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Espaços Ribeirinhos do Algarve

Categoria:  ReportagensCategoria:  Reportagens > ArquitecturaCategoria:  Destaque

Publicado

revista setembro

O projeto apresentado abrange um vasto território no litoral algarvio estendendo-se desde os concelhos de Loulé e Faro, onde será criado o Parque Ribeirinho do Ludo, passando pelo concelho de Tavira onde será requalificada a marginal de ligação entre Santa Luzia a Pedras D’El Rei chegando a Vila Real de Santo António até onde se estende um percurso entre Lacém e Manta Rota. Todas estas intervenções integram-se no programa de reabilitação da frente ribeirinha da Ria Formosa promovido pela sociedade POLIS da Ria Fomosa.

O conceito centra-se na criação de um sistema de descodificação da paisagem que permita ao visitante perspetivar a forma como esta está estruturada e organizada e onde assimila gradualmente informação sobre o que o rodeia.

No Parque Ribeirinho do Ludo é proposta a criação de uma rede de percursos cénicos onde se inclui um observatório para a observação da avifauna associada à orla ripícola dulçaquícola, onde para além da vivência ambiental serão também criadas áreas de recreio ativo orientadas para ações ambientais de sensibilização, bem como espaços de lazer e convívio. Uma vez que a área de intervenção se localiza em percursos pedonais existentes, um dos objetivos passará pela limpeza e conservação, promovendo o acesso indiferenciado e intergeracional ao percurso. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis. O percurso será linear com alguns pontos de estadia, com recurso a mobiliário urbano, e sempre que o espaço permita, existirá um ponto de apoio com equipamentos de manutenção. Ao longo dos percursos será prevista sinalética vertical convencional,composta por painéis informativos e placas de orientação.

Por questões de manutenção do espaço este terá uma hierarquia de utilização dos caminhos sendo que na maioria dos troços é permitido o uso viário, ciclável e pedonal, enquanto que outros troços serão exclusivamente pedonais. Ao nível dos pavimentos, optou-se pela utilização do material existente em saibro, sendo proposto pontualmente para as zonas de estadia o bago de arroz, e para o estacionamento as grelhas de encaixe com gravilha da região. No que respeita ao mobiliário está proposto a utilização de bancos, papeleiras, apoios de bicicleta e sinalética. Em relação aos equipamentos de manutenção prevêem-se os tradicionais em madeira, típicos dos circuitos desportivos, e os equipamentos metálicos chamados ‘Elementos saudáveis’ muito utilizados também por pessoas mais velhas.

A nível da proposta de intervenção para a Marginal de Santa Luzia a Pedras D’el Rei, propõe-se a requalificação deste espaço com a definição de diferentes usos e materiais. Junto a Pedras D’el Rei propõe-se a materialização de uma pequena praça com equipamentos de apoio à estadia. Aqui define-se alguma vegetação arbórea e alguns maciços de vegetação arbustiva de enquadramento. O pavimento será em calçada grossa, dando continuidade ao pavimento do passeio marginal. O percurso da ciclovia será em slurry colorido. O acesso ao cais de embarque será feito em calçada grossa, para a passagem de veículos de emergência e carros de manutenção. Deste modo consegue-se todo o conforto com a definição dos diferentes usos e com o uso da vegetação que irá proporcionar o ensombramento necessário. Todo este espaço estará dotado de mobiliário urbano, como bancos, papeleiras e apoios de bicicletas, para facilitar as atividades lúdicas e de recreio. Este é um projeto estruturante para a promoção da mobilidade suave ao longo do litoral, integrando-se com outras infraestruturas já existentes, no sentido de oferecer uma rede integrada de percursos de recreio e lazer, que potenciem uma nova forma de conhecer e percorrer o território algarvio. Ao nível do material vegetal proposto, para este espaço, procurou-se que este seja adaptado às características desta zona, pela proximidade com o ecossistema de sapal e que seja resistente à salsugem.

No Percurso Pedonal Lacem – Manta Rota pretende-se um percurso pedonal e ciclável, incluindo o balizamento das áreas de risco, mobiliário urbano, zonas de estadia, sinalização informativa e sensibilização ambiental, sendo explorada a dimensão lúdica do percurso e dos espaços ao longo do mesmo. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis.

Propõe-se um percurso em estrutura sobrelevada de madeira e sempre que possível percurso em saibro. A opção pela estrutura sobrelevada prende-se com a zona por onde o percurso passa – zona de duna, respeitando este ecossistema e o seu funcionamento. No sentido Manta Rota - Cacela Velha, junto à localidade de Cacela Velha numa área onde se verifica a existência de um percurso pedonal prevê-se a sua definição em saibro, sendo esta uma zona privilegiada para alguns usos, quer pela sua topografia plana, quer pela largura de plataforma. A proposta, nesta fase, não prevê grande intervenção ao nível da vegetação, sendo que a vegetação dunar existente se encontra bem adaptada ao espaço.

Esta será em resumo uma intervenção coerente ao longo de uma longa faixa costeira algarvia, que contribuirá em muito para a fruição e o recreio ambiental, promovendo o respeito pelos ecossistemas presentes e uma equilibrada relação entre o homem e o meio onde vive.

Gabinete:

A LAND DESIGN, ARQUITECTURA PAISAGISTA, LDA. é a empresa do FOCUS group de arquitetura paisagista e ambiente que tem como âmbito a elaboração de estudos e projetos, direção, coordenação e fiscalização de obras nas áreas de arquitetura paisagista.

Constituída em 2005 no contexto do FOCUS group, e dirigida pelo arquitecto Miguel Marques Pereira, a Land Design presta ainda serviços de coordenação e gestão de outros estudos e projetos técnicos como projetos de requalificação ambiental, planeamento urbano e territorial, consultoria e auditoria ambiental, implementação de processos de participação pública, design de mobiliário e equipamentos urbanos.

A Land Design tem por missão contribuir para a uma nova abordagem à arquitetura paisagista, através da inclusão das diferentes áreas complementares de conhecimento existentes dentro do universo do FOCUS group, refletidas numa postura conceptual de profundo respeito pelos elementos, estruturas e processos da paisagem, integrando modernos conceitos de sustentabilidade.

Integrada no FOCUS group, a Land Design beneficia de um conceito único no mercado dos serviços de Consultoria e Projecto português – a reunião, num único ambiente de trabalho integrado, de um grupo de empresas especializadas nas diferentes áreas do urbanismo, da arquitectura, da engenharia e do paisagismo e ambiente – um conceito ‘One Stop Solution’.

Com todos os técnicos envolvidos nos projectos reunidos num mesmo espaço, o FOCUS group promove e facilita o desenvolvimento do trabalho das suas equipas pluridisciplinares, reduzindo os tempos de interacção e materializando uma efectiva coordenação interdisciplinar.

O FOCUS group conta, para além da Land Design, com outras quatro empresas que exercem a sua actividade nas áreas de Arquitectura (Reply), Planeamento e Urbanismo (Site Plan), Engenharia Civil (Engicraft) e Engenharia de Instalações Técnicas (Marobal).

A capacidade de internacionalização do Focus Group já iniciada em 2007, permitiu à Land Design o alargamento de actividade para outros mercados, tendo actualmente a decorrer projectos diversos, nomeadamente para o mercado de Cabo Verde.

Projectos em carteira:

  • Plano de Detalhe para S. Pedro Latada, CM da Praia, Cabo Verde;
  • Master Plan do Parque Empresarial da Praia, CM da Praia, Cabo Verde;
  • Requalificação Urbana do Bairro da Achadinha, CM da Praia, Cabo Verde
  • Plano de Urbanização do Patacão Mar e Guerra, CM de Faro;
  • Parque Ribeirinho de Faro, Sociedade Polis Ria Formosa/ CM de Faro (em consórcio com Site plan)
  • Requalificação Urbana do Carregal do Sal, CM do Carregal do Sal (em consórcio com Site plan)
  • Requalificação da Praia da Ilha do Pessegueiro, POLIS Litoral Sudoeste Alentejano, Sines
  • Requalificação do Centro Urbano de Lagos, CM Lagos

No Percurso Pedonal Lacem – Manta Rota pretende-se um percurso pedonal e ciclável, incluindo o balizamento das áreas de risco, mobiliário urbano, zonas de estadia, sinalização informativa e sensibilização ambiental, sendo explorada a dimensão lúdica do percurso e dos espaços ao longo do mesmo. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis.

Propõe-se um percurso em estrutura sobrelevada de madeira e sempre que possível percurso em saibro. A opção pela estrutura sobrelevada prende-se com a zona por onde o percurso passa – zona de duna, respeitando este ecossistema e o seu funcionamento. No sentido Manta Rota - Cacela Velha, junto à localidade de Cacela Velha numa área onde se verifica a existência de um percurso pedonal prevê-se a sua definição em saibro, sendo esta uma zona privilegiada para alguns usos, quer pela sua topografia plana, quer pela largura de plataforma. A proposta, nesta fase, não prevê grande intervenção ao nível da vegetação, sendo que a vegetação dunar existente se encontra bem adaptada ao espaço.

Esta será em resumo uma intervenção coerente ao longo de uma longa faixa costeira algarvia, que contribuirá em muito para a fruição e o recreio ambiental, promovendo o respeito pelos ecossistemas presentes e uma equilibrada relação entre o homem e o meio onde vive.

Anteprojectos online é uma ferramenta de consulta diária, que lhe permite deter o conhecimento antecipado do que serão as futuras obras!

Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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Publicado

revista setembro

O projeto apresentado abrange um vasto território no litoral algarvio estendendo-se desde os concelhos de Loulé e Faro, onde será criado o Parque Ribeirinho do Ludo, passando pelo concelho de Tavira onde será requalificada a marginal de ligação entre Santa Luzia a Pedras D’El Rei chegando a Vila Real de Santo António até onde se estende um percurso entre Lacém e Manta Rota. Todas estas intervenções integram-se no programa de reabilitação da frente ribeirinha da Ria Formosa promovido pela sociedade POLIS da Ria Fomosa.

O conceito centra-se na criação de um sistema de descodificação da paisagem que permita ao visitante perspetivar a forma como esta está estruturada e organizada e onde assimila gradualmente informação sobre o que o rodeia.

No Parque Ribeirinho do Ludo é proposta a criação de uma rede de percursos cénicos onde se inclui um observatório para a observação da avifauna associada à orla ripícola dulçaquícola, onde para além da vivência ambiental serão também criadas áreas de recreio ativo orientadas para ações ambientais de sensibilização, bem como espaços de lazer e convívio. Uma vez que a área de intervenção se localiza em percursos pedonais existentes, um dos objetivos passará pela limpeza e conservação, promovendo o acesso indiferenciado e intergeracional ao percurso. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis. O percurso será linear com alguns pontos de estadia, com recurso a mobiliário urbano, e sempre que o espaço permita, existirá um ponto de apoio com equipamentos de manutenção. Ao longo dos percursos será prevista sinalética vertical convencional,composta por painéis informativos e placas de orientação.

Por questões de manutenção do espaço este terá uma hierarquia de utilização dos caminhos sendo que na maioria dos troços é permitido o uso viário, ciclável e pedonal, enquanto que outros troços serão exclusivamente pedonais. Ao nível dos pavimentos, optou-se pela utilização do material existente em saibro, sendo proposto pontualmente para as zonas de estadia o bago de arroz, e para o estacionamento as grelhas de encaixe com gravilha da região. No que respeita ao mobiliário está proposto a utilização de bancos, papeleiras, apoios de bicicleta e sinalética. Em relação aos equipamentos de manutenção prevêem-se os tradicionais em madeira, típicos dos circuitos desportivos, e os equipamentos metálicos chamados ‘Elementos saudáveis’ muito utilizados também por pessoas mais velhas.

A nível da proposta de intervenção para a Marginal de Santa Luzia a Pedras D’el Rei, propõe-se a requalificação deste espaço com a definição de diferentes usos e materiais. Junto a Pedras D’el Rei propõe-se a materialização de uma pequena praça com equipamentos de apoio à estadia. Aqui define-se alguma vegetação arbórea e alguns maciços de vegetação arbustiva de enquadramento. O pavimento será em calçada grossa, dando continuidade ao pavimento do passeio marginal. O percurso da ciclovia será em slurry colorido. O acesso ao cais de embarque será feito em calçada grossa, para a passagem de veículos de emergência e carros de manutenção. Deste modo consegue-se todo o conforto com a definição dos diferentes usos e com o uso da vegetação que irá proporcionar o ensombramento necessário. Todo este espaço estará dotado de mobiliário urbano, como bancos, papeleiras e apoios de bicicletas, para facilitar as atividades lúdicas e de recreio. Este é um projeto estruturante para a promoção da mobilidade suave ao longo do litoral, integrando-se com outras infraestruturas já existentes, no sentido de oferecer uma rede integrada de percursos de recreio e lazer, que potenciem uma nova forma de conhecer e percorrer o território algarvio. Ao nível do material vegetal proposto, para este espaço, procurou-se que este seja adaptado às características desta zona, pela proximidade com o ecossistema de sapal e que seja resistente à salsugem.

No Percurso Pedonal Lacem – Manta Rota pretende-se um percurso pedonal e ciclável, incluindo o balizamento das áreas de risco, mobiliário urbano, zonas de estadia, sinalização informativa e sensibilização ambiental, sendo explorada a dimensão lúdica do percurso e dos espaços ao longo do mesmo. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis.

Propõe-se um percurso em estrutura sobrelevada de madeira e sempre que possível percurso em saibro. A opção pela estrutura sobrelevada prende-se com a zona por onde o percurso passa – zona de duna, respeitando este ecossistema e o seu funcionamento. No sentido Manta Rota - Cacela Velha, junto à localidade de Cacela Velha numa área onde se verifica a existência de um percurso pedonal prevê-se a sua definição em saibro, sendo esta uma zona privilegiada para alguns usos, quer pela sua topografia plana, quer pela largura de plataforma. A proposta, nesta fase, não prevê grande intervenção ao nível da vegetação, sendo que a vegetação dunar existente se encontra bem adaptada ao espaço.

Esta será em resumo uma intervenção coerente ao longo de uma longa faixa costeira algarvia, que contribuirá em muito para a fruição e o recreio ambiental, promovendo o respeito pelos ecossistemas presentes e uma equilibrada relação entre o homem e o meio onde vive.

Gabinete:

A LAND DESIGN, ARQUITECTURA PAISAGISTA, LDA. é a empresa do FOCUS group de arquitetura paisagista e ambiente que tem como âmbito a elaboração de estudos e projetos, direção, coordenação e fiscalização de obras nas áreas de arquitetura paisagista.

Constituída em 2005 no contexto do FOCUS group, e dirigida pelo arquitecto Miguel Marques Pereira, a Land Design presta ainda serviços de coordenação e gestão de outros estudos e projetos técnicos como projetos de requalificação ambiental, planeamento urbano e territorial, consultoria e auditoria ambiental, implementação de processos de participação pública, design de mobiliário e equipamentos urbanos.

A Land Design tem por missão contribuir para a uma nova abordagem à arquitetura paisagista, através da inclusão das diferentes áreas complementares de conhecimento existentes dentro do universo do FOCUS group, refletidas numa postura conceptual de profundo respeito pelos elementos, estruturas e processos da paisagem, integrando modernos conceitos de sustentabilidade.

Integrada no FOCUS group, a Land Design beneficia de um conceito único no mercado dos serviços de Consultoria e Projecto português – a reunião, num único ambiente de trabalho integrado, de um grupo de empresas especializadas nas diferentes áreas do urbanismo, da arquitectura, da engenharia e do paisagismo e ambiente – um conceito ‘One Stop Solution’.

Com todos os técnicos envolvidos nos projectos reunidos num mesmo espaço, o FOCUS group promove e facilita o desenvolvimento do trabalho das suas equipas pluridisciplinares, reduzindo os tempos de interacção e materializando uma efectiva coordenação interdisciplinar.

O FOCUS group conta, para além da Land Design, com outras quatro empresas que exercem a sua actividade nas áreas de Arquitectura (Reply), Planeamento e Urbanismo (Site Plan), Engenharia Civil (Engicraft) e Engenharia de Instalações Técnicas (Marobal).

A capacidade de internacionalização do Focus Group já iniciada em 2007, permitiu à Land Design o alargamento de actividade para outros mercados, tendo actualmente a decorrer projectos diversos, nomeadamente para o mercado de Cabo Verde.

Projectos em carteira:

  • Plano de Detalhe para S. Pedro Latada, CM da Praia, Cabo Verde;
  • Master Plan do Parque Empresarial da Praia, CM da Praia, Cabo Verde;
  • Requalificação Urbana do Bairro da Achadinha, CM da Praia, Cabo Verde
  • Plano de Urbanização do Patacão Mar e Guerra, CM de Faro;
  • Parque Ribeirinho de Faro, Sociedade Polis Ria Formosa/ CM de Faro (em consórcio com Site plan)
  • Requalificação Urbana do Carregal do Sal, CM do Carregal do Sal (em consórcio com Site plan)
  • Requalificação da Praia da Ilha do Pessegueiro, POLIS Litoral Sudoeste Alentejano, Sines
  • Requalificação do Centro Urbano de Lagos, CM Lagos

No Percurso Pedonal Lacem – Manta Rota pretende-se um percurso pedonal e ciclável, incluindo o balizamento das áreas de risco, mobiliário urbano, zonas de estadia, sinalização informativa e sensibilização ambiental, sendo explorada a dimensão lúdica do percurso e dos espaços ao longo do mesmo. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis.

Propõe-se um percurso em estrutura sobrelevada de madeira e sempre que possível percurso em saibro. A opção pela estrutura sobrelevada prende-se com a zona por onde o percurso passa – zona de duna, respeitando este ecossistema e o seu funcionamento. No sentido Manta Rota - Cacela Velha, junto à localidade de Cacela Velha numa área onde se verifica a existência de um percurso pedonal prevê-se a sua definição em saibro, sendo esta uma zona privilegiada para alguns usos, quer pela sua topografia plana, quer pela largura de plataforma. A proposta, nesta fase, não prevê grande intervenção ao nível da vegetação, sendo que a vegetação dunar existente se encontra bem adaptada ao espaço.

Esta será em resumo uma intervenção coerente ao longo de uma longa faixa costeira algarvia, que contribuirá em muito para a fruição e o recreio ambiental, promovendo o respeito pelos ecossistemas presentes e uma equilibrada relação entre o homem e o meio onde vive.

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O projeto apresentado abrange um vasto território no litoral algarvio estendendo-se desde os concelhos de Loulé e Faro, onde será criado o Parque Ribeirinho do Ludo, passando pelo concelho de Tavira onde será requalificada a marginal de ligação entre Santa Luzia a Pedras D’El Rei chegando a Vila Real de Santo António até onde se estende um percurso entre Lacém e Manta Rota. Todas estas intervenções integram-se no programa de reabilitação da frente ribeirinha da Ria Formosa promovido pela sociedade POLIS da Ria Fomosa.

O conceito centra-se na criação de um sistema de descodificação da paisagem que permita ao visitante perspetivar a forma como esta está estruturada e organizada e onde assimila gradualmente informação sobre o que o rodeia.

No Parque Ribeirinho do Ludo é proposta a criação de uma rede de percursos cénicos onde se inclui um observatório para a observação da avifauna associada à orla ripícola dulçaquícola, onde para além da vivência ambiental serão também criadas áreas de recreio ativo orientadas para ações ambientais de sensibilização, bem como espaços de lazer e convívio. Uma vez que a área de intervenção se localiza em percursos pedonais existentes, um dos objetivos passará pela limpeza e conservação, promovendo o acesso indiferenciado e intergeracional ao percurso. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis. O percurso será linear com alguns pontos de estadia, com recurso a mobiliário urbano, e sempre que o espaço permita, existirá um ponto de apoio com equipamentos de manutenção. Ao longo dos percursos será prevista sinalética vertical convencional,composta por painéis informativos e placas de orientação.

Por questões de manutenção do espaço este terá uma hierarquia de utilização dos caminhos sendo que na maioria dos troços é permitido o uso viário, ciclável e pedonal, enquanto que outros troços serão exclusivamente pedonais. Ao nível dos pavimentos, optou-se pela utilização do material existente em saibro, sendo proposto pontualmente para as zonas de estadia o bago de arroz, e para o estacionamento as grelhas de encaixe com gravilha da região. No que respeita ao mobiliário está proposto a utilização de bancos, papeleiras, apoios de bicicleta e sinalética. Em relação aos equipamentos de manutenção prevêem-se os tradicionais em madeira, típicos dos circuitos desportivos, e os equipamentos metálicos chamados ‘Elementos saudáveis’ muito utilizados também por pessoas mais velhas.

A nível da proposta de intervenção para a Marginal de Santa Luzia a Pedras D’el Rei, propõe-se a requalificação deste espaço com a definição de diferentes usos e materiais. Junto a Pedras D’el Rei propõe-se a materialização de uma pequena praça com equipamentos de apoio à estadia. Aqui define-se alguma vegetação arbórea e alguns maciços de vegetação arbustiva de enquadramento. O pavimento será em calçada grossa, dando continuidade ao pavimento do passeio marginal. O percurso da ciclovia será em slurry colorido. O acesso ao cais de embarque será feito em calçada grossa, para a passagem de veículos de emergência e carros de manutenção. Deste modo consegue-se todo o conforto com a definição dos diferentes usos e com o uso da vegetação que irá proporcionar o ensombramento necessário. Todo este espaço estará dotado de mobiliário urbano, como bancos, papeleiras e apoios de bicicletas, para facilitar as atividades lúdicas e de recreio. Este é um projeto estruturante para a promoção da mobilidade suave ao longo do litoral, integrando-se com outras infraestruturas já existentes, no sentido de oferecer uma rede integrada de percursos de recreio e lazer, que potenciem uma nova forma de conhecer e percorrer o território algarvio. Ao nível do material vegetal proposto, para este espaço, procurou-se que este seja adaptado às características desta zona, pela proximidade com o ecossistema de sapal e que seja resistente à salsugem.

No Percurso Pedonal Lacem – Manta Rota pretende-se um percurso pedonal e ciclável, incluindo o balizamento das áreas de risco, mobiliário urbano, zonas de estadia, sinalização informativa e sensibilização ambiental, sendo explorada a dimensão lúdica do percurso e dos espaços ao longo do mesmo. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis.

Propõe-se um percurso em estrutura sobrelevada de madeira e sempre que possível percurso em saibro. A opção pela estrutura sobrelevada prende-se com a zona por onde o percurso passa – zona de duna, respeitando este ecossistema e o seu funcionamento. No sentido Manta Rota - Cacela Velha, junto à localidade de Cacela Velha numa área onde se verifica a existência de um percurso pedonal prevê-se a sua definição em saibro, sendo esta uma zona privilegiada para alguns usos, quer pela sua topografia plana, quer pela largura de plataforma. A proposta, nesta fase, não prevê grande intervenção ao nível da vegetação, sendo que a vegetação dunar existente se encontra bem adaptada ao espaço.

Esta será em resumo uma intervenção coerente ao longo de uma longa faixa costeira algarvia, que contribuirá em muito para a fruição e o recreio ambiental, promovendo o respeito pelos ecossistemas presentes e uma equilibrada relação entre o homem e o meio onde vive.

Gabinete:

A LAND DESIGN, ARQUITECTURA PAISAGISTA, LDA. é a empresa do FOCUS group de arquitetura paisagista e ambiente que tem como âmbito a elaboração de estudos e projetos, direção, coordenação e fiscalização de obras nas áreas de arquitetura paisagista.

Constituída em 2005 no contexto do FOCUS group, e dirigida pelo arquitecto Miguel Marques Pereira, a Land Design presta ainda serviços de coordenação e gestão de outros estudos e projetos técnicos como projetos de requalificação ambiental, planeamento urbano e territorial, consultoria e auditoria ambiental, implementação de processos de participação pública, design de mobiliário e equipamentos urbanos.

A Land Design tem por missão contribuir para a uma nova abordagem à arquitetura paisagista, através da inclusão das diferentes áreas complementares de conhecimento existentes dentro do universo do FOCUS group, refletidas numa postura conceptual de profundo respeito pelos elementos, estruturas e processos da paisagem, integrando modernos conceitos de sustentabilidade.

Integrada no FOCUS group, a Land Design beneficia de um conceito único no mercado dos serviços de Consultoria e Projecto português – a reunião, num único ambiente de trabalho integrado, de um grupo de empresas especializadas nas diferentes áreas do urbanismo, da arquitectura, da engenharia e do paisagismo e ambiente – um conceito ‘One Stop Solution’.

Com todos os técnicos envolvidos nos projectos reunidos num mesmo espaço, o FOCUS group promove e facilita o desenvolvimento do trabalho das suas equipas pluridisciplinares, reduzindo os tempos de interacção e materializando uma efectiva coordenação interdisciplinar.

O FOCUS group conta, para além da Land Design, com outras quatro empresas que exercem a sua actividade nas áreas de Arquitectura (Reply), Planeamento e Urbanismo (Site Plan), Engenharia Civil (Engicraft) e Engenharia de Instalações Técnicas (Marobal).

A capacidade de internacionalização do Focus Group já iniciada em 2007, permitiu à Land Design o alargamento de actividade para outros mercados, tendo actualmente a decorrer projectos diversos, nomeadamente para o mercado de Cabo Verde.

Projectos em carteira:

  • Plano de Detalhe para S. Pedro Latada, CM da Praia, Cabo Verde;
  • Master Plan do Parque Empresarial da Praia, CM da Praia, Cabo Verde;
  • Requalificação Urbana do Bairro da Achadinha, CM da Praia, Cabo Verde
  • Plano de Urbanização do Patacão Mar e Guerra, CM de Faro;
  • Parque Ribeirinho de Faro, Sociedade Polis Ria Formosa/ CM de Faro (em consórcio com Site plan)
  • Requalificação Urbana do Carregal do Sal, CM do Carregal do Sal (em consórcio com Site plan)
  • Requalificação da Praia da Ilha do Pessegueiro, POLIS Litoral Sudoeste Alentejano, Sines
  • Requalificação do Centro Urbano de Lagos, CM Lagos

No Percurso Pedonal Lacem – Manta Rota pretende-se um percurso pedonal e ciclável, incluindo o balizamento das áreas de risco, mobiliário urbano, zonas de estadia, sinalização informativa e sensibilização ambiental, sendo explorada a dimensão lúdica do percurso e dos espaços ao longo do mesmo. A interpretação da dinâmica da paisagem, constitui outro objetivo, prevendo-se a sua interpretação através desta estrutura de caminhos pedonais e cicláveis.

Propõe-se um percurso em estrutura sobrelevada de madeira e sempre que possível percurso em saibro. A opção pela estrutura sobrelevada prende-se com a zona por onde o percurso passa – zona de duna, respeitando este ecossistema e o seu funcionamento. No sentido Manta Rota - Cacela Velha, junto à localidade de Cacela Velha numa área onde se verifica a existência de um percurso pedonal prevê-se a sua definição em saibro, sendo esta uma zona privilegiada para alguns usos, quer pela sua topografia plana, quer pela largura de plataforma. A proposta, nesta fase, não prevê grande intervenção ao nível da vegetação, sendo que a vegetação dunar existente se encontra bem adaptada ao espaço.

Esta será em resumo uma intervenção coerente ao longo de uma longa faixa costeira algarvia, que contribuirá em muito para a fruição e o recreio ambiental, promovendo o respeito pelos ecossistemas presentes e uma equilibrada relação entre o homem e o meio onde vive.