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OPINIÃO: O QUE É ISTO DA LONGEVIDADE E COMO SE ENQUADRA O CONCEITO HABITAT?

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

SF Susan Cabeceiras (Abr 2021) - 24

SUSAN CABECEIRAS

FOUNDER E CEO DA KONCEPTNESS

Sabia que somos o 4º país do mundo mais envelhecido e que por cada 100 jovens (com menos de 15 anos de idade) existem 165,1 pessoas com 65 ou mais anos… aos dias de hoje?

Prevê-se em 2030 que Portugal por cada 100 jovens com menos de 15 anos, tenha 227,6 pessoas com 65 ou mais idade. Como podemos analisar, a percentagem aumenta e temos condições para viver bem.

Existem vários fatores para que possamos melhorar a nossa condição de vida e ter qualidade de vida durante muitos mais anos, vale a pena viver mais, sim, mas de forma digna!

Fatores que podemos analisar, a saúde, o exercício físico, forma de gerar € para poder ter uma reforma e isto leva-nos para outra questão, onde e como queremos viver… existirão pessoas que querem manter uma vida urbana, como sempre tiveram e outras que querem voltar às origens.

Mas voltando ao tema deste artigo afinal o que é isto longevidade? Tenho visto muitas caraterizações que a longevidade é haver um lar para ir… mas realmente a longevidade não é isso. A longevidade é ter saúde, qualidade de vida e viver aquilo que não vivi na fase ativa, porque adoro o meu trabalho, faço-o com imensa paixão, mas há outras coisas que quero usufruir. Se trabalhei mereço continuar a ser feliz. A definição de cada um é diferente, mas há algo comum, a qualidade do nosso “habitat” transcende a casa, esta estende-se a todos os espaços de que o ser humano se apropria (1)

Que habitat queremos para cada um? Existem especificidades para cada um de nós, mas existem várias coisas que são comuns a todos. Ser um local onde possa ter autonomia, viver com dignidade e qualidade e ter todas as condições para a minha vida ativa.

A função da sociedade é pôr em cima da mesa este tema. O maior desafio é do Arquiteto, que habitação teremos para quem tem mais de 65 anos? É um tema que tem de ser pensado de imediato, pelo número de agora, mas porque todos caminhamos nesse sentido.

O conceito Habitat muda conforme a nossa idade e conforme as nossas necessidades. Quando temos os filhos pequenos, o espaço e as condições são o mais importante, quando eles saem de casa, podemos criar o elástico e reduzir a sua dimensão. Agora nessa redução de dimensão, podemos ter um espaço que nos é especial.

Espaços ergonomicamente dimensionados, a iluminação é dimensionada e pensada para poder continuar a fazer as tarefas que necessito, sem acordar com uma luz que me encandeia logo ao acordar, pavimentos antiderrapantes, fáceis de limpar, mas que sejam seguros. Evitar as esquinas vivas, as dimensões e alturas dos móveis adequadas. As portas permitirem percorrer toda a casa, caso necessite de cadeira de rodas. Nas instalações sanitárias, ter apoios e deixar a ideia de banheira, que é algo pouco ágil para quem poderá vir com o tempo a perder alguma mobilidade. Tudo tem de ser fácil.

Estar num local onde posso pedir ajuda, onde a domótica e a facilidade com que acedo aos serviços que posso precisar é imediata e intuitiva.

Habitat também é quando vimos à rua, tudo ser fácil. Fácil para mim parece-me uma palavra muito enquadrada, se o arquiteto pensar, é fácil, intuitivo, então vai ser útil para este nicho de mercado. Vamos criar uma cidade sustentável e acessível para todos. Este é o conceito, este é o propósito, este é o sonho.

Vir à rua, sem barreiras, onde a caminhar tenho acesso ao supermercado, aos produtos frescos, à farmácia, à costureira, ao talho, à peixaria, ao café que adoro.

Uma das condições é termos a nossa parte física ativa, mexermos os nossos músculos torna-nos saudáveis e aumenta a esperança de vida, ginásio, onde andas? Ou no meu prédio ou então na minha rua.

________________________________

(1)-Heidegger, Martin, “Batir, Habiter, Penser” in: Essais et Conférences, Paris: Éditions Gallimard, 1958

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aleitao@anteprojectos.com.pt

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OPINIÃO: O QUE É ISTO DA LONGEVIDADE E COMO SE ENQUADRA O CONCEITO HABITAT?

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

SF Susan Cabeceiras (Abr 2021) - 24

SUSAN CABECEIRAS

FOUNDER E CEO DA KONCEPTNESS

Sabia que somos o 4º país do mundo mais envelhecido e que por cada 100 jovens (com menos de 15 anos de idade) existem 165,1 pessoas com 65 ou mais anos… aos dias de hoje?

Prevê-se em 2030 que Portugal por cada 100 jovens com menos de 15 anos, tenha 227,6 pessoas com 65 ou mais idade. Como podemos analisar, a percentagem aumenta e temos condições para viver bem.

Existem vários fatores para que possamos melhorar a nossa condição de vida e ter qualidade de vida durante muitos mais anos, vale a pena viver mais, sim, mas de forma digna!

Fatores que podemos analisar, a saúde, o exercício físico, forma de gerar € para poder ter uma reforma e isto leva-nos para outra questão, onde e como queremos viver… existirão pessoas que querem manter uma vida urbana, como sempre tiveram e outras que querem voltar às origens.

Mas voltando ao tema deste artigo afinal o que é isto longevidade? Tenho visto muitas caraterizações que a longevidade é haver um lar para ir… mas realmente a longevidade não é isso. A longevidade é ter saúde, qualidade de vida e viver aquilo que não vivi na fase ativa, porque adoro o meu trabalho, faço-o com imensa paixão, mas há outras coisas que quero usufruir. Se trabalhei mereço continuar a ser feliz. A definição de cada um é diferente, mas há algo comum, a qualidade do nosso “habitat” transcende a casa, esta estende-se a todos os espaços de que o ser humano se apropria (1)

Que habitat queremos para cada um? Existem especificidades para cada um de nós, mas existem várias coisas que são comuns a todos. Ser um local onde possa ter autonomia, viver com dignidade e qualidade e ter todas as condições para a minha vida ativa.

A função da sociedade é pôr em cima da mesa este tema. O maior desafio é do Arquiteto, que habitação teremos para quem tem mais de 65 anos? É um tema que tem de ser pensado de imediato, pelo número de agora, mas porque todos caminhamos nesse sentido.

O conceito Habitat muda conforme a nossa idade e conforme as nossas necessidades. Quando temos os filhos pequenos, o espaço e as condições são o mais importante, quando eles saem de casa, podemos criar o elástico e reduzir a sua dimensão. Agora nessa redução de dimensão, podemos ter um espaço que nos é especial.

Espaços ergonomicamente dimensionados, a iluminação é dimensionada e pensada para poder continuar a fazer as tarefas que necessito, sem acordar com uma luz que me encandeia logo ao acordar, pavimentos antiderrapantes, fáceis de limpar, mas que sejam seguros. Evitar as esquinas vivas, as dimensões e alturas dos móveis adequadas. As portas permitirem percorrer toda a casa, caso necessite de cadeira de rodas. Nas instalações sanitárias, ter apoios e deixar a ideia de banheira, que é algo pouco ágil para quem poderá vir com o tempo a perder alguma mobilidade. Tudo tem de ser fácil.

Estar num local onde posso pedir ajuda, onde a domótica e a facilidade com que acedo aos serviços que posso precisar é imediata e intuitiva.

Habitat também é quando vimos à rua, tudo ser fácil. Fácil para mim parece-me uma palavra muito enquadrada, se o arquiteto pensar, é fácil, intuitivo, então vai ser útil para este nicho de mercado. Vamos criar uma cidade sustentável e acessível para todos. Este é o conceito, este é o propósito, este é o sonho.

Vir à rua, sem barreiras, onde a caminhar tenho acesso ao supermercado, aos produtos frescos, à farmácia, à costureira, ao talho, à peixaria, ao café que adoro.

Uma das condições é termos a nossa parte física ativa, mexermos os nossos músculos torna-nos saudáveis e aumenta a esperança de vida, ginásio, onde andas? Ou no meu prédio ou então na minha rua.

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(1)-Heidegger, Martin, “Batir, Habiter, Penser” in: Essais et Conférences, Paris: Éditions Gallimard, 1958

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Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

SF Susan Cabeceiras (Abr 2021) - 24

SUSAN CABECEIRAS

FOUNDER E CEO DA KONCEPTNESS

Sabia que somos o 4º país do mundo mais envelhecido e que por cada 100 jovens (com menos de 15 anos de idade) existem 165,1 pessoas com 65 ou mais anos… aos dias de hoje?

Prevê-se em 2030 que Portugal por cada 100 jovens com menos de 15 anos, tenha 227,6 pessoas com 65 ou mais idade. Como podemos analisar, a percentagem aumenta e temos condições para viver bem.

Existem vários fatores para que possamos melhorar a nossa condição de vida e ter qualidade de vida durante muitos mais anos, vale a pena viver mais, sim, mas de forma digna!

Fatores que podemos analisar, a saúde, o exercício físico, forma de gerar € para poder ter uma reforma e isto leva-nos para outra questão, onde e como queremos viver… existirão pessoas que querem manter uma vida urbana, como sempre tiveram e outras que querem voltar às origens.

Mas voltando ao tema deste artigo afinal o que é isto longevidade? Tenho visto muitas caraterizações que a longevidade é haver um lar para ir… mas realmente a longevidade não é isso. A longevidade é ter saúde, qualidade de vida e viver aquilo que não vivi na fase ativa, porque adoro o meu trabalho, faço-o com imensa paixão, mas há outras coisas que quero usufruir. Se trabalhei mereço continuar a ser feliz. A definição de cada um é diferente, mas há algo comum, a qualidade do nosso “habitat” transcende a casa, esta estende-se a todos os espaços de que o ser humano se apropria (1)

Que habitat queremos para cada um? Existem especificidades para cada um de nós, mas existem várias coisas que são comuns a todos. Ser um local onde possa ter autonomia, viver com dignidade e qualidade e ter todas as condições para a minha vida ativa.

A função da sociedade é pôr em cima da mesa este tema. O maior desafio é do Arquiteto, que habitação teremos para quem tem mais de 65 anos? É um tema que tem de ser pensado de imediato, pelo número de agora, mas porque todos caminhamos nesse sentido.

O conceito Habitat muda conforme a nossa idade e conforme as nossas necessidades. Quando temos os filhos pequenos, o espaço e as condições são o mais importante, quando eles saem de casa, podemos criar o elástico e reduzir a sua dimensão. Agora nessa redução de dimensão, podemos ter um espaço que nos é especial.

Espaços ergonomicamente dimensionados, a iluminação é dimensionada e pensada para poder continuar a fazer as tarefas que necessito, sem acordar com uma luz que me encandeia logo ao acordar, pavimentos antiderrapantes, fáceis de limpar, mas que sejam seguros. Evitar as esquinas vivas, as dimensões e alturas dos móveis adequadas. As portas permitirem percorrer toda a casa, caso necessite de cadeira de rodas. Nas instalações sanitárias, ter apoios e deixar a ideia de banheira, que é algo pouco ágil para quem poderá vir com o tempo a perder alguma mobilidade. Tudo tem de ser fácil.

Estar num local onde posso pedir ajuda, onde a domótica e a facilidade com que acedo aos serviços que posso precisar é imediata e intuitiva.

Habitat também é quando vimos à rua, tudo ser fácil. Fácil para mim parece-me uma palavra muito enquadrada, se o arquiteto pensar, é fácil, intuitivo, então vai ser útil para este nicho de mercado. Vamos criar uma cidade sustentável e acessível para todos. Este é o conceito, este é o propósito, este é o sonho.

Vir à rua, sem barreiras, onde a caminhar tenho acesso ao supermercado, aos produtos frescos, à farmácia, à costureira, ao talho, à peixaria, ao café que adoro.

Uma das condições é termos a nossa parte física ativa, mexermos os nossos músculos torna-nos saudáveis e aumenta a esperança de vida, ginásio, onde andas? Ou no meu prédio ou então na minha rua.

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(1)-Heidegger, Martin, “Batir, Habiter, Penser” in: Essais et Conférences, Paris: Éditions Gallimard, 1958