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Há Futuro para Além do Covid 19

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

António Costa Lima_destaque

António Costa Lima

Qualquer arquitecto sabe que a actividade que escolheu é tudo menos estável. Costumo até dizer, meio a brincar, meio a sério, que somos missionários. Ora quem vive nesta missão há algum tempo, já aprendeu que convive com riscos de natureza diversa.

O risco de uma conjuntura económica desfavorável é, naturalmente, um que assusta bastante.

Parece que foi ontem quando os ateliers de arquitectura tiveram que fazer um autêntico reset às suas estruturas e reinventar-se à procura de trabalho no estrangeiro.

E agora de repente este pesadelo… O mundo foi apanhado (de certa forma) de surpresa e Portugal não fugiu à regra, especialmente a viver uma fase amadurecida de retoma económica, com os sectores da construção e do imobiliário a entupirem de trabalho os gabinetes de projecto e os organismos de licenciamento.

E, de facto, vivemos hoje um susto; uma espécie de filme de ficção de gosto tenebroso.

Este alerta já fez correr muita tinta nos opinion makers mundiais, sempre condicionados por uma leitura científica ainda divergente e desesperadamente à procura de um antídoto eficaz.

De tal forma é assim que no dia em que escrevo estas linhas não posso subscrever prognósticos. Esses terão de “esperar pelo fim do jogo”, com ou sem prolongamento…

Enfim, esperamos e esperamos sobretudo que esse dia venha rápido e que o número de mortos pare repentinamente de crescer.

Depois, esperamos que a economia possa acordar da suspensão a que foi sujeita com um ânimo redobrado, inspirada talvez nesta espécie de aliança invisível que se criou entre todos os povos, indiferentes às cores e às nações desavindas.

Este optimismo não é despropositado e existem já alguns sinais que o sustentam, mesmo considerando o aumento incontornável da taxa de desemprego ou as consequências pesadas da paragem nos sectores do comércio, retalho e restauração.

A título de exemplo, podem enumerar-se os diversos estímulos à economia dados pelos bancos centrais que vêm garantir a manutenção das taxas de juro em favor de um clima de confiança para os investidores, especialmente do imobiliário onde circula ainda bastante liquidez.

Por outro lado, certamente que todos os governos irão ajustar as suas políticas previamente definidas. No nosso caso, certas decisões aprovadas no último Orçamento de Estado irão provavelmente ser reavaliadas. Neste panorama, os vistos gold nas cidades do Porto e Lisboa podem constituir um caso de reagendamento político.

Outro exemplo de esperança é o que se está a verificar na China que parece virar a página à crise pandémica com o regresso ao consumo numa tendência já designada como revenge spending.

Em suma, há razões para não esmorecer e manter a cabeça levantada. Serão tempos exigentes, mas que podem, uma vez mais, trazer um selo de oportunidade.

Para além disso, a resiliência é muito uma característica dos arquitectos. Estamos bem treinados a lidar com ela no nosso dia-a-dia.

www.antoniocostalima.com

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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António Costa Lima

Qualquer arquitecto sabe que a actividade que escolheu é tudo menos estável. Costumo até dizer, meio a brincar, meio a sério, que somos missionários. Ora quem vive nesta missão há algum tempo, já aprendeu que convive com riscos de natureza diversa.

O risco de uma conjuntura económica desfavorável é, naturalmente, um que assusta bastante.

Parece que foi ontem quando os ateliers de arquitectura tiveram que fazer um autêntico reset às suas estruturas e reinventar-se à procura de trabalho no estrangeiro.

E agora de repente este pesadelo… O mundo foi apanhado (de certa forma) de surpresa e Portugal não fugiu à regra, especialmente a viver uma fase amadurecida de retoma económica, com os sectores da construção e do imobiliário a entupirem de trabalho os gabinetes de projecto e os organismos de licenciamento.

E, de facto, vivemos hoje um susto; uma espécie de filme de ficção de gosto tenebroso.

Este alerta já fez correr muita tinta nos opinion makers mundiais, sempre condicionados por uma leitura científica ainda divergente e desesperadamente à procura de um antídoto eficaz.

De tal forma é assim que no dia em que escrevo estas linhas não posso subscrever prognósticos. Esses terão de “esperar pelo fim do jogo”, com ou sem prolongamento…

Enfim, esperamos e esperamos sobretudo que esse dia venha rápido e que o número de mortos pare repentinamente de crescer.

Depois, esperamos que a economia possa acordar da suspensão a que foi sujeita com um ânimo redobrado, inspirada talvez nesta espécie de aliança invisível que se criou entre todos os povos, indiferentes às cores e às nações desavindas.

Este optimismo não é despropositado e existem já alguns sinais que o sustentam, mesmo considerando o aumento incontornável da taxa de desemprego ou as consequências pesadas da paragem nos sectores do comércio, retalho e restauração.

A título de exemplo, podem enumerar-se os diversos estímulos à economia dados pelos bancos centrais que vêm garantir a manutenção das taxas de juro em favor de um clima de confiança para os investidores, especialmente do imobiliário onde circula ainda bastante liquidez.

Por outro lado, certamente que todos os governos irão ajustar as suas políticas previamente definidas. No nosso caso, certas decisões aprovadas no último Orçamento de Estado irão provavelmente ser reavaliadas. Neste panorama, os vistos gold nas cidades do Porto e Lisboa podem constituir um caso de reagendamento político.

Outro exemplo de esperança é o que se está a verificar na China que parece virar a página à crise pandémica com o regresso ao consumo numa tendência já designada como revenge spending.

Em suma, há razões para não esmorecer e manter a cabeça levantada. Serão tempos exigentes, mas que podem, uma vez mais, trazer um selo de oportunidade.

Para além disso, a resiliência é muito uma característica dos arquitectos. Estamos bem treinados a lidar com ela no nosso dia-a-dia.

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Qualquer arquitecto sabe que a actividade que escolheu é tudo menos estável. Costumo até dizer, meio a brincar, meio a sério, que somos missionários. Ora quem vive nesta missão há algum tempo, já aprendeu que convive com riscos de natureza diversa.

O risco de uma conjuntura económica desfavorável é, naturalmente, um que assusta bastante.

Parece que foi ontem quando os ateliers de arquitectura tiveram que fazer um autêntico reset às suas estruturas e reinventar-se à procura de trabalho no estrangeiro.

E agora de repente este pesadelo… O mundo foi apanhado (de certa forma) de surpresa e Portugal não fugiu à regra, especialmente a viver uma fase amadurecida de retoma económica, com os sectores da construção e do imobiliário a entupirem de trabalho os gabinetes de projecto e os organismos de licenciamento.

E, de facto, vivemos hoje um susto; uma espécie de filme de ficção de gosto tenebroso.

Este alerta já fez correr muita tinta nos opinion makers mundiais, sempre condicionados por uma leitura científica ainda divergente e desesperadamente à procura de um antídoto eficaz.

De tal forma é assim que no dia em que escrevo estas linhas não posso subscrever prognósticos. Esses terão de “esperar pelo fim do jogo”, com ou sem prolongamento…

Enfim, esperamos e esperamos sobretudo que esse dia venha rápido e que o número de mortos pare repentinamente de crescer.

Depois, esperamos que a economia possa acordar da suspensão a que foi sujeita com um ânimo redobrado, inspirada talvez nesta espécie de aliança invisível que se criou entre todos os povos, indiferentes às cores e às nações desavindas.

Este optimismo não é despropositado e existem já alguns sinais que o sustentam, mesmo considerando o aumento incontornável da taxa de desemprego ou as consequências pesadas da paragem nos sectores do comércio, retalho e restauração.

A título de exemplo, podem enumerar-se os diversos estímulos à economia dados pelos bancos centrais que vêm garantir a manutenção das taxas de juro em favor de um clima de confiança para os investidores, especialmente do imobiliário onde circula ainda bastante liquidez.

Por outro lado, certamente que todos os governos irão ajustar as suas políticas previamente definidas. No nosso caso, certas decisões aprovadas no último Orçamento de Estado irão provavelmente ser reavaliadas. Neste panorama, os vistos gold nas cidades do Porto e Lisboa podem constituir um caso de reagendamento político.

Outro exemplo de esperança é o que se está a verificar na China que parece virar a página à crise pandémica com o regresso ao consumo numa tendência já designada como revenge spending.

Em suma, há razões para não esmorecer e manter a cabeça levantada. Serão tempos exigentes, mas que podem, uma vez mais, trazer um selo de oportunidade.

Para além disso, a resiliência é muito uma característica dos arquitectos. Estamos bem treinados a lidar com ela no nosso dia-a-dia.

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