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A oportunidade das eleições

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Gonçalo Nobre da Veiga

captura_de_ecra_2020-03-05_as_16.01.41

Gonçalo Nobre da Veiga

Partner & Arquitecto GV+Arquitectos

Teremos em breve eleições para os orgãos sociais da Ordem dos Arquitectos.

Mais do que antever ou escolher um vencedor para estas eleições, precisamos que seja alguém que faça do seu mandato um instrumento que promova tanto a união entre nós como a valorização da nossa classe para o publico em geral.

Nunca tivemos tantos Arquitectos como hoje. Nunca a qualidade daquilo que é pensado em Portugal foi tão boa. Mas nunca a figura do Arquitecto foi tão desvalorizada.

A Ordem tem que saber valorizar o nosso trabalho e aglutinar os seus membros para que em conjunto reforce a defesa do nosso trabalho.

Há muitos temas de elevada importância e muito trabalho a fazer. Não querendo criar ordem de valores, há temas que a par da sua importância promovem igualmente a dignificação do nosso trabalho.

Talvez o mais importante seja a defesa dos honorários. Com uma atividade cada vez mais competitiva, torna-se muito difícil assegurar honorários que permitam um projecto cuidado e completo. A nossa classe tem de encontrar forma de transmitir a importância dos honorários mais corretos - porque justos - e não entrar em leilões, tantas vezes promovidos por terceiros.

A ordem tem desenvolvido um enorme trabalho no sentido da “justiça” dos concursos públicos, mas ainda não foi suficiente. É altamente redutor e destrutivo para a Arquitectura que os concursos sejam na sua grande maioria decididos com base no preço.

Quantas vezes todos nós desenvolvemos estudos, projectos, e propostas que não vêem a luz do dia. Em que o Arquitecto cobra valores já per si reduzidos para estudos que depois não vão avante.

À semelhança de outros países os concursos, públicos ou não, deveriam estabelecer um valor mínimo para ajudar os ateliers a cobrir o custo inicial, tornando desta forma, os concursos mais apelativos e concorridos.

Este sistema traz não só maior uma dedicação, como resulta claramente num melhor resultado final. A ideia não é aumentar os custos para o Dono de Obra. Os valores de honorários seriam os mesmos, mas repartidos de forma a compensar todos os que desenvolveram trabalho.

O tema dos concursos é amplo. Noventa por cento dos concursos nem sequer vão para a frente. Os ateliers criam expectativas, contratam pessoas para os projectos que a maioria das vezes nem passam do licenciamento.

Este deverá seguramente ser outro grande foco da Ordem. Ajudar as entidades publicas nacionais a criar mecanismos e procedimentos que promovam a celeridade dos processos. Clientes, Arquitectos e demais entidades, não podem ficar retidos durante anos em processos que se arrastam à espera de licenciamento camarário.

A Ordem deve igualmente modernizar-se, constituindo equipas reduzidas mas multidisciplinares que abranjam a gestão, a advocacia, o marketing e a comunicação.

Sim, o Arquitecto é pluridisciplinar, mas nunca o fará tão bem como as pessoas especializadas de outras disciplinas. É necessário ter a capacidade de perceber onde precisamos de apoio e ir buscar as pessoas certas para os lugares certos.

Porque não tomar o exemplo do sector do Turismo, em que as entidades se uniram e conjugaram esforços? Em que o Turismo de Portugal promoveu de forma exemplar o nosso País lá fora, envolvendo todos os players para o bem comum e assim assegurando todo o ecossistema económico.

Estas eleições constituem uma nova oportunidade de nos adaptarmos a este contexto de retoma económica e de reforçar a nossa ação como catalisadores de uma recuperação sustentada do nosso setor e da economia portuguesa.

Gabinete:

[GV+A ARQUITECTOS]( https://www.anteprojectos.com.pt/empresa/25723/gv-a/)

Anteprojectos online é uma ferramenta de consulta diária, que lhe permite deter o conhecimento antecipado do que serão as futuras obras!

Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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Gonçalo Nobre da Veiga

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Gonçalo Nobre da Veiga

Partner & Arquitecto GV+Arquitectos

Teremos em breve eleições para os orgãos sociais da Ordem dos Arquitectos.

Mais do que antever ou escolher um vencedor para estas eleições, precisamos que seja alguém que faça do seu mandato um instrumento que promova tanto a união entre nós como a valorização da nossa classe para o publico em geral.

Nunca tivemos tantos Arquitectos como hoje. Nunca a qualidade daquilo que é pensado em Portugal foi tão boa. Mas nunca a figura do Arquitecto foi tão desvalorizada.

A Ordem tem que saber valorizar o nosso trabalho e aglutinar os seus membros para que em conjunto reforce a defesa do nosso trabalho.

Há muitos temas de elevada importância e muito trabalho a fazer. Não querendo criar ordem de valores, há temas que a par da sua importância promovem igualmente a dignificação do nosso trabalho.

Talvez o mais importante seja a defesa dos honorários. Com uma atividade cada vez mais competitiva, torna-se muito difícil assegurar honorários que permitam um projecto cuidado e completo. A nossa classe tem de encontrar forma de transmitir a importância dos honorários mais corretos - porque justos - e não entrar em leilões, tantas vezes promovidos por terceiros.

A ordem tem desenvolvido um enorme trabalho no sentido da “justiça” dos concursos públicos, mas ainda não foi suficiente. É altamente redutor e destrutivo para a Arquitectura que os concursos sejam na sua grande maioria decididos com base no preço.

Quantas vezes todos nós desenvolvemos estudos, projectos, e propostas que não vêem a luz do dia. Em que o Arquitecto cobra valores já per si reduzidos para estudos que depois não vão avante.

À semelhança de outros países os concursos, públicos ou não, deveriam estabelecer um valor mínimo para ajudar os ateliers a cobrir o custo inicial, tornando desta forma, os concursos mais apelativos e concorridos.

Este sistema traz não só maior uma dedicação, como resulta claramente num melhor resultado final. A ideia não é aumentar os custos para o Dono de Obra. Os valores de honorários seriam os mesmos, mas repartidos de forma a compensar todos os que desenvolveram trabalho.

O tema dos concursos é amplo. Noventa por cento dos concursos nem sequer vão para a frente. Os ateliers criam expectativas, contratam pessoas para os projectos que a maioria das vezes nem passam do licenciamento.

Este deverá seguramente ser outro grande foco da Ordem. Ajudar as entidades publicas nacionais a criar mecanismos e procedimentos que promovam a celeridade dos processos. Clientes, Arquitectos e demais entidades, não podem ficar retidos durante anos em processos que se arrastam à espera de licenciamento camarário.

A Ordem deve igualmente modernizar-se, constituindo equipas reduzidas mas multidisciplinares que abranjam a gestão, a advocacia, o marketing e a comunicação.

Sim, o Arquitecto é pluridisciplinar, mas nunca o fará tão bem como as pessoas especializadas de outras disciplinas. É necessário ter a capacidade de perceber onde precisamos de apoio e ir buscar as pessoas certas para os lugares certos.

Porque não tomar o exemplo do sector do Turismo, em que as entidades se uniram e conjugaram esforços? Em que o Turismo de Portugal promoveu de forma exemplar o nosso País lá fora, envolvendo todos os players para o bem comum e assim assegurando todo o ecossistema económico.

Estas eleições constituem uma nova oportunidade de nos adaptarmos a este contexto de retoma económica e de reforçar a nossa ação como catalisadores de uma recuperação sustentada do nosso setor e da economia portuguesa.

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Partner & Arquitecto GV+Arquitectos

Teremos em breve eleições para os orgãos sociais da Ordem dos Arquitectos.

Mais do que antever ou escolher um vencedor para estas eleições, precisamos que seja alguém que faça do seu mandato um instrumento que promova tanto a união entre nós como a valorização da nossa classe para o publico em geral.

Nunca tivemos tantos Arquitectos como hoje. Nunca a qualidade daquilo que é pensado em Portugal foi tão boa. Mas nunca a figura do Arquitecto foi tão desvalorizada.

A Ordem tem que saber valorizar o nosso trabalho e aglutinar os seus membros para que em conjunto reforce a defesa do nosso trabalho.

Há muitos temas de elevada importância e muito trabalho a fazer. Não querendo criar ordem de valores, há temas que a par da sua importância promovem igualmente a dignificação do nosso trabalho.

Talvez o mais importante seja a defesa dos honorários. Com uma atividade cada vez mais competitiva, torna-se muito difícil assegurar honorários que permitam um projecto cuidado e completo. A nossa classe tem de encontrar forma de transmitir a importância dos honorários mais corretos - porque justos - e não entrar em leilões, tantas vezes promovidos por terceiros.

A ordem tem desenvolvido um enorme trabalho no sentido da “justiça” dos concursos públicos, mas ainda não foi suficiente. É altamente redutor e destrutivo para a Arquitectura que os concursos sejam na sua grande maioria decididos com base no preço.

Quantas vezes todos nós desenvolvemos estudos, projectos, e propostas que não vêem a luz do dia. Em que o Arquitecto cobra valores já per si reduzidos para estudos que depois não vão avante.

À semelhança de outros países os concursos, públicos ou não, deveriam estabelecer um valor mínimo para ajudar os ateliers a cobrir o custo inicial, tornando desta forma, os concursos mais apelativos e concorridos.

Este sistema traz não só maior uma dedicação, como resulta claramente num melhor resultado final. A ideia não é aumentar os custos para o Dono de Obra. Os valores de honorários seriam os mesmos, mas repartidos de forma a compensar todos os que desenvolveram trabalho.

O tema dos concursos é amplo. Noventa por cento dos concursos nem sequer vão para a frente. Os ateliers criam expectativas, contratam pessoas para os projectos que a maioria das vezes nem passam do licenciamento.

Este deverá seguramente ser outro grande foco da Ordem. Ajudar as entidades publicas nacionais a criar mecanismos e procedimentos que promovam a celeridade dos processos. Clientes, Arquitectos e demais entidades, não podem ficar retidos durante anos em processos que se arrastam à espera de licenciamento camarário.

A Ordem deve igualmente modernizar-se, constituindo equipas reduzidas mas multidisciplinares que abranjam a gestão, a advocacia, o marketing e a comunicação.

Sim, o Arquitecto é pluridisciplinar, mas nunca o fará tão bem como as pessoas especializadas de outras disciplinas. É necessário ter a capacidade de perceber onde precisamos de apoio e ir buscar as pessoas certas para os lugares certos.

Porque não tomar o exemplo do sector do Turismo, em que as entidades se uniram e conjugaram esforços? Em que o Turismo de Portugal promoveu de forma exemplar o nosso País lá fora, envolvendo todos os players para o bem comum e assim assegurando todo o ecossistema económico.

Estas eleições constituem uma nova oportunidade de nos adaptarmos a este contexto de retoma económica e de reforçar a nossa ação como catalisadores de uma recuperação sustentada do nosso setor e da economia portuguesa.

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[GV+A ARQUITECTOS]( https://www.anteprojectos.com.pt/empresa/25723/gv-a/)