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Um projeto de reabilitação é sempre um jogo de conflito entre a memória das experiências com a contemporaneidade do uso ou intenção.
É neste jogo entre passado e presente, de memoria e atualidade que o projeto se desenvolve,
de forma rígida, estereotómica e aspeto rude. O volume existente apresenta uma geometria particular, uma geometria que se destaca e afasta da típica casa minhota.
É notoriamente uma moradia que brinda e valoriza o largo em que se implanta.
Nesta admirável existência, projetamos um novo volume, contemporâneo, onde se pretende uma evidente intenção de provocar ao observador uma dualidade contraditória de sentimentos. É um claro jogo de equilíbrio e tensão entre a forma existente e a forma proposta.
A cor, a materialização da forma ou a sua posição relativamente ao existente provocam uma propositada distinção entre o “velho e o novo”.
O uso pretendido é habitacional.
O programa desenvolve-se em dois pisos, espaços sociais no piso à cota inferior, dois quartos e instalação sanitária no piso superior.
No piso inferior, cozinha, zona de jantar e sala de estar organizam-se de norte para sul respetivamente. O espaço amplo é organizado por um volume (arrumo) que “protege” a zona o balcão da cozinha e de trabalho, e pelas escadas centrais de acesso ao piso superior.
Este elemento apresenta-se como um elemento ornamental, dotado de um desenho fluido e curvilíneo. É uma peça escultórica em betão e madeira que delimita o espaço de jantar do espaço de estar.
É o ornamento do espaço social.
O piso superior divide-se em dois quartos e uma instalação sanitária. Um no alçado norte e outro a sul. São quartos simétricos, de dimensões iguais, onde se respeita a simetria constante da planta.
Todos estes espaços, quartos, instalação sanitária e arrumo, são encerrados e independentes. Por esta razão e pela intenção de não sobrecarregar os alçados interiores, revestimos com ripado de madeira maciça – sapelly – parte das paredes e portas de forma a criar um revestimento constante e sem interrupções. É no pormenor de um friso ao longo de todo o ripado, dos puxadores encastrados no ripado, e das tampas de quadros, que não é percetível a existência de abertura.
Sem qualquer ampliação na implantação o programa organiza-se nos limites existentes e com base na relação do interior com o exterior. O espaço de estar relaciona-se com o exterior através de um plano de vidro progredido por outro elemento horizontal de betão que controla a intensidade da luz natural.
É importante interpretar o lugar para projetar e organizar o objeto.
FICHA TÉCNICA Arquiteto responsável:
arq. Tiago Sousa
Área total construída (m2): 150.00m2
Fotógrafo: Ivo Tavares Studio
Website: www.ivotavares.net
Engenharia: Minhahabita
Construtor: Manuel Barreiro
Carpintaria: Queiras & Xedas
Serralharia: Carlos Martins
Designação: BOX
Função: Habitação
Localização: Paredes de Coura
Data conclusão da obra: 2021
Tiago Sousa (n.1987, Paredes de Coura), é arquiteto pela Universidade Lusíada do Porto, Universitá degli Studi di Roma La Sapienza - Prima Facultà di architettura Ludovico Quaroni e Facultà di Architettura Valle Giulia – desde 2012.
Participou em Concursos e Projetos Internacionais em ateliers sediados no Porto e Roma, e iniciou o seu atelier em 2016.
Tem uma prática dedicada à arquitetura e urbanismo onde tem projetos singulares de diferentes temas e escalas, como:
Mercado Municipal de Caminha (coautor),
Centro de Investigação de Castanheira,
1º Lugar em Concurso Academia Radio Televisão Portuguesa – RTP,
2º Lugar no Concurso Internacional “CONCURSO DE IDEAS DUNHA PONTE PARA PEÓNS E BICICLETAS SOBRE O RÍO MIÑO” (coautor),
Centro de Interpretação da Aldeia de S. Martinho de Coura, Mercado de Paredes de Coura (coautor),
Mercado de Paredes de Coura,
Habitação coletiva de custos controlados,
Moradias Privadas, entre outros.
Defende o lugar, a tradição e o existente, mas projeta para o futuro. Procura uma relação entre a memoria e a contemporaneidade.
Publicado
Um projeto de reabilitação é sempre um jogo de conflito entre a memória das experiências com a contemporaneidade do uso ou intenção.
É neste jogo entre passado e presente, de memoria e atualidade que o projeto se desenvolve,
de forma rígida, estereotómica e aspeto rude. O volume existente apresenta uma geometria particular, uma geometria que se destaca e afasta da típica casa minhota.
É notoriamente uma moradia que brinda e valoriza o largo em que se implanta.
Nesta admirável existência, projetamos um novo volume, contemporâneo, onde se pretende uma evidente intenção de provocar ao observador uma dualidade contraditória de sentimentos. É um claro jogo de equilíbrio e tensão entre a forma existente e a forma proposta.
A cor, a materialização da forma ou a sua posição relativamente ao existente provocam uma propositada distinção entre o “velho e o novo”.
O uso pretendido é habitacional.
O programa desenvolve-se em dois pisos, espaços sociais no piso à cota inferior, dois quartos e instalação sanitária no piso superior.
No piso inferior, cozinha, zona de jantar e sala de estar organizam-se de norte para sul respetivamente. O espaço amplo é organizado por um volume (arrumo) que “protege” a zona o balcão da cozinha e de trabalho, e pelas escadas centrais de acesso ao piso superior.
Este elemento apresenta-se como um elemento ornamental, dotado de um desenho fluido e curvilíneo. É uma peça escultórica em betão e madeira que delimita o espaço de jantar do espaço de estar.
É o ornamento do espaço social.
O piso superior divide-se em dois quartos e uma instalação sanitária. Um no alçado norte e outro a sul. São quartos simétricos, de dimensões iguais, onde se respeita a simetria constante da planta.
Todos estes espaços, quartos, instalação sanitária e arrumo, são encerrados e independentes. Por esta razão e pela intenção de não sobrecarregar os alçados interiores, revestimos com ripado de madeira maciça – sapelly – parte das paredes e portas de forma a criar um revestimento constante e sem interrupções. É no pormenor de um friso ao longo de todo o ripado, dos puxadores encastrados no ripado, e das tampas de quadros, que não é percetível a existência de abertura.
Sem qualquer ampliação na implantação o programa organiza-se nos limites existentes e com base na relação do interior com o exterior. O espaço de estar relaciona-se com o exterior através de um plano de vidro progredido por outro elemento horizontal de betão que controla a intensidade da luz natural.
É importante interpretar o lugar para projetar e organizar o objeto.
FICHA TÉCNICA Arquiteto responsável:
arq. Tiago Sousa
Área total construída (m2): 150.00m2
Fotógrafo: Ivo Tavares Studio
Website: www.ivotavares.net
Engenharia: Minhahabita
Construtor: Manuel Barreiro
Carpintaria: Queiras & Xedas
Serralharia: Carlos Martins
Designação: BOX
Função: Habitação
Localização: Paredes de Coura
Data conclusão da obra: 2021
Tiago Sousa (n.1987, Paredes de Coura), é arquiteto pela Universidade Lusíada do Porto, Universitá degli Studi di Roma La Sapienza - Prima Facultà di architettura Ludovico Quaroni e Facultà di Architettura Valle Giulia – desde 2012.
Participou em Concursos e Projetos Internacionais em ateliers sediados no Porto e Roma, e iniciou o seu atelier em 2016.
Tem uma prática dedicada à arquitetura e urbanismo onde tem projetos singulares de diferentes temas e escalas, como:
Mercado Municipal de Caminha (coautor),
Centro de Investigação de Castanheira,
1º Lugar em Concurso Academia Radio Televisão Portuguesa – RTP,
2º Lugar no Concurso Internacional “CONCURSO DE IDEAS DUNHA PONTE PARA PEÓNS E BICICLETAS SOBRE O RÍO MIÑO” (coautor),
Centro de Interpretação da Aldeia de S. Martinho de Coura, Mercado de Paredes de Coura (coautor),
Mercado de Paredes de Coura,
Habitação coletiva de custos controlados,
Moradias Privadas, entre outros.
Defende o lugar, a tradição e o existente, mas projeta para o futuro. Procura uma relação entre a memoria e a contemporaneidade.
Publicado
Um projeto de reabilitação é sempre um jogo de conflito entre a memória das experiências com a contemporaneidade do uso ou intenção.
É neste jogo entre passado e presente, de memoria e atualidade que o projeto se desenvolve,
de forma rígida, estereotómica e aspeto rude. O volume existente apresenta uma geometria particular, uma geometria que se destaca e afasta da típica casa minhota.
É notoriamente uma moradia que brinda e valoriza o largo em que se implanta.
Nesta admirável existência, projetamos um novo volume, contemporâneo, onde se pretende uma evidente intenção de provocar ao observador uma dualidade contraditória de sentimentos. É um claro jogo de equilíbrio e tensão entre a forma existente e a forma proposta.
A cor, a materialização da forma ou a sua posição relativamente ao existente provocam uma propositada distinção entre o “velho e o novo”.
O uso pretendido é habitacional.
O programa desenvolve-se em dois pisos, espaços sociais no piso à cota inferior, dois quartos e instalação sanitária no piso superior.
No piso inferior, cozinha, zona de jantar e sala de estar organizam-se de norte para sul respetivamente. O espaço amplo é organizado por um volume (arrumo) que “protege” a zona o balcão da cozinha e de trabalho, e pelas escadas centrais de acesso ao piso superior.
Este elemento apresenta-se como um elemento ornamental, dotado de um desenho fluido e curvilíneo. É uma peça escultórica em betão e madeira que delimita o espaço de jantar do espaço de estar.
É o ornamento do espaço social.
O piso superior divide-se em dois quartos e uma instalação sanitária. Um no alçado norte e outro a sul. São quartos simétricos, de dimensões iguais, onde se respeita a simetria constante da planta.
Todos estes espaços, quartos, instalação sanitária e arrumo, são encerrados e independentes. Por esta razão e pela intenção de não sobrecarregar os alçados interiores, revestimos com ripado de madeira maciça – sapelly – parte das paredes e portas de forma a criar um revestimento constante e sem interrupções. É no pormenor de um friso ao longo de todo o ripado, dos puxadores encastrados no ripado, e das tampas de quadros, que não é percetível a existência de abertura.
Sem qualquer ampliação na implantação o programa organiza-se nos limites existentes e com base na relação do interior com o exterior. O espaço de estar relaciona-se com o exterior através de um plano de vidro progredido por outro elemento horizontal de betão que controla a intensidade da luz natural.
É importante interpretar o lugar para projetar e organizar o objeto.
FICHA TÉCNICA Arquiteto responsável:
arq. Tiago Sousa
Área total construída (m2): 150.00m2
Fotógrafo: Ivo Tavares Studio
Website: www.ivotavares.net
Engenharia: Minhahabita
Construtor: Manuel Barreiro
Carpintaria: Queiras & Xedas
Serralharia: Carlos Martins
Designação: BOX
Função: Habitação
Localização: Paredes de Coura
Data conclusão da obra: 2021
Tiago Sousa (n.1987, Paredes de Coura), é arquiteto pela Universidade Lusíada do Porto, Universitá degli Studi di Roma La Sapienza - Prima Facultà di architettura Ludovico Quaroni e Facultà di Architettura Valle Giulia – desde 2012.
Participou em Concursos e Projetos Internacionais em ateliers sediados no Porto e Roma, e iniciou o seu atelier em 2016.
Tem uma prática dedicada à arquitetura e urbanismo onde tem projetos singulares de diferentes temas e escalas, como:
Mercado Municipal de Caminha (coautor),
Centro de Investigação de Castanheira,
1º Lugar em Concurso Academia Radio Televisão Portuguesa – RTP,
2º Lugar no Concurso Internacional “CONCURSO DE IDEAS DUNHA PONTE PARA PEÓNS E BICICLETAS SOBRE O RÍO MIÑO” (coautor),
Centro de Interpretação da Aldeia de S. Martinho de Coura, Mercado de Paredes de Coura (coautor),
Mercado de Paredes de Coura,
Habitação coletiva de custos controlados,
Moradias Privadas, entre outros.
Defende o lugar, a tradição e o existente, mas projeta para o futuro. Procura uma relação entre a memoria e a contemporaneidade.