A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou esta quarta-feira o concurso público para o alargamento da Linha do Minho de duas para quatro vias, no troço compreendido entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), com um preço base de 150 milhões de euros.

Segundo o aviso publicado em Diário da República, está em causa a ampliação do troço ferroviário entre Contumil e Ermesinde para quatro vias, com o objectivo de eliminar um estrangulamento na circulação de comboios a norte do rio Douro e reforçar a capacidade do eixo que acolhe os comboios das linhas do Minho e do Douro.

As propostas poderão ser submetidas até ao dia 19 de Maio, sendo que o contrato terá uma duração de 1385 dias, aproximadamente três anos e dez meses, com as obras previstas para decorrer entre 2025 e 2029.

Na avaliação das propostas, o critério do preço terá um peso de 50%, sendo os restantes 50% atribuídos à qualidade.

De acordo com uma portaria publicada em Novembro em Diário da República, o valor global da intervenção poderá atingir os 219,5 milhões de euros entre 2025 e 2029. O diploma, assinado pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e pelo Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito, define que o financiamento nacional poderá cobrir até 90% do montante global dos contratos.

Estão previstos encargos máximos de 26,3 milhões de euros em 2025, 37,5 milhões em 2026, 55,6 milhões em 2027, 58 milhões em 2028 e 42 milhões em 2029, embora os valores possam ser redistribuídos por outros anos, desde que não ultrapassem o total orçamentado e sejam alocados a diferentes componentes da obra.

A intervenção inclui a construção e fiscalização das novas vias, a aquisição de carril e travessas polivalentes, a instalação de sistemas de telecomunicações e sinalização, bem como a realização de testes e certificações.

Está igualmente prevista a beneficiação das coberturas das plataformas na estação de Ermesinde.