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OPINIÃO: Construção e Mudança Climática: a aerotermia como solução

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Jorge Carvalho D3521-013 so online

Jorge Carvalho D3521-013

Business Director da Eurofred Portugal

A COP27, Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas realizada há poucas semanas, acaba de partilhar dados e conclusões reais que afetam todos os setores e que nos “empurram” a acelerar os objetivos climáticos. Entre diversos setores chamados à ação destaca-se a construção, que em 2021 foi responsável por mais de 34% de consumo energético e cerca de 37% das emissões de CO2 relacionadas com a energia.

No mesmo ano, a procura de soluções energéticas para aquecimento, arrefecimento, iluminação e equipamentos, destas soluções cresceu cerca de 4% face a 2020. Estes dados são incompatíveis não só com os compromissos do Acordo de Paris, como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (em especial o ODS 11 sobre Cidades e comunidades sustentáveis) e ainda com o objetivo de redução do impacto ambiental das cidades. A menos que aceleremos de forma urgente a descarbonização dos edifícios.

Para isso, há que implementar múltiplas medidas: eliminação dos gases refrigerantes HFC com um alto GWP (tal como dita a normativa F-GAS, tendo em conta os objetivos marcados para a Portugal pelo PNEC) e, ainda, que todos os edifícios de nova construção sejam Edifícios Energia Zero (EEZ). Mas outra solução, e sem qualquer dúvida, a grande protagonista será a instalação de sistemas Bomba de Calor com base em energia renovável de Aerotermia.

Como transformar a climatização?

Segundo as Directivas 2009/28/CE e 2018/2001, a aerotermia é uma tecnologia limpa e renovável, que pode proporcionar tanto calor no inverno, como frio no verão, além de água quente sanitária (AQS) durante todo o ano. Além disso, só gera uma quarta parte das emissões de CO2 que os sistemas elétricos (metade do que aqueles baseados em gasóleo) e 10% menos do que o gás usa, pelo que o seu impacto ambiental é muito menor.

Ao operar sozinho com eletricidade, os sistemas aerotérmicos evitam a necessidade de contratar gás ou outros combustíveis, e o consumo elétrico ainda pode ser mais reduzido se acrescentarmos sistemas de energias renováveis, como a energia solar fotovoltaica. A nível individual, podemos falar em poupanças energéticas superiores a 80% em aquecimento ou AQS. Um valor numérico a não desprezar neste momento de crise energética e inflação.

A elevada eficiência energética da aerotermia permite a promotores, construtores e proprietários cumprir com as normas e obter uma boa classificação na etiqueta energética da sua habitação ou edifício. Neste sentido, e considerando que cerca de 65% do consumo de energia de uma casa se dedica a cobrir as necessidades de climatização e AQS, a reabilitaçãoe substituição de equipamentos por sistemas mais eficientes, como a aerotermia, adquire um grande peso. Por isso mesmo, o novo Código Técnico de Edificação 2019 dedica uma seção ao mesmo, não sendo necessário justificar esses sistemas como alternativa.

As tendências do setor demonstraram que a aerotermia é a opção do futuro: em 2021, a venda de bombas de calor aerotérmicas superou os 20% em relação ao total do mercado de máquinas (AFEC). Uma tendência positiva, que, tudo indica, se manterá.

Num momento tão complexo como o atual - uma crise climática com uma alucinante crise energética - os edifícios devem acelerar todas as iniciativas tecnológicas que permitam alinhar os objetivos de sustentabilidade com os de poupança e, consequentemente com o conforto de quem neles vive. Neste sentido, fica claro o papel do setor de construção na redução do consumo dos recursos naturais e na minimização do impacto ambiental das infraestruturas. É o momento de acelerar a descarbonização.

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

OPINIÃO: Construção e Mudança Climática: a aerotermia como solução

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Jorge Carvalho D3521-013 so online

Jorge Carvalho D3521-013

Business Director da Eurofred Portugal

A COP27, Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas realizada há poucas semanas, acaba de partilhar dados e conclusões reais que afetam todos os setores e que nos “empurram” a acelerar os objetivos climáticos. Entre diversos setores chamados à ação destaca-se a construção, que em 2021 foi responsável por mais de 34% de consumo energético e cerca de 37% das emissões de CO2 relacionadas com a energia.

No mesmo ano, a procura de soluções energéticas para aquecimento, arrefecimento, iluminação e equipamentos, destas soluções cresceu cerca de 4% face a 2020. Estes dados são incompatíveis não só com os compromissos do Acordo de Paris, como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (em especial o ODS 11 sobre Cidades e comunidades sustentáveis) e ainda com o objetivo de redução do impacto ambiental das cidades. A menos que aceleremos de forma urgente a descarbonização dos edifícios.

Para isso, há que implementar múltiplas medidas: eliminação dos gases refrigerantes HFC com um alto GWP (tal como dita a normativa F-GAS, tendo em conta os objetivos marcados para a Portugal pelo PNEC) e, ainda, que todos os edifícios de nova construção sejam Edifícios Energia Zero (EEZ). Mas outra solução, e sem qualquer dúvida, a grande protagonista será a instalação de sistemas Bomba de Calor com base em energia renovável de Aerotermia.

Como transformar a climatização?

Segundo as Directivas 2009/28/CE e 2018/2001, a aerotermia é uma tecnologia limpa e renovável, que pode proporcionar tanto calor no inverno, como frio no verão, além de água quente sanitária (AQS) durante todo o ano. Além disso, só gera uma quarta parte das emissões de CO2 que os sistemas elétricos (metade do que aqueles baseados em gasóleo) e 10% menos do que o gás usa, pelo que o seu impacto ambiental é muito menor.

Ao operar sozinho com eletricidade, os sistemas aerotérmicos evitam a necessidade de contratar gás ou outros combustíveis, e o consumo elétrico ainda pode ser mais reduzido se acrescentarmos sistemas de energias renováveis, como a energia solar fotovoltaica. A nível individual, podemos falar em poupanças energéticas superiores a 80% em aquecimento ou AQS. Um valor numérico a não desprezar neste momento de crise energética e inflação.

A elevada eficiência energética da aerotermia permite a promotores, construtores e proprietários cumprir com as normas e obter uma boa classificação na etiqueta energética da sua habitação ou edifício. Neste sentido, e considerando que cerca de 65% do consumo de energia de uma casa se dedica a cobrir as necessidades de climatização e AQS, a reabilitaçãoe substituição de equipamentos por sistemas mais eficientes, como a aerotermia, adquire um grande peso. Por isso mesmo, o novo Código Técnico de Edificação 2019 dedica uma seção ao mesmo, não sendo necessário justificar esses sistemas como alternativa.

As tendências do setor demonstraram que a aerotermia é a opção do futuro: em 2021, a venda de bombas de calor aerotérmicas superou os 20% em relação ao total do mercado de máquinas (AFEC). Uma tendência positiva, que, tudo indica, se manterá.

Num momento tão complexo como o atual - uma crise climática com uma alucinante crise energética - os edifícios devem acelerar todas as iniciativas tecnológicas que permitam alinhar os objetivos de sustentabilidade com os de poupança e, consequentemente com o conforto de quem neles vive. Neste sentido, fica claro o papel do setor de construção na redução do consumo dos recursos naturais e na minimização do impacto ambiental das infraestruturas. É o momento de acelerar a descarbonização.

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Jorge Carvalho D3521-013 so online

Jorge Carvalho D3521-013

Business Director da Eurofred Portugal

A COP27, Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas realizada há poucas semanas, acaba de partilhar dados e conclusões reais que afetam todos os setores e que nos “empurram” a acelerar os objetivos climáticos. Entre diversos setores chamados à ação destaca-se a construção, que em 2021 foi responsável por mais de 34% de consumo energético e cerca de 37% das emissões de CO2 relacionadas com a energia.

No mesmo ano, a procura de soluções energéticas para aquecimento, arrefecimento, iluminação e equipamentos, destas soluções cresceu cerca de 4% face a 2020. Estes dados são incompatíveis não só com os compromissos do Acordo de Paris, como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (em especial o ODS 11 sobre Cidades e comunidades sustentáveis) e ainda com o objetivo de redução do impacto ambiental das cidades. A menos que aceleremos de forma urgente a descarbonização dos edifícios.

Para isso, há que implementar múltiplas medidas: eliminação dos gases refrigerantes HFC com um alto GWP (tal como dita a normativa F-GAS, tendo em conta os objetivos marcados para a Portugal pelo PNEC) e, ainda, que todos os edifícios de nova construção sejam Edifícios Energia Zero (EEZ). Mas outra solução, e sem qualquer dúvida, a grande protagonista será a instalação de sistemas Bomba de Calor com base em energia renovável de Aerotermia.

Como transformar a climatização?

Segundo as Directivas 2009/28/CE e 2018/2001, a aerotermia é uma tecnologia limpa e renovável, que pode proporcionar tanto calor no inverno, como frio no verão, além de água quente sanitária (AQS) durante todo o ano. Além disso, só gera uma quarta parte das emissões de CO2 que os sistemas elétricos (metade do que aqueles baseados em gasóleo) e 10% menos do que o gás usa, pelo que o seu impacto ambiental é muito menor.

Ao operar sozinho com eletricidade, os sistemas aerotérmicos evitam a necessidade de contratar gás ou outros combustíveis, e o consumo elétrico ainda pode ser mais reduzido se acrescentarmos sistemas de energias renováveis, como a energia solar fotovoltaica. A nível individual, podemos falar em poupanças energéticas superiores a 80% em aquecimento ou AQS. Um valor numérico a não desprezar neste momento de crise energética e inflação.

A elevada eficiência energética da aerotermia permite a promotores, construtores e proprietários cumprir com as normas e obter uma boa classificação na etiqueta energética da sua habitação ou edifício. Neste sentido, e considerando que cerca de 65% do consumo de energia de uma casa se dedica a cobrir as necessidades de climatização e AQS, a reabilitaçãoe substituição de equipamentos por sistemas mais eficientes, como a aerotermia, adquire um grande peso. Por isso mesmo, o novo Código Técnico de Edificação 2019 dedica uma seção ao mesmo, não sendo necessário justificar esses sistemas como alternativa.

As tendências do setor demonstraram que a aerotermia é a opção do futuro: em 2021, a venda de bombas de calor aerotérmicas superou os 20% em relação ao total do mercado de máquinas (AFEC). Uma tendência positiva, que, tudo indica, se manterá.

Num momento tão complexo como o atual - uma crise climática com uma alucinante crise energética - os edifícios devem acelerar todas as iniciativas tecnológicas que permitam alinhar os objetivos de sustentabilidade com os de poupança e, consequentemente com o conforto de quem neles vive. Neste sentido, fica claro o papel do setor de construção na redução do consumo dos recursos naturais e na minimização do impacto ambiental das infraestruturas. É o momento de acelerar a descarbonização.