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OPINIÃO: Perspectivas para 2024 – O Desafio da Optimização dos Processos

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Ricardo Freitas, Arq.
Membro 22837 da Ordem dos Arquitectos

 

Ao vislumbrar o cenário para 2024 do prisma da Esboço ARQ e considerando os projectos em andamento, assim como a evolução dos últimos anos, destaco a optimização como o grande desafio, desdobrando-se em duas fases distintas – o projecto e os métodos construtivos.

O Projecto como Momento-Chave da Optimização
Ao longo da última década, testemunhamos uma transformação radical no mercado, que agora parece retroceder ao ponto de partida. Originada pela crise financeira de 2008 e a subsequente reverberação no mercado nacional, a construção era escassa, caracterizando-se, em geral, por áreas bastante reduzidas. Nesse período, proliferaram os serviços “chave na mão” e as soluções “low cost”. Nos últimos anos, com a facilitação do financiamento e o progresso da economia, as áreas e custos deixaram de ser o foco central, mas, actualmente, observamos um retorno a essa preocupação.
A inflação que se faz sentir no sector da construção desde 2019 despertou uma maior consciencialização sobre a necessidade de optimizar a construção – desde áreas mais compactas até à simplificação de estruturas e a escolha de materiais menos dispendiosos. Essa situação foi agravada a partir de 2022, com a subida das taxas directoras e a subsequente dificuldade na obtenção de financiamento para a construção. Nos últimos anos, o custo da construção tornou-se um tema central nas fases iniciais do projecto, sendo uma preocupação constante ao longo de todo o processo. Entre projectistas e construtores, é cada vez mais comum depararmo-nos com projectos adiados ou revistos com o intuito de reduzir custos.

Sistemas Construtivos Alternativos
Outro aspecto cada vez mais abordado é o tempo de execução da construção. Com a construção tradicional progressivamente mais demorada, especialmente devido à escassez de mão-de-obra, soluções de pré-fabricação, como a construção em LSF (Light Steel Framing / Aço Leve) ou CLT (Cross Laminated Timber / Madeira Lamelada Cruzada), ganham força como alternativas para acelerar o processo. Dada a maior disponibilidade de profissionais, juntamente com a antecipação da construção ainda durante a fase de licenciamento, a preparação da construção em armazém possibilita uma redução significativa do tempo de obra.
Em 2023 concluímos a construção de um hotel em Montalegre, no qual o LSF foi a solução escolhida para a cobertura. Nesse caso, foram considerados três factores cruciais – o tempo de execução, a redução do peso da estrutura e a flexibilidade, especialmente por se tratar 
de uma reabilitação com base numa ruína de forma irregular e cobertura inclinada.
Para 2024, estamos a desenvolver um projecto para 38 habitações a custos controlados, associados a uma cooperativa de habitação, no âmbito da Estratégia Local de habitação do município de Braga. Para estas foi escolhido o CLT como a solução construtiva, dada a urgência na execução como resposta à escassez de habitação, aliada à sustentabilidade da solução.
Antecipamos, portanto, um ano repleto de desafios, marcado pela reinvenção e busca por novas soluções.

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

OPINIÃO: Perspectivas para 2024 – O Desafio da Optimização dos Processos

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Ricardo Freitas, Arq.
Membro 22837 da Ordem dos Arquitectos

 

Ao vislumbrar o cenário para 2024 do prisma da Esboço ARQ e considerando os projectos em andamento, assim como a evolução dos últimos anos, destaco a optimização como o grande desafio, desdobrando-se em duas fases distintas – o projecto e os métodos construtivos.

O Projecto como Momento-Chave da Optimização
Ao longo da última década, testemunhamos uma transformação radical no mercado, que agora parece retroceder ao ponto de partida. Originada pela crise financeira de 2008 e a subsequente reverberação no mercado nacional, a construção era escassa, caracterizando-se, em geral, por áreas bastante reduzidas. Nesse período, proliferaram os serviços “chave na mão” e as soluções “low cost”. Nos últimos anos, com a facilitação do financiamento e o progresso da economia, as áreas e custos deixaram de ser o foco central, mas, actualmente, observamos um retorno a essa preocupação.
A inflação que se faz sentir no sector da construção desde 2019 despertou uma maior consciencialização sobre a necessidade de optimizar a construção – desde áreas mais compactas até à simplificação de estruturas e a escolha de materiais menos dispendiosos. Essa situação foi agravada a partir de 2022, com a subida das taxas directoras e a subsequente dificuldade na obtenção de financiamento para a construção. Nos últimos anos, o custo da construção tornou-se um tema central nas fases iniciais do projecto, sendo uma preocupação constante ao longo de todo o processo. Entre projectistas e construtores, é cada vez mais comum depararmo-nos com projectos adiados ou revistos com o intuito de reduzir custos.

Sistemas Construtivos Alternativos
Outro aspecto cada vez mais abordado é o tempo de execução da construção. Com a construção tradicional progressivamente mais demorada, especialmente devido à escassez de mão-de-obra, soluções de pré-fabricação, como a construção em LSF (Light Steel Framing / Aço Leve) ou CLT (Cross Laminated Timber / Madeira Lamelada Cruzada), ganham força como alternativas para acelerar o processo. Dada a maior disponibilidade de profissionais, juntamente com a antecipação da construção ainda durante a fase de licenciamento, a preparação da construção em armazém possibilita uma redução significativa do tempo de obra.
Em 2023 concluímos a construção de um hotel em Montalegre, no qual o LSF foi a solução escolhida para a cobertura. Nesse caso, foram considerados três factores cruciais – o tempo de execução, a redução do peso da estrutura e a flexibilidade, especialmente por se tratar 
de uma reabilitação com base numa ruína de forma irregular e cobertura inclinada.
Para 2024, estamos a desenvolver um projecto para 38 habitações a custos controlados, associados a uma cooperativa de habitação, no âmbito da Estratégia Local de habitação do município de Braga. Para estas foi escolhido o CLT como a solução construtiva, dada a urgência na execução como resposta à escassez de habitação, aliada à sustentabilidade da solução.
Antecipamos, portanto, um ano repleto de desafios, marcado pela reinvenção e busca por novas soluções.

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Ricardo Freitas, Arq.
Membro 22837 da Ordem dos Arquitectos

 

Ao vislumbrar o cenário para 2024 do prisma da Esboço ARQ e considerando os projectos em andamento, assim como a evolução dos últimos anos, destaco a optimização como o grande desafio, desdobrando-se em duas fases distintas – o projecto e os métodos construtivos.

O Projecto como Momento-Chave da Optimização
Ao longo da última década, testemunhamos uma transformação radical no mercado, que agora parece retroceder ao ponto de partida. Originada pela crise financeira de 2008 e a subsequente reverberação no mercado nacional, a construção era escassa, caracterizando-se, em geral, por áreas bastante reduzidas. Nesse período, proliferaram os serviços “chave na mão” e as soluções “low cost”. Nos últimos anos, com a facilitação do financiamento e o progresso da economia, as áreas e custos deixaram de ser o foco central, mas, actualmente, observamos um retorno a essa preocupação.
A inflação que se faz sentir no sector da construção desde 2019 despertou uma maior consciencialização sobre a necessidade de optimizar a construção – desde áreas mais compactas até à simplificação de estruturas e a escolha de materiais menos dispendiosos. Essa situação foi agravada a partir de 2022, com a subida das taxas directoras e a subsequente dificuldade na obtenção de financiamento para a construção. Nos últimos anos, o custo da construção tornou-se um tema central nas fases iniciais do projecto, sendo uma preocupação constante ao longo de todo o processo. Entre projectistas e construtores, é cada vez mais comum depararmo-nos com projectos adiados ou revistos com o intuito de reduzir custos.

Sistemas Construtivos Alternativos
Outro aspecto cada vez mais abordado é o tempo de execução da construção. Com a construção tradicional progressivamente mais demorada, especialmente devido à escassez de mão-de-obra, soluções de pré-fabricação, como a construção em LSF (Light Steel Framing / Aço Leve) ou CLT (Cross Laminated Timber / Madeira Lamelada Cruzada), ganham força como alternativas para acelerar o processo. Dada a maior disponibilidade de profissionais, juntamente com a antecipação da construção ainda durante a fase de licenciamento, a preparação da construção em armazém possibilita uma redução significativa do tempo de obra.
Em 2023 concluímos a construção de um hotel em Montalegre, no qual o LSF foi a solução escolhida para a cobertura. Nesse caso, foram considerados três factores cruciais – o tempo de execução, a redução do peso da estrutura e a flexibilidade, especialmente por se tratar 
de uma reabilitação com base numa ruína de forma irregular e cobertura inclinada.
Para 2024, estamos a desenvolver um projecto para 38 habitações a custos controlados, associados a uma cooperativa de habitação, no âmbito da Estratégia Local de habitação do município de Braga. Para estas foi escolhido o CLT como a solução construtiva, dada a urgência na execução como resposta à escassez de habitação, aliada à sustentabilidade da solução.
Antecipamos, portanto, um ano repleto de desafios, marcado pela reinvenção e busca por novas soluções.