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O projeto começou pela indicação, presente no programa preliminar, de que existiriam dois acessos, aproximadamente ortogonais, provenientes da Rua do Heroísmo e da Rua do Barão de Nova Sintra, os quais podem ser considerados como os cardo e decumano da cidade clássica romana. Eles não têm continuação, uma vez que esbarram um no cemitério e outro no edifício da SMAS, pelo que foram dados a completar-se um ao outro, numa curva, a formar a praça central do projeto.
Estes elementos geradores foram a base do projeto, que segue, contudo, a orientação da malha urbana desta parte da cidade do Porto que, por sua vez, é ordenada pela Rua Barão de Nova Sintra.
Habitação acessível
Perpendicularmente a esta, os volumes da habitação acessível foram planeados no exemplo mais representativo da cidade, dentro desta tipologia, que é o Bairro da Bouça de Siza.
Tal escolha deve-se ao fato que a orientação da mencionada malha urbana corresponde do ponto de vista da dinâmica do sol a uma situação análoga.
As características de orientação solar, largura dos blocos de habitação e distância entre eles é idêntica ao projeto mencionado.
Num procedimento baseado na rapidez de planeamento, como o concurso de arquitetura, basear-se num modelo consolidado e unanimemente aceite, é uma forma de evitar erros. Informa o Arquiteto Pepe: “Já morei no Bairro da Bouça e considero que as condições de vida deste edifício são melhores que em todos os outros prédios de apartamentos em quem já morei.Especificamente o que funciona muito bem é: A geolocalização, ou seja, o uso dos raios solares. A privacidade que se cria pela relação entre a largura dos edifícios e a distância entre eles”.
As habitações acessíveis serão dotadas de corredores de acesso exteriores, aéreos, que formam lugares de convívio com vista, aumentando a superfície urbana.
Quanto ao Hotel e habitações turísticas de curta duração, são instalados num complexo arquitetónico com base comum e 5 torres.
Apologia da torre.
As torres sempre foram um elemento através do qual os seres humanos tentaram vencer as dificuldades da técnica.
Expressam o desejo construtivo de aproximar-se ao céu, é o desafio técnico da arquitetura de todos os tempos.
Desde, pelo menos, o período mais prospero da edificação da cidade medieval de São Geminiano, conhecida pelas suas torres (ref. Google- São Geminiano).
O mundo, explica Alessandro Pepe, não mudou. A torre alcança o céu e o sonho que ela promete continua desejável. O mundo da Ásia, as Américas, está a torrear-se.
A torre tem uma grande vantagem e uma grande desvantagem, ambas originadas pela mesma sua característica.
É um paralelepípedo de base pequena e esta pequena base tem a vantagem de ocupar pouco espaço.
A torre garante densidade, o que satisfaz a necessidade de reduzir a ocupação de solo, que pode ser mantido vegetal. A superfície urbana permeável e arborizada é o maior desejo do habitante da cidade.
Ao mesmo tempo a própria base da torre leva consigo a desvantagem de ter pouco espaço para entrar.
A torre é alta e o cidadão não vê o que lá dentro se passa. O cidadão tem alguma difidência para com a torre. A torre é vista como um edifício de elite.
Além disso, nos centros históricos europeus, a torre constitui uma ameaça, enquanto os desequilibra. A grande escada da torre muito frequentemente prejudica a ordem da cidade histórica.
A cidade de Londres, que nas palavras de Alain de Bottom tem medo de ficar atrás de Dubai, já desfigurou o seu centro histórico (ref: Google: “Alain de Botton: London is Becoming a Bad Version of Dubai” e “What Makes An Attractive City? Try These 6 Points”).
A cidade do Porto é relativamente isenta desse tipo de conflicto, uma vez que poucas são as torres que tenham influência negativa no skyline urbano. Talvez a zona mais afectada seja actualmente a Pasteleira, perto da qual, contudo, as Torres do Aleixo foram recentemente demolidas.
Não existe motivo para pensar que a tipologia da torre não irá ser adotada de forma gradual e com frequência também na cidade Invicta e qualquer problema só pode ser evitado se antecipado.
O Lote da Oficina do Ferro é uma oportunidade única para definir um tipo de torre que seja apropriado pela cidade do Porto.
É um local central, junto ao centro da cidade e servido pelo metro de Heroísmo, contudo de alguma forma, por sua topografia e geolocalização, afastado e mais pertencente ao Douro do que ao sistema urbano. É uma oportunidade única para criar um sistema novo de edifício vertical com identidade portuense.
O projeto Douro River Towers é construtivamente composto por elementos pré-fabricados horizontais e verticais que interligados entre si formam um conjunto acabado em pedra clara e madeira. A estrutura é enriquecida por um sistema de recuperação das águas meteóricas para alimentar alojamentos de arbustos e plantas, fixos na estructura.
A cobertura da base do edifício, é uma praça de alto nível que oferece uma vista panorâmica do rio Douro que será o que de mais desejável o projecto poderá oferecer.
A tipologia a torre, selecionada no projeto, permitiu reduzir a área impermeável, até o ponto que 40% do Lote foi mantido permeável.
GABINETE: ALESSANDRO PEPE ARQUITECTO
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O projeto começou pela indicação, presente no programa preliminar, de que existiriam dois acessos, aproximadamente ortogonais, provenientes da Rua do Heroísmo e da Rua do Barão de Nova Sintra, os quais podem ser considerados como os cardo e decumano da cidade clássica romana. Eles não têm continuação, uma vez que esbarram um no cemitério e outro no edifício da SMAS, pelo que foram dados a completar-se um ao outro, numa curva, a formar a praça central do projeto.
Estes elementos geradores foram a base do projeto, que segue, contudo, a orientação da malha urbana desta parte da cidade do Porto que, por sua vez, é ordenada pela Rua Barão de Nova Sintra.
Habitação acessível
Perpendicularmente a esta, os volumes da habitação acessível foram planeados no exemplo mais representativo da cidade, dentro desta tipologia, que é o Bairro da Bouça de Siza.
Tal escolha deve-se ao fato que a orientação da mencionada malha urbana corresponde do ponto de vista da dinâmica do sol a uma situação análoga.
As características de orientação solar, largura dos blocos de habitação e distância entre eles é idêntica ao projeto mencionado.
Num procedimento baseado na rapidez de planeamento, como o concurso de arquitetura, basear-se num modelo consolidado e unanimemente aceite, é uma forma de evitar erros. Informa o Arquiteto Pepe: “Já morei no Bairro da Bouça e considero que as condições de vida deste edifício são melhores que em todos os outros prédios de apartamentos em quem já morei.Especificamente o que funciona muito bem é: A geolocalização, ou seja, o uso dos raios solares. A privacidade que se cria pela relação entre a largura dos edifícios e a distância entre eles”.
As habitações acessíveis serão dotadas de corredores de acesso exteriores, aéreos, que formam lugares de convívio com vista, aumentando a superfície urbana.
Quanto ao Hotel e habitações turísticas de curta duração, são instalados num complexo arquitetónico com base comum e 5 torres.
Apologia da torre.
As torres sempre foram um elemento através do qual os seres humanos tentaram vencer as dificuldades da técnica.
Expressam o desejo construtivo de aproximar-se ao céu, é o desafio técnico da arquitetura de todos os tempos.
Desde, pelo menos, o período mais prospero da edificação da cidade medieval de São Geminiano, conhecida pelas suas torres (ref. Google- São Geminiano).
O mundo, explica Alessandro Pepe, não mudou. A torre alcança o céu e o sonho que ela promete continua desejável. O mundo da Ásia, as Américas, está a torrear-se.
A torre tem uma grande vantagem e uma grande desvantagem, ambas originadas pela mesma sua característica.
É um paralelepípedo de base pequena e esta pequena base tem a vantagem de ocupar pouco espaço.
A torre garante densidade, o que satisfaz a necessidade de reduzir a ocupação de solo, que pode ser mantido vegetal. A superfície urbana permeável e arborizada é o maior desejo do habitante da cidade.
Ao mesmo tempo a própria base da torre leva consigo a desvantagem de ter pouco espaço para entrar.
A torre é alta e o cidadão não vê o que lá dentro se passa. O cidadão tem alguma difidência para com a torre. A torre é vista como um edifício de elite.
Além disso, nos centros históricos europeus, a torre constitui uma ameaça, enquanto os desequilibra. A grande escada da torre muito frequentemente prejudica a ordem da cidade histórica.
A cidade de Londres, que nas palavras de Alain de Bottom tem medo de ficar atrás de Dubai, já desfigurou o seu centro histórico (ref: Google: “Alain de Botton: London is Becoming a Bad Version of Dubai” e “What Makes An Attractive City? Try These 6 Points”).
A cidade do Porto é relativamente isenta desse tipo de conflicto, uma vez que poucas são as torres que tenham influência negativa no skyline urbano. Talvez a zona mais afectada seja actualmente a Pasteleira, perto da qual, contudo, as Torres do Aleixo foram recentemente demolidas.
Não existe motivo para pensar que a tipologia da torre não irá ser adotada de forma gradual e com frequência também na cidade Invicta e qualquer problema só pode ser evitado se antecipado.
O Lote da Oficina do Ferro é uma oportunidade única para definir um tipo de torre que seja apropriado pela cidade do Porto.
É um local central, junto ao centro da cidade e servido pelo metro de Heroísmo, contudo de alguma forma, por sua topografia e geolocalização, afastado e mais pertencente ao Douro do que ao sistema urbano. É uma oportunidade única para criar um sistema novo de edifício vertical com identidade portuense.
O projeto Douro River Towers é construtivamente composto por elementos pré-fabricados horizontais e verticais que interligados entre si formam um conjunto acabado em pedra clara e madeira. A estrutura é enriquecida por um sistema de recuperação das águas meteóricas para alimentar alojamentos de arbustos e plantas, fixos na estructura.
A cobertura da base do edifício, é uma praça de alto nível que oferece uma vista panorâmica do rio Douro que será o que de mais desejável o projecto poderá oferecer.
A tipologia a torre, selecionada no projeto, permitiu reduzir a área impermeável, até o ponto que 40% do Lote foi mantido permeável.
GABINETE: ALESSANDRO PEPE ARQUITECTO
Publicado
O projeto começou pela indicação, presente no programa preliminar, de que existiriam dois acessos, aproximadamente ortogonais, provenientes da Rua do Heroísmo e da Rua do Barão de Nova Sintra, os quais podem ser considerados como os cardo e decumano da cidade clássica romana. Eles não têm continuação, uma vez que esbarram um no cemitério e outro no edifício da SMAS, pelo que foram dados a completar-se um ao outro, numa curva, a formar a praça central do projeto.
Estes elementos geradores foram a base do projeto, que segue, contudo, a orientação da malha urbana desta parte da cidade do Porto que, por sua vez, é ordenada pela Rua Barão de Nova Sintra.
Habitação acessível
Perpendicularmente a esta, os volumes da habitação acessível foram planeados no exemplo mais representativo da cidade, dentro desta tipologia, que é o Bairro da Bouça de Siza.
Tal escolha deve-se ao fato que a orientação da mencionada malha urbana corresponde do ponto de vista da dinâmica do sol a uma situação análoga.
As características de orientação solar, largura dos blocos de habitação e distância entre eles é idêntica ao projeto mencionado.
Num procedimento baseado na rapidez de planeamento, como o concurso de arquitetura, basear-se num modelo consolidado e unanimemente aceite, é uma forma de evitar erros. Informa o Arquiteto Pepe: “Já morei no Bairro da Bouça e considero que as condições de vida deste edifício são melhores que em todos os outros prédios de apartamentos em quem já morei.Especificamente o que funciona muito bem é: A geolocalização, ou seja, o uso dos raios solares. A privacidade que se cria pela relação entre a largura dos edifícios e a distância entre eles”.
As habitações acessíveis serão dotadas de corredores de acesso exteriores, aéreos, que formam lugares de convívio com vista, aumentando a superfície urbana.
Quanto ao Hotel e habitações turísticas de curta duração, são instalados num complexo arquitetónico com base comum e 5 torres.
Apologia da torre.
As torres sempre foram um elemento através do qual os seres humanos tentaram vencer as dificuldades da técnica.
Expressam o desejo construtivo de aproximar-se ao céu, é o desafio técnico da arquitetura de todos os tempos.
Desde, pelo menos, o período mais prospero da edificação da cidade medieval de São Geminiano, conhecida pelas suas torres (ref. Google- São Geminiano).
O mundo, explica Alessandro Pepe, não mudou. A torre alcança o céu e o sonho que ela promete continua desejável. O mundo da Ásia, as Américas, está a torrear-se.
A torre tem uma grande vantagem e uma grande desvantagem, ambas originadas pela mesma sua característica.
É um paralelepípedo de base pequena e esta pequena base tem a vantagem de ocupar pouco espaço.
A torre garante densidade, o que satisfaz a necessidade de reduzir a ocupação de solo, que pode ser mantido vegetal. A superfície urbana permeável e arborizada é o maior desejo do habitante da cidade.
Ao mesmo tempo a própria base da torre leva consigo a desvantagem de ter pouco espaço para entrar.
A torre é alta e o cidadão não vê o que lá dentro se passa. O cidadão tem alguma difidência para com a torre. A torre é vista como um edifício de elite.
Além disso, nos centros históricos europeus, a torre constitui uma ameaça, enquanto os desequilibra. A grande escada da torre muito frequentemente prejudica a ordem da cidade histórica.
A cidade de Londres, que nas palavras de Alain de Bottom tem medo de ficar atrás de Dubai, já desfigurou o seu centro histórico (ref: Google: “Alain de Botton: London is Becoming a Bad Version of Dubai” e “What Makes An Attractive City? Try These 6 Points”).
A cidade do Porto é relativamente isenta desse tipo de conflicto, uma vez que poucas são as torres que tenham influência negativa no skyline urbano. Talvez a zona mais afectada seja actualmente a Pasteleira, perto da qual, contudo, as Torres do Aleixo foram recentemente demolidas.
Não existe motivo para pensar que a tipologia da torre não irá ser adotada de forma gradual e com frequência também na cidade Invicta e qualquer problema só pode ser evitado se antecipado.
O Lote da Oficina do Ferro é uma oportunidade única para definir um tipo de torre que seja apropriado pela cidade do Porto.
É um local central, junto ao centro da cidade e servido pelo metro de Heroísmo, contudo de alguma forma, por sua topografia e geolocalização, afastado e mais pertencente ao Douro do que ao sistema urbano. É uma oportunidade única para criar um sistema novo de edifício vertical com identidade portuense.
O projeto Douro River Towers é construtivamente composto por elementos pré-fabricados horizontais e verticais que interligados entre si formam um conjunto acabado em pedra clara e madeira. A estrutura é enriquecida por um sistema de recuperação das águas meteóricas para alimentar alojamentos de arbustos e plantas, fixos na estructura.
A cobertura da base do edifício, é uma praça de alto nível que oferece uma vista panorâmica do rio Douro que será o que de mais desejável o projecto poderá oferecer.
A tipologia a torre, selecionada no projeto, permitiu reduzir a área impermeável, até o ponto que 40% do Lote foi mantido permeável.
GABINETE: ALESSANDRO PEPE ARQUITECTO