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CBRE PREVÊ VOLUME DE INVESTIMENTO DE TRÊS MIL MILHÕES DE EUROS NO SETOR IMOBILIÁRIO EM 2021

Categoria:  Notícias do Dia

Publicado

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  • Consultora apresentou as tendências do mercado imobiliário para este ano num formato totalmente digital.

 

  • Procura de escritórios deverá manter-se dinâmica e nova realidade empresarial obriga a redesenhar os espaços de trabalho.

 

  • Ritmo de recuperação será distinto entre os diversos formatos de retalho, sendo que o comércio online irá manter a trajetória de crescimento.

 

  • Absorção de espaços logísticos deverá atingir níveis recorde devido a projetos especulativos e à ocupação própria. Rendas aumentam junto aos centros urbanos.

 

  • Planos de expansão de cadeias hoteleiras e de investidores mantêm-se em destinos de cidade e de lazer, que terão recuperações distintas.

 

  • Na habitação, o mercado residencial de venda deverá continuar resiliente e vão começar a surgir projetos de habitação para arrendamento.

 

A CBRE antecipa um volume de investimento de três mil milhões de euros no setor imobiliário em 2021, alavancado pelo pipeline robusto do lado da oferta, pela evolução positiva na capacidade de investimento dos players nacionais e pela concretização de operações de Fusão & Aquisição previstas para este ano.

Esta é uma das principais tendências do setor imobiliário apresentadas, nesta quinta-feira, pela CBRE, durante o evento digital The Next Normal: Reset to Change, e na sequência de um estudo desenvolvido pelo departamento de Research da consultora, que projeta as expectativas do mercado nas áreas de investimento, escritórios, retalho, logística, turismo e habitação.

“Apesar do impacto da pandemia, o interesse pelo mercado imobiliário permanece elevado, em função de um contexto de taxas de juro baixas e de elevada liquidez financeira a nível global. Portugal continua a evidenciar fortes fundamentos imobiliários, nomeadamente um mercado ocupacional interessante e uma ainda reduzida disponibilidade de produto, estando bem posicionado para uma rápida retoma assim que os países começarem a sair desta crise sanitária”, explica Francisco Horta e Costa, Diretor-Geral da CBRE em Portugal.

“Quando em janeiro do ano passado a CBRE apresentou as tendências do mercado para 2020 tudo indicava que o setor iria manter a trajetória de crescimento dos últimos anos, mas a pandemia veio interromper este ciclo. As nossas expectativas para 2021 pressupõem um controlo do vírus ao longo do ano, com a implementação de um plano de vacinação eficaz, mas estão ainda sujeitas a um elevado grau de incerteza relativamente à velocidade de recuperação da economia e ao poder de compra dos consumidores”, refere Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal.

 

ECONOMIA | Projeções apontam para que o PIB atinja em 2022 os níveis de 2019

 

A economia portuguesa evidenciou, em 2020, uma quebra nunca antes registada de 7,6%. Apesar das perspetivas de um início de retoma em 2021, um novo confinamento geral nos primeiros meses deste ano e uma elevada dependência do setor turístico deverão limitar o ritmo de crescimento. No entanto, as projeções apontam para que, no final de 2022, o PIB atinja novamente o nível verificado em 2019.

INVESTIMENTO | Volume de investimento pode alcançar novamente os três mil milhões de euros em 2021

A CBRE antecipa um volume de investimento novamente significativo em 2021. Por um lado, existe um pipeline em oferta robusto: no início do ano, contabilizavam-se dois mil milhões de euros de imóveis em comercialização. Por outro, Portugal está perfeitamente dentro do radar da comunidade internacional de investimento e, a nível nacional, prevêem-se evoluções muito positivas na capacidade de investimento dos players locais. O volume de investimento poderá ainda ser alavancado com a concretização de operações de Fusões & Aquisições envolvendo sociedades de investimento imobiliário.

Após registar o terceiro maior valor de investimento de sempre em 2020, há expectativas de que o mercado alcance novamente o patamar dos três mil milhões de euros de volume de investimento imobiliário em 2021.

Do lado do financiamento, o interesse das instituições financeiras manter-se-á em setores como o residencial, o da logística e o do retalho alimentar, e em operações de rendimento em que os inquilinos apresentem elevada qualidade de crédito.

No que diz respeito a transações de imóveis para promoção, deverá manter-se o interesse dos investidores, nomeadamente em terrenos para habitação, com uma maior dispersão geográfica para diversos concelhos da área metropolitana de Lisboa e do Porto, assim como em zonas turísticas como o Algarve ou a costa litoral alentejana. Por sua vez, o interesse em imóveis para reabilitação deverá igualmente manter-se embora a uma escala menor do que a verificada nos últimos anos.

No mesmo sentido, os denominados setores alternativos como Residências de Estudantes, Co-working ou Ativos de Saúde, os quais tipicamente oferecem rentabilidades superiores ou perfis de risco mais conservadores, devem registar um aumento em termos de investimento.

As taxas de rentabilidade deverão permanecer estáveis na maioria dos ativos imobiliários prime. Exceção para as yields de ativos de logística e de supermercados que deverão manter a trajetória de compressão já evidenciada em 2020. Também nos escritórios é possível ver uma subida de preço em ativos core.

 

ESCRITÓRIOS | Procura deverá manter-se dinâmica e nova realidade empresarial obriga a redesenhar os espaços de trabalho

É expectável que continue a existir uma forte procura por parte de empresas internacionais para estabelecer, em Portugal, centros de serviços partilhados e áreas de R&D, bem como empresas de base tecnológica. Há inclusive alguns processos de procura em curso por parte de grandes empresas já instaladas no País, nomeadamente em Lisboa, para espaços de dimensão significativa no âmbito da reestruturação e concentração dos seus negócios.

No início do ano, a CBRE registava uma procura de espaços de escritórios ainda não satisfeita de 90.000 m2 em Lisboa e de 25.000 m2 no Porto. A consultora prevê atingir, em 2021, níveis de atividade ocupacional em escritórios idênticos aos observados em 2020, ou seja, na ordem dos 140.000 m2, ou até mesmo 150.000 m2 em Lisboa, e entre 50.000 m2 e 55.000 m2 no Porto.

Este será um ano em que vai continuar a persistir uma escassez na oferta de qualidade. Tendo em conta que a procura deverá manter uma dinâmica interessante, não se antecipam alterações no valor das rendas prime, que deverão manter-se em 25€/m2 por mês em Lisboa e 18€/m2 por mês no Porto. No entanto, será possível notar uma redução da renda média, em virtude da descida do valor do produto secundário.

A pandemia levou à adoção do teletrabalho por parte das empresas, mas ainda assim não se antecipa uma redução na área de escritório. A nova realidade empresarial pós-Covid deverá compreender um ambiente de trabalho híbrido, prevendo-se que as empresas convertam parte da área afeta aos postos de trabalho convencionais em espaços de estímulo à criatividade, integrem serviços e atividades destinadas aos colaboradores, desmaterializem a sede corporativa em mais do que uma localização, mais perto dos locais de residência dos colaboradores, ou aumente o número de edifícios com certificações energéticas e de bem-estar, reflexo de uma crescente preocupação com a sustentabilidade.

RETALHO | Segmentos com diferentes ritmos de recuperação e aumento do comércio online

A incerteza relativamente à evolução da economia e à situação laboral deverá levar os consumidores a permanecerem cautelosos ao longo de 2021. No entanto, espera-se uma evolução gradual das vendas à medida que a pandemia fique mais controlada e que o País comece a desconfinar.

O impacto da pandemia e o ritmo de recuperação será distinto entre os diversos formatos de retalho. Os centros comerciais veem os resultados do primeiro trimestre de 2021 serem gravemente prejudicados dado o atual confinamento, mas poderão contar com uma recuperação gradual da procura a partir da Primavera. Já os retail parks estão sujeitos a um menor decréscimo na procura, sendo que algumas das atividades que integram até têm registado resultados superiores a 2019, como são o caso dos supermercados, lojas de artigos para o lar, bricolage e eletrónica de consumo.

O comércio de rua nas zonas prime irá continuar a ser fortemente impactado, enquanto não se observar o retorno dos turistas, o que só se deverá acontecer, ainda que com uma expressão muito reduzida, na época de verão. Nos casos do centro histórico de Lisboa e do Porto, muito dependentes do turismo, só se deverá verificar uma recuperação mais consolidada em 2022, altura em que se prevê uma retoma mais relevante no setor da aviação comercial.

O comércio online irá manter a trajetória de crescimento com o consequente aumento exponencial da omnicanalidade.

LOGÍSTICA | Crescem os projetos especulativos e a ocupação própria e rendas aumentam junto aos centros urbanos

A disponibilidade de espaços de logística vai continuar reduzida ao longo de 2021. No entanto, a procura atual é bastante elevada, pelo que se prevê que o nível de absorção possa atingir níveis recorde, em resultado do desenvolvimento de estruturas à medida do ocupante e de contratos de pré-arrendamento nos projetos de construção especulativa que finalmente começam a surgir.

O crescimento do comércio online está a estimular a procura por parte de operadores logísticos de last mile e deverá levar a um aumento do valor das rendas na ordem dos 10%, para aproximadamente 5€/m2 por mês, junto aos grandes centros urbanos. Já a renda prime da grande logística não deverá sofrer alterações ao longo de 2021, mantendo-se em 3,75€/m2 por mês na zona do Carregado-Azambuja.

As quebras verificadas na cadeia de abastecimento durante a pandemia realçaram ainda a dependência de Portugal face ao exterior, evidenciando a necessidade de criar hubs logísticos no País, ou seja, o desenvolvimento do chamado nearshoring, pelo que se antecipam alguns movimentos neste sentido ao longo do ano.

TURISMO | Planos de expansão de cadeias hoteleiras e de investidores mantêm-se em destinos de cidade e de lazer, que terão recuperações distintas

A recuperação do turismo vai demorar face à grande dependência dos mercados externos, não se prevendo que o setor atinja os níveis registados em 2019 antes de 2023-2024. Ainda assim, o ritmo de recuperação deverá divergir de uma região para outra. O Algarve, onde predomina o turismo de lazer, deverá observar uma retoma muito mais rápida do que as cidades de Lisboa e Porto, mais posicionadas para o segmento de negócios e eventos.

O desempenho hoteleiro vai continuar a ser melhor em zonas com menor densidade populacional fruto do contexto pandémico, com as regiões Centro e do Alentejo a serem novamente as grandes beneficiadas, tal como sucedeu em 2020.

É também expectável que as mudanças de hábitos e os requisitos de segurança impulsionem a diversificação de produtos. O turismo de natureza e o de bem-estar, os serviced apartments e boutique hotéis, e as second home em resorts turísticos afirmam-se como soluções com perspetivas de crescimento.

Mesmo perante um cenário pouco animador, Portugal mantém todos os requisitos para continuar a destacar-se como um dos destinos turísticos mais privilegiados. Quer as cadeias hoteleiras, quer os investidores mantêm os planos de expansão, embora com atrasos na concretização.

HABITAÇÃO | Mercado residencial de venda deverá continuar resiliente e arrancam projetos de habitação para arrendamento

A escassa oferta de produto novo deverá assegurar uma certa estabilidade no mercado residencial ao longo de 2021, embora se possa assistir a uma ligeira queda nos preços, a qual deverá ser mais acentuada no produto de segunda mão.

A manutenção das moratórias bancárias, enquanto não se iniciar uma recuperação consistente da atividade económica, é também da maior relevância para a estabilidade do setor. Embora seja um contexto difícil para fazer previsões, a CBRE aponta para níveis de transação idênticos aos de 2020, isto é, cerca de 165 mil casas vendidas.

Os segmentos residenciais mais dependentes do mercado estrangeiro deverão continuar a ser penalizados, não apenas pelas restrições de viagens, como também pela incerteza relativamente ao fim do programa de vistos gold na região litoral.

Apesar da quebra nas taxas de ocupação, mantém-se o interesse em residências de estudantes e o desenvolvimento de habitação especializada para arrendamento deverá finalmente arrancar, mas ainda com poucos projetos.

A CBRE aponta a morosidade dos processos de licenciamento, as alterações legislativas e fiscais, e a digitalização como os principais desafios do mercado residencial em 2021.

O estudo elaborado pela CBRE destaca ainda seis tendências globais para este ano: contexto de incerteza permanente; setores com recuperação a velocidades distintas; aumento da utilização de tecnologia e digitalização; saúde, bem-estar e sustentabilidade no topo das prioridades; produtos e conceitos cada vez mais híbridos; alteração significativa no lifestyle dos trabalhadores e surgimento de novas formas de trabalhar.

A apresentação deste estudo decorreu, pela primeira vez, num formato digital e contou com um painel alargado de personalidades de áreas estratégicas do setor em Portugal.

Gabinete:

O Grupo CBRE, Inc. (NYSE:CBG), é uma empresa classificada na Fortune 500 e S&P 500, com sede em Los Angeles, líder mundial na prestação de serviços para o setor imobiliário (com base em receitas de 2019). Com mais de 100.000 colaboradores a nível mundial (excluindo empresas afiliadas) a CBRE desenvolve a sua atividade para investidores e ocupantes através de aproximadamente 530 escritórios em todo o mundo (excluindo empresas afiliadas). A CBRE oferece um conjunto de serviços integrados, que incluem consultoria estratégica e mediação em operações de venda e arrendamento de imóveis, promoção, investimento imobiliário, gestão de imóveis, gestão de instalações, gestão de projetos, serviços de avaliação e research. Em Portugal a empresa está presente desde 1988, prestando uma vasta gama de serviços em todo o território nacional.

 www.cbre.pt

Carlota Varela Cid

Marketing & PR

Associate Director

CBRE

+ 351 21 311 44 00

Carlota.VarelaCid@cbre.com

Francisco Serra

Account Manager

Hill+Knowlton Strategies

+351 919 990 598

francisco.serra@hkstrategies.com

Teresa Salgueiro

Account Executive

Hill+Knowlton Strategies

+351 910 420 293

teresa.salgueiro@hkstrategies.com

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CBRE PREVÊ VOLUME DE INVESTIMENTO DE TRÊS MIL MILHÕES DE EUROS NO SETOR IMOBILIÁRIO EM 2021

Categoria:  Notícias do Dia

Publicado

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  • Consultora apresentou as tendências do mercado imobiliário para este ano num formato totalmente digital.

 

  • Procura de escritórios deverá manter-se dinâmica e nova realidade empresarial obriga a redesenhar os espaços de trabalho.

 

  • Ritmo de recuperação será distinto entre os diversos formatos de retalho, sendo que o comércio online irá manter a trajetória de crescimento.

 

  • Absorção de espaços logísticos deverá atingir níveis recorde devido a projetos especulativos e à ocupação própria. Rendas aumentam junto aos centros urbanos.

 

  • Planos de expansão de cadeias hoteleiras e de investidores mantêm-se em destinos de cidade e de lazer, que terão recuperações distintas.

 

  • Na habitação, o mercado residencial de venda deverá continuar resiliente e vão começar a surgir projetos de habitação para arrendamento.

 

A CBRE antecipa um volume de investimento de três mil milhões de euros no setor imobiliário em 2021, alavancado pelo pipeline robusto do lado da oferta, pela evolução positiva na capacidade de investimento dos players nacionais e pela concretização de operações de Fusão & Aquisição previstas para este ano.

Esta é uma das principais tendências do setor imobiliário apresentadas, nesta quinta-feira, pela CBRE, durante o evento digital The Next Normal: Reset to Change, e na sequência de um estudo desenvolvido pelo departamento de Research da consultora, que projeta as expectativas do mercado nas áreas de investimento, escritórios, retalho, logística, turismo e habitação.

“Apesar do impacto da pandemia, o interesse pelo mercado imobiliário permanece elevado, em função de um contexto de taxas de juro baixas e de elevada liquidez financeira a nível global. Portugal continua a evidenciar fortes fundamentos imobiliários, nomeadamente um mercado ocupacional interessante e uma ainda reduzida disponibilidade de produto, estando bem posicionado para uma rápida retoma assim que os países começarem a sair desta crise sanitária”, explica Francisco Horta e Costa, Diretor-Geral da CBRE em Portugal.

“Quando em janeiro do ano passado a CBRE apresentou as tendências do mercado para 2020 tudo indicava que o setor iria manter a trajetória de crescimento dos últimos anos, mas a pandemia veio interromper este ciclo. As nossas expectativas para 2021 pressupõem um controlo do vírus ao longo do ano, com a implementação de um plano de vacinação eficaz, mas estão ainda sujeitas a um elevado grau de incerteza relativamente à velocidade de recuperação da economia e ao poder de compra dos consumidores”, refere Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal.

 

ECONOMIA | Projeções apontam para que o PIB atinja em 2022 os níveis de 2019

 

A economia portuguesa evidenciou, em 2020, uma quebra nunca antes registada de 7,6%. Apesar das perspetivas de um início de retoma em 2021, um novo confinamento geral nos primeiros meses deste ano e uma elevada dependência do setor turístico deverão limitar o ritmo de crescimento. No entanto, as projeções apontam para que, no final de 2022, o PIB atinja novamente o nível verificado em 2019.

INVESTIMENTO | Volume de investimento pode alcançar novamente os três mil milhões de euros em 2021

A CBRE antecipa um volume de investimento novamente significativo em 2021. Por um lado, existe um pipeline em oferta robusto: no início do ano, contabilizavam-se dois mil milhões de euros de imóveis em comercialização. Por outro, Portugal está perfeitamente dentro do radar da comunidade internacional de investimento e, a nível nacional, prevêem-se evoluções muito positivas na capacidade de investimento dos players locais. O volume de investimento poderá ainda ser alavancado com a concretização de operações de Fusões & Aquisições envolvendo sociedades de investimento imobiliário.

Após registar o terceiro maior valor de investimento de sempre em 2020, há expectativas de que o mercado alcance novamente o patamar dos três mil milhões de euros de volume de investimento imobiliário em 2021.

Do lado do financiamento, o interesse das instituições financeiras manter-se-á em setores como o residencial, o da logística e o do retalho alimentar, e em operações de rendimento em que os inquilinos apresentem elevada qualidade de crédito.

No que diz respeito a transações de imóveis para promoção, deverá manter-se o interesse dos investidores, nomeadamente em terrenos para habitação, com uma maior dispersão geográfica para diversos concelhos da área metropolitana de Lisboa e do Porto, assim como em zonas turísticas como o Algarve ou a costa litoral alentejana. Por sua vez, o interesse em imóveis para reabilitação deverá igualmente manter-se embora a uma escala menor do que a verificada nos últimos anos.

No mesmo sentido, os denominados setores alternativos como Residências de Estudantes, Co-working ou Ativos de Saúde, os quais tipicamente oferecem rentabilidades superiores ou perfis de risco mais conservadores, devem registar um aumento em termos de investimento.

As taxas de rentabilidade deverão permanecer estáveis na maioria dos ativos imobiliários prime. Exceção para as yields de ativos de logística e de supermercados que deverão manter a trajetória de compressão já evidenciada em 2020. Também nos escritórios é possível ver uma subida de preço em ativos core.

 

ESCRITÓRIOS | Procura deverá manter-se dinâmica e nova realidade empresarial obriga a redesenhar os espaços de trabalho

É expectável que continue a existir uma forte procura por parte de empresas internacionais para estabelecer, em Portugal, centros de serviços partilhados e áreas de R&D, bem como empresas de base tecnológica. Há inclusive alguns processos de procura em curso por parte de grandes empresas já instaladas no País, nomeadamente em Lisboa, para espaços de dimensão significativa no âmbito da reestruturação e concentração dos seus negócios.

No início do ano, a CBRE registava uma procura de espaços de escritórios ainda não satisfeita de 90.000 m2 em Lisboa e de 25.000 m2 no Porto. A consultora prevê atingir, em 2021, níveis de atividade ocupacional em escritórios idênticos aos observados em 2020, ou seja, na ordem dos 140.000 m2, ou até mesmo 150.000 m2 em Lisboa, e entre 50.000 m2 e 55.000 m2 no Porto.

Este será um ano em que vai continuar a persistir uma escassez na oferta de qualidade. Tendo em conta que a procura deverá manter uma dinâmica interessante, não se antecipam alterações no valor das rendas prime, que deverão manter-se em 25€/m2 por mês em Lisboa e 18€/m2 por mês no Porto. No entanto, será possível notar uma redução da renda média, em virtude da descida do valor do produto secundário.

A pandemia levou à adoção do teletrabalho por parte das empresas, mas ainda assim não se antecipa uma redução na área de escritório. A nova realidade empresarial pós-Covid deverá compreender um ambiente de trabalho híbrido, prevendo-se que as empresas convertam parte da área afeta aos postos de trabalho convencionais em espaços de estímulo à criatividade, integrem serviços e atividades destinadas aos colaboradores, desmaterializem a sede corporativa em mais do que uma localização, mais perto dos locais de residência dos colaboradores, ou aumente o número de edifícios com certificações energéticas e de bem-estar, reflexo de uma crescente preocupação com a sustentabilidade.

RETALHO | Segmentos com diferentes ritmos de recuperação e aumento do comércio online

A incerteza relativamente à evolução da economia e à situação laboral deverá levar os consumidores a permanecerem cautelosos ao longo de 2021. No entanto, espera-se uma evolução gradual das vendas à medida que a pandemia fique mais controlada e que o País comece a desconfinar.

O impacto da pandemia e o ritmo de recuperação será distinto entre os diversos formatos de retalho. Os centros comerciais veem os resultados do primeiro trimestre de 2021 serem gravemente prejudicados dado o atual confinamento, mas poderão contar com uma recuperação gradual da procura a partir da Primavera. Já os retail parks estão sujeitos a um menor decréscimo na procura, sendo que algumas das atividades que integram até têm registado resultados superiores a 2019, como são o caso dos supermercados, lojas de artigos para o lar, bricolage e eletrónica de consumo.

O comércio de rua nas zonas prime irá continuar a ser fortemente impactado, enquanto não se observar o retorno dos turistas, o que só se deverá acontecer, ainda que com uma expressão muito reduzida, na época de verão. Nos casos do centro histórico de Lisboa e do Porto, muito dependentes do turismo, só se deverá verificar uma recuperação mais consolidada em 2022, altura em que se prevê uma retoma mais relevante no setor da aviação comercial.

O comércio online irá manter a trajetória de crescimento com o consequente aumento exponencial da omnicanalidade.

LOGÍSTICA | Crescem os projetos especulativos e a ocupação própria e rendas aumentam junto aos centros urbanos

A disponibilidade de espaços de logística vai continuar reduzida ao longo de 2021. No entanto, a procura atual é bastante elevada, pelo que se prevê que o nível de absorção possa atingir níveis recorde, em resultado do desenvolvimento de estruturas à medida do ocupante e de contratos de pré-arrendamento nos projetos de construção especulativa que finalmente começam a surgir.

O crescimento do comércio online está a estimular a procura por parte de operadores logísticos de last mile e deverá levar a um aumento do valor das rendas na ordem dos 10%, para aproximadamente 5€/m2 por mês, junto aos grandes centros urbanos. Já a renda prime da grande logística não deverá sofrer alterações ao longo de 2021, mantendo-se em 3,75€/m2 por mês na zona do Carregado-Azambuja.

As quebras verificadas na cadeia de abastecimento durante a pandemia realçaram ainda a dependência de Portugal face ao exterior, evidenciando a necessidade de criar hubs logísticos no País, ou seja, o desenvolvimento do chamado nearshoring, pelo que se antecipam alguns movimentos neste sentido ao longo do ano.

TURISMO | Planos de expansão de cadeias hoteleiras e de investidores mantêm-se em destinos de cidade e de lazer, que terão recuperações distintas

A recuperação do turismo vai demorar face à grande dependência dos mercados externos, não se prevendo que o setor atinja os níveis registados em 2019 antes de 2023-2024. Ainda assim, o ritmo de recuperação deverá divergir de uma região para outra. O Algarve, onde predomina o turismo de lazer, deverá observar uma retoma muito mais rápida do que as cidades de Lisboa e Porto, mais posicionadas para o segmento de negócios e eventos.

O desempenho hoteleiro vai continuar a ser melhor em zonas com menor densidade populacional fruto do contexto pandémico, com as regiões Centro e do Alentejo a serem novamente as grandes beneficiadas, tal como sucedeu em 2020.

É também expectável que as mudanças de hábitos e os requisitos de segurança impulsionem a diversificação de produtos. O turismo de natureza e o de bem-estar, os serviced apartments e boutique hotéis, e as second home em resorts turísticos afirmam-se como soluções com perspetivas de crescimento.

Mesmo perante um cenário pouco animador, Portugal mantém todos os requisitos para continuar a destacar-se como um dos destinos turísticos mais privilegiados. Quer as cadeias hoteleiras, quer os investidores mantêm os planos de expansão, embora com atrasos na concretização.

HABITAÇÃO | Mercado residencial de venda deverá continuar resiliente e arrancam projetos de habitação para arrendamento

A escassa oferta de produto novo deverá assegurar uma certa estabilidade no mercado residencial ao longo de 2021, embora se possa assistir a uma ligeira queda nos preços, a qual deverá ser mais acentuada no produto de segunda mão.

A manutenção das moratórias bancárias, enquanto não se iniciar uma recuperação consistente da atividade económica, é também da maior relevância para a estabilidade do setor. Embora seja um contexto difícil para fazer previsões, a CBRE aponta para níveis de transação idênticos aos de 2020, isto é, cerca de 165 mil casas vendidas.

Os segmentos residenciais mais dependentes do mercado estrangeiro deverão continuar a ser penalizados, não apenas pelas restrições de viagens, como também pela incerteza relativamente ao fim do programa de vistos gold na região litoral.

Apesar da quebra nas taxas de ocupação, mantém-se o interesse em residências de estudantes e o desenvolvimento de habitação especializada para arrendamento deverá finalmente arrancar, mas ainda com poucos projetos.

A CBRE aponta a morosidade dos processos de licenciamento, as alterações legislativas e fiscais, e a digitalização como os principais desafios do mercado residencial em 2021.

O estudo elaborado pela CBRE destaca ainda seis tendências globais para este ano: contexto de incerteza permanente; setores com recuperação a velocidades distintas; aumento da utilização de tecnologia e digitalização; saúde, bem-estar e sustentabilidade no topo das prioridades; produtos e conceitos cada vez mais híbridos; alteração significativa no lifestyle dos trabalhadores e surgimento de novas formas de trabalhar.

A apresentação deste estudo decorreu, pela primeira vez, num formato digital e contou com um painel alargado de personalidades de áreas estratégicas do setor em Portugal.

Gabinete:

O Grupo CBRE, Inc. (NYSE:CBG), é uma empresa classificada na Fortune 500 e S&P 500, com sede em Los Angeles, líder mundial na prestação de serviços para o setor imobiliário (com base em receitas de 2019). Com mais de 100.000 colaboradores a nível mundial (excluindo empresas afiliadas) a CBRE desenvolve a sua atividade para investidores e ocupantes através de aproximadamente 530 escritórios em todo o mundo (excluindo empresas afiliadas). A CBRE oferece um conjunto de serviços integrados, que incluem consultoria estratégica e mediação em operações de venda e arrendamento de imóveis, promoção, investimento imobiliário, gestão de imóveis, gestão de instalações, gestão de projetos, serviços de avaliação e research. Em Portugal a empresa está presente desde 1988, prestando uma vasta gama de serviços em todo o território nacional.

 www.cbre.pt

Carlota Varela Cid

Marketing & PR

Associate Director

CBRE

+ 351 21 311 44 00

Carlota.VarelaCid@cbre.com

Francisco Serra

Account Manager

Hill+Knowlton Strategies

+351 919 990 598

francisco.serra@hkstrategies.com

Teresa Salgueiro

Account Executive

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  • Consultora apresentou as tendências do mercado imobiliário para este ano num formato totalmente digital.

 

  • Procura de escritórios deverá manter-se dinâmica e nova realidade empresarial obriga a redesenhar os espaços de trabalho.

 

  • Ritmo de recuperação será distinto entre os diversos formatos de retalho, sendo que o comércio online irá manter a trajetória de crescimento.

 

  • Absorção de espaços logísticos deverá atingir níveis recorde devido a projetos especulativos e à ocupação própria. Rendas aumentam junto aos centros urbanos.

 

  • Planos de expansão de cadeias hoteleiras e de investidores mantêm-se em destinos de cidade e de lazer, que terão recuperações distintas.

 

  • Na habitação, o mercado residencial de venda deverá continuar resiliente e vão começar a surgir projetos de habitação para arrendamento.

 

A CBRE antecipa um volume de investimento de três mil milhões de euros no setor imobiliário em 2021, alavancado pelo pipeline robusto do lado da oferta, pela evolução positiva na capacidade de investimento dos players nacionais e pela concretização de operações de Fusão & Aquisição previstas para este ano.

Esta é uma das principais tendências do setor imobiliário apresentadas, nesta quinta-feira, pela CBRE, durante o evento digital The Next Normal: Reset to Change, e na sequência de um estudo desenvolvido pelo departamento de Research da consultora, que projeta as expectativas do mercado nas áreas de investimento, escritórios, retalho, logística, turismo e habitação.

“Apesar do impacto da pandemia, o interesse pelo mercado imobiliário permanece elevado, em função de um contexto de taxas de juro baixas e de elevada liquidez financeira a nível global. Portugal continua a evidenciar fortes fundamentos imobiliários, nomeadamente um mercado ocupacional interessante e uma ainda reduzida disponibilidade de produto, estando bem posicionado para uma rápida retoma assim que os países começarem a sair desta crise sanitária”, explica Francisco Horta e Costa, Diretor-Geral da CBRE em Portugal.

“Quando em janeiro do ano passado a CBRE apresentou as tendências do mercado para 2020 tudo indicava que o setor iria manter a trajetória de crescimento dos últimos anos, mas a pandemia veio interromper este ciclo. As nossas expectativas para 2021 pressupõem um controlo do vírus ao longo do ano, com a implementação de um plano de vacinação eficaz, mas estão ainda sujeitas a um elevado grau de incerteza relativamente à velocidade de recuperação da economia e ao poder de compra dos consumidores”, refere Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal.

 

ECONOMIA | Projeções apontam para que o PIB atinja em 2022 os níveis de 2019

 

A economia portuguesa evidenciou, em 2020, uma quebra nunca antes registada de 7,6%. Apesar das perspetivas de um início de retoma em 2021, um novo confinamento geral nos primeiros meses deste ano e uma elevada dependência do setor turístico deverão limitar o ritmo de crescimento. No entanto, as projeções apontam para que, no final de 2022, o PIB atinja novamente o nível verificado em 2019.

INVESTIMENTO | Volume de investimento pode alcançar novamente os três mil milhões de euros em 2021

A CBRE antecipa um volume de investimento novamente significativo em 2021. Por um lado, existe um pipeline em oferta robusto: no início do ano, contabilizavam-se dois mil milhões de euros de imóveis em comercialização. Por outro, Portugal está perfeitamente dentro do radar da comunidade internacional de investimento e, a nível nacional, prevêem-se evoluções muito positivas na capacidade de investimento dos players locais. O volume de investimento poderá ainda ser alavancado com a concretização de operações de Fusões & Aquisições envolvendo sociedades de investimento imobiliário.

Após registar o terceiro maior valor de investimento de sempre em 2020, há expectativas de que o mercado alcance novamente o patamar dos três mil milhões de euros de volume de investimento imobiliário em 2021.

Do lado do financiamento, o interesse das instituições financeiras manter-se-á em setores como o residencial, o da logística e o do retalho alimentar, e em operações de rendimento em que os inquilinos apresentem elevada qualidade de crédito.

No que diz respeito a transações de imóveis para promoção, deverá manter-se o interesse dos investidores, nomeadamente em terrenos para habitação, com uma maior dispersão geográfica para diversos concelhos da área metropolitana de Lisboa e do Porto, assim como em zonas turísticas como o Algarve ou a costa litoral alentejana. Por sua vez, o interesse em imóveis para reabilitação deverá igualmente manter-se embora a uma escala menor do que a verificada nos últimos anos.

No mesmo sentido, os denominados setores alternativos como Residências de Estudantes, Co-working ou Ativos de Saúde, os quais tipicamente oferecem rentabilidades superiores ou perfis de risco mais conservadores, devem registar um aumento em termos de investimento.

As taxas de rentabilidade deverão permanecer estáveis na maioria dos ativos imobiliários prime. Exceção para as yields de ativos de logística e de supermercados que deverão manter a trajetória de compressão já evidenciada em 2020. Também nos escritórios é possível ver uma subida de preço em ativos core.

 

ESCRITÓRIOS | Procura deverá manter-se dinâmica e nova realidade empresarial obriga a redesenhar os espaços de trabalho

É expectável que continue a existir uma forte procura por parte de empresas internacionais para estabelecer, em Portugal, centros de serviços partilhados e áreas de R&D, bem como empresas de base tecnológica. Há inclusive alguns processos de procura em curso por parte de grandes empresas já instaladas no País, nomeadamente em Lisboa, para espaços de dimensão significativa no âmbito da reestruturação e concentração dos seus negócios.

No início do ano, a CBRE registava uma procura de espaços de escritórios ainda não satisfeita de 90.000 m2 em Lisboa e de 25.000 m2 no Porto. A consultora prevê atingir, em 2021, níveis de atividade ocupacional em escritórios idênticos aos observados em 2020, ou seja, na ordem dos 140.000 m2, ou até mesmo 150.000 m2 em Lisboa, e entre 50.000 m2 e 55.000 m2 no Porto.

Este será um ano em que vai continuar a persistir uma escassez na oferta de qualidade. Tendo em conta que a procura deverá manter uma dinâmica interessante, não se antecipam alterações no valor das rendas prime, que deverão manter-se em 25€/m2 por mês em Lisboa e 18€/m2 por mês no Porto. No entanto, será possível notar uma redução da renda média, em virtude da descida do valor do produto secundário.

A pandemia levou à adoção do teletrabalho por parte das empresas, mas ainda assim não se antecipa uma redução na área de escritório. A nova realidade empresarial pós-Covid deverá compreender um ambiente de trabalho híbrido, prevendo-se que as empresas convertam parte da área afeta aos postos de trabalho convencionais em espaços de estímulo à criatividade, integrem serviços e atividades destinadas aos colaboradores, desmaterializem a sede corporativa em mais do que uma localização, mais perto dos locais de residência dos colaboradores, ou aumente o número de edifícios com certificações energéticas e de bem-estar, reflexo de uma crescente preocupação com a sustentabilidade.

RETALHO | Segmentos com diferentes ritmos de recuperação e aumento do comércio online

A incerteza relativamente à evolução da economia e à situação laboral deverá levar os consumidores a permanecerem cautelosos ao longo de 2021. No entanto, espera-se uma evolução gradual das vendas à medida que a pandemia fique mais controlada e que o País comece a desconfinar.

O impacto da pandemia e o ritmo de recuperação será distinto entre os diversos formatos de retalho. Os centros comerciais veem os resultados do primeiro trimestre de 2021 serem gravemente prejudicados dado o atual confinamento, mas poderão contar com uma recuperação gradual da procura a partir da Primavera. Já os retail parks estão sujeitos a um menor decréscimo na procura, sendo que algumas das atividades que integram até têm registado resultados superiores a 2019, como são o caso dos supermercados, lojas de artigos para o lar, bricolage e eletrónica de consumo.

O comércio de rua nas zonas prime irá continuar a ser fortemente impactado, enquanto não se observar o retorno dos turistas, o que só se deverá acontecer, ainda que com uma expressão muito reduzida, na época de verão. Nos casos do centro histórico de Lisboa e do Porto, muito dependentes do turismo, só se deverá verificar uma recuperação mais consolidada em 2022, altura em que se prevê uma retoma mais relevante no setor da aviação comercial.

O comércio online irá manter a trajetória de crescimento com o consequente aumento exponencial da omnicanalidade.

LOGÍSTICA | Crescem os projetos especulativos e a ocupação própria e rendas aumentam junto aos centros urbanos

A disponibilidade de espaços de logística vai continuar reduzida ao longo de 2021. No entanto, a procura atual é bastante elevada, pelo que se prevê que o nível de absorção possa atingir níveis recorde, em resultado do desenvolvimento de estruturas à medida do ocupante e de contratos de pré-arrendamento nos projetos de construção especulativa que finalmente começam a surgir.

O crescimento do comércio online está a estimular a procura por parte de operadores logísticos de last mile e deverá levar a um aumento do valor das rendas na ordem dos 10%, para aproximadamente 5€/m2 por mês, junto aos grandes centros urbanos. Já a renda prime da grande logística não deverá sofrer alterações ao longo de 2021, mantendo-se em 3,75€/m2 por mês na zona do Carregado-Azambuja.

As quebras verificadas na cadeia de abastecimento durante a pandemia realçaram ainda a dependência de Portugal face ao exterior, evidenciando a necessidade de criar hubs logísticos no País, ou seja, o desenvolvimento do chamado nearshoring, pelo que se antecipam alguns movimentos neste sentido ao longo do ano.

TURISMO | Planos de expansão de cadeias hoteleiras e de investidores mantêm-se em destinos de cidade e de lazer, que terão recuperações distintas

A recuperação do turismo vai demorar face à grande dependência dos mercados externos, não se prevendo que o setor atinja os níveis registados em 2019 antes de 2023-2024. Ainda assim, o ritmo de recuperação deverá divergir de uma região para outra. O Algarve, onde predomina o turismo de lazer, deverá observar uma retoma muito mais rápida do que as cidades de Lisboa e Porto, mais posicionadas para o segmento de negócios e eventos.

O desempenho hoteleiro vai continuar a ser melhor em zonas com menor densidade populacional fruto do contexto pandémico, com as regiões Centro e do Alentejo a serem novamente as grandes beneficiadas, tal como sucedeu em 2020.

É também expectável que as mudanças de hábitos e os requisitos de segurança impulsionem a diversificação de produtos. O turismo de natureza e o de bem-estar, os serviced apartments e boutique hotéis, e as second home em resorts turísticos afirmam-se como soluções com perspetivas de crescimento.

Mesmo perante um cenário pouco animador, Portugal mantém todos os requisitos para continuar a destacar-se como um dos destinos turísticos mais privilegiados. Quer as cadeias hoteleiras, quer os investidores mantêm os planos de expansão, embora com atrasos na concretização.

HABITAÇÃO | Mercado residencial de venda deverá continuar resiliente e arrancam projetos de habitação para arrendamento

A escassa oferta de produto novo deverá assegurar uma certa estabilidade no mercado residencial ao longo de 2021, embora se possa assistir a uma ligeira queda nos preços, a qual deverá ser mais acentuada no produto de segunda mão.

A manutenção das moratórias bancárias, enquanto não se iniciar uma recuperação consistente da atividade económica, é também da maior relevância para a estabilidade do setor. Embora seja um contexto difícil para fazer previsões, a CBRE aponta para níveis de transação idênticos aos de 2020, isto é, cerca de 165 mil casas vendidas.

Os segmentos residenciais mais dependentes do mercado estrangeiro deverão continuar a ser penalizados, não apenas pelas restrições de viagens, como também pela incerteza relativamente ao fim do programa de vistos gold na região litoral.

Apesar da quebra nas taxas de ocupação, mantém-se o interesse em residências de estudantes e o desenvolvimento de habitação especializada para arrendamento deverá finalmente arrancar, mas ainda com poucos projetos.

A CBRE aponta a morosidade dos processos de licenciamento, as alterações legislativas e fiscais, e a digitalização como os principais desafios do mercado residencial em 2021.

O estudo elaborado pela CBRE destaca ainda seis tendências globais para este ano: contexto de incerteza permanente; setores com recuperação a velocidades distintas; aumento da utilização de tecnologia e digitalização; saúde, bem-estar e sustentabilidade no topo das prioridades; produtos e conceitos cada vez mais híbridos; alteração significativa no lifestyle dos trabalhadores e surgimento de novas formas de trabalhar.

A apresentação deste estudo decorreu, pela primeira vez, num formato digital e contou com um painel alargado de personalidades de áreas estratégicas do setor em Portugal.

Gabinete:

O Grupo CBRE, Inc. (NYSE:CBG), é uma empresa classificada na Fortune 500 e S&P 500, com sede em Los Angeles, líder mundial na prestação de serviços para o setor imobiliário (com base em receitas de 2019). Com mais de 100.000 colaboradores a nível mundial (excluindo empresas afiliadas) a CBRE desenvolve a sua atividade para investidores e ocupantes através de aproximadamente 530 escritórios em todo o mundo (excluindo empresas afiliadas). A CBRE oferece um conjunto de serviços integrados, que incluem consultoria estratégica e mediação em operações de venda e arrendamento de imóveis, promoção, investimento imobiliário, gestão de imóveis, gestão de instalações, gestão de projetos, serviços de avaliação e research. Em Portugal a empresa está presente desde 1988, prestando uma vasta gama de serviços em todo o território nacional.

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