resultados
Publicado
2019 não foi um ano fácil para o turismo mundial, segundo os últimos dados da OMT. Nesta última década verificou-se um aumento de 69% de turistas internacionais, mas as tensões geopolíticas, o abrandamento da economia mundial, a incerteza em torno do Brexit e a falência da Thomas Cook constituíram alguns dos principais travões ao crescimento turístico mundial, colocando 2019 num ano muito aquém das excepcionais taxas de crescimento de 2018 e 2017.
No entanto, a economia portuguesa tem mantido a sua trajectória de crescimento, apresentando no 4.º trimestre de 2019 um PIB de 2,20% , com a manutenção do desemprego e da inflação em níveis baixos.
A estabilidade económica de Portugal, associada à boa performance do sector turístico, manteve o investimento como um importante motor da economia, colocando os activos hoteleiros como um dos mais atractivos dentro do imobiliário comercial, tendo captado 19% do capital total investido, num total de 520 milhões de euros. Destaca-se que, em 2019, a maior transacção ocorrida em Portugal foi no sector hoteleiro: a venda do portfólio Tivoli pela Minor à Invesco por 313 milhões de euros.
O Turismo é, assim, o sector que em 2019 contribuiu com 13 131 milhões de euros para o saldo positivo da balança comercial portuguesa, reflectindo uma subida de 10,3% das receitas turísticas face ao período homólogo.
A hotelaria continua a ser o principal motor do sector turístico, mas o alojamento local ganha, ano a ano, maior expressão, tanto por agrupar tipos de alojamento que reuniriam condições para figurar como estabelecimentos hoteleiros, mas que, por uma questão de licenciamento, se torna mais simples enquadrarem-se no regime jurídico dos estabelecimentos de alojamento local, sendo que alguns deles constituem reais unidades Luxury.
Os Hostels correspondem ao tipo de alojamento que mais se destacou em 2019, com as dormidas em hostels a apresentarem um aumento de 23,7%. Em suma, os hostels representaram 22,9% das dormidas em alojamento local e 3,3% do total de dormidas no sector do alojamento turístico, evidenciando a procura por esta tipologia tanto pela sua rentabilidade, como pela crescente procura internacional.
2020 será um ano de mudanças: a nível mundial e nacional, o turismo continuará a ser um dos principais sectores exportadores, assim como um grande motor de criação de emprego, mas as restrições de limitações de viagens, impostas nos primeiros dois meses do ano pela China (sendo que em 2019, a China, primeiro mercado emissor do mundo, apresentou uma quebra dos gastos turísticos), em consequência do coronavírus, terá consequências para o sector turístico internacional. Resta-nos esperar que seja ligeiro o impacto do COVID-19 na taxa de crescimento turístico e na economia de Portugal.
*Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
Publicado
2019 não foi um ano fácil para o turismo mundial, segundo os últimos dados da OMT. Nesta última década verificou-se um aumento de 69% de turistas internacionais, mas as tensões geopolíticas, o abrandamento da economia mundial, a incerteza em torno do Brexit e a falência da Thomas Cook constituíram alguns dos principais travões ao crescimento turístico mundial, colocando 2019 num ano muito aquém das excepcionais taxas de crescimento de 2018 e 2017.
No entanto, a economia portuguesa tem mantido a sua trajectória de crescimento, apresentando no 4.º trimestre de 2019 um PIB de 2,20% , com a manutenção do desemprego e da inflação em níveis baixos.
A estabilidade económica de Portugal, associada à boa performance do sector turístico, manteve o investimento como um importante motor da economia, colocando os activos hoteleiros como um dos mais atractivos dentro do imobiliário comercial, tendo captado 19% do capital total investido, num total de 520 milhões de euros. Destaca-se que, em 2019, a maior transacção ocorrida em Portugal foi no sector hoteleiro: a venda do portfólio Tivoli pela Minor à Invesco por 313 milhões de euros.
O Turismo é, assim, o sector que em 2019 contribuiu com 13 131 milhões de euros para o saldo positivo da balança comercial portuguesa, reflectindo uma subida de 10,3% das receitas turísticas face ao período homólogo.
A hotelaria continua a ser o principal motor do sector turístico, mas o alojamento local ganha, ano a ano, maior expressão, tanto por agrupar tipos de alojamento que reuniriam condições para figurar como estabelecimentos hoteleiros, mas que, por uma questão de licenciamento, se torna mais simples enquadrarem-se no regime jurídico dos estabelecimentos de alojamento local, sendo que alguns deles constituem reais unidades Luxury.
Os Hostels correspondem ao tipo de alojamento que mais se destacou em 2019, com as dormidas em hostels a apresentarem um aumento de 23,7%. Em suma, os hostels representaram 22,9% das dormidas em alojamento local e 3,3% do total de dormidas no sector do alojamento turístico, evidenciando a procura por esta tipologia tanto pela sua rentabilidade, como pela crescente procura internacional.
2020 será um ano de mudanças: a nível mundial e nacional, o turismo continuará a ser um dos principais sectores exportadores, assim como um grande motor de criação de emprego, mas as restrições de limitações de viagens, impostas nos primeiros dois meses do ano pela China (sendo que em 2019, a China, primeiro mercado emissor do mundo, apresentou uma quebra dos gastos turísticos), em consequência do coronavírus, terá consequências para o sector turístico internacional. Resta-nos esperar que seja ligeiro o impacto do COVID-19 na taxa de crescimento turístico e na economia de Portugal.
*Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
Publicado
2019 não foi um ano fácil para o turismo mundial, segundo os últimos dados da OMT. Nesta última década verificou-se um aumento de 69% de turistas internacionais, mas as tensões geopolíticas, o abrandamento da economia mundial, a incerteza em torno do Brexit e a falência da Thomas Cook constituíram alguns dos principais travões ao crescimento turístico mundial, colocando 2019 num ano muito aquém das excepcionais taxas de crescimento de 2018 e 2017.
No entanto, a economia portuguesa tem mantido a sua trajectória de crescimento, apresentando no 4.º trimestre de 2019 um PIB de 2,20% , com a manutenção do desemprego e da inflação em níveis baixos.
A estabilidade económica de Portugal, associada à boa performance do sector turístico, manteve o investimento como um importante motor da economia, colocando os activos hoteleiros como um dos mais atractivos dentro do imobiliário comercial, tendo captado 19% do capital total investido, num total de 520 milhões de euros. Destaca-se que, em 2019, a maior transacção ocorrida em Portugal foi no sector hoteleiro: a venda do portfólio Tivoli pela Minor à Invesco por 313 milhões de euros.
O Turismo é, assim, o sector que em 2019 contribuiu com 13 131 milhões de euros para o saldo positivo da balança comercial portuguesa, reflectindo uma subida de 10,3% das receitas turísticas face ao período homólogo.
A hotelaria continua a ser o principal motor do sector turístico, mas o alojamento local ganha, ano a ano, maior expressão, tanto por agrupar tipos de alojamento que reuniriam condições para figurar como estabelecimentos hoteleiros, mas que, por uma questão de licenciamento, se torna mais simples enquadrarem-se no regime jurídico dos estabelecimentos de alojamento local, sendo que alguns deles constituem reais unidades Luxury.
Os Hostels correspondem ao tipo de alojamento que mais se destacou em 2019, com as dormidas em hostels a apresentarem um aumento de 23,7%. Em suma, os hostels representaram 22,9% das dormidas em alojamento local e 3,3% do total de dormidas no sector do alojamento turístico, evidenciando a procura por esta tipologia tanto pela sua rentabilidade, como pela crescente procura internacional.
2020 será um ano de mudanças: a nível mundial e nacional, o turismo continuará a ser um dos principais sectores exportadores, assim como um grande motor de criação de emprego, mas as restrições de limitações de viagens, impostas nos primeiros dois meses do ano pela China (sendo que em 2019, a China, primeiro mercado emissor do mundo, apresentou uma quebra dos gastos turísticos), em consequência do coronavírus, terá consequências para o sector turístico internacional. Resta-nos esperar que seja ligeiro o impacto do COVID-19 na taxa de crescimento turístico e na economia de Portugal.
*Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.