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Entrevista: “As gerações futuras dependem de nós…”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Entrevista

Publicado

DSC_0939

Carlos Filipe da Silva Morgado

Presidente do Conselho de Administração da empresa Morgado & Ca., S.A.

Autor da entrevista | Anteprojectos

- Que tendências de mercado identificam? Como respondem a essas tendências? Em que soluções inovadoras estão a trabalhar?

Nos últimos anos, o mercado tem sido caraterizado por uma procura cada vez mais acentuada de soluções inteligentes capazes de aumentar a eficiência energética dos edifícios que permitam um incremento do conforto do utilizador final. Esta tendência tem vindo a crescer principalmente nos setores da Hotelaria e dos Serviços, sentindo-se também um aumento do interesse na área residencial.

Nesta vertente, a área da iluminação é responsável por um significativo consumo energético nos edifícios, pelo que temos vindo a trabalhar em soluções mais eficientes, através do protocolo DALI, o que permite ir ao encontro das necessidades dos mais variados projetos.

No Grupo Morgado & Ca temos uma vasta gama de soluções no âmbito da domótica, building automation e iluminação, que desenvolvemos em conjunto com os nossos parceiros por forma a criar mais valias em cada projeto. A Iluminação DALI, domótica via protocolo próprio ou mesmo KNX são áreas onde estamos constantemente à procura das últimas inovações tecnológicas que permitam a concretização dos mais variados projetos e a otimização das soluções ao nível técnico e financeiro.

Neste momento, estamos a lançar uma nova gama de domótica assente na tecnologia WiFi, o que permite ao mercado da reabilitação de edifícios um leque de opções variadas sem a exigência de uma instalação complexa e de um grande investimento financeiro.

Em todas as áreas que trabalhamos temos como foco possibilitar à arquitetura e engenharia uma vasta gama de acabamentos e design, de forma a que as nossas soluções possam ser consideradas como parte integrante da arquitetura do edifício, apesar da sua inovação tecnológica.

- Que avaliação pode ser feita sobre o momento atual para o sector ao nível da sustentabilidade e eficiência energética?

Hoje o tema da sustentabilidade e eficiência energética é sem dúvida aquele que mais nos deve preocupar, claro está a par da saúde.

As gerações futuras dependem de nós e assim devemos procurar, desde já, soluções que permitam de forma acentuada diminuir o consumo de energia e consequentemente a nossa pegada ecológica.

Os edifícios novos e reabilitados são sem dúvida responsáveis por um grande consumo de energia e assim devemos investir fortemente para que possamos mudar o paradigma.

A pandemia não afetou a performance na construção de edifícios e reabilitações pelo que importa continuar a investir nas soluções mais amigas do ambiente.

- O mercado da Reabilitação continua a ser prioridade?

A Reabilitação é extraordinariamente importante para o desenvolvimento do país. Necessitamos de renovar os edifícios das nossas cidades de forma a que possamos atrair cada vez mais visitantes ao nosso país e ao mesmo tempo melhorar o conforto e qualidade de vida dos utilizadores.

Apesar deste mercado ter diminuído ligeiramente, nos últimos anos, penso que rapidamente vai retomar a sua trajetória de crescimento.

Infelizmente as habitações na sua grande maioria, cerca de 70%, são pouco eficientes em termos energéticos e conforto. Aliado a este facto, temos a nova legislação europeia de eficiência energética (EPBD), que exige níveis de eficiência energética muito rigorosos e ambiciosos em edifícios existentes e novos. Por tudo isto penso que o futuro da Reabilitação em Portugal será brilhante e existe ainda espaço para um grande crescimento no futuro próximo.

 - Como olham para o crescimento a que temos assistido sobretudo nos últimos 2 anos, é reflexo de uma inversão sustentada nos índices de produção, ou vamos voltar com a pandemia uma economia bem diferente?

A situação pandémica que vivemos propicia uma incerteza ao setor no futuro próximo, principalmente no que respeita às infraestruturas para o turismo. Assim, o crescimento desta área está dependente da recuperação dos níveis de turismo que possamos vir a sentir no futuro. Este ano certamente que o turismo será afetado de forma negativa, mas penso que será possível iniciar uma recuperação já no próximo ano.

Na sua globalidade penso que existe espaço para uma continuação do crescimento do setor, mas não de uma forma generalizada como assistimos nos últimos anos. As áreas do residencial de gama média alta e de luxo bem como a Reabilitação funcionarão, certamente, como catalisadores desse crescimento, enquanto que o comportamento da hotelaria e serviços é neste momento uma incógnita.

 - Na sequência da pergunta anterior, por onde passa a vossa estratégia para crescer no mercado nacional?

A estratégia do Grupo Morgado & Ca continua a assentar em manter e fortalecer as relações de parceria existentes com os grandes players de mercado.

Ao nível do fornecimento de soluções inovadoras trabalhamos com players mundiais como a Vimar, a Wago, a Beghelli e a Performance In Lighting, entre outros. Estes parceiros são líderes europeus na sua área de atuação, garantindo fiabilidade nas soluções ao longo do tempo, bem como um grande investimento no R&D de novas soluções.

Relativamente ao mercado nacional, continuaremos a apostar na proximidade das relações com os parceiros locais, quer ao nível da arquitetura e engenharia quer ao nível da instalação e distribuição. Estamos a investir fortemente em novas ferramentas digitais que irão possibilitar um reforço dessa proximidade de forma a que possamos ser ainda mais eficientes e flexíveis na abordagem a cada projeto e nas mais valias que possamos acrescentar ao mesmo.

O nosso foco é sempre o da procura por soluções inovadoras e de colocar junto dos nossos parceiros uma gama de soluções completas, que permitam a inovação tecnológica e o aumento no conforto do utilizador final. É por isso que, neste momento, estamos a realizar um esforço para incrementar a integração de soluções de building automation como o KNX, entre outras, normalmente utilizadas em projetos de grande dimensão, em projetos mais pequenos com custos equilibrados e mais valias para a solução desejada.

Por último, continuaremos a investir em novos quadros técnicos especializados, que possam responder e apoiar os nossos parceiros nos seus constantes e renovados desafios.

 - Ao nível de produto, em que novidades estão a trabalhar neste momento e que características diferenciadoras apresentam face ao que existe no mercado?

Neste momento, estamos a lançar um novo sistema de domótica WiFi da Vimar, que possibilita já uma série de funções equivalentes ao sistema de domótica “tradicional”, mas com custos de instalação muito reduzidos. Este sistema é caraterizado por uma comunicação entre todos os dispositivos sem a necessidade da utilização de um cabo BUS para o efeito. Este será um dos sistemas com mais desenvolvimentos no futuro próximo e penso que será uma excelente alternativa na reabilitação de um edifício.

No que respeita à Wago e ao building automation estamos a ampliar a nossa gama de soluções com o aumento da flexibilidade de comunicação através de quase todos os protocolos de comunicação existentes o que permitirá uma enorme vantagem para o projeto. Desta forma podemos agregar todo um sistema com diversos protocolos de comunicação numa única ferramenta de controlo que vai facilitar a manutenção do edifício e aumentar o conforto para todos os utilizadores. Esta solução é bastante abrangente e pode ser utilizada desde o básico controlo da iluminação até toda a gestão técnica do edifício, independentemente da sua dimensão.

De forma complementar a estas soluções, e também por forma a realizar uma integração de sistemas oferecemos sistemas de iluminação com maior eficiência que podem ser integrados na gestão centralizada de edifícios através do protocolo DALI.

Como sabemos o círculo circadiano é de extrema importância para o ser humano e responsável pelas alterações no biorritmo de cada individuo. Desta forma as soluções de iluminação Human Centric Lighting são de extrema importância e a Performance In Lighting desenvolveu e integrou nas suas luminárias algumas soluções que permitem recriar a variação da temperatura da luz solar ao longo do dia. Esta mudança da temperatura de cor do led permite regular a intensidade e temperatura de cor desde os 2700K até aos 6200k consoante a hora do dia. Desta forma, conseguimos um aumento significativo no nosso bem estar bem como na nossa eficiência ao longo do dia.

Mais informações:

www.morgadocl.pt

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

Entrevista: “As gerações futuras dependem de nós…”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Entrevista

Publicado

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Carlos Filipe da Silva Morgado

Presidente do Conselho de Administração da empresa Morgado & Ca., S.A.

Autor da entrevista | Anteprojectos

- Que tendências de mercado identificam? Como respondem a essas tendências? Em que soluções inovadoras estão a trabalhar?

Nos últimos anos, o mercado tem sido caraterizado por uma procura cada vez mais acentuada de soluções inteligentes capazes de aumentar a eficiência energética dos edifícios que permitam um incremento do conforto do utilizador final. Esta tendência tem vindo a crescer principalmente nos setores da Hotelaria e dos Serviços, sentindo-se também um aumento do interesse na área residencial.

Nesta vertente, a área da iluminação é responsável por um significativo consumo energético nos edifícios, pelo que temos vindo a trabalhar em soluções mais eficientes, através do protocolo DALI, o que permite ir ao encontro das necessidades dos mais variados projetos.

No Grupo Morgado & Ca temos uma vasta gama de soluções no âmbito da domótica, building automation e iluminação, que desenvolvemos em conjunto com os nossos parceiros por forma a criar mais valias em cada projeto. A Iluminação DALI, domótica via protocolo próprio ou mesmo KNX são áreas onde estamos constantemente à procura das últimas inovações tecnológicas que permitam a concretização dos mais variados projetos e a otimização das soluções ao nível técnico e financeiro.

Neste momento, estamos a lançar uma nova gama de domótica assente na tecnologia WiFi, o que permite ao mercado da reabilitação de edifícios um leque de opções variadas sem a exigência de uma instalação complexa e de um grande investimento financeiro.

Em todas as áreas que trabalhamos temos como foco possibilitar à arquitetura e engenharia uma vasta gama de acabamentos e design, de forma a que as nossas soluções possam ser consideradas como parte integrante da arquitetura do edifício, apesar da sua inovação tecnológica.

- Que avaliação pode ser feita sobre o momento atual para o sector ao nível da sustentabilidade e eficiência energética?

Hoje o tema da sustentabilidade e eficiência energética é sem dúvida aquele que mais nos deve preocupar, claro está a par da saúde.

As gerações futuras dependem de nós e assim devemos procurar, desde já, soluções que permitam de forma acentuada diminuir o consumo de energia e consequentemente a nossa pegada ecológica.

Os edifícios novos e reabilitados são sem dúvida responsáveis por um grande consumo de energia e assim devemos investir fortemente para que possamos mudar o paradigma.

A pandemia não afetou a performance na construção de edifícios e reabilitações pelo que importa continuar a investir nas soluções mais amigas do ambiente.

- O mercado da Reabilitação continua a ser prioridade?

A Reabilitação é extraordinariamente importante para o desenvolvimento do país. Necessitamos de renovar os edifícios das nossas cidades de forma a que possamos atrair cada vez mais visitantes ao nosso país e ao mesmo tempo melhorar o conforto e qualidade de vida dos utilizadores.

Apesar deste mercado ter diminuído ligeiramente, nos últimos anos, penso que rapidamente vai retomar a sua trajetória de crescimento.

Infelizmente as habitações na sua grande maioria, cerca de 70%, são pouco eficientes em termos energéticos e conforto. Aliado a este facto, temos a nova legislação europeia de eficiência energética (EPBD), que exige níveis de eficiência energética muito rigorosos e ambiciosos em edifícios existentes e novos. Por tudo isto penso que o futuro da Reabilitação em Portugal será brilhante e existe ainda espaço para um grande crescimento no futuro próximo.

 - Como olham para o crescimento a que temos assistido sobretudo nos últimos 2 anos, é reflexo de uma inversão sustentada nos índices de produção, ou vamos voltar com a pandemia uma economia bem diferente?

A situação pandémica que vivemos propicia uma incerteza ao setor no futuro próximo, principalmente no que respeita às infraestruturas para o turismo. Assim, o crescimento desta área está dependente da recuperação dos níveis de turismo que possamos vir a sentir no futuro. Este ano certamente que o turismo será afetado de forma negativa, mas penso que será possível iniciar uma recuperação já no próximo ano.

Na sua globalidade penso que existe espaço para uma continuação do crescimento do setor, mas não de uma forma generalizada como assistimos nos últimos anos. As áreas do residencial de gama média alta e de luxo bem como a Reabilitação funcionarão, certamente, como catalisadores desse crescimento, enquanto que o comportamento da hotelaria e serviços é neste momento uma incógnita.

 - Na sequência da pergunta anterior, por onde passa a vossa estratégia para crescer no mercado nacional?

A estratégia do Grupo Morgado & Ca continua a assentar em manter e fortalecer as relações de parceria existentes com os grandes players de mercado.

Ao nível do fornecimento de soluções inovadoras trabalhamos com players mundiais como a Vimar, a Wago, a Beghelli e a Performance In Lighting, entre outros. Estes parceiros são líderes europeus na sua área de atuação, garantindo fiabilidade nas soluções ao longo do tempo, bem como um grande investimento no R&D de novas soluções.

Relativamente ao mercado nacional, continuaremos a apostar na proximidade das relações com os parceiros locais, quer ao nível da arquitetura e engenharia quer ao nível da instalação e distribuição. Estamos a investir fortemente em novas ferramentas digitais que irão possibilitar um reforço dessa proximidade de forma a que possamos ser ainda mais eficientes e flexíveis na abordagem a cada projeto e nas mais valias que possamos acrescentar ao mesmo.

O nosso foco é sempre o da procura por soluções inovadoras e de colocar junto dos nossos parceiros uma gama de soluções completas, que permitam a inovação tecnológica e o aumento no conforto do utilizador final. É por isso que, neste momento, estamos a realizar um esforço para incrementar a integração de soluções de building automation como o KNX, entre outras, normalmente utilizadas em projetos de grande dimensão, em projetos mais pequenos com custos equilibrados e mais valias para a solução desejada.

Por último, continuaremos a investir em novos quadros técnicos especializados, que possam responder e apoiar os nossos parceiros nos seus constantes e renovados desafios.

 - Ao nível de produto, em que novidades estão a trabalhar neste momento e que características diferenciadoras apresentam face ao que existe no mercado?

Neste momento, estamos a lançar um novo sistema de domótica WiFi da Vimar, que possibilita já uma série de funções equivalentes ao sistema de domótica “tradicional”, mas com custos de instalação muito reduzidos. Este sistema é caraterizado por uma comunicação entre todos os dispositivos sem a necessidade da utilização de um cabo BUS para o efeito. Este será um dos sistemas com mais desenvolvimentos no futuro próximo e penso que será uma excelente alternativa na reabilitação de um edifício.

No que respeita à Wago e ao building automation estamos a ampliar a nossa gama de soluções com o aumento da flexibilidade de comunicação através de quase todos os protocolos de comunicação existentes o que permitirá uma enorme vantagem para o projeto. Desta forma podemos agregar todo um sistema com diversos protocolos de comunicação numa única ferramenta de controlo que vai facilitar a manutenção do edifício e aumentar o conforto para todos os utilizadores. Esta solução é bastante abrangente e pode ser utilizada desde o básico controlo da iluminação até toda a gestão técnica do edifício, independentemente da sua dimensão.

De forma complementar a estas soluções, e também por forma a realizar uma integração de sistemas oferecemos sistemas de iluminação com maior eficiência que podem ser integrados na gestão centralizada de edifícios através do protocolo DALI.

Como sabemos o círculo circadiano é de extrema importância para o ser humano e responsável pelas alterações no biorritmo de cada individuo. Desta forma as soluções de iluminação Human Centric Lighting são de extrema importância e a Performance In Lighting desenvolveu e integrou nas suas luminárias algumas soluções que permitem recriar a variação da temperatura da luz solar ao longo do dia. Esta mudança da temperatura de cor do led permite regular a intensidade e temperatura de cor desde os 2700K até aos 6200k consoante a hora do dia. Desta forma, conseguimos um aumento significativo no nosso bem estar bem como na nossa eficiência ao longo do dia.

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Carlos Filipe da Silva Morgado

Presidente do Conselho de Administração da empresa Morgado & Ca., S.A.

Autor da entrevista | Anteprojectos

- Que tendências de mercado identificam? Como respondem a essas tendências? Em que soluções inovadoras estão a trabalhar?

Nos últimos anos, o mercado tem sido caraterizado por uma procura cada vez mais acentuada de soluções inteligentes capazes de aumentar a eficiência energética dos edifícios que permitam um incremento do conforto do utilizador final. Esta tendência tem vindo a crescer principalmente nos setores da Hotelaria e dos Serviços, sentindo-se também um aumento do interesse na área residencial.

Nesta vertente, a área da iluminação é responsável por um significativo consumo energético nos edifícios, pelo que temos vindo a trabalhar em soluções mais eficientes, através do protocolo DALI, o que permite ir ao encontro das necessidades dos mais variados projetos.

No Grupo Morgado & Ca temos uma vasta gama de soluções no âmbito da domótica, building automation e iluminação, que desenvolvemos em conjunto com os nossos parceiros por forma a criar mais valias em cada projeto. A Iluminação DALI, domótica via protocolo próprio ou mesmo KNX são áreas onde estamos constantemente à procura das últimas inovações tecnológicas que permitam a concretização dos mais variados projetos e a otimização das soluções ao nível técnico e financeiro.

Neste momento, estamos a lançar uma nova gama de domótica assente na tecnologia WiFi, o que permite ao mercado da reabilitação de edifícios um leque de opções variadas sem a exigência de uma instalação complexa e de um grande investimento financeiro.

Em todas as áreas que trabalhamos temos como foco possibilitar à arquitetura e engenharia uma vasta gama de acabamentos e design, de forma a que as nossas soluções possam ser consideradas como parte integrante da arquitetura do edifício, apesar da sua inovação tecnológica.

- Que avaliação pode ser feita sobre o momento atual para o sector ao nível da sustentabilidade e eficiência energética?

Hoje o tema da sustentabilidade e eficiência energética é sem dúvida aquele que mais nos deve preocupar, claro está a par da saúde.

As gerações futuras dependem de nós e assim devemos procurar, desde já, soluções que permitam de forma acentuada diminuir o consumo de energia e consequentemente a nossa pegada ecológica.

Os edifícios novos e reabilitados são sem dúvida responsáveis por um grande consumo de energia e assim devemos investir fortemente para que possamos mudar o paradigma.

A pandemia não afetou a performance na construção de edifícios e reabilitações pelo que importa continuar a investir nas soluções mais amigas do ambiente.

- O mercado da Reabilitação continua a ser prioridade?

A Reabilitação é extraordinariamente importante para o desenvolvimento do país. Necessitamos de renovar os edifícios das nossas cidades de forma a que possamos atrair cada vez mais visitantes ao nosso país e ao mesmo tempo melhorar o conforto e qualidade de vida dos utilizadores.

Apesar deste mercado ter diminuído ligeiramente, nos últimos anos, penso que rapidamente vai retomar a sua trajetória de crescimento.

Infelizmente as habitações na sua grande maioria, cerca de 70%, são pouco eficientes em termos energéticos e conforto. Aliado a este facto, temos a nova legislação europeia de eficiência energética (EPBD), que exige níveis de eficiência energética muito rigorosos e ambiciosos em edifícios existentes e novos. Por tudo isto penso que o futuro da Reabilitação em Portugal será brilhante e existe ainda espaço para um grande crescimento no futuro próximo.

 - Como olham para o crescimento a que temos assistido sobretudo nos últimos 2 anos, é reflexo de uma inversão sustentada nos índices de produção, ou vamos voltar com a pandemia uma economia bem diferente?

A situação pandémica que vivemos propicia uma incerteza ao setor no futuro próximo, principalmente no que respeita às infraestruturas para o turismo. Assim, o crescimento desta área está dependente da recuperação dos níveis de turismo que possamos vir a sentir no futuro. Este ano certamente que o turismo será afetado de forma negativa, mas penso que será possível iniciar uma recuperação já no próximo ano.

Na sua globalidade penso que existe espaço para uma continuação do crescimento do setor, mas não de uma forma generalizada como assistimos nos últimos anos. As áreas do residencial de gama média alta e de luxo bem como a Reabilitação funcionarão, certamente, como catalisadores desse crescimento, enquanto que o comportamento da hotelaria e serviços é neste momento uma incógnita.

 - Na sequência da pergunta anterior, por onde passa a vossa estratégia para crescer no mercado nacional?

A estratégia do Grupo Morgado & Ca continua a assentar em manter e fortalecer as relações de parceria existentes com os grandes players de mercado.

Ao nível do fornecimento de soluções inovadoras trabalhamos com players mundiais como a Vimar, a Wago, a Beghelli e a Performance In Lighting, entre outros. Estes parceiros são líderes europeus na sua área de atuação, garantindo fiabilidade nas soluções ao longo do tempo, bem como um grande investimento no R&D de novas soluções.

Relativamente ao mercado nacional, continuaremos a apostar na proximidade das relações com os parceiros locais, quer ao nível da arquitetura e engenharia quer ao nível da instalação e distribuição. Estamos a investir fortemente em novas ferramentas digitais que irão possibilitar um reforço dessa proximidade de forma a que possamos ser ainda mais eficientes e flexíveis na abordagem a cada projeto e nas mais valias que possamos acrescentar ao mesmo.

O nosso foco é sempre o da procura por soluções inovadoras e de colocar junto dos nossos parceiros uma gama de soluções completas, que permitam a inovação tecnológica e o aumento no conforto do utilizador final. É por isso que, neste momento, estamos a realizar um esforço para incrementar a integração de soluções de building automation como o KNX, entre outras, normalmente utilizadas em projetos de grande dimensão, em projetos mais pequenos com custos equilibrados e mais valias para a solução desejada.

Por último, continuaremos a investir em novos quadros técnicos especializados, que possam responder e apoiar os nossos parceiros nos seus constantes e renovados desafios.

 - Ao nível de produto, em que novidades estão a trabalhar neste momento e que características diferenciadoras apresentam face ao que existe no mercado?

Neste momento, estamos a lançar um novo sistema de domótica WiFi da Vimar, que possibilita já uma série de funções equivalentes ao sistema de domótica “tradicional”, mas com custos de instalação muito reduzidos. Este sistema é caraterizado por uma comunicação entre todos os dispositivos sem a necessidade da utilização de um cabo BUS para o efeito. Este será um dos sistemas com mais desenvolvimentos no futuro próximo e penso que será uma excelente alternativa na reabilitação de um edifício.

No que respeita à Wago e ao building automation estamos a ampliar a nossa gama de soluções com o aumento da flexibilidade de comunicação através de quase todos os protocolos de comunicação existentes o que permitirá uma enorme vantagem para o projeto. Desta forma podemos agregar todo um sistema com diversos protocolos de comunicação numa única ferramenta de controlo que vai facilitar a manutenção do edifício e aumentar o conforto para todos os utilizadores. Esta solução é bastante abrangente e pode ser utilizada desde o básico controlo da iluminação até toda a gestão técnica do edifício, independentemente da sua dimensão.

De forma complementar a estas soluções, e também por forma a realizar uma integração de sistemas oferecemos sistemas de iluminação com maior eficiência que podem ser integrados na gestão centralizada de edifícios através do protocolo DALI.

Como sabemos o círculo circadiano é de extrema importância para o ser humano e responsável pelas alterações no biorritmo de cada individuo. Desta forma as soluções de iluminação Human Centric Lighting são de extrema importância e a Performance In Lighting desenvolveu e integrou nas suas luminárias algumas soluções que permitem recriar a variação da temperatura da luz solar ao longo do dia. Esta mudança da temperatura de cor do led permite regular a intensidade e temperatura de cor desde os 2700K até aos 6200k consoante a hora do dia. Desta forma, conseguimos um aumento significativo no nosso bem estar bem como na nossa eficiência ao longo do dia.

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