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Publicado
Tiago Maia
Administrador da MatosinhosHabit
O setor turístico vem de um crescimento exponencial nos últimos anos, em função da atratividade do país, que junta no património, na gastronomia e na riqueza das suas gentes os ingredientes para a mais perfeita receita, e da capacidade empreendedora dos portugueses, que se destaca a olhos vistos pelo mundo.
A paragem dos diversos setores económicos e a impossibilidade de recebermos aqueles que nos procuram para conhecer o país veio abalar um ciclo auspicioso, que dinamizou a restauração, a hotelaria e novas formas de negócio como o alojamento local, numa “invasão” sem precedentes pelas cidades.
Esta proliferação trouxe alguns desafios para a gestão urbana dos municípios, pela competitividade que se instalou no acesso aos imóveis, com um pendor predominante para o fulgor dos agentes económicos, por comparação com a já inquietante capacidade das famílias para adquirir ou arrendar habitação aos preços praticados pelo mercado, anteriormente esmiuçado pelos números que lhe eram acenados pelos atores do turismo.
Esta pandemia colocou o setor numa posição de fragilidade que tarda em desaparecer e que, não só não permite a sua recuperação, como vai adensando os resultados menos positivos. O referido impacto com repercussões no emprego, muito dele já precário, fez soar os alarmes em famílias inteiras com anos de dedicação ao setor e contribuiu para a instabilidade social do país.
As quebras verificadas, segundo os dados estatísticos, há muito ultrapassaram em inúmeras áreas, os 50% e, observando os domínios sobre os quais esta atividade tem influência direita e indireta, é realmente preocupante ver grande parte das empresas de hotelaria encerradas por ausência completa de procura.
Se a (re)atração dos clientes será um processo difícil no imediato, urge encontrar estratégias que possam minimizar o declínio das receitas e potenciar alternativas de negócio, que podem em diversos casos passar pela reconversão parcial/total ou temporária/definitiva da atividade económica. Alguns dos principais municípios do país, onde se evidencia Matosinhos, através do programa municipal “Matosinhos: Casa Acessível”, viabilizaram uma nova oportunidade para os estabelecimentos de alojamento local, convidando os seus proprietários a entrar no mercado de arrendamento, o que garantirá maior estabilidade e uma solução a curto prazo para rentabilizar os seus imóveis.
Este foi um exemplo de conciliação entre uma política pública de habitação com uma medida de mitigação para o setor do turismo, onde se verifica um modelo de convergência de objetivos que poderá inspirar soluções futuras e em que se demonstra que o próprio setor pode contribuir para fomentar a sustentabilidade urbana.
Para um presente mergulhado em dúvidas, colocam-se desafios semelhantes enquanto a pandemia durar, ou pelo menos o seu efeito tenderá a ter o mesmo fim, o da paragem, para o qual não devemos abdicar de manter a esperança da sua inversão.
MATOSINHOSHABIT - EMPRESA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE MATOSINHOS.
Publicado
Tiago Maia
Administrador da MatosinhosHabit
O setor turístico vem de um crescimento exponencial nos últimos anos, em função da atratividade do país, que junta no património, na gastronomia e na riqueza das suas gentes os ingredientes para a mais perfeita receita, e da capacidade empreendedora dos portugueses, que se destaca a olhos vistos pelo mundo.
A paragem dos diversos setores económicos e a impossibilidade de recebermos aqueles que nos procuram para conhecer o país veio abalar um ciclo auspicioso, que dinamizou a restauração, a hotelaria e novas formas de negócio como o alojamento local, numa “invasão” sem precedentes pelas cidades.
Esta proliferação trouxe alguns desafios para a gestão urbana dos municípios, pela competitividade que se instalou no acesso aos imóveis, com um pendor predominante para o fulgor dos agentes económicos, por comparação com a já inquietante capacidade das famílias para adquirir ou arrendar habitação aos preços praticados pelo mercado, anteriormente esmiuçado pelos números que lhe eram acenados pelos atores do turismo.
Esta pandemia colocou o setor numa posição de fragilidade que tarda em desaparecer e que, não só não permite a sua recuperação, como vai adensando os resultados menos positivos. O referido impacto com repercussões no emprego, muito dele já precário, fez soar os alarmes em famílias inteiras com anos de dedicação ao setor e contribuiu para a instabilidade social do país.
As quebras verificadas, segundo os dados estatísticos, há muito ultrapassaram em inúmeras áreas, os 50% e, observando os domínios sobre os quais esta atividade tem influência direita e indireta, é realmente preocupante ver grande parte das empresas de hotelaria encerradas por ausência completa de procura.
Se a (re)atração dos clientes será um processo difícil no imediato, urge encontrar estratégias que possam minimizar o declínio das receitas e potenciar alternativas de negócio, que podem em diversos casos passar pela reconversão parcial/total ou temporária/definitiva da atividade económica. Alguns dos principais municípios do país, onde se evidencia Matosinhos, através do programa municipal “Matosinhos: Casa Acessível”, viabilizaram uma nova oportunidade para os estabelecimentos de alojamento local, convidando os seus proprietários a entrar no mercado de arrendamento, o que garantirá maior estabilidade e uma solução a curto prazo para rentabilizar os seus imóveis.
Este foi um exemplo de conciliação entre uma política pública de habitação com uma medida de mitigação para o setor do turismo, onde se verifica um modelo de convergência de objetivos que poderá inspirar soluções futuras e em que se demonstra que o próprio setor pode contribuir para fomentar a sustentabilidade urbana.
Para um presente mergulhado em dúvidas, colocam-se desafios semelhantes enquanto a pandemia durar, ou pelo menos o seu efeito tenderá a ter o mesmo fim, o da paragem, para o qual não devemos abdicar de manter a esperança da sua inversão.
MATOSINHOSHABIT - EMPRESA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE MATOSINHOS.
Publicado
Tiago Maia
Administrador da MatosinhosHabit
O setor turístico vem de um crescimento exponencial nos últimos anos, em função da atratividade do país, que junta no património, na gastronomia e na riqueza das suas gentes os ingredientes para a mais perfeita receita, e da capacidade empreendedora dos portugueses, que se destaca a olhos vistos pelo mundo.
A paragem dos diversos setores económicos e a impossibilidade de recebermos aqueles que nos procuram para conhecer o país veio abalar um ciclo auspicioso, que dinamizou a restauração, a hotelaria e novas formas de negócio como o alojamento local, numa “invasão” sem precedentes pelas cidades.
Esta proliferação trouxe alguns desafios para a gestão urbana dos municípios, pela competitividade que se instalou no acesso aos imóveis, com um pendor predominante para o fulgor dos agentes económicos, por comparação com a já inquietante capacidade das famílias para adquirir ou arrendar habitação aos preços praticados pelo mercado, anteriormente esmiuçado pelos números que lhe eram acenados pelos atores do turismo.
Esta pandemia colocou o setor numa posição de fragilidade que tarda em desaparecer e que, não só não permite a sua recuperação, como vai adensando os resultados menos positivos. O referido impacto com repercussões no emprego, muito dele já precário, fez soar os alarmes em famílias inteiras com anos de dedicação ao setor e contribuiu para a instabilidade social do país.
As quebras verificadas, segundo os dados estatísticos, há muito ultrapassaram em inúmeras áreas, os 50% e, observando os domínios sobre os quais esta atividade tem influência direita e indireta, é realmente preocupante ver grande parte das empresas de hotelaria encerradas por ausência completa de procura.
Se a (re)atração dos clientes será um processo difícil no imediato, urge encontrar estratégias que possam minimizar o declínio das receitas e potenciar alternativas de negócio, que podem em diversos casos passar pela reconversão parcial/total ou temporária/definitiva da atividade económica. Alguns dos principais municípios do país, onde se evidencia Matosinhos, através do programa municipal “Matosinhos: Casa Acessível”, viabilizaram uma nova oportunidade para os estabelecimentos de alojamento local, convidando os seus proprietários a entrar no mercado de arrendamento, o que garantirá maior estabilidade e uma solução a curto prazo para rentabilizar os seus imóveis.
Este foi um exemplo de conciliação entre uma política pública de habitação com uma medida de mitigação para o setor do turismo, onde se verifica um modelo de convergência de objetivos que poderá inspirar soluções futuras e em que se demonstra que o próprio setor pode contribuir para fomentar a sustentabilidade urbana.
Para um presente mergulhado em dúvidas, colocam-se desafios semelhantes enquanto a pandemia durar, ou pelo menos o seu efeito tenderá a ter o mesmo fim, o da paragem, para o qual não devemos abdicar de manter a esperança da sua inversão.
MATOSINHOSHABIT - EMPRESA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE MATOSINHOS.