“Bauhaus do Mar”: projeto para futuro sustentável arrancou em Lisboa, será financiado com cinco milhões de euros
A criação de projetos que promovam uma consciência ecológica na reimaginação das cidades para um futuro sustentável e inclusivo está no centro do “Bauhaus do Mar”, iniciativa europeia que arrancou na semana passada em Lisboa.
O “Bauhaus do Mar” (‘Bauhaus of the Sea Sails’, em inglês) é único projeto-farol liderado por Portugal e financiado pela União Europeia no âmbito do Novo Bauhaus Europeu. De acordo com dois dos coordenadores, o designer Frederico Duarte e a arquiteta Mariana Pestana, o projeto será implementado por 18 parceiros da União Europeia (UE) nos próximos três anos, visando mediar iniciativas e criar sinergias entre elas, para que sejam implementadas e divulgadas.
“Os objetivos destes projetos têm em comum o facto de promoverem uma forma de viver mais sustentável, mais bela e mais em comunidade”, salientou Frederico Duarte em declarações à Lusa, num intervalo da primeira sessão do encontro, que decorreu no Hub Criativo do Beato, e também na Fundação Calouste Gulbenkian.
Viver de forma mais sustentável
Menus com alimentos regenerativos que combatem a poluição, mobiliário urbano feito a partir de crustáceos e algas, ou a criação de corais artificiais para a proteção da costa e promoção da biodiversidade são algumas das propostas inovadoras do projeto. O “Bauhaus do Mar” é um dos seis projetos-farol do Novo Bauhaus Europeu, iniciativa da Comissão europeia iniciada em 2020, de caráter criativo e interdisciplinar.
No ano passado, o Novo Bauhaus Europeu lançou os projetos-farol, financiados com cinco milhões de euros cada, para juntar consórcios de parceiros entre os estados-membros. Em Lisboa, ao longo dos dois dias do evento, os parceiros do projeto, agentes nacionais e convidados das outras cidades europeias envolvidas – Roterdão, Veneza, Hamburgo, Malmo, Génova e Oeiras – apresentaram e debateram abordagens para as cidades costeiras, segundo a organização.
O programa incluiu demonstrações, exposições e performances para um futuro mais sustentável e inclusivo, contando com intervenções de entidades como a tecnológica Famstudio, o Atelier Luma, dedicado à aprendizagem e conhecimento, o Instituto Max Planck de Comportamento Animal e a Climavore, projeto dedicado à alimentação humana adaptada à proteção do clima.
Um projeto que reimagina as cidades
O projeto é interdisciplinar, cruzando as áreas da arquitetura, design, arte, tecnologia e ciência, procurando reimaginar a forma como as cidades costeiras se relacionam com o território líquido. Ambos os coordenadores do Instituto Superior Técnico (IST) sublinharam que este é o primeiro projeto-farol a ser coordenado por um país do sul da Europa, “portanto Portugal está na linha da frente”.
Coordenado pela capital portuguesa, a partir do IST, o “Bauhaus do Mar” tem como parceiros nacionais a Fundação Calouste Gulbenkian, a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara Municipal de Oeiras, das duas cidades envolvidas.
Com três anos de atividade, o projeto irá primeiro fazer uma auscultação, e desenvolverá em seguida iniciativas promotoras dos objetivos, nomeadamente a criação de um Fórum do Mar, no qual um grupo de cidadãos de cada cidade se dedicará a sensibilizar para a consciencialização de um futuro mais sustentável.
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