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Entrevista: “Perspectivas para a Hotelaria”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Entrevista

Publicado

AHP_CristinaSizaVieira (4) b

AHP_CristinaSizaVieira (4) a

Dra. Cristina Siza Vieira

CEO da AHP

Autor da entrevista | Anteprojectos

Como CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, temos as seguintes questões:

**1 - A AHP é o sponsor oficial da Decorhotel.

Quais considera ser as mais-valias entre este tipo de parcerias?**

A AHP está com a Decorhotel desde o primeiro ano exatamente porque reconheceu de imediato o potencial da feira. Existiam outras mais abrangentes, mas faltava uma especificamente dirigida à hotelaria e a Decorhotel veio preencher esse espaço. Naturalmente que a AHP,

como maior associação hoteleira em Portugal, não podia deixar de se associar a esta iniciativa até porque a grande mais-valia destas parcerias é, por um lado, dar a conhecer aos nossos associados uma feira onde podem encontrar todos os fornecedores de que precisam para complementar e melhorar os seus serviços e, por outro, promover uma Feira que ganhou ano após ano o seu próprio espaço.

**2 - A Decorhotel prima pelo encontro entre as empresas fornecedoras do setor e os visitantes, que vão desde os construtores, arquitetos, designers, decoradores, administradores, entre outros.

Para si, e principalmente nos tempos que decorrem, que importância têm estes eventos destinados exclusivamente a profissionais do setor hoteleiro?**

Esta edição da Decorhotel surge no momento certo, em que recomeçam os eventos presenciais. É um das primeiras feiras nacionais, se não a primeira, dirigida ao setor do Turismo e, mais especificamente, à Hotelaria que se realizam este ano. Como sabemos, os melhores negócios são feitos presencialmente, sobretudo na nossa área, onde o contacto com o outro é essencial. Estamos todos desejosos de estar uns com os outros, por isso a realização da feira, neste momento, é muito importante.

3 - Estando atualmente numa fase do processo de retoma à atividade dita normal para a maioria dos hoteleiros, para a AHP, quais são as perspetivas para o futuro do setor?

Bom, as perspetivas da hotelaria é que a retoma, a níveis de 2019, só comece em 2023/2024, ainda temos um longo caminho.

Ao nível da operação hoteleira podemos dizer que a “normalidade” regressou, pelo menos no verão, não podemos dizer que um bom verão e momentos específicos até ao final do ano possam salvar o ano de 2021. Sabemos que retoma das empresas hoteleiras só começa quando tivermos 50% dos passageiros registados em 2019. Teremos que aguardar.

4 - Considera positivos e suficientes os esforços do governo e das associações para com os profissionais do setor, relativamente ao presente e ao futuro do mesmo?

Enquanto associação não tenho qualquer dúvida de que o nosso trabalho foi extraordinário, muito exigente e fundamental, quer junto dos empresários e profissionais da hotelaria, quer junto dos decisores, ao nível das autarquias locais e do poder central.  Para a hotelaria estes quase 2 anos foram, e ainda estão a ser, dificílimos e as empresas hoteleiras fizeram tudo o que estava ao seu alcance para manter as empresas e os postos de trabalho. A hotelaria, é certo, não foi obrigada a fechar por decreto, nem tal era necessário. Os hotéis encerraram porque o Turismo parou em todo o mundo. As quebras foram abissais, os últimos dados da OMT, a nível mundial, revelam que tivemos menos mil milhões de chegadas internacionais, 840 mil milhões de euros de receitas turísticas e 120 milhões de postos de trabalho perdidos. E a hotelaria foi dos setores mais afetados pela pandemia. Os apoios que foram chegando ao longo do tempo foram muito importantes, essenciais para a manutenção do emprego e das empresas, no entanto alguns tardaram a ser concretizados e operacionalizados. Relativamente ao futuro mais imediato,  não só a hotelaria está a entrar na época baixa, como há regiões do país que nem verão tiveram, digamos, como é por exemplo o caso de Lisboa, a região com maior peso na economia do país. Aqui, de acordo com os dados do INE, está-se muito longe dos resultados de 2019, posto que, por um lado, o turismo  de negócios ainda não recuperou, por outro, porque o turismo interno, que ajudou  alguns a  salvar o verão, se deslocou para outros destinos nacionais. Acresce que o transporte aéreo ainda está muito longe dos níveis pré-pandemia e mercados emissores fundamentais para Portugal ainda não estão a viajar.  É por isso absolutamente essencial a manutenção dos apoios públicos às empresas hoteleiras e turísticas, no geral.

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

Entrevista: “Perspectivas para a Hotelaria”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Entrevista

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Dra. Cristina Siza Vieira

CEO da AHP

Autor da entrevista | Anteprojectos

Como CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, temos as seguintes questões:

**1 - A AHP é o sponsor oficial da Decorhotel.

Quais considera ser as mais-valias entre este tipo de parcerias?**

A AHP está com a Decorhotel desde o primeiro ano exatamente porque reconheceu de imediato o potencial da feira. Existiam outras mais abrangentes, mas faltava uma especificamente dirigida à hotelaria e a Decorhotel veio preencher esse espaço. Naturalmente que a AHP,

como maior associação hoteleira em Portugal, não podia deixar de se associar a esta iniciativa até porque a grande mais-valia destas parcerias é, por um lado, dar a conhecer aos nossos associados uma feira onde podem encontrar todos os fornecedores de que precisam para complementar e melhorar os seus serviços e, por outro, promover uma Feira que ganhou ano após ano o seu próprio espaço.

**2 - A Decorhotel prima pelo encontro entre as empresas fornecedoras do setor e os visitantes, que vão desde os construtores, arquitetos, designers, decoradores, administradores, entre outros.

Para si, e principalmente nos tempos que decorrem, que importância têm estes eventos destinados exclusivamente a profissionais do setor hoteleiro?**

Esta edição da Decorhotel surge no momento certo, em que recomeçam os eventos presenciais. É um das primeiras feiras nacionais, se não a primeira, dirigida ao setor do Turismo e, mais especificamente, à Hotelaria que se realizam este ano. Como sabemos, os melhores negócios são feitos presencialmente, sobretudo na nossa área, onde o contacto com o outro é essencial. Estamos todos desejosos de estar uns com os outros, por isso a realização da feira, neste momento, é muito importante.

3 - Estando atualmente numa fase do processo de retoma à atividade dita normal para a maioria dos hoteleiros, para a AHP, quais são as perspetivas para o futuro do setor?

Bom, as perspetivas da hotelaria é que a retoma, a níveis de 2019, só comece em 2023/2024, ainda temos um longo caminho.

Ao nível da operação hoteleira podemos dizer que a “normalidade” regressou, pelo menos no verão, não podemos dizer que um bom verão e momentos específicos até ao final do ano possam salvar o ano de 2021. Sabemos que retoma das empresas hoteleiras só começa quando tivermos 50% dos passageiros registados em 2019. Teremos que aguardar.

4 - Considera positivos e suficientes os esforços do governo e das associações para com os profissionais do setor, relativamente ao presente e ao futuro do mesmo?

Enquanto associação não tenho qualquer dúvida de que o nosso trabalho foi extraordinário, muito exigente e fundamental, quer junto dos empresários e profissionais da hotelaria, quer junto dos decisores, ao nível das autarquias locais e do poder central.  Para a hotelaria estes quase 2 anos foram, e ainda estão a ser, dificílimos e as empresas hoteleiras fizeram tudo o que estava ao seu alcance para manter as empresas e os postos de trabalho. A hotelaria, é certo, não foi obrigada a fechar por decreto, nem tal era necessário. Os hotéis encerraram porque o Turismo parou em todo o mundo. As quebras foram abissais, os últimos dados da OMT, a nível mundial, revelam que tivemos menos mil milhões de chegadas internacionais, 840 mil milhões de euros de receitas turísticas e 120 milhões de postos de trabalho perdidos. E a hotelaria foi dos setores mais afetados pela pandemia. Os apoios que foram chegando ao longo do tempo foram muito importantes, essenciais para a manutenção do emprego e das empresas, no entanto alguns tardaram a ser concretizados e operacionalizados. Relativamente ao futuro mais imediato,  não só a hotelaria está a entrar na época baixa, como há regiões do país que nem verão tiveram, digamos, como é por exemplo o caso de Lisboa, a região com maior peso na economia do país. Aqui, de acordo com os dados do INE, está-se muito longe dos resultados de 2019, posto que, por um lado, o turismo  de negócios ainda não recuperou, por outro, porque o turismo interno, que ajudou  alguns a  salvar o verão, se deslocou para outros destinos nacionais. Acresce que o transporte aéreo ainda está muito longe dos níveis pré-pandemia e mercados emissores fundamentais para Portugal ainda não estão a viajar.  É por isso absolutamente essencial a manutenção dos apoios públicos às empresas hoteleiras e turísticas, no geral.

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CEO da AHP

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Como CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, temos as seguintes questões:

**1 - A AHP é o sponsor oficial da Decorhotel.

Quais considera ser as mais-valias entre este tipo de parcerias?**

A AHP está com a Decorhotel desde o primeiro ano exatamente porque reconheceu de imediato o potencial da feira. Existiam outras mais abrangentes, mas faltava uma especificamente dirigida à hotelaria e a Decorhotel veio preencher esse espaço. Naturalmente que a AHP,

como maior associação hoteleira em Portugal, não podia deixar de se associar a esta iniciativa até porque a grande mais-valia destas parcerias é, por um lado, dar a conhecer aos nossos associados uma feira onde podem encontrar todos os fornecedores de que precisam para complementar e melhorar os seus serviços e, por outro, promover uma Feira que ganhou ano após ano o seu próprio espaço.

**2 - A Decorhotel prima pelo encontro entre as empresas fornecedoras do setor e os visitantes, que vão desde os construtores, arquitetos, designers, decoradores, administradores, entre outros.

Para si, e principalmente nos tempos que decorrem, que importância têm estes eventos destinados exclusivamente a profissionais do setor hoteleiro?**

Esta edição da Decorhotel surge no momento certo, em que recomeçam os eventos presenciais. É um das primeiras feiras nacionais, se não a primeira, dirigida ao setor do Turismo e, mais especificamente, à Hotelaria que se realizam este ano. Como sabemos, os melhores negócios são feitos presencialmente, sobretudo na nossa área, onde o contacto com o outro é essencial. Estamos todos desejosos de estar uns com os outros, por isso a realização da feira, neste momento, é muito importante.

3 - Estando atualmente numa fase do processo de retoma à atividade dita normal para a maioria dos hoteleiros, para a AHP, quais são as perspetivas para o futuro do setor?

Bom, as perspetivas da hotelaria é que a retoma, a níveis de 2019, só comece em 2023/2024, ainda temos um longo caminho.

Ao nível da operação hoteleira podemos dizer que a “normalidade” regressou, pelo menos no verão, não podemos dizer que um bom verão e momentos específicos até ao final do ano possam salvar o ano de 2021. Sabemos que retoma das empresas hoteleiras só começa quando tivermos 50% dos passageiros registados em 2019. Teremos que aguardar.

4 - Considera positivos e suficientes os esforços do governo e das associações para com os profissionais do setor, relativamente ao presente e ao futuro do mesmo?

Enquanto associação não tenho qualquer dúvida de que o nosso trabalho foi extraordinário, muito exigente e fundamental, quer junto dos empresários e profissionais da hotelaria, quer junto dos decisores, ao nível das autarquias locais e do poder central.  Para a hotelaria estes quase 2 anos foram, e ainda estão a ser, dificílimos e as empresas hoteleiras fizeram tudo o que estava ao seu alcance para manter as empresas e os postos de trabalho. A hotelaria, é certo, não foi obrigada a fechar por decreto, nem tal era necessário. Os hotéis encerraram porque o Turismo parou em todo o mundo. As quebras foram abissais, os últimos dados da OMT, a nível mundial, revelam que tivemos menos mil milhões de chegadas internacionais, 840 mil milhões de euros de receitas turísticas e 120 milhões de postos de trabalho perdidos. E a hotelaria foi dos setores mais afetados pela pandemia. Os apoios que foram chegando ao longo do tempo foram muito importantes, essenciais para a manutenção do emprego e das empresas, no entanto alguns tardaram a ser concretizados e operacionalizados. Relativamente ao futuro mais imediato,  não só a hotelaria está a entrar na época baixa, como há regiões do país que nem verão tiveram, digamos, como é por exemplo o caso de Lisboa, a região com maior peso na economia do país. Aqui, de acordo com os dados do INE, está-se muito longe dos resultados de 2019, posto que, por um lado, o turismo  de negócios ainda não recuperou, por outro, porque o turismo interno, que ajudou  alguns a  salvar o verão, se deslocou para outros destinos nacionais. Acresce que o transporte aéreo ainda está muito longe dos níveis pré-pandemia e mercados emissores fundamentais para Portugal ainda não estão a viajar.  É por isso absolutamente essencial a manutenção dos apoios públicos às empresas hoteleiras e turísticas, no geral.