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A Arquitetura, o negócio e a estética

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Gonçalo da Veiga

captura_de_ecra_2020-03-05_as_16.01.41

Conseguir fazer mais, com menos dinheiro. Nos dias que virão iremos assistir a projetos mais frugais? Poderemos e deveremos falar em outro tipo de conceitos?

A previsão de uma crise económica de grande escala e a falta de investimento no setor assombra arquitetos e outros profissionais da construção civil, sendo para já difícil mensurar os seus impactos.

Da mesma forma que em todas as outras áreas, nós arquitetos temos que nos adaptar, evoluir e preparar para o pior, esperando sempre o melhor.

Talvez esta pandemia tenha vindo para sublinhar o que sempre foi importante para nós e que entretanto tenhamos esquecido, no meio da decadência pós moderna e do crescimento exponencial da sociedade de consumo.

É importante virarmos o nosso olhar para dentro para melhor refletir e pensar a arquitetura enquanto disciplina nuclear que interliga ciência, matemática, sustentabilidade dos materiais, sociedade, economia e arte. Que cria espaços para usufruirmos e vivermos com melhor qualidade – algo que neste tempo de confinamento descobrimos com tanta clareza!

É por isso, importante também falar de urbanismo. Talvez nos estivéssemos a afastar do essencial. Torna-se nesta altura tão fortemente óbvio a necessidade de projetar lugares em que as pessoas se sintam protegidas (em casa) mas também numa comunidade. Quando projetamos uma casa,  pensamos em privacidade, no espaço envolvente e também numa forma de beneficiar o comunitário, pensar no que virá, no que se vai transformar aquele lugar, saber o que está para vir, responder a esta necessidade humana básica e universal.

Sublinho as “lições” que se podem retirar de uma crise como esta, e não menos importante entre elas será a de perceber como será possível dar resposta a clientes com projetos adaptados a toda esta nova realidade. Aliás, que realidades poderão daqui advir? O que vamos mudar na nossa forma de viver e na nossa forma de projetar?

O que deverá interessar aos arquitetos num futuro próximo são a elegância elevada à depuração máxima, um retorno aos projetos mais frugais, não sujeitos a modismos e requintes que encareçam aquilo que é a essência do nosso trabalho. Vejo esta crise como uma forma de redescoberta profissional. Esperemos que o bom momento que se vivia antes consiga ser um forte contraponto à crise que agora se seguirá, e que passado este período de isolamento social, se consiga retomar da melhor forma as atividades que estavam em curso com mais e melhores ferramentas.

Gabinete:

GV+A ARQUITECTOS

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

A Arquitetura, o negócio e a estética

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Gonçalo da Veiga

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Conseguir fazer mais, com menos dinheiro. Nos dias que virão iremos assistir a projetos mais frugais? Poderemos e deveremos falar em outro tipo de conceitos?

A previsão de uma crise económica de grande escala e a falta de investimento no setor assombra arquitetos e outros profissionais da construção civil, sendo para já difícil mensurar os seus impactos.

Da mesma forma que em todas as outras áreas, nós arquitetos temos que nos adaptar, evoluir e preparar para o pior, esperando sempre o melhor.

Talvez esta pandemia tenha vindo para sublinhar o que sempre foi importante para nós e que entretanto tenhamos esquecido, no meio da decadência pós moderna e do crescimento exponencial da sociedade de consumo.

É importante virarmos o nosso olhar para dentro para melhor refletir e pensar a arquitetura enquanto disciplina nuclear que interliga ciência, matemática, sustentabilidade dos materiais, sociedade, economia e arte. Que cria espaços para usufruirmos e vivermos com melhor qualidade – algo que neste tempo de confinamento descobrimos com tanta clareza!

É por isso, importante também falar de urbanismo. Talvez nos estivéssemos a afastar do essencial. Torna-se nesta altura tão fortemente óbvio a necessidade de projetar lugares em que as pessoas se sintam protegidas (em casa) mas também numa comunidade. Quando projetamos uma casa,  pensamos em privacidade, no espaço envolvente e também numa forma de beneficiar o comunitário, pensar no que virá, no que se vai transformar aquele lugar, saber o que está para vir, responder a esta necessidade humana básica e universal.

Sublinho as “lições” que se podem retirar de uma crise como esta, e não menos importante entre elas será a de perceber como será possível dar resposta a clientes com projetos adaptados a toda esta nova realidade. Aliás, que realidades poderão daqui advir? O que vamos mudar na nossa forma de viver e na nossa forma de projetar?

O que deverá interessar aos arquitetos num futuro próximo são a elegância elevada à depuração máxima, um retorno aos projetos mais frugais, não sujeitos a modismos e requintes que encareçam aquilo que é a essência do nosso trabalho. Vejo esta crise como uma forma de redescoberta profissional. Esperemos que o bom momento que se vivia antes consiga ser um forte contraponto à crise que agora se seguirá, e que passado este período de isolamento social, se consiga retomar da melhor forma as atividades que estavam em curso com mais e melhores ferramentas.

Gabinete:

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Conseguir fazer mais, com menos dinheiro. Nos dias que virão iremos assistir a projetos mais frugais? Poderemos e deveremos falar em outro tipo de conceitos?

A previsão de uma crise económica de grande escala e a falta de investimento no setor assombra arquitetos e outros profissionais da construção civil, sendo para já difícil mensurar os seus impactos.

Da mesma forma que em todas as outras áreas, nós arquitetos temos que nos adaptar, evoluir e preparar para o pior, esperando sempre o melhor.

Talvez esta pandemia tenha vindo para sublinhar o que sempre foi importante para nós e que entretanto tenhamos esquecido, no meio da decadência pós moderna e do crescimento exponencial da sociedade de consumo.

É importante virarmos o nosso olhar para dentro para melhor refletir e pensar a arquitetura enquanto disciplina nuclear que interliga ciência, matemática, sustentabilidade dos materiais, sociedade, economia e arte. Que cria espaços para usufruirmos e vivermos com melhor qualidade – algo que neste tempo de confinamento descobrimos com tanta clareza!

É por isso, importante também falar de urbanismo. Talvez nos estivéssemos a afastar do essencial. Torna-se nesta altura tão fortemente óbvio a necessidade de projetar lugares em que as pessoas se sintam protegidas (em casa) mas também numa comunidade. Quando projetamos uma casa,  pensamos em privacidade, no espaço envolvente e também numa forma de beneficiar o comunitário, pensar no que virá, no que se vai transformar aquele lugar, saber o que está para vir, responder a esta necessidade humana básica e universal.

Sublinho as “lições” que se podem retirar de uma crise como esta, e não menos importante entre elas será a de perceber como será possível dar resposta a clientes com projetos adaptados a toda esta nova realidade. Aliás, que realidades poderão daqui advir? O que vamos mudar na nossa forma de viver e na nossa forma de projetar?

O que deverá interessar aos arquitetos num futuro próximo são a elegância elevada à depuração máxima, um retorno aos projetos mais frugais, não sujeitos a modismos e requintes que encareçam aquilo que é a essência do nosso trabalho. Vejo esta crise como uma forma de redescoberta profissional. Esperemos que o bom momento que se vivia antes consiga ser um forte contraponto à crise que agora se seguirá, e que passado este período de isolamento social, se consiga retomar da melhor forma as atividades que estavam em curso com mais e melhores ferramentas.

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