreas directamente ligadas ao projecto, tornando-a assim complexa na sua interpretação. A ideia estereotipada do arquitecto-artista que opera apenas para uma classe endinheirada é pensamento pouco esclarecido sobre a importância do papel da arquitectura nos desígnios das nossas vidas. Profissão que necessita de relações humanas e sobretudo da boa vontade, dedicação e competência de centenas de intervenientes nas mais diferentes especialidades para que a obra chegue ao fim… Sim, sim… Que chegue ao fim!

Se na última década os gabinetes de arquitectura têm dados passos tímidos nos processos e metodologias de projecto para que o mesmo possa ser mais operativo entre especialidades e ausente de erros, será a pandemia do Covid-19 o acelerador dessa uniformização? Irá a obrigatoriedade de trabalho a partir de casa provocar a revisão e adaptação destes mesmos processos e metodologias , assim como na reorganização do trabalho em equipa? Irá o espaço de atelier, lugar de discussão e partilha, onde no confronto surgem as melhores ideias, desvanecer para o espaço virtual?

Estaremos perante o fim das tipologias tradicionais de escritórios? Será este factor importante na gestão dos custos de projecto tornando o projecto de arquitectura mais apetecível financeiramente para o cliente?

Esta experiência global, apesar de surpreendente, obrigou a toda uma estrutura societária a permanecer em casa, provocando a reflexão generalizada nos processos e rentabilidade dos sectores directamente associados aos serviços. Se no final do ano passado, a Microsoft garantia níveis de rentabilidade superiores quando os seus funcionários usufruíssem de fins-de-semana de descanso com três dias, porque não agarrarmos a oportunidade promovida por esta experiência forçada?

São muitas as perguntas sem respostas imediatas, acredito que algo acontecerá, mas nunca revolucionário! Será sim um momento de análise e reposicionamento sobre as metodologias através de ajustamentos que se reflectirão em apenas mais um passo nos caminhos que estávamos todos a trilhar. No entanto, estou certo que esta pandemia embaterá com tal violência e de modo tão veloz que será ela própria, o crivo que separará o trigo do joio neste sector tão frágil.

Gabinete:

PEDRO NOVO - ARQUITECTOS

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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Artigo de Opinião Pedro Novo

Em Portugal, para a grande maioria das pessoas o arquitecto ainda é o alfaiate de fato à medida, que olha para o cliente como estrela cintilante dos palcos pop. Entendem-no como artista de devaneios que cria casas onde não se pode morar. Casas para os flashes das revistas. Não podiam estar mais errados! A profissão não é hermética e as áreas de intervenção abrangem um espectro muito largo para além das áreas directamente ligadas ao projecto, tornando-a assim complexa na sua interpretação. A ideia estereotipada do arquitecto-artista que opera apenas para uma classe endinheirada é pensamento pouco esclarecido sobre a importância do papel da arquitectura nos desígnios das nossas vidas. Profissão que necessita de relações humanas e sobretudo da boa vontade, dedicação e competência de centenas de intervenientes nas mais diferentes especialidades para que a obra chegue ao fim… Sim, sim… Que chegue ao fim!

Se na última década os gabinetes de arquitectura têm dados passos tímidos nos processos e metodologias de projecto para que o mesmo possa ser mais operativo entre especialidades e ausente de erros, será a pandemia do Covid-19 o acelerador dessa uniformização? Irá a obrigatoriedade de trabalho a partir de casa provocar a revisão e adaptação destes mesmos processos e metodologias , assim como na reorganização do trabalho em equipa? Irá o espaço de atelier, lugar de discussão e partilha, onde no confronto surgem as melhores ideias, desvanecer para o espaço virtual?

Estaremos perante o fim das tipologias tradicionais de escritórios? Será este factor importante na gestão dos custos de projecto tornando o projecto de arquitectura mais apetecível financeiramente para o cliente?

Esta experiência global, apesar de surpreendente, obrigou a toda uma estrutura societária a permanecer em casa, provocando a reflexão generalizada nos processos e rentabilidade dos sectores directamente associados aos serviços. Se no final do ano passado, a Microsoft garantia níveis de rentabilidade superiores quando os seus funcionários usufruíssem de fins-de-semana de descanso com três dias, porque não agarrarmos a oportunidade promovida por esta experiência forçada?

São muitas as perguntas sem respostas imediatas, acredito que algo acontecerá, mas nunca revolucionário! Será sim um momento de análise e reposicionamento sobre as metodologias através de ajustamentos que se reflectirão em apenas mais um passo nos caminhos que estávamos todos a trilhar. No entanto, estou certo que esta pandemia embaterá com tal violência e de modo tão veloz que será ela própria, o crivo que separará o trigo do joio neste sector tão frágil.

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Em Portugal, para a grande maioria das pessoas o arquitecto ainda é o alfaiate de fato à medida, que olha para o cliente como estrela cintilante dos palcos pop. Entendem-no como artista de devaneios que cria casas onde não se pode morar. Casas para os flashes das revistas. Não podiam estar mais errados! A profissão não é hermética e as áreas de intervenção abrangem um espectro muito largo para além das áreas directamente ligadas ao projecto, tornando-a assim complexa na sua interpretação. A ideia estereotipada do arquitecto-artista que opera apenas para uma classe endinheirada é pensamento pouco esclarecido sobre a importância do papel da arquitectura nos desígnios das nossas vidas. Profissão que necessita de relações humanas e sobretudo da boa vontade, dedicação e competência de centenas de intervenientes nas mais diferentes especialidades para que a obra chegue ao fim… Sim, sim… Que chegue ao fim!

Se na última década os gabinetes de arquitectura têm dados passos tímidos nos processos e metodologias de projecto para que o mesmo possa ser mais operativo entre especialidades e ausente de erros, será a pandemia do Covid-19 o acelerador dessa uniformização? Irá a obrigatoriedade de trabalho a partir de casa provocar a revisão e adaptação destes mesmos processos e metodologias , assim como na reorganização do trabalho em equipa? Irá o espaço de atelier, lugar de discussão e partilha, onde no confronto surgem as melhores ideias, desvanecer para o espaço virtual?

Estaremos perante o fim das tipologias tradicionais de escritórios? Será este factor importante na gestão dos custos de projecto tornando o projecto de arquitectura mais apetecível financeiramente para o cliente?

Esta experiência global, apesar de surpreendente, obrigou a toda uma estrutura societária a permanecer em casa, provocando a reflexão generalizada nos processos e rentabilidade dos sectores directamente associados aos serviços. Se no final do ano passado, a Microsoft garantia níveis de rentabilidade superiores quando os seus funcionários usufruíssem de fins-de-semana de descanso com três dias, porque não agarrarmos a oportunidade promovida por esta experiência forçada?

São muitas as perguntas sem respostas imediatas, acredito que algo acontecerá, mas nunca revolucionário! Será sim um momento de análise e reposicionamento sobre as metodologias através de ajustamentos que se reflectirão em apenas mais um passo nos caminhos que estávamos todos a trilhar. No entanto, estou certo que esta pandemia embaterá com tal violência e de modo tão veloz que será ela própria, o crivo que separará o trigo do joio neste sector tão frágil.

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