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No pós-Covid19 assistiremos a algumas mudanças em todas as áreas, desde o comportamento humano aos sistemas de saúde, ensino, às artes ou à economia.
A arquitectura, sendo indissociável da perspectiva que cada momento nos dá para o futuro, contará também com mudanças. As maiores serão à escala territorial e urbana, derivadas de todas as alterações organizacionais trazidas por uma maior implementação do teletrabalho.
E será esta grande alteração no método de trabalho que trará também as maiores alterações na arquitectura. A maior implementação do teletrabalho fará, em Portugal e no Mundo, diminuir a procura por novos grandes edifícios de escritórios centrais. Mas criará uma disseminação de espaços de “cowork” nas zonas periféricas/residenciais para os muitos que, pretendendo trabalhar remotamente (para evitar o longo tempo de vida perdido/custos/poluição nas deslocações) preferem trabalhar num local com mais pessoas e manter a separação casa VS trabalho.
As próprias empresas poderão dispersar instalações locais onde os trabalhadores de cada zona estarão a operar, independentemente das suas funções uma vez que os departamentos funcionarão de forma virtual.
Os grandes escritórios centralizados poderão ser assim reduzidos ou passar a disponibilizar maior área por posto de trabalho.
Ao nível da arquitectura para estes novos/remodelados locais, a grande mudança será a passagem dos “openspace” para espaços que, não regredindo aos gabinetes totalmente estanques e estratificados, serão agora mais contidos e com maior privacidade para as pessoas poderem desempenhar diferentes tarefas, com concentração, num dia-a-dia com permanente comunicação remota.
O “openspace” poderá dar lugar a um “interlacedspace” acolhendo diversos pequenos espaços, múltiplos e individuais, entrelaçados de forma que permitam simultaneamente diferentes abordagens, interacção e isolamento, troca de ideias e introspecção, comunicação e concentração.
Este novo formato colocará desafios e novas possibilidades a todas as vertentes da arquitectura. Seja na forma, na funcionalidade de cada espaço, no controlo acústico, no acesso a luz natural ou na iluminação artificial onde, por exemplo, finalmente nos poderemos libertar de normalizações há muito desajustadas da realidade (ex: indicações de nível lumínico para planos de trabalho horizontais quando os nossos planos de trabalho são quase sempre verticais (monitores)), passando a considerar a correcta relação de contraste, uniformidade e estímulo visual, tendo em conta a percepção do espaço e nomeadamente os planos verticais que, ocupando a maior proporção no nosso campo visual são mais relevantes e devem equilibrar a intensidade de luz com o brilho dos monitores, aumentando o conforto e reduzindo a fadiga.
Novos desafios que são também novas oportunidades, num futuro pós-Covid que se deseja o mais em breve possível.
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No pós-Covid19 assistiremos a algumas mudanças em todas as áreas, desde o comportamento humano aos sistemas de saúde, ensino, às artes ou à economia.
A arquitectura, sendo indissociável da perspectiva que cada momento nos dá para o futuro, contará também com mudanças. As maiores serão à escala territorial e urbana, derivadas de todas as alterações organizacionais trazidas por uma maior implementação do teletrabalho.
E será esta grande alteração no método de trabalho que trará também as maiores alterações na arquitectura. A maior implementação do teletrabalho fará, em Portugal e no Mundo, diminuir a procura por novos grandes edifícios de escritórios centrais. Mas criará uma disseminação de espaços de “cowork” nas zonas periféricas/residenciais para os muitos que, pretendendo trabalhar remotamente (para evitar o longo tempo de vida perdido/custos/poluição nas deslocações) preferem trabalhar num local com mais pessoas e manter a separação casa VS trabalho.
As próprias empresas poderão dispersar instalações locais onde os trabalhadores de cada zona estarão a operar, independentemente das suas funções uma vez que os departamentos funcionarão de forma virtual.
Os grandes escritórios centralizados poderão ser assim reduzidos ou passar a disponibilizar maior área por posto de trabalho.
Ao nível da arquitectura para estes novos/remodelados locais, a grande mudança será a passagem dos “openspace” para espaços que, não regredindo aos gabinetes totalmente estanques e estratificados, serão agora mais contidos e com maior privacidade para as pessoas poderem desempenhar diferentes tarefas, com concentração, num dia-a-dia com permanente comunicação remota.
O “openspace” poderá dar lugar a um “interlacedspace” acolhendo diversos pequenos espaços, múltiplos e individuais, entrelaçados de forma que permitam simultaneamente diferentes abordagens, interacção e isolamento, troca de ideias e introspecção, comunicação e concentração.
Este novo formato colocará desafios e novas possibilidades a todas as vertentes da arquitectura. Seja na forma, na funcionalidade de cada espaço, no controlo acústico, no acesso a luz natural ou na iluminação artificial onde, por exemplo, finalmente nos poderemos libertar de normalizações há muito desajustadas da realidade (ex: indicações de nível lumínico para planos de trabalho horizontais quando os nossos planos de trabalho são quase sempre verticais (monitores)), passando a considerar a correcta relação de contraste, uniformidade e estímulo visual, tendo em conta a percepção do espaço e nomeadamente os planos verticais que, ocupando a maior proporção no nosso campo visual são mais relevantes e devem equilibrar a intensidade de luz com o brilho dos monitores, aumentando o conforto e reduzindo a fadiga.
Novos desafios que são também novas oportunidades, num futuro pós-Covid que se deseja o mais em breve possível.
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No pós-Covid19 assistiremos a algumas mudanças em todas as áreas, desde o comportamento humano aos sistemas de saúde, ensino, às artes ou à economia.
A arquitectura, sendo indissociável da perspectiva que cada momento nos dá para o futuro, contará também com mudanças. As maiores serão à escala territorial e urbana, derivadas de todas as alterações organizacionais trazidas por uma maior implementação do teletrabalho.
E será esta grande alteração no método de trabalho que trará também as maiores alterações na arquitectura. A maior implementação do teletrabalho fará, em Portugal e no Mundo, diminuir a procura por novos grandes edifícios de escritórios centrais. Mas criará uma disseminação de espaços de “cowork” nas zonas periféricas/residenciais para os muitos que, pretendendo trabalhar remotamente (para evitar o longo tempo de vida perdido/custos/poluição nas deslocações) preferem trabalhar num local com mais pessoas e manter a separação casa VS trabalho.
As próprias empresas poderão dispersar instalações locais onde os trabalhadores de cada zona estarão a operar, independentemente das suas funções uma vez que os departamentos funcionarão de forma virtual.
Os grandes escritórios centralizados poderão ser assim reduzidos ou passar a disponibilizar maior área por posto de trabalho.
Ao nível da arquitectura para estes novos/remodelados locais, a grande mudança será a passagem dos “openspace” para espaços que, não regredindo aos gabinetes totalmente estanques e estratificados, serão agora mais contidos e com maior privacidade para as pessoas poderem desempenhar diferentes tarefas, com concentração, num dia-a-dia com permanente comunicação remota.
O “openspace” poderá dar lugar a um “interlacedspace” acolhendo diversos pequenos espaços, múltiplos e individuais, entrelaçados de forma que permitam simultaneamente diferentes abordagens, interacção e isolamento, troca de ideias e introspecção, comunicação e concentração.
Este novo formato colocará desafios e novas possibilidades a todas as vertentes da arquitectura. Seja na forma, na funcionalidade de cada espaço, no controlo acústico, no acesso a luz natural ou na iluminação artificial onde, por exemplo, finalmente nos poderemos libertar de normalizações há muito desajustadas da realidade (ex: indicações de nível lumínico para planos de trabalho horizontais quando os nossos planos de trabalho são quase sempre verticais (monitores)), passando a considerar a correcta relação de contraste, uniformidade e estímulo visual, tendo em conta a percepção do espaço e nomeadamente os planos verticais que, ocupando a maior proporção no nosso campo visual são mais relevantes e devem equilibrar a intensidade de luz com o brilho dos monitores, aumentando o conforto e reduzindo a fadiga.
Novos desafios que são também novas oportunidades, num futuro pós-Covid que se deseja o mais em breve possível.