Localizado no extremo Sul do território português, o Algarve é um conhecido destino turístico, dotado de equipamentos turísticos de elevada qualidade e servido por infra-estruturas de transportes que permitem rápidas e fáceis ligações ao resto do país e à Europa, de entre as quais se destaca o Aeroporto Internacional de Faro.

O clima algarvio é dos que mais horas de sol e menor pluviosidade têm em toda a Europa, possibilitando a prática de actividades de lazer e de desporto ao ar livre durante todo o ano. Este facto, associado à tomada de consciência dos efeitos negativos da excessiva dependência do turismo de praia, que provoca grandes oscilações populacionais e no nível de ocupação das infra-estruturas turísticas ao longo do ano e uma ocupação do território com grandes assimetrias entre o litoral e o interior, levou a que se tenha vindo a procurar desenvolver outros tipos de actividade, com capacidade para atrair turistas ao longo de todo o ano, promovendo assim um desenvolvimento mais sustentado da região.

Os desportos motorizados têm vindo a ganhar cada vez mais popularidade e estão actualmente no  entro de um conjunto de actividades, que vão desde o comércio e o turismo até à publicidade e à pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia.

Um circuito de velocidade tem, assim, não apenas o potencial de promover os desportos motorizados, mas também de ser o centro de um complexo que englobe toda esta gama de actividades, tornando-se num motor de promoção da imagem e da economia do país e da região.

Foi este o ponto de partida para o desenvolvimento do projecto do Algarve Motor Park, um complexo que ocupa uma área de 290 hectares localizada no interior algarvio, 5km a noroeste de Portimão, e que, além do Autódromo Internacional do Algarve, será também dotado de um circuito de karting, um parque tecnológico para empresas relacionadas com novas tecnologias aplicadas à indústria e ao desporto automóvel, um complexo desportivo, áreas comerciais e um resort turístico composto por um hotel de 5 estrelas com 196 quartos e por 160 apartamentos turísticos.

O circuito de velocidade tem 4692 metros de extensão e 14 metros de largura, excepto nos 969 metros da recta da meta, em que a largura é de 18 metros. Foi projectado em conformidade com os mais exigentes regulamentos da FIA e da FIM, de modo a poder receber competições de auto-mobilismo e de motociclismo do mais alto nível (Fórmula 1 e Moto GP, respectivamente).

Ao contrário do que sucede com a maioria dos circuitos de construção recente, o local onde está implantado o Autódromo Internacional do Algarve tem uma topografia bastante acidentada, tendo esse aspecto sido usado como uma das principais características do projecto, de modo a criar várias mudanças de elevação ao longo do traçado, que originam diversos pontos de visibilidade limitada ao longo da sua extensão.

Procurou-se assim aliar o carácter dos circuitos da época áurea dos desportos motorizados com as actuais exigências de segurança e infra-estruturas. A topografia possibilitou ainda a criação de taludes para o posicionamento dos espectadores em redor da pista, procurando oferecer-lhes a máxima proximidade a esta e vistas tão amplas quanto possível. Todos estes factores tiveram como objectivo a criação de um circuito que fosse estimulante tanto para os pilotos como para os espectadores, com condições para se conseguir o máximo de competitividade e de emoção nas provas que aí tenham lugar.

Os edifícios do Autódromo Internacional do Algarve foram projectados tendo em vista não apenas dar resposta às necessidades funcionais do complexo, mas também complementar o nível de excelência e o carácter pretendido para o circuito, e cumprir com os limites orçamentais e de tempo disponível para a construção. Com efeito, a pista e todos os edifícios e infra-estruturas foram executados em apenas 12 meses, e tiveram um custo total de 115 milhões de Euros.

Os edifícios mais emblemáticos são os que estão voltados para o exterior: o edifício de acolhimento, um volume triangular flanqueando uma praça inclinada que leva o público até ao nível de acesso à bancada principal; o restaurante, uma caixa de metal escuro suspensa sobre a entrada, aberta em faces opostas para o circuito e para a paisagem circundante; e a bancada principal contendo mais de 16.000 lugares, com a sua cobertura metálica em consola e a fachada inclinada sobre o estacionamento.

A bancada principal é dividida em dois lanços por um nível intermédio de camarotes VIP, composto por 72 camarotes, e contém também espaços comerciais no seu nível inferior, abertos para a área de estacionamento no exterior.

No interior do circuito, ao longo da recta da meta e em frente à bancada principal, situa-se o edifício do paddock, que alberga o race control, a sala de briefing, cabinas para comentadores de TV e 42 boxes, às quais se sobrepõem 48 camarotes VIP.

Num corpo autónomo do race control, ligado a este por uma passagem elevada, localiza-se o media centre, um espaço com capacidade para 700 jornalistas e com uma óptima panorâmica sobre o circuito.

Estrategicamente localizada sobre uma pequena elevação no centro do circuito, a Torre VIP é um edifício cilíndrico com 5 pisos que contém 48 suites e um “lounge” no último piso, de onde se pode desfrutar das melhores vistas sobre a pista e toda a paisagem circundante.

Gabinete:

RICARDO PINA E ARQUITECTOS ASSOCIADOS

Contacto: Arq. Ricardo Pina

R. Marquês Pombal, 51 - r/c

8400-391 LAGOA

Tel: 282 342 699

Fax: 282 342 699

Email: [info@ricardopina-arquitectos.com](mailto: info@ricardopina-arquitectos.com)

WebSite: www.ricardopina-arquitectos.com

Ricardo Pina nasceu a 01 de Setembro de 1972 em Portimão, Portugal. Frequentou a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto entre 1990 e 1996, concluindo neste ano a Licenciatura em Arquitectura. Em Janeiro de 1997, funda a Ricardo Pina – Arquitectos, desenvolvendo projectos nos vários domínios da arquitectura. Desde 2001 que conta com a parceria dos arquitectos Jorge Guerreiro,Paulo Simões, Pascoal Santos e Rui Algarve.

Nos últimos anos contou ainda com a colaboração dos arquitectos Ana Alves Pinto, Luís Pacheco e André Vale.

Foi Membro da Comissão Instaladora da Delegação de Faro da Ordem dos Arquitectos entre 2002 a 2005.

PORTFÓLIO

São apresentados apenas os projectos mais relevantes. Os projectos desenvolvidos mas não executados ou em fase de execução não são aqui expostos.

Habitação Unifamiliar - Casa Maria Pina, Lagoa, 2004-2008

• Casa Mateus, Albufeira, 2004-2008
• Casa Ruben Faria, Olhão, 2005-2007
• Casa O’Connell, Carvoeiro, 2005-2008, com colaboração do arqºAndré Vale

Habitação Multifamiliar - Edifício Covas da Areia, Lagoa, 2003-2008

• Edifício Quinta de S. Pedro, Portimão, 2005-2008
• Edifício Ferragudo, Lagoa, 2005-2008

Complexos Turísticos - Quinta dos Castros, Senhora da Rocha, 1999-2002

• Apartamentos Cristal Mar, Portimão, 2002-2005

Equipamentos e serviços - Autódromo Internacional do Algarve, Portimão, 2000-2008, em colaboração com  os arquitectos Jorge Guerreiro, Paulo Simões, Pascoal Santos, André Vale e Rui Algarve.

• Kartódromo Internacional do Algarve, Portimão, 2002-2008, em colaboração com  os  arquitectos Jorge Guerreiro, Paulo Simões, Pascoal Santos e Rui Algarve.

Planeamento e urbanismo - Quinta da Ouriva, Ladeira do Vau, Portimão, 2002-2005

• Loteamento da Quintinha, Portimão, 2002-20008
• Algarve Motor Parque, Portimão, 2000-2008, em colaboração com  os arquitectos Jorge Guerreiro, Paulo Simões, Pascoal Santos e Rui Algarve.

Concursos Públicos

• “Concurso público de concepção para a elaboração do Projecto do Novo Edifício dos Serviços Municipais da Câmara Municipal de Lagos” em colaboração com os arquitectos Jorge Guerreiro, José Pedro Nascimento, Pascoal Santos, Paulo Simões, André Vale e A400 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil Lda, tendo obtido o segundo prémio. 2001
• “Concurso público para elaboração dos Apoios de Praia da Praia da Rocha”, em colaboração com o arquitecto Paulo Simões, não classificado. 2002