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CM de Coimbra vai promover reorganização do estacionamento da Alta

Categoria:  Notícias do Dia > Notícias

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A Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou, na reunião do Executivo do passasdo dia 28 de novembro, a proposta de reorganização do estacionamento da Alta da cidade, com a criação de zona de estacionamento de duração limitada (ZOE) e com instalação de parcómetros nas novas zonas de estacionamento sujeito a pagamento, em linha com o estudo “Circular na Alta”. A proposta, que foi articulada e mereceu o parecer favorável da Universidade de Coimbra (UC), engloba ainda a criação de uma plataforma elevada no encaminhamento das Escadas Monumentais, completando o circuito pedonal entre as Escadas e a Porta Férrea, bem como o alargamento do passeio lateral ao “Hospital Velho”.

A Alta de Coimbra é uma zona icónica de Coimbra, classificada como Zona de Proteção Especial da Unesco, “classificação que responsabiliza a autarquia no processo de qualificação e de renovação urbana desta zona da cidade”, referem os serviços municipais. Assim, a CM de Coimbra entendeu promover a reorganização do estacionamento da Alta da cidade.

Nesse sentido, e face aos resultados do estudo que permitiram “evidenciar a importância da regulação na circulação e no estacionamento na zona histórica”, a CM de Coimbra, que possui competências na gestão do estacionamento de veículos nas vias públicas e demais lugares públicos, e por forma a promover a concretização dos objetivos estratégicos do Município, estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável, vai promover a delimitação da uma ZOE; a delimitação de lugares de estacionamento onde já é possível estacionar; a identificação da autorização de estacionamento necessária, designadamente sujeita a pagamento; assim como a instalação de parcómetros nas novas zonas de estacionamento sujeito a pagamento, pelos SMTUC, todas as medidas segundo um projeto de sinalização devidamente enquadrado, com as zonas respetivamente delimitadas. A proposta que foi estreitamente articulada com a UC e que mereceu o seu parecer favorável, vai ainda incluir a implantação da plataforma sobrelevada entre as Escadas Monumentais e a zona central da Praça D. Dinis, semelhante à existente na ligação da Praça e a Rua Larga, o que vai permitir aumentar a área pedonal em detrimento da área de estacionamento desorganizado que atualmente se verifica.

O estudo “Circular na Alta, cuja primeira fase foi aprovada em Reunião de Câmara em junho de 2020, e que serviu de âmbito a esta reorganização, denota que na zona da Alta: “apenas 35% dos lugares são tarifados por oposição a 47% dos lugares gratuitos e 17% da oferta reservada a utilizadores específicos”; “a procura ocupa apenas 75% dos lugares tarifados disponíveis”; “o estacionamento em lugares ilegais corresponde a cerca de 40% da procura global”;  “num lugar tarifado, o tempo médio de permanência dos veículos estacionados num mesmo lugar é de 3,4 horas, quando se considera a oferta gratuita, este valor passa para 6,3 horas de imobilização do veículo num mesmo lugar”, o que permite, sem dúvida, “evidenciar a importância da regulação na circulação e no estacionamento na zona histórica, o qual deve ser restrito e potenciar os usos instalados.

Alterações em detalhe:

Largo D. Dinis O Largo D. Dinis vai ser uma zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento. Em paralelo e com vista a melhorar as condições da acessibilidade pedonal do Polo I, mitigando a ocupação por veículos particulares, pretende-se a implantação de uma plataforma sobrelevada entre as Escadas Monumentais e a zona central da Praça D. Dinis.

Calçada Martim de Freitas A Calçada Martim de Freitas dispõe de estacionamento ao longo da via de circulação, no sentido ascendente. Estes lugares de estacionamento vão ficar sujeitos a pagamento com exceção de dois lugares afetos à União de Freguesias de Coimbra e dois lugares para veículos do Jardim Botânico da UC. No sentido descendente existe, provisoriamente, a zona de paragem de autocarros de turismo.

Largo da Feira O Largo da Feira vai ser outra zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento. Face à atual utilização abusiva do espaço, vão ser colocados pinos de modo a inibir o estacionamento nos locais não permitidos. Vai ser ainda reservado um lugar para pessoas condicionadas na sua mobilidade, um para a Sé Catedral e uma zona de estacionamento de bicicletas.

Rua dos Estudos Na Rua dos Estudos vão manter-se os lugares de estacionamento existentes, passando a ter sujeição a pagamento.

Largo da Marquês de Pombal No Largo Marquês de Pombal mantêm-se os lugares de estacionamento atuai, sendo que os lugares afetos a autocarros turísticos ficam, provisoriamente, para utilização generalizada, passando a estar sujeito a pagamento. Esta situação deve vigorar até ser possível a circulação de autocarros de turismo pela Rua Inácio Cunha.

Rua Arco da Traição A Rua Arco da Traição vai ser outra zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento.

Intervenção da vereadora Ana Bastos sobre este tema na íntegra:

Tendo por base a fase de caracterização integrada no estudo “Circular na Alta”, desenvolvido pela empresa TISPT, CONSULTORES EM TRANSPORTES E SISTEMAS, SA, foi possível identificar um conjunto de indicadores preocupantes que evidenciam um forte desequilíbrio do sistema de estacionamento, na zona da alta de Coimbra, a saber:

O estacionamento ilegal representa cerca de 40% da procura global, apesar dos lugares tarifados apenas registarem uma taxa de ocupação de 75%;

Na zona da Alta verifica-se que apenas 35% dos lugares são tarifados enquanto 47% dos lugares são gratuitos e 17% reservados a utilizadores específicos;

O tempo médio de permanência dos veículos estacionados em lugar tarifado é de 3,4 horas, aumentando para 6,3 horas quando o estacionamento é gratuito.

Ou seja, a zona da alta caracteriza-se por uma forte procura ilegal, sendo frequente encontrar veículos estacionados com invasão dos espaços pedonais, ou a impedir a normal circulação automóvel, com particular perturbação na circulação dos transportes públicos e turísticos. A agravar, os veículos ficam estacionados por períodos longos, aproximando-se em média, da globalidade do dia útil. Segundo as boas práticas de gestão do sistema de estacionamento, em locais onde a procura seja superior à oferta de estacionamento, e não sendo possível ou desejável construir novos parques que permitam aumentar a oferta, importa garantir o equilíbrio do sistema, através da adoção de medidas de controlo da procura, entre as quais se destaca a tarifação e o controlo da duração do estacionamento. Para além do controlo da procura, a tarifação e controlo da duração do estacionamento é a medida mais eficaz para fomentar a rotatividade do estacionamento, garantindo que, o mesmo espaço possa servir, ao longo do dia, diversos utilizadores. Nesse contexto, é proposta a reorganização/formalização dos estacionamentos na zona da Alta /Polo I, associada ao alargamento da zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), abrangendo a Rua dos Estudos (via entre a Sé Nova e o Largo D. Dinis), o Largo da Feira, a Rua do Arco da Traição (junto ao Departamento de Química), o Largo D. Dinis e a calçada Martim de Freitas. Em complemento é proposta a construção de uma plataforma elevada no encaminhamento das escadas monumentais, completando assim, o já materializado circuito pedonal, entre as escadas monumentais e a Porta Férrea. Propõe-se ainda que a proposta global inclua, nos termos propostos pela Reitoria da Universidade de Coimbra, o alargamento do passeio lateral ao “Hospital Velho” de forma a melhorar as condições de receção e espera dos utilizadores dos transportes públicos. A proposta apresentada está em linha com as políticas europeias de mobilidade sustentável, e com os objetivos estratégicos do Município, estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS), aprovado pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) no dia 16 de maio de 2016. Importa ainda referir que a proposta apresentada mereceu, em termos genéricos, o parecer favorável da Universidade de Coimbra.

Mais informações:

Câmara Municipal de Coimbra

Praça 8 de Maio - 3000-300 Coimbra

geral@cm-coimbra.pt 239 857 500

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aleitao@anteprojectos.com.pt

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Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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A Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou, na reunião do Executivo do passasdo dia 28 de novembro, a proposta de reorganização do estacionamento da Alta da cidade, com a criação de zona de estacionamento de duração limitada (ZOE) e com instalação de parcómetros nas novas zonas de estacionamento sujeito a pagamento, em linha com o estudo “Circular na Alta”. A proposta, que foi articulada e mereceu o parecer favorável da Universidade de Coimbra (UC), engloba ainda a criação de uma plataforma elevada no encaminhamento das Escadas Monumentais, completando o circuito pedonal entre as Escadas e a Porta Férrea, bem como o alargamento do passeio lateral ao “Hospital Velho”.

A Alta de Coimbra é uma zona icónica de Coimbra, classificada como Zona de Proteção Especial da Unesco, “classificação que responsabiliza a autarquia no processo de qualificação e de renovação urbana desta zona da cidade”, referem os serviços municipais. Assim, a CM de Coimbra entendeu promover a reorganização do estacionamento da Alta da cidade.

Nesse sentido, e face aos resultados do estudo que permitiram “evidenciar a importância da regulação na circulação e no estacionamento na zona histórica”, a CM de Coimbra, que possui competências na gestão do estacionamento de veículos nas vias públicas e demais lugares públicos, e por forma a promover a concretização dos objetivos estratégicos do Município, estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável, vai promover a delimitação da uma ZOE; a delimitação de lugares de estacionamento onde já é possível estacionar; a identificação da autorização de estacionamento necessária, designadamente sujeita a pagamento; assim como a instalação de parcómetros nas novas zonas de estacionamento sujeito a pagamento, pelos SMTUC, todas as medidas segundo um projeto de sinalização devidamente enquadrado, com as zonas respetivamente delimitadas. A proposta que foi estreitamente articulada com a UC e que mereceu o seu parecer favorável, vai ainda incluir a implantação da plataforma sobrelevada entre as Escadas Monumentais e a zona central da Praça D. Dinis, semelhante à existente na ligação da Praça e a Rua Larga, o que vai permitir aumentar a área pedonal em detrimento da área de estacionamento desorganizado que atualmente se verifica.

O estudo “Circular na Alta, cuja primeira fase foi aprovada em Reunião de Câmara em junho de 2020, e que serviu de âmbito a esta reorganização, denota que na zona da Alta: “apenas 35% dos lugares são tarifados por oposição a 47% dos lugares gratuitos e 17% da oferta reservada a utilizadores específicos”; “a procura ocupa apenas 75% dos lugares tarifados disponíveis”; “o estacionamento em lugares ilegais corresponde a cerca de 40% da procura global”;  “num lugar tarifado, o tempo médio de permanência dos veículos estacionados num mesmo lugar é de 3,4 horas, quando se considera a oferta gratuita, este valor passa para 6,3 horas de imobilização do veículo num mesmo lugar”, o que permite, sem dúvida, “evidenciar a importância da regulação na circulação e no estacionamento na zona histórica, o qual deve ser restrito e potenciar os usos instalados.

Alterações em detalhe:

Largo D. Dinis O Largo D. Dinis vai ser uma zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento. Em paralelo e com vista a melhorar as condições da acessibilidade pedonal do Polo I, mitigando a ocupação por veículos particulares, pretende-se a implantação de uma plataforma sobrelevada entre as Escadas Monumentais e a zona central da Praça D. Dinis.

Calçada Martim de Freitas A Calçada Martim de Freitas dispõe de estacionamento ao longo da via de circulação, no sentido ascendente. Estes lugares de estacionamento vão ficar sujeitos a pagamento com exceção de dois lugares afetos à União de Freguesias de Coimbra e dois lugares para veículos do Jardim Botânico da UC. No sentido descendente existe, provisoriamente, a zona de paragem de autocarros de turismo.

Largo da Feira O Largo da Feira vai ser outra zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento. Face à atual utilização abusiva do espaço, vão ser colocados pinos de modo a inibir o estacionamento nos locais não permitidos. Vai ser ainda reservado um lugar para pessoas condicionadas na sua mobilidade, um para a Sé Catedral e uma zona de estacionamento de bicicletas.

Rua dos Estudos Na Rua dos Estudos vão manter-se os lugares de estacionamento existentes, passando a ter sujeição a pagamento.

Largo da Marquês de Pombal No Largo Marquês de Pombal mantêm-se os lugares de estacionamento atuai, sendo que os lugares afetos a autocarros turísticos ficam, provisoriamente, para utilização generalizada, passando a estar sujeito a pagamento. Esta situação deve vigorar até ser possível a circulação de autocarros de turismo pela Rua Inácio Cunha.

Rua Arco da Traição A Rua Arco da Traição vai ser outra zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento.

Intervenção da vereadora Ana Bastos sobre este tema na íntegra:

Tendo por base a fase de caracterização integrada no estudo “Circular na Alta”, desenvolvido pela empresa TISPT, CONSULTORES EM TRANSPORTES E SISTEMAS, SA, foi possível identificar um conjunto de indicadores preocupantes que evidenciam um forte desequilíbrio do sistema de estacionamento, na zona da alta de Coimbra, a saber:

O estacionamento ilegal representa cerca de 40% da procura global, apesar dos lugares tarifados apenas registarem uma taxa de ocupação de 75%;

Na zona da Alta verifica-se que apenas 35% dos lugares são tarifados enquanto 47% dos lugares são gratuitos e 17% reservados a utilizadores específicos;

O tempo médio de permanência dos veículos estacionados em lugar tarifado é de 3,4 horas, aumentando para 6,3 horas quando o estacionamento é gratuito.

Ou seja, a zona da alta caracteriza-se por uma forte procura ilegal, sendo frequente encontrar veículos estacionados com invasão dos espaços pedonais, ou a impedir a normal circulação automóvel, com particular perturbação na circulação dos transportes públicos e turísticos. A agravar, os veículos ficam estacionados por períodos longos, aproximando-se em média, da globalidade do dia útil. Segundo as boas práticas de gestão do sistema de estacionamento, em locais onde a procura seja superior à oferta de estacionamento, e não sendo possível ou desejável construir novos parques que permitam aumentar a oferta, importa garantir o equilíbrio do sistema, através da adoção de medidas de controlo da procura, entre as quais se destaca a tarifação e o controlo da duração do estacionamento. Para além do controlo da procura, a tarifação e controlo da duração do estacionamento é a medida mais eficaz para fomentar a rotatividade do estacionamento, garantindo que, o mesmo espaço possa servir, ao longo do dia, diversos utilizadores. Nesse contexto, é proposta a reorganização/formalização dos estacionamentos na zona da Alta /Polo I, associada ao alargamento da zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), abrangendo a Rua dos Estudos (via entre a Sé Nova e o Largo D. Dinis), o Largo da Feira, a Rua do Arco da Traição (junto ao Departamento de Química), o Largo D. Dinis e a calçada Martim de Freitas. Em complemento é proposta a construção de uma plataforma elevada no encaminhamento das escadas monumentais, completando assim, o já materializado circuito pedonal, entre as escadas monumentais e a Porta Férrea. Propõe-se ainda que a proposta global inclua, nos termos propostos pela Reitoria da Universidade de Coimbra, o alargamento do passeio lateral ao “Hospital Velho” de forma a melhorar as condições de receção e espera dos utilizadores dos transportes públicos. A proposta apresentada está em linha com as políticas europeias de mobilidade sustentável, e com os objetivos estratégicos do Município, estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS), aprovado pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) no dia 16 de maio de 2016. Importa ainda referir que a proposta apresentada mereceu, em termos genéricos, o parecer favorável da Universidade de Coimbra.

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A Alta de Coimbra é uma zona icónica de Coimbra, classificada como Zona de Proteção Especial da Unesco, “classificação que responsabiliza a autarquia no processo de qualificação e de renovação urbana desta zona da cidade”, referem os serviços municipais. Assim, a CM de Coimbra entendeu promover a reorganização do estacionamento da Alta da cidade.

Nesse sentido, e face aos resultados do estudo que permitiram “evidenciar a importância da regulação na circulação e no estacionamento na zona histórica”, a CM de Coimbra, que possui competências na gestão do estacionamento de veículos nas vias públicas e demais lugares públicos, e por forma a promover a concretização dos objetivos estratégicos do Município, estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável, vai promover a delimitação da uma ZOE; a delimitação de lugares de estacionamento onde já é possível estacionar; a identificação da autorização de estacionamento necessária, designadamente sujeita a pagamento; assim como a instalação de parcómetros nas novas zonas de estacionamento sujeito a pagamento, pelos SMTUC, todas as medidas segundo um projeto de sinalização devidamente enquadrado, com as zonas respetivamente delimitadas. A proposta que foi estreitamente articulada com a UC e que mereceu o seu parecer favorável, vai ainda incluir a implantação da plataforma sobrelevada entre as Escadas Monumentais e a zona central da Praça D. Dinis, semelhante à existente na ligação da Praça e a Rua Larga, o que vai permitir aumentar a área pedonal em detrimento da área de estacionamento desorganizado que atualmente se verifica.

O estudo “Circular na Alta, cuja primeira fase foi aprovada em Reunião de Câmara em junho de 2020, e que serviu de âmbito a esta reorganização, denota que na zona da Alta: “apenas 35% dos lugares são tarifados por oposição a 47% dos lugares gratuitos e 17% da oferta reservada a utilizadores específicos”; “a procura ocupa apenas 75% dos lugares tarifados disponíveis”; “o estacionamento em lugares ilegais corresponde a cerca de 40% da procura global”;  “num lugar tarifado, o tempo médio de permanência dos veículos estacionados num mesmo lugar é de 3,4 horas, quando se considera a oferta gratuita, este valor passa para 6,3 horas de imobilização do veículo num mesmo lugar”, o que permite, sem dúvida, “evidenciar a importância da regulação na circulação e no estacionamento na zona histórica, o qual deve ser restrito e potenciar os usos instalados.

Alterações em detalhe:

Largo D. Dinis O Largo D. Dinis vai ser uma zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento. Em paralelo e com vista a melhorar as condições da acessibilidade pedonal do Polo I, mitigando a ocupação por veículos particulares, pretende-se a implantação de uma plataforma sobrelevada entre as Escadas Monumentais e a zona central da Praça D. Dinis.

Calçada Martim de Freitas A Calçada Martim de Freitas dispõe de estacionamento ao longo da via de circulação, no sentido ascendente. Estes lugares de estacionamento vão ficar sujeitos a pagamento com exceção de dois lugares afetos à União de Freguesias de Coimbra e dois lugares para veículos do Jardim Botânico da UC. No sentido descendente existe, provisoriamente, a zona de paragem de autocarros de turismo.

Largo da Feira O Largo da Feira vai ser outra zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento. Face à atual utilização abusiva do espaço, vão ser colocados pinos de modo a inibir o estacionamento nos locais não permitidos. Vai ser ainda reservado um lugar para pessoas condicionadas na sua mobilidade, um para a Sé Catedral e uma zona de estacionamento de bicicletas.

Rua dos Estudos Na Rua dos Estudos vão manter-se os lugares de estacionamento existentes, passando a ter sujeição a pagamento.

Largo da Marquês de Pombal No Largo Marquês de Pombal mantêm-se os lugares de estacionamento atuai, sendo que os lugares afetos a autocarros turísticos ficam, provisoriamente, para utilização generalizada, passando a estar sujeito a pagamento. Esta situação deve vigorar até ser possível a circulação de autocarros de turismo pela Rua Inácio Cunha.

Rua Arco da Traição A Rua Arco da Traição vai ser outra zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), com a demarcação no pavimento dos lugares de estacionamento.

Intervenção da vereadora Ana Bastos sobre este tema na íntegra:

Tendo por base a fase de caracterização integrada no estudo “Circular na Alta”, desenvolvido pela empresa TISPT, CONSULTORES EM TRANSPORTES E SISTEMAS, SA, foi possível identificar um conjunto de indicadores preocupantes que evidenciam um forte desequilíbrio do sistema de estacionamento, na zona da alta de Coimbra, a saber:

O estacionamento ilegal representa cerca de 40% da procura global, apesar dos lugares tarifados apenas registarem uma taxa de ocupação de 75%;

Na zona da Alta verifica-se que apenas 35% dos lugares são tarifados enquanto 47% dos lugares são gratuitos e 17% reservados a utilizadores específicos;

O tempo médio de permanência dos veículos estacionados em lugar tarifado é de 3,4 horas, aumentando para 6,3 horas quando o estacionamento é gratuito.

Ou seja, a zona da alta caracteriza-se por uma forte procura ilegal, sendo frequente encontrar veículos estacionados com invasão dos espaços pedonais, ou a impedir a normal circulação automóvel, com particular perturbação na circulação dos transportes públicos e turísticos. A agravar, os veículos ficam estacionados por períodos longos, aproximando-se em média, da globalidade do dia útil. Segundo as boas práticas de gestão do sistema de estacionamento, em locais onde a procura seja superior à oferta de estacionamento, e não sendo possível ou desejável construir novos parques que permitam aumentar a oferta, importa garantir o equilíbrio do sistema, através da adoção de medidas de controlo da procura, entre as quais se destaca a tarifação e o controlo da duração do estacionamento. Para além do controlo da procura, a tarifação e controlo da duração do estacionamento é a medida mais eficaz para fomentar a rotatividade do estacionamento, garantindo que, o mesmo espaço possa servir, ao longo do dia, diversos utilizadores. Nesse contexto, é proposta a reorganização/formalização dos estacionamentos na zona da Alta /Polo I, associada ao alargamento da zona de estacionamento de duração limitada (ZOE), abrangendo a Rua dos Estudos (via entre a Sé Nova e o Largo D. Dinis), o Largo da Feira, a Rua do Arco da Traição (junto ao Departamento de Química), o Largo D. Dinis e a calçada Martim de Freitas. Em complemento é proposta a construção de uma plataforma elevada no encaminhamento das escadas monumentais, completando assim, o já materializado circuito pedonal, entre as escadas monumentais e a Porta Férrea. Propõe-se ainda que a proposta global inclua, nos termos propostos pela Reitoria da Universidade de Coimbra, o alargamento do passeio lateral ao “Hospital Velho” de forma a melhorar as condições de receção e espera dos utilizadores dos transportes públicos. A proposta apresentada está em linha com as políticas europeias de mobilidade sustentável, e com os objetivos estratégicos do Município, estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS), aprovado pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) no dia 16 de maio de 2016. Importa ainda referir que a proposta apresentada mereceu, em termos genéricos, o parecer favorável da Universidade de Coimbra.

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