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O desafio dos tempos

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

NOA_RL

RICARDO LATOEIRO

Arquitectura

Todos nos importamos com o presente e, sobretudo, com o futuro próximo. O esforço incide em encontrar estratégias para solucionar os problemas. Por vezes, contudo, uma acção gera uma reação e estamos actualmente no ponto da reação.

 A história descreve a ocorrência de vários surtos epidémicos, como a Peste do Egito (430 a.C.), Galeno (165 a.C.), Cipriano (250 a.C.), Justiniano (entre 541 a 750 d.C.), Negra (Século XIV) ou Londres (Século XVII).

A partir do século XIX, existem dados que permitem conhecer melhor as pandemias, assim como as suas origens, causas e consequências: em 1817 o surgimento da Cólera, que se manifesta durante cerca de 150 anos, pode-se considerar como a primeira grande Pandemia dos tempos modernos. Em 1855, uma nova vaga da Peste Bubónica causa 15 milhões de vítimas, sendo extinta apenas passado um século; em 1875 surge a Pandemia de Sarampo, que vitimou cerca de 40.000 pessoas, e passados poucos anos a Gripe Russa devastou, em menos de um ano, cerca de 360.000 vítimas. Importa ainda relacionar a importância que Revolução Industrial com o agravamento das condições de saúde, tendo sido um veículo para a sua propagação. Contudo as dificuldades geram sempre oportunidades para se repensar as cidades a adaptar-se às novas exigências.

Assim aconteceu em 1860, com o Plano Cerdá para Barcelona, com Georges-Eugène Haussmann para Paris (1853-1870) ou Otto Wagner para Viena (1894-1900). Este novo modernismo urbanístico refletia sobre as grandes preocupações da época que advinha da industrialização: circulação, saneamento, ambiente e caracter urbano. O desenho urbano variou muito conforme aspetos geográficos, culturais e mesmo económicos. No entanto, todos refletem as mesmas preocupações: ruas amplas que permitissem a circulação de grandes volumetrias de ar, a introdução de vegetação para combate da poluição, e a criação de largos passeios pedonais. Realce ainda para o Plano Burnham de Chicago (1906), o qual impunha um sistema eficiente de inter-relação com o centro da cidade e que incorporava mobilidade (ferroviários e rodoviários), parques verdes e densidade construtiva.

No início do século XX, a Gripe Espanhola surge durante a primeira guerra mundial afetando cerca de um terço da população mundial, com uma devastação entre 50 a 100 milhões de vítimas. Um dos efeitos que vincam as guerras são as implicações devastadores na sociedade e na saúde publica, as quais necessitam de uma resposta. Entre as duas guerras mundiais, e na consequência ainda do movimento urbanístico que advinha do pós-revolução industrial, motivam novamente novos estudos para a cidade, dos quais se destaca o contributo do Movimento Moderno. Em 1919 Walter Gropius funda a Bauhaus, em 1925 Le Corbusier apresenta o Plano Voisin para Paris (Le Corbusier), e em 1928 (La Sarraz, Suíça) é realizado o primeiro Congresso Internacional de Arquitectura Moderna (C.I.A.M.). Os CIAM passariam a ter uma enorme influencia na designação de um estilo que contagiou diversos arquitetos e urbanistas globalmente, com fundamentos conclusivos dos congressos, entre as quais, a famosa Carta de Atenas (1933). A resposta do Movimento Modernista defendia a separação de áreas residenciais, lazer e trabalho, com a simbiose entre espaços exteriores amplos e verdes e a construção em altura. Em 1956, a cidade de Brasília, através do arq. Lúcio Costa, foi desenvolvida através da aplicação de vários destes conceitos. Canberra, Washington, Nova Dehli, Islamabad e Quioto aplicam também novos planos urbanos com princípios modernistas.

Na segunda metade do século XX existiram ainda a Gripe Asiática (1957), Gripe de Hong Kong (1968) ou o vírus da VIH/SIDA (1981), ainda sem cura.

No século XXI podemos testemunhar a Pandemia da Gripe (inicialmente designada por gripe suína) que foi posteriormente rotulada de “Gripe A”, a qual provocou a morte a mais de 200 mil pessoas em todo o mundo. Estamos em 2020 e estamos no ponto da história onde conhecemos e vivenciamos diariamente (e desde o início do ano) a Pandemia do Covid-19, a doença provocada pela infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

A pandemia provocou um confinamento (quase) global e simultâneo com repercussões que ainda não conhecemos, apesar das tendências serem cada vez mais evidentes. Existiram reações imediatas para tentar mitigar os efeitos duma crise económica global, sejam médicas, financeiras, sociais ou farmacológicas. Existiram ainda reações na alteração de alguns paradigmas nas cidades, como a utilização de faixas de rodagem para zonas pedonais e/ou ciclovias, assim como a utilização de rácios de ocupação nos espaços interiores ou exteriores. Estão a acontecer diversas alterações ao nosso modo de viver, que começaram por ser sugeridas, de seguida recomendadas e hoje são novamente impostas. A pandemia fez emergir numa primeira fase os valores de solidariedade, família, compaixão e coragem. Trouxe ainda o teletrabalho, a telescola e o agravamento da solidão. Como consequências podemos expectar problemas sociais, psicológicos, económicos e financeiros, entre outros, que certamente irão convergir em novos problemas de saúde publica. O ser humano não estando bem, não se relaciona bem, logo não socializa em padrões sociológicos expectáveis.

A arquitectura terá um desafio em pensar a cidade com base nos novos paradigmas, numa perspetiva de estudo do geral para o particular. Contudo, as necessidades do quotidiano imperam a aplicação do bom seno nas rápidas adaptações às construções existentes, e a aplicação de alguns modelos experimentais na nova construção. Certamente teremos a afirmação da presente Revolução Tecnológica aliada às futuras soluções a implementar. Certamente o espaço exterior privativo ganhará mais importância, assim como os fundamentos do conforto, como a boa exposição solar e a ventilação cruzada. Os espaços interiores retomarão a necessidade de se adaptar às circunstancias da ocasião, como os modelos de articulação interior asiáticos, sejam os tradicionais japoneses ou os multifacetados de Hong Kong.

O grande desafio para a Arquitectura será o tornar-se mais ciência, mas, sobretudo, mais humana.

Gabinete:

NOA ARQUITECTOS

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aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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RICARDO LATOEIRO

Arquitectura

Todos nos importamos com o presente e, sobretudo, com o futuro próximo. O esforço incide em encontrar estratégias para solucionar os problemas. Por vezes, contudo, uma acção gera uma reação e estamos actualmente no ponto da reação.

 A história descreve a ocorrência de vários surtos epidémicos, como a Peste do Egito (430 a.C.), Galeno (165 a.C.), Cipriano (250 a.C.), Justiniano (entre 541 a 750 d.C.), Negra (Século XIV) ou Londres (Século XVII).

A partir do século XIX, existem dados que permitem conhecer melhor as pandemias, assim como as suas origens, causas e consequências: em 1817 o surgimento da Cólera, que se manifesta durante cerca de 150 anos, pode-se considerar como a primeira grande Pandemia dos tempos modernos. Em 1855, uma nova vaga da Peste Bubónica causa 15 milhões de vítimas, sendo extinta apenas passado um século; em 1875 surge a Pandemia de Sarampo, que vitimou cerca de 40.000 pessoas, e passados poucos anos a Gripe Russa devastou, em menos de um ano, cerca de 360.000 vítimas. Importa ainda relacionar a importância que Revolução Industrial com o agravamento das condições de saúde, tendo sido um veículo para a sua propagação. Contudo as dificuldades geram sempre oportunidades para se repensar as cidades a adaptar-se às novas exigências.

Assim aconteceu em 1860, com o Plano Cerdá para Barcelona, com Georges-Eugène Haussmann para Paris (1853-1870) ou Otto Wagner para Viena (1894-1900). Este novo modernismo urbanístico refletia sobre as grandes preocupações da época que advinha da industrialização: circulação, saneamento, ambiente e caracter urbano. O desenho urbano variou muito conforme aspetos geográficos, culturais e mesmo económicos. No entanto, todos refletem as mesmas preocupações: ruas amplas que permitissem a circulação de grandes volumetrias de ar, a introdução de vegetação para combate da poluição, e a criação de largos passeios pedonais. Realce ainda para o Plano Burnham de Chicago (1906), o qual impunha um sistema eficiente de inter-relação com o centro da cidade e que incorporava mobilidade (ferroviários e rodoviários), parques verdes e densidade construtiva.

No início do século XX, a Gripe Espanhola surge durante a primeira guerra mundial afetando cerca de um terço da população mundial, com uma devastação entre 50 a 100 milhões de vítimas. Um dos efeitos que vincam as guerras são as implicações devastadores na sociedade e na saúde publica, as quais necessitam de uma resposta. Entre as duas guerras mundiais, e na consequência ainda do movimento urbanístico que advinha do pós-revolução industrial, motivam novamente novos estudos para a cidade, dos quais se destaca o contributo do Movimento Moderno. Em 1919 Walter Gropius funda a Bauhaus, em 1925 Le Corbusier apresenta o Plano Voisin para Paris (Le Corbusier), e em 1928 (La Sarraz, Suíça) é realizado o primeiro Congresso Internacional de Arquitectura Moderna (C.I.A.M.). Os CIAM passariam a ter uma enorme influencia na designação de um estilo que contagiou diversos arquitetos e urbanistas globalmente, com fundamentos conclusivos dos congressos, entre as quais, a famosa Carta de Atenas (1933). A resposta do Movimento Modernista defendia a separação de áreas residenciais, lazer e trabalho, com a simbiose entre espaços exteriores amplos e verdes e a construção em altura. Em 1956, a cidade de Brasília, através do arq. Lúcio Costa, foi desenvolvida através da aplicação de vários destes conceitos. Canberra, Washington, Nova Dehli, Islamabad e Quioto aplicam também novos planos urbanos com princípios modernistas.

Na segunda metade do século XX existiram ainda a Gripe Asiática (1957), Gripe de Hong Kong (1968) ou o vírus da VIH/SIDA (1981), ainda sem cura.

No século XXI podemos testemunhar a Pandemia da Gripe (inicialmente designada por gripe suína) que foi posteriormente rotulada de “Gripe A”, a qual provocou a morte a mais de 200 mil pessoas em todo o mundo. Estamos em 2020 e estamos no ponto da história onde conhecemos e vivenciamos diariamente (e desde o início do ano) a Pandemia do Covid-19, a doença provocada pela infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

A pandemia provocou um confinamento (quase) global e simultâneo com repercussões que ainda não conhecemos, apesar das tendências serem cada vez mais evidentes. Existiram reações imediatas para tentar mitigar os efeitos duma crise económica global, sejam médicas, financeiras, sociais ou farmacológicas. Existiram ainda reações na alteração de alguns paradigmas nas cidades, como a utilização de faixas de rodagem para zonas pedonais e/ou ciclovias, assim como a utilização de rácios de ocupação nos espaços interiores ou exteriores. Estão a acontecer diversas alterações ao nosso modo de viver, que começaram por ser sugeridas, de seguida recomendadas e hoje são novamente impostas. A pandemia fez emergir numa primeira fase os valores de solidariedade, família, compaixão e coragem. Trouxe ainda o teletrabalho, a telescola e o agravamento da solidão. Como consequências podemos expectar problemas sociais, psicológicos, económicos e financeiros, entre outros, que certamente irão convergir em novos problemas de saúde publica. O ser humano não estando bem, não se relaciona bem, logo não socializa em padrões sociológicos expectáveis.

A arquitectura terá um desafio em pensar a cidade com base nos novos paradigmas, numa perspetiva de estudo do geral para o particular. Contudo, as necessidades do quotidiano imperam a aplicação do bom seno nas rápidas adaptações às construções existentes, e a aplicação de alguns modelos experimentais na nova construção. Certamente teremos a afirmação da presente Revolução Tecnológica aliada às futuras soluções a implementar. Certamente o espaço exterior privativo ganhará mais importância, assim como os fundamentos do conforto, como a boa exposição solar e a ventilação cruzada. Os espaços interiores retomarão a necessidade de se adaptar às circunstancias da ocasião, como os modelos de articulação interior asiáticos, sejam os tradicionais japoneses ou os multifacetados de Hong Kong.

O grande desafio para a Arquitectura será o tornar-se mais ciência, mas, sobretudo, mais humana.

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RICARDO LATOEIRO

Arquitectura

Todos nos importamos com o presente e, sobretudo, com o futuro próximo. O esforço incide em encontrar estratégias para solucionar os problemas. Por vezes, contudo, uma acção gera uma reação e estamos actualmente no ponto da reação.

 A história descreve a ocorrência de vários surtos epidémicos, como a Peste do Egito (430 a.C.), Galeno (165 a.C.), Cipriano (250 a.C.), Justiniano (entre 541 a 750 d.C.), Negra (Século XIV) ou Londres (Século XVII).

A partir do século XIX, existem dados que permitem conhecer melhor as pandemias, assim como as suas origens, causas e consequências: em 1817 o surgimento da Cólera, que se manifesta durante cerca de 150 anos, pode-se considerar como a primeira grande Pandemia dos tempos modernos. Em 1855, uma nova vaga da Peste Bubónica causa 15 milhões de vítimas, sendo extinta apenas passado um século; em 1875 surge a Pandemia de Sarampo, que vitimou cerca de 40.000 pessoas, e passados poucos anos a Gripe Russa devastou, em menos de um ano, cerca de 360.000 vítimas. Importa ainda relacionar a importância que Revolução Industrial com o agravamento das condições de saúde, tendo sido um veículo para a sua propagação. Contudo as dificuldades geram sempre oportunidades para se repensar as cidades a adaptar-se às novas exigências.

Assim aconteceu em 1860, com o Plano Cerdá para Barcelona, com Georges-Eugène Haussmann para Paris (1853-1870) ou Otto Wagner para Viena (1894-1900). Este novo modernismo urbanístico refletia sobre as grandes preocupações da época que advinha da industrialização: circulação, saneamento, ambiente e caracter urbano. O desenho urbano variou muito conforme aspetos geográficos, culturais e mesmo económicos. No entanto, todos refletem as mesmas preocupações: ruas amplas que permitissem a circulação de grandes volumetrias de ar, a introdução de vegetação para combate da poluição, e a criação de largos passeios pedonais. Realce ainda para o Plano Burnham de Chicago (1906), o qual impunha um sistema eficiente de inter-relação com o centro da cidade e que incorporava mobilidade (ferroviários e rodoviários), parques verdes e densidade construtiva.

No início do século XX, a Gripe Espanhola surge durante a primeira guerra mundial afetando cerca de um terço da população mundial, com uma devastação entre 50 a 100 milhões de vítimas. Um dos efeitos que vincam as guerras são as implicações devastadores na sociedade e na saúde publica, as quais necessitam de uma resposta. Entre as duas guerras mundiais, e na consequência ainda do movimento urbanístico que advinha do pós-revolução industrial, motivam novamente novos estudos para a cidade, dos quais se destaca o contributo do Movimento Moderno. Em 1919 Walter Gropius funda a Bauhaus, em 1925 Le Corbusier apresenta o Plano Voisin para Paris (Le Corbusier), e em 1928 (La Sarraz, Suíça) é realizado o primeiro Congresso Internacional de Arquitectura Moderna (C.I.A.M.). Os CIAM passariam a ter uma enorme influencia na designação de um estilo que contagiou diversos arquitetos e urbanistas globalmente, com fundamentos conclusivos dos congressos, entre as quais, a famosa Carta de Atenas (1933). A resposta do Movimento Modernista defendia a separação de áreas residenciais, lazer e trabalho, com a simbiose entre espaços exteriores amplos e verdes e a construção em altura. Em 1956, a cidade de Brasília, através do arq. Lúcio Costa, foi desenvolvida através da aplicação de vários destes conceitos. Canberra, Washington, Nova Dehli, Islamabad e Quioto aplicam também novos planos urbanos com princípios modernistas.

Na segunda metade do século XX existiram ainda a Gripe Asiática (1957), Gripe de Hong Kong (1968) ou o vírus da VIH/SIDA (1981), ainda sem cura.

No século XXI podemos testemunhar a Pandemia da Gripe (inicialmente designada por gripe suína) que foi posteriormente rotulada de “Gripe A”, a qual provocou a morte a mais de 200 mil pessoas em todo o mundo. Estamos em 2020 e estamos no ponto da história onde conhecemos e vivenciamos diariamente (e desde o início do ano) a Pandemia do Covid-19, a doença provocada pela infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

A pandemia provocou um confinamento (quase) global e simultâneo com repercussões que ainda não conhecemos, apesar das tendências serem cada vez mais evidentes. Existiram reações imediatas para tentar mitigar os efeitos duma crise económica global, sejam médicas, financeiras, sociais ou farmacológicas. Existiram ainda reações na alteração de alguns paradigmas nas cidades, como a utilização de faixas de rodagem para zonas pedonais e/ou ciclovias, assim como a utilização de rácios de ocupação nos espaços interiores ou exteriores. Estão a acontecer diversas alterações ao nosso modo de viver, que começaram por ser sugeridas, de seguida recomendadas e hoje são novamente impostas. A pandemia fez emergir numa primeira fase os valores de solidariedade, família, compaixão e coragem. Trouxe ainda o teletrabalho, a telescola e o agravamento da solidão. Como consequências podemos expectar problemas sociais, psicológicos, económicos e financeiros, entre outros, que certamente irão convergir em novos problemas de saúde publica. O ser humano não estando bem, não se relaciona bem, logo não socializa em padrões sociológicos expectáveis.

A arquitectura terá um desafio em pensar a cidade com base nos novos paradigmas, numa perspetiva de estudo do geral para o particular. Contudo, as necessidades do quotidiano imperam a aplicação do bom seno nas rápidas adaptações às construções existentes, e a aplicação de alguns modelos experimentais na nova construção. Certamente teremos a afirmação da presente Revolução Tecnológica aliada às futuras soluções a implementar. Certamente o espaço exterior privativo ganhará mais importância, assim como os fundamentos do conforto, como a boa exposição solar e a ventilação cruzada. Os espaços interiores retomarão a necessidade de se adaptar às circunstancias da ocasião, como os modelos de articulação interior asiáticos, sejam os tradicionais japoneses ou os multifacetados de Hong Kong.

O grande desafio para a Arquitectura será o tornar-se mais ciência, mas, sobretudo, mais humana.

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