Autor da entrevista | Anteprojectos

**Como começou a parceria entre a Quinta do Lago

e a Viterbo Interior Design?**

Viterbo: Já vimos ambos passar férias à Quinta do Lago há 30 anos. Sempre tivemos uma ligação muito forte à Quinta do Lago. Também profissionalmente sempre fomos tendo projetos aqui. A parceria aconteceu com naturalidade. Sempre quisemos ter uma presença mais forte aqui, pois sabemos que conseguimos trazer um serviço diferenciado de alta qualidade.

QDL: Na Quinta do Lago procuramos diariamente a excelência na nossa oferta e para conseguirmos este propósito procuramos diariamente trabalhar com parceiros reputados, que têm provas dadas no seu setor pela qualidade que oferecem. Assim, foi natural a parceria com a Viterbo Interior Design, um dos nomes mais conceituados da arquitetura de interiores em Portugal.

Como nasceu o interesse pelo design de interiores?  O que o fez escolher esta profissão? Fale-nos um pouco do seu percurso nesta área.

Viterbo: A Viterbo Interior Design desde há 20 anos que se estruturou com este trabalho de equipa extraordinário entre Gracinha Viterbo do lado criativo e direção de projetos, e Miguel Vieira da Rocha, Managing Partner, quem estrutura e lidera todo o lado business/ financeiro e gestão da empresa. A liderar a empresa desde há 20 anos conseguimos moldar o serviço para corresponder e superar não só expectativas estéticas com conceitos únicos e personalidades, mas também entregar os projetos com todo um controle de gestão para garantir o melhor investimento do cliente. Ambos temos uma paixão por fazer as pessoas sentirem-se o melhor possível em fases de mudança da sua vida e liderar as nossas equipas de forma que os clientes entendam a mais-valia de ter contratado um serviço profissional de excelência.

Como é que caracteriza a evolução do design de interiores em Portugal? Existe um maior interesse em trabalhar com um designer de interiores ou a profissão ainda é desconhecida para a maior parte das pessoas?

Viterbo: Ter a possibilidade de contratar um designer de interiores conceituado é sem dúvida uma garantia para valorizar o investimento que o cliente faz na sua casa. Trazemos também uma mais-valia ao cliente a nível pessoal e emocional pois um bom design de interiores está provado que tem impacto positivo e no nosso bem-estar. É cada vez mais comum em Portugal haver uma maior procura para contratar um designer de interiores profissional e que cada vez mais as pessoas entendem a mais-valia em termos de desenvolvimento e potencialização espaço que podemos trazer em comparação a comprar só os móveis numa loja e trazer para casa ou em aventurar-se em ir fazer e falar com todos os executantes necessários sem apoio profissional.

Qual o objetivo/ideia quanto à criação do Q Hub? Porque foi criado, quando existem já vários serviços dentro do resort?

QDL: A Quinta do Lago tem crescido continuamente e todos os anos surpreende os seus visitantes com novos serviços e ofertas. Sentimos que faltava um ponto de turismo onde quem chega à Quinta do Lago se dirige para ter todas as recomendações e conselhos e desfrutar em pleno do nosso estilo de vida único.

Para os nossos residentes, queríamos que tivessem ao seu dispor um espaço que poderá funcionar como “lounge” para uso pessoal e em que ao mesmo tempo reúne os seus serviços de confiança: gestão de propriedades e alugueres, jardinagem, posto de correios e ainda serviços de concierge e de informação.

Desta forma, o objetivo por detrás da conceção do Q Hub foi criar um espaço que os nossos residentes e visitantes pudessem usufruir e simultaneamente ter um centro único onde poderão ter respostas imediatas a qualquer solicitação e dúvida que tenham.  No Q Hub acreditamos que conseguimos estes objetivos em pleno, num espaço personalizado e com a identidade excecional da Viterbo Interiors, o nosso parceiro neste projeto.

Tudo isto é complementado pelo restaurante Pure, pelo escritório de Quinta do Lago Real Estate e ainda por um salão de cabeleiro. Assim trata-se de um “one-stop shop”, um serviço centralizado que oferece soluções 360º aos nossos residentes

e visitantes.

Qual foi o ponto de partida para a conceção do Q Hub e qual a ideia criativa por detrás do resultado que vemos hoje?

Viterbo:  Foi propositado não ir para as cores claras que se veem habitualmente no Algarve. Gostamos de dar identidades únicas aos nossos clientes e sabemos com visão antecipada o que vai fazer a diferença. A intenção foi criar um mood atual relevante não só à poesia da Ria Formosa, mas com a classe à altura da Quinta do Lago, e muito procurada nos interiores internacionalmente. A infinidade de azuis usados e os materiais cem por cento naturais, como algodões e linhos, assim como peças feitas à mão e desenhadas propositadamente para o local valorizam o espaço para a sua criatividade, mas também pelo “saber fazer” português, trabalhamos sempre com criativos únicos e aqui com a escultura floral pela artista Violeta Goldaracena que cria um impacto único na receção. Todas as tonalidades, cores, materiais no contraste do alto brilho lacado com o matte dos materiais naturais criam o equilibro no mood culminando no mural pintado à mão pela nossa equipa artística que torna o espaço realmente único na receção dos seus clientes.

Nos serviços de alto luxo mundialmente as receções de hotéis, de lojas e concierge optam pelo lado da experiência do cliente que entra não se sentir num lugar burocrático mas sim num serviço personalizado e foi nesse intuito que se criou este ambiente personalizado que envolve o visitante e se adapta a ele.

Quanto tempo levou a conceção do Q Hub, qual o investimento no mesmo e em que tipo de materiais recaiu a escolha e porquê?

Viterbo: Levou 4 meses de conceção a entrega. Contando com pesquisa e criação, apresentações e desenvolvimento

das soluções de execução das mesmas e claro a instalação com as nossas equipas de pintura artística que pintaram o teto com uma pintura única e marcante cuja maqueta foi concebida pela Viterbo interior Design e todos os e executantes Viterbo iD envolvidos como os estofadores, carpinteiros, costureiras que temos in-house e executam os desenhos que fazemos à medida dos projetos.

Tenho a noção de que muitas pessoas confundem um pouco a função dos designers de interiores com a dos arquitetos e dos decoradores. Qual é a diferença entre estas especialidades e quais tomaram parte na conceção do Q Hub?

Viterbo: Os Arquitetos devem focar na conceção exterior dum espaço que é concebido do zero ou reabilitação, o ideal num projeto é quando o arquiteto faz parceria com um Designer de interiores (também pode ser chamado arquiteto de interiores) ou o cliente contrata os dois para poderem trabalhar complementando as suas necessidades de forma a desenvolver os interiores com máximo de ligação a quem vai habitar o espaço. Os designers de interiores interpretam os seus clientes e espelham o seu lifestyle em cada espaço da casa, potencializam os momentos criando moods que potencializam a sua vivência. Têm capacidade de resolver e acompanhar a obra e todas as equipas de especialidade, devem ser experts em cores e materiais de obra e de decor para criar o melhor conjunto possível à vivência e condições climáticas e briefing do cliente. Devem poder executar desenhos técnicos e acompanhar os executantes e saber onde encontrar peças únicas que vão enaltecer a vivência da casa, aquelas peças e artesãos que poucos sabem encontrar. Os decoradores são mais stylists que focam mais nas peças soltas cores e acessórios decorativos sem ter grande intervenção na estrutura do espaço. No nosso caso a nossa especialidade é de arquitetura de interiores em conjunto com decoração e assim foi a nossa intervenção no Q Hub.

QDL: No Q Hub trabalhamos em parceria com a empresa de arquitetura Essencia Arquitects, que foi responsável já por vários projetos na Quinta do Lago – como é o caso do The Campus ou o restaurante Casa do Lago. Os arquitetos definiram a planta geral do edifício e a identificação dos espaços e a partir daí trabalharam em parceria com a Viterbo Interior Designers que desenvolveu toda a solução criativa e criou este espaço tão especial.

Algumas pessoas consideram que a intervenção de um designer passa a ser necessário apenas quando o empreendimento já está finalizado. No vosso entender qual é o melhor momento para se começar a trabalhar com um designer de interiores?

Viterbo: O melhor momento é o mais cedo possível no projeto mesmo que ainda só esteja em papel de forma que possamos otimizar os espaços antes do início da obra assim evitando custos adicionais ao cliente.

QDL: Na Quinta do Lago compreendemos que quanto mais cedo incluirmos os vários intervenientes no processo, melhor. Não apenas a arquitetura de interiores, mas também outras dimensões do projeto, como é o caso da arquitetura paisagista ou a domótica. Como temos empresas no grupo que se dedicam a estes serviços – jardinagem com o Q Landscape e instalação de alarmes e tecnologias de “home automation” com a Team 6 – Vigiquinta, sabemos como se podem ultrapassar desafios quando tudo está pensado desde

o início.

Como se processa atualmente o trabalho de um designer de interiores? Qual a importância de um designer de interiores para valorizar o projeto?

Viterbo: Há várias reuniões de briefing do cliente para entendermos exatamente o que precisa de nós. Várias visitas ao local. Pesquisa e desenvolvimento de conceito. Elaboração de desenhos técnicos. Acompanhamento de obra e de todos os executantes envolvidos. Fazem-se as listagens e orçamentos da decoração. Encomendas e gestão das mesmas. Controle de qualidade e instalação final.

A Viterbo Interior Design tem estado ligada a vários projectos em Portugal e no estrangeiro. No seu entender a que se deve este percurso rápido ascendente na sua curta carreira?

Viterbo: O nosso Atelier é dos mais antigos e premiados internacionalmente da Europa. Foi fundado há 50 anos e agora na segunda geração desde há 20 anos gerido por nós:

Gracinha Viterbo e Miguel Vieira da Rocha. Neste momento já somos considerados um gabinete de design de interiores de renome internacional e com projetos executados em 4 continentes. Uma ascendência antes sólida e consistente no percurso destes muitos anos dedicados especialmente a esta profissão. Devida a uma estrutura sólida cuja confiança dos clientes em nós depositada mostra que o nosso serviço merece esse reconhecimento. Pomos o cliente à frente de tudo, somos apaixonados pelo que fazemos e sobretudo sabemos bem como fazê-lo acontecer. Na Viterbo Interior Design somos experts de vários estilos e experts em saber deliver de A a Z. Cada cliente tem um estilo e cada projeto tem a sua história.

O trabalho da Viterbo Interior Design já está internacionalizado. Aspira novos mercados no estrangeiro ou considera que há muito a fazer em Portugal?

Viterbo: A Viterbo já trabalha há muitos anos dentro e fora de Portugal. Com escritório base principal com uma equipa de 22 profissionais multidisciplinar em Portugal e outro em Singapura, já trabalhamos em 4 continentes consistentemente, essa sendo uma das nossas mais valias, saber fazer e executar, e entregar um projeto facilmente em qualquer parte do mundo. Do Rio de Janeiro a Angola, da Suíça a Singapura, Londres ou Bangkok. A nossa base e maior parte de trabalho é em Portugal de Norte a Sul, mas os nossos clientes internacionais quando experimentam um projeto connosco acabam por fazer mais dois ou três e levam-nos com eles para onde tiverem casas pelo mundo. Construímos uma relação de confiança e longa duração com os nossos clientes e isso é o melhor sinal de que estamos a fazer bem o nosso trabalho.