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JLL celebra 25 anos no imobiliário em Portugal com debate sobre o futuro do mercado

Categoria:  Artigos Técnicos > Notícias Artigos técnicos

Publicado

Pedro Lancastre_3

Consultora realiza evento onde se traçará o retrato de mais de duas décadas de evolução deste setor

e se debaterão as tendências do futuro.

Pedro Lancastre

A consultora imobiliária JLL celebra 25 anos de atividade em Portugal com um evento que fará o balanço do mercado nacional ao longo de mais de duas décadas, e debaterá o futuro deste setor, reunindo os presidentes das autarquias de Lisboa e Porto - Carlos Moedas e Rui Moreira, bem como o ex Vice-Primeiro Ministro Paulo Portas. O encontro realiza-se hoje, 24 de junho, e espera mais de 400 convidados.

Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal realça: “Há precisamente 25 anos que a JLL está ao lado dos seus clientes a concretizar ideias e projetos, ajudando a transformar os espaços e as cidades. É um marco incontornável para fazermos um balanço de tudo o que tem acontecido no mercado nacional, mas também para celebrar o futuro. E hoje, mais do que nunca, temos um futuro que se adivinha desafiante, com a certeza - como nos mostraram os dois últimos anos - de que tudo pode mudar, de forma muito rápida e intensa. Vamos reunir toda a nossa equipa e stakeholders neste evento, para debater os temas que vão marcar o futuro do imobiliário, sem esquecer o admirável percurso que o nosso mercado fez até hoje”.

“O imobiliário nacional percorreu um longo caminho, mas continuamos a ter muitos quilómetros por descobrir. Mesmo com os desafios que todos enfrentamos hoje - com o aumento dos custos de construção e dos combustíveis, o impacto da subida da taxa de inflação e a incerteza e complexidade do conflito Ucrânia/Rússia - o mercado imobiliário em Portugal vai continuar a liderar o caminho da projeção internacional do nosso país. Este é um setor que já deu provas da sua resiliência e atratividade, enfrentando, com distinção, diferentes ciclos económicos ao longo das duas últimas décadas e mostrando que tem capacidade de se reinventar”, acrescenta Pedro Lancastre.

Sobre os painéis de debate desta conferência, estarão temas como a tecnologia, sustentabilidade e os novos espaços onde vamos viver e trabalhar, com várias intervenções de diretores nacionais e internacionais da JLL, a par da apresentação das oportunidades de investimento em Lisboa e Porto pelos responsáveis máximos das duas cidades, Carlos Moedas e Rui Moreira. A Paulo Portas caberá a reflexão sobre a situação geopolítica e geoeconómica atual. Já Nic Von Rupp saúda-nos com a experiência e resiliência de surfar as ondas gigantes, que nos colocaram no radar do turismo.

Em termos de retrospetiva, o evento fará um balanço da evolução do setor imobiliário em Portugal, num percurso com vários momentos marcantes. Desde logo, no final dos anos 90, quando a JLL se estabelecia em Portugal (1997) e o país vivia uma conjuntura especialmente positiva, animada pela Expo 98 e pelo forte investimento que este acontecimento mobilizou. O imobiliário dava, então, passos firmes na profissionalização e este evento foi um importante trampolim para a exposição internacional do mercado, com a revitalização urbana de um grande território da cidade a ganhar protagonismo além-fronteiras.

RETALHO FOI A ESTRELA DOS ANOS 2000

A primeira década do novo milénio deu sequência a este bom momento, num período de grande dinâmica para o setor imobiliário, que tinha no retalho o seu segmento estrela, com a JLL a conseguir vários projetos premiados internacionalmente. Os centros comerciais portugueses eram, então, o principal foco da atenção dos investidores estrangeiros em Portugal, numa altura em que o mercado era ainda fortemente dominado por operadores, promotores e investidores domésticos. Este segmento atravessava um forte crescimento, prevendo-se que fossem inaugurados mais 700.000 m2 de centros comerciais entre 2005 e 2007, o que representava um aumento de 25% do stock. Nesta altura, vários projetos de referência do país e em que a JLL esteve envolvida, como o primeiro centro comercial da IKEA ou o Alegro Alfragide, abriam portas com ocupações a 100%, ao mesmo tempo que começavam a proliferar os projetos de retalho em cidades secundárias e que os retail parks emergiam em força, com Portugal a registar um dos maiores crescimentos deste formato no contexto europeu. Nesse período, o investimento em imobiliário terciário rondava os 1.400 milhões de euros, impulsionado precisamente pelo setor de retalho, e a ocupação de escritórios também estava forte, com mais de 200.000 m2 tomados em 2007 e as multinacionais a começarem a selecionar Portugal com mais interesse.

O ano de 2010 foi já de conjuntura marcadamente adversa, depois de um 2009 em que o volume de investimento imobiliário passou pouco de 350 milhões de euros e o take-up de escritórios se situou em torno dos 130.000 m2. Nos centros comerciais e retail parks, o boom de aberturas estava ultrapassado e começava a desenhar-se a tendência de renovação do stock, com remodelações, reposicionamentos ou ampliações, identificando-se mais de 400.000 m2 de stock passível de intervenções desse tipo.

IMOBILIÁRIO COMO MOTOR DA ECONOMIA

O arranque da década de 2010 pressionou os níveis de atividade do imobiliário em baixa, ficando muito aquém dos registos de 2007, que tinha sido um dos melhores anos do setor. E quando todos tínhamos a esperança de que a retração poderia durar pouco, fomos confrontados com a chegada da Troika, ainda no 1º semestre de 2011relembra o CEO da JLL.Adivinhavam-se tempos difíceis, mas a verdade é que foi um momento de reformas estruturais que alteraram o panorama imobiliário, de tal forma que este setor acabaria por ser um dos motores da recuperação económica na segunda metade da década”, acrescenta.

Entre as reformas implementadas destacou-se a alteração à lei do arrendamento, uma medida que permitiu impulsionar a reabilitação urbana dos centros da cidade, com forte impacto nos mercados de habitação e do comércio de rua. Na sequência deste movimento, Lisboa e Porto foram alvo de um círculo virtuoso de revitalização, acolhendo cada vez mais pessoas, mais empresas e mais marcas, com uma enorme projeção internacional.

Estávamos sob os holofotes de todo o mundo pelo facto de sermos intervencionados pela Troika pela segunda vez em menos de trinta anos, mas daqui surgiu a oportunidade de mostrarmos que estávamos a avançar de forma muito positiva. Começámos a ser vistos com outros olhos por todo o mundo e ganhámos um lugar de destaque a nível internacional, em que o imobiliário foi o grande íman de atração de investimento. O nosso setor foi o espelho mais fiel da transformação positiva das cidades e foi o trampolim para a recuperação económica do país”, diz Pedro Lancastre.

Além do retalho, que sempre foi o grande foco do investimento estrangeiro, o imobiliário nacional passou a estar no mapa global, também como destino sólido para instalação de empresas, para viver e para visitar. Assim, em 2015, mais de 80 nacionalidades compravam casa em Lisboa, numa diversificação que se tem mantido. A projeção internacional valeu também ao mercado, nos últimos anos, um investimento médio anual em torno dos 3 mil milhões de euros, ou seja, quase dez vezes mais do que os níveis registados no final da primeira década. Este ano, essa marca deverá ser de novo atingida e os escritórios mostram também a sua vitalidade, com cerca de 150.000 m2 ocupados em Lisboa nos primeiros cinco meses.

Pedro Lancastre termina concluindo que “o setor mostrou, na pandemia e agora já neste novo ciclo, que esta é a realidade consolidada do mercado. O percurso que fizemos nos últimos anos, de diversificação em termos de fontes de procura, segmentos, localizações e origem dos investidores já não se desfaz. Portugal está no radar mundial do imobiliário de forma definitiva e tem provado, cada vez mais, que é um mercado preparado, não só para enfrentar desafios, como para estar na linha da frente”.

Mais Informações:

www.jll.pt

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

JLL celebra 25 anos no imobiliário em Portugal com debate sobre o futuro do mercado

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Pedro Lancastre_3

Consultora realiza evento onde se traçará o retrato de mais de duas décadas de evolução deste setor

e se debaterão as tendências do futuro.

Pedro Lancastre

A consultora imobiliária JLL celebra 25 anos de atividade em Portugal com um evento que fará o balanço do mercado nacional ao longo de mais de duas décadas, e debaterá o futuro deste setor, reunindo os presidentes das autarquias de Lisboa e Porto - Carlos Moedas e Rui Moreira, bem como o ex Vice-Primeiro Ministro Paulo Portas. O encontro realiza-se hoje, 24 de junho, e espera mais de 400 convidados.

Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal realça: “Há precisamente 25 anos que a JLL está ao lado dos seus clientes a concretizar ideias e projetos, ajudando a transformar os espaços e as cidades. É um marco incontornável para fazermos um balanço de tudo o que tem acontecido no mercado nacional, mas também para celebrar o futuro. E hoje, mais do que nunca, temos um futuro que se adivinha desafiante, com a certeza - como nos mostraram os dois últimos anos - de que tudo pode mudar, de forma muito rápida e intensa. Vamos reunir toda a nossa equipa e stakeholders neste evento, para debater os temas que vão marcar o futuro do imobiliário, sem esquecer o admirável percurso que o nosso mercado fez até hoje”.

“O imobiliário nacional percorreu um longo caminho, mas continuamos a ter muitos quilómetros por descobrir. Mesmo com os desafios que todos enfrentamos hoje - com o aumento dos custos de construção e dos combustíveis, o impacto da subida da taxa de inflação e a incerteza e complexidade do conflito Ucrânia/Rússia - o mercado imobiliário em Portugal vai continuar a liderar o caminho da projeção internacional do nosso país. Este é um setor que já deu provas da sua resiliência e atratividade, enfrentando, com distinção, diferentes ciclos económicos ao longo das duas últimas décadas e mostrando que tem capacidade de se reinventar”, acrescenta Pedro Lancastre.

Sobre os painéis de debate desta conferência, estarão temas como a tecnologia, sustentabilidade e os novos espaços onde vamos viver e trabalhar, com várias intervenções de diretores nacionais e internacionais da JLL, a par da apresentação das oportunidades de investimento em Lisboa e Porto pelos responsáveis máximos das duas cidades, Carlos Moedas e Rui Moreira. A Paulo Portas caberá a reflexão sobre a situação geopolítica e geoeconómica atual. Já Nic Von Rupp saúda-nos com a experiência e resiliência de surfar as ondas gigantes, que nos colocaram no radar do turismo.

Em termos de retrospetiva, o evento fará um balanço da evolução do setor imobiliário em Portugal, num percurso com vários momentos marcantes. Desde logo, no final dos anos 90, quando a JLL se estabelecia em Portugal (1997) e o país vivia uma conjuntura especialmente positiva, animada pela Expo 98 e pelo forte investimento que este acontecimento mobilizou. O imobiliário dava, então, passos firmes na profissionalização e este evento foi um importante trampolim para a exposição internacional do mercado, com a revitalização urbana de um grande território da cidade a ganhar protagonismo além-fronteiras.

RETALHO FOI A ESTRELA DOS ANOS 2000

A primeira década do novo milénio deu sequência a este bom momento, num período de grande dinâmica para o setor imobiliário, que tinha no retalho o seu segmento estrela, com a JLL a conseguir vários projetos premiados internacionalmente. Os centros comerciais portugueses eram, então, o principal foco da atenção dos investidores estrangeiros em Portugal, numa altura em que o mercado era ainda fortemente dominado por operadores, promotores e investidores domésticos. Este segmento atravessava um forte crescimento, prevendo-se que fossem inaugurados mais 700.000 m2 de centros comerciais entre 2005 e 2007, o que representava um aumento de 25% do stock. Nesta altura, vários projetos de referência do país e em que a JLL esteve envolvida, como o primeiro centro comercial da IKEA ou o Alegro Alfragide, abriam portas com ocupações a 100%, ao mesmo tempo que começavam a proliferar os projetos de retalho em cidades secundárias e que os retail parks emergiam em força, com Portugal a registar um dos maiores crescimentos deste formato no contexto europeu. Nesse período, o investimento em imobiliário terciário rondava os 1.400 milhões de euros, impulsionado precisamente pelo setor de retalho, e a ocupação de escritórios também estava forte, com mais de 200.000 m2 tomados em 2007 e as multinacionais a começarem a selecionar Portugal com mais interesse.

O ano de 2010 foi já de conjuntura marcadamente adversa, depois de um 2009 em que o volume de investimento imobiliário passou pouco de 350 milhões de euros e o take-up de escritórios se situou em torno dos 130.000 m2. Nos centros comerciais e retail parks, o boom de aberturas estava ultrapassado e começava a desenhar-se a tendência de renovação do stock, com remodelações, reposicionamentos ou ampliações, identificando-se mais de 400.000 m2 de stock passível de intervenções desse tipo.

IMOBILIÁRIO COMO MOTOR DA ECONOMIA

O arranque da década de 2010 pressionou os níveis de atividade do imobiliário em baixa, ficando muito aquém dos registos de 2007, que tinha sido um dos melhores anos do setor. E quando todos tínhamos a esperança de que a retração poderia durar pouco, fomos confrontados com a chegada da Troika, ainda no 1º semestre de 2011relembra o CEO da JLL.Adivinhavam-se tempos difíceis, mas a verdade é que foi um momento de reformas estruturais que alteraram o panorama imobiliário, de tal forma que este setor acabaria por ser um dos motores da recuperação económica na segunda metade da década”, acrescenta.

Entre as reformas implementadas destacou-se a alteração à lei do arrendamento, uma medida que permitiu impulsionar a reabilitação urbana dos centros da cidade, com forte impacto nos mercados de habitação e do comércio de rua. Na sequência deste movimento, Lisboa e Porto foram alvo de um círculo virtuoso de revitalização, acolhendo cada vez mais pessoas, mais empresas e mais marcas, com uma enorme projeção internacional.

Estávamos sob os holofotes de todo o mundo pelo facto de sermos intervencionados pela Troika pela segunda vez em menos de trinta anos, mas daqui surgiu a oportunidade de mostrarmos que estávamos a avançar de forma muito positiva. Começámos a ser vistos com outros olhos por todo o mundo e ganhámos um lugar de destaque a nível internacional, em que o imobiliário foi o grande íman de atração de investimento. O nosso setor foi o espelho mais fiel da transformação positiva das cidades e foi o trampolim para a recuperação económica do país”, diz Pedro Lancastre.

Além do retalho, que sempre foi o grande foco do investimento estrangeiro, o imobiliário nacional passou a estar no mapa global, também como destino sólido para instalação de empresas, para viver e para visitar. Assim, em 2015, mais de 80 nacionalidades compravam casa em Lisboa, numa diversificação que se tem mantido. A projeção internacional valeu também ao mercado, nos últimos anos, um investimento médio anual em torno dos 3 mil milhões de euros, ou seja, quase dez vezes mais do que os níveis registados no final da primeira década. Este ano, essa marca deverá ser de novo atingida e os escritórios mostram também a sua vitalidade, com cerca de 150.000 m2 ocupados em Lisboa nos primeiros cinco meses.

Pedro Lancastre termina concluindo que “o setor mostrou, na pandemia e agora já neste novo ciclo, que esta é a realidade consolidada do mercado. O percurso que fizemos nos últimos anos, de diversificação em termos de fontes de procura, segmentos, localizações e origem dos investidores já não se desfaz. Portugal está no radar mundial do imobiliário de forma definitiva e tem provado, cada vez mais, que é um mercado preparado, não só para enfrentar desafios, como para estar na linha da frente”.

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e se debaterão as tendências do futuro.

Pedro Lancastre

A consultora imobiliária JLL celebra 25 anos de atividade em Portugal com um evento que fará o balanço do mercado nacional ao longo de mais de duas décadas, e debaterá o futuro deste setor, reunindo os presidentes das autarquias de Lisboa e Porto - Carlos Moedas e Rui Moreira, bem como o ex Vice-Primeiro Ministro Paulo Portas. O encontro realiza-se hoje, 24 de junho, e espera mais de 400 convidados.

Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal realça: “Há precisamente 25 anos que a JLL está ao lado dos seus clientes a concretizar ideias e projetos, ajudando a transformar os espaços e as cidades. É um marco incontornável para fazermos um balanço de tudo o que tem acontecido no mercado nacional, mas também para celebrar o futuro. E hoje, mais do que nunca, temos um futuro que se adivinha desafiante, com a certeza - como nos mostraram os dois últimos anos - de que tudo pode mudar, de forma muito rápida e intensa. Vamos reunir toda a nossa equipa e stakeholders neste evento, para debater os temas que vão marcar o futuro do imobiliário, sem esquecer o admirável percurso que o nosso mercado fez até hoje”.

“O imobiliário nacional percorreu um longo caminho, mas continuamos a ter muitos quilómetros por descobrir. Mesmo com os desafios que todos enfrentamos hoje - com o aumento dos custos de construção e dos combustíveis, o impacto da subida da taxa de inflação e a incerteza e complexidade do conflito Ucrânia/Rússia - o mercado imobiliário em Portugal vai continuar a liderar o caminho da projeção internacional do nosso país. Este é um setor que já deu provas da sua resiliência e atratividade, enfrentando, com distinção, diferentes ciclos económicos ao longo das duas últimas décadas e mostrando que tem capacidade de se reinventar”, acrescenta Pedro Lancastre.

Sobre os painéis de debate desta conferência, estarão temas como a tecnologia, sustentabilidade e os novos espaços onde vamos viver e trabalhar, com várias intervenções de diretores nacionais e internacionais da JLL, a par da apresentação das oportunidades de investimento em Lisboa e Porto pelos responsáveis máximos das duas cidades, Carlos Moedas e Rui Moreira. A Paulo Portas caberá a reflexão sobre a situação geopolítica e geoeconómica atual. Já Nic Von Rupp saúda-nos com a experiência e resiliência de surfar as ondas gigantes, que nos colocaram no radar do turismo.

Em termos de retrospetiva, o evento fará um balanço da evolução do setor imobiliário em Portugal, num percurso com vários momentos marcantes. Desde logo, no final dos anos 90, quando a JLL se estabelecia em Portugal (1997) e o país vivia uma conjuntura especialmente positiva, animada pela Expo 98 e pelo forte investimento que este acontecimento mobilizou. O imobiliário dava, então, passos firmes na profissionalização e este evento foi um importante trampolim para a exposição internacional do mercado, com a revitalização urbana de um grande território da cidade a ganhar protagonismo além-fronteiras.

RETALHO FOI A ESTRELA DOS ANOS 2000

A primeira década do novo milénio deu sequência a este bom momento, num período de grande dinâmica para o setor imobiliário, que tinha no retalho o seu segmento estrela, com a JLL a conseguir vários projetos premiados internacionalmente. Os centros comerciais portugueses eram, então, o principal foco da atenção dos investidores estrangeiros em Portugal, numa altura em que o mercado era ainda fortemente dominado por operadores, promotores e investidores domésticos. Este segmento atravessava um forte crescimento, prevendo-se que fossem inaugurados mais 700.000 m2 de centros comerciais entre 2005 e 2007, o que representava um aumento de 25% do stock. Nesta altura, vários projetos de referência do país e em que a JLL esteve envolvida, como o primeiro centro comercial da IKEA ou o Alegro Alfragide, abriam portas com ocupações a 100%, ao mesmo tempo que começavam a proliferar os projetos de retalho em cidades secundárias e que os retail parks emergiam em força, com Portugal a registar um dos maiores crescimentos deste formato no contexto europeu. Nesse período, o investimento em imobiliário terciário rondava os 1.400 milhões de euros, impulsionado precisamente pelo setor de retalho, e a ocupação de escritórios também estava forte, com mais de 200.000 m2 tomados em 2007 e as multinacionais a começarem a selecionar Portugal com mais interesse.

O ano de 2010 foi já de conjuntura marcadamente adversa, depois de um 2009 em que o volume de investimento imobiliário passou pouco de 350 milhões de euros e o take-up de escritórios se situou em torno dos 130.000 m2. Nos centros comerciais e retail parks, o boom de aberturas estava ultrapassado e começava a desenhar-se a tendência de renovação do stock, com remodelações, reposicionamentos ou ampliações, identificando-se mais de 400.000 m2 de stock passível de intervenções desse tipo.

IMOBILIÁRIO COMO MOTOR DA ECONOMIA

O arranque da década de 2010 pressionou os níveis de atividade do imobiliário em baixa, ficando muito aquém dos registos de 2007, que tinha sido um dos melhores anos do setor. E quando todos tínhamos a esperança de que a retração poderia durar pouco, fomos confrontados com a chegada da Troika, ainda no 1º semestre de 2011relembra o CEO da JLL.Adivinhavam-se tempos difíceis, mas a verdade é que foi um momento de reformas estruturais que alteraram o panorama imobiliário, de tal forma que este setor acabaria por ser um dos motores da recuperação económica na segunda metade da década”, acrescenta.

Entre as reformas implementadas destacou-se a alteração à lei do arrendamento, uma medida que permitiu impulsionar a reabilitação urbana dos centros da cidade, com forte impacto nos mercados de habitação e do comércio de rua. Na sequência deste movimento, Lisboa e Porto foram alvo de um círculo virtuoso de revitalização, acolhendo cada vez mais pessoas, mais empresas e mais marcas, com uma enorme projeção internacional.

Estávamos sob os holofotes de todo o mundo pelo facto de sermos intervencionados pela Troika pela segunda vez em menos de trinta anos, mas daqui surgiu a oportunidade de mostrarmos que estávamos a avançar de forma muito positiva. Começámos a ser vistos com outros olhos por todo o mundo e ganhámos um lugar de destaque a nível internacional, em que o imobiliário foi o grande íman de atração de investimento. O nosso setor foi o espelho mais fiel da transformação positiva das cidades e foi o trampolim para a recuperação económica do país”, diz Pedro Lancastre.

Além do retalho, que sempre foi o grande foco do investimento estrangeiro, o imobiliário nacional passou a estar no mapa global, também como destino sólido para instalação de empresas, para viver e para visitar. Assim, em 2015, mais de 80 nacionalidades compravam casa em Lisboa, numa diversificação que se tem mantido. A projeção internacional valeu também ao mercado, nos últimos anos, um investimento médio anual em torno dos 3 mil milhões de euros, ou seja, quase dez vezes mais do que os níveis registados no final da primeira década. Este ano, essa marca deverá ser de novo atingida e os escritórios mostram também a sua vitalidade, com cerca de 150.000 m2 ocupados em Lisboa nos primeiros cinco meses.

Pedro Lancastre termina concluindo que “o setor mostrou, na pandemia e agora já neste novo ciclo, que esta é a realidade consolidada do mercado. O percurso que fizemos nos últimos anos, de diversificação em termos de fontes de procura, segmentos, localizações e origem dos investidores já não se desfaz. Portugal está no radar mundial do imobiliário de forma definitiva e tem provado, cada vez mais, que é um mercado preparado, não só para enfrentar desafios, como para estar na linha da frente”.

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