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CBRE apresenta as tendências do mercado imobiliário para 2020

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Artigos Técnicos > Notícias Artigos técnicos

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Tendências do Mercado Imobiliário 2020-destaque

Tendências do Mercado Imobiliário 2020-1A CBRE apresenta as “Tendências do Mercado Imobiliário” para 2020, antecipando os principais fatores que vão influenciar o desempenho do mercado português durante os próximos 12 meses. O estudo desenvolvido pelo departamento de Research da CBRE Portugal foi elevado a um evento que juntou 300 empresários, investidores e ecossistema imobiliário nacional e internacional, na mais ampla discussão do setor no país.

Subordinada ao tema “Building New Cities”, a IV conferência da CBRE Tendências do Imobiliário realizou-se hoje, dia 30 de janeiro, no Cineteatro Capitólio. Neste palco, a equipa de 11 diretores da CBRE partilhou a sua perspetiva e comentou as evoluções para cada uma das linhas de negócio, numa sessão liderada por Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, e Cristina Arouca, Diretora de Research.

A iniciativa foi enriquecida com relevantes insights de convidados como René Bohnsack, Professor na Católica Lisbon School of B&E, que abordou os novos modelos de negócio pautados pelas smart cities, e Jos Tromp, Head of Research da CBRE EMEA, aprofundou o comportamento do setor imobiliário português no contexto europeu. Marie Hunt, Diretora de Research da CBRE Irlanda veio a Portugal abordar uma forte tendência que passa pela evolução do mercado de investimento em ativos multifamiliares e, do lado nacional, Miguel Gonçalves, Partner da Spark Agency, abordou as tendências no mercado de trabalho e as dificuldades das empresas na retenção de talento.

Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, assinala que “Ainda não é em 2020 que o mercado vai abrandar. Existe uma procura sustentada e saudável por parte dos investidores que é transversal aos diferentes setores e que vai permitir que se desenvolvam e transacionem vários projetos, desde os escritórios ao residencial, passando pela hotelaria e pelos novos conceitos de ‘living’, mobilizando cerca de 3.000 M€ em imobiliário de rendimento só no ano de 2020”, assinala.

Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal, reforça que “não faltarão investidores em 2020 para imobiliário de rendimento em todos os setores, mantendo-se a pressão em baixa das taxas de rentabilidade (yields) em virtude de um contexto continuado de baixas taxas de juro. Verificamos elevado apetite por parte de investidores, nacionais e estrangeiros, em produtos de habitação alternativos, nomeante habitação para arrendamento, residências sénior e residências de estudantes, quer numa fase de desenvolvimento quer como ativos de rendimento”. 

INVESTIMENTO | 3.000 M€ Movimentados em imoveis de rendimento e hotéis no radar de quem investe em Portugal

Em 2020 vai continuar a existir uma elevada liquidez a nível global e a CBRE prevê que o volume de investimento ronde os 3.000 M€ em matéria de imobiliário de rendimento. O aumento de financiamento dita este cenário, com uma banca ativa neste sentido e possibilitando a entrada de novos players através de fundos de crédito. O mercado de investimento revela ainda um aumento de operações de forward purchase (compra em fase de projeto) em escritórios, logística e residencial e uma compressão de 25 pontos base nas yields de escritórios (3,75%), hotéis (4,50%) e habitação (4,25%). Com Portugal a desenvolver sucessivamente a sua reputação internacional como destino turístico de excelência, o investimento em hotéis vai estar, definitivamente, na agenda do investidor em 2020 – como já se revelava em 2019 -, podendo atingir os 1.000 M€.

HOTÉIS | Aumento de investimento e de preços em Lisboa e Porto

A CBRE antecipa para 2020 uma estabilização no crescimento do turismo em Portugal, prevendo-se contudo a subida de 2% de dormidas, registando Lisboa e Porto um acréscimo significativo da oferta hoteleira, sendo expectável o crescimento de mais 2.000 novos quartos na capital e mais 1.000 quartos no Porto.

A acompanhar o aumento de investimento neste setor, os Hotéis serão marcados pelo aumento de preços em 2020, rondando 2% a 3% em Lisboa e 3% a 5%, no Porto. 

ESCRITÓRIOS | Contratos de pré arrendamento vão representar mais de 30% da absorção

A palavra “escassez” continuará a pautar a oferta de escritórios, quer em 2020, quer em 2021, contudo a CBRE estima que em 2022 a curva da oferta comece a subir com diversos projetos em pipeline que se prevê estarem concluídos nesse ano. Contudo, a dinâmica de escritórios continua muito ativa, prevendo-se absorções em Lisboa na ordem dos 200.000m2 e no Porto em 70.000m2, ilustrando mais um ano em que a capital oferece uma capacidade de resposta bastante acima da invicta. Neste computo, os contratos de pré arrendamento vão representar mais de 30% da absorção. No que respeita a nova oferta, em Lisboa contará com 53.300m2 - estando apenas 23.000m2 disponíveis – e o Porto contará com 45.000m2 – havendo a disponibilidade de apenas 18.000m2. Note-se que a capital conta com uma taxa de disponibilidade de 4,75% em matéria de escritórios.

Nas oscilações de rendas, a CBRE prevê uma subida nas rendas em Lisboa na ordem dos 4% e a estabilização das rendas de escritórios no Porto. De assinalar que a zona ribeirinha lisboeta posiciona-se, cada vez mais, na atração de talento, conduzindo a um aumento de rendas acima da média de Lisboa, na ordem dos 9%. Aliás, uma das grandes tendências no setor dos escritórios é o foco das empresas e dos proprietários na experiência do utilizador, fruto da nova realidade do mercado de trabalho.

RESIDÊNCIAS DE ESTUDANTES | Mais de 60.000 estudantes estrangeiros em 2020

Se há uma nova realidade nos escritórios em matéria de experiência, há uma crescente tendência de ingressão de estudantes em terras lusas: a CBRE prevê que Portugal vai receber mais de 60.000 estudantes estrangeiros em 2020. Em pipeline estão cerca de 15.000 camas para quem quer estudar em Portugal mas regista-se uma carência de 13.000 camas em Lisboa e 7.000 no Porto. Se em 2019 esta era uma tendência, em 2020 as residências de estudantes são cada vez mais uma nova categoria de investimento a ter em conta no setor imobiliário. 

COMÉRCIO | Rendas no comércio de rua mantêm crescimento face 2019 e centros comerciais na senda de centros de experiências

Tudo indica que o comércio online cresce 10% em 2020, despoletando uma diversificação de usos no território do comércio: um aumento no omnichannel, em que lojas que operam no pure play testam espaço físico com lojas pop-up, e a diversificação do mix de usos do centro comercial, cada vez mais um centro de experiências e ponto de encontro. Com um mercado extramente maduro em Portugal, as rendas nos centros comerciais e nos retail parks vão estabilizar em 2020.

Em matéria de comércio de rua, a reabilitação de edifícios continua a proporcionar novas aberturas de lojas nos centros históricos. Mantendo-se um mercado ativo, as rendas no comércio de rua mantém crescimento face 2019 na ordem dos 4% na Rua Garrett, 8% na Rua de Santa Catarina e os Aliados, a artéria de maior prestígio na cidade invicta, atinge o crescimento de 9% das suas rendas. 

LOGÍSTICA | Aumento da construção especulativa

No setor da logística, em 2020 tudo indica que vai arrancar a construção especulativa. As tendências apontam que haverá uma vaga de reabilitação de fábricas próximas dos grandes centros urbanos para servir a procura de armazéns de pequena dimensão, mais adequados às necessidades da operação logística urbana. Regista-se ainda um aumento da absorção via pré-arrendamentos de mais de 200.000m2 e destaque para o aumento de 7% da renda prime na Azambuja, que aumenta para os 4€ por metro quadrado. 

HABITAÇÃO | Sem previsão de decréscimo nos valores de venda mas surge construção destinada à classe média

No segmento residencial, no próximo ano prevê-se um aumento de valores de venda em Lisboa, notando ainda um crescimento moderado no Porto. Este aumento vai sentir-se de mais acentuada noutros concelhos das respectivas áreas metropolitanas.

2020 irá ainda assistir a uma maior descentralização dos projetos residenciais, nomeadamente de construção nova, para zonas mais periféricas ou mesmo para concelhos limítrofes aos de Lisboa e Porto, bem como um aumento da promoção imobiliária residencial destinada à classe média. A diversificação da oferta de habitação com projetos para arrendamento e novos conceitos como co-living, que são formatos de sucesso noutras geografias e começam agora a chegar a Portugal.

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Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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Tendências do Mercado Imobiliário 2020-destaque

Tendências do Mercado Imobiliário 2020-1A CBRE apresenta as “Tendências do Mercado Imobiliário” para 2020, antecipando os principais fatores que vão influenciar o desempenho do mercado português durante os próximos 12 meses. O estudo desenvolvido pelo departamento de Research da CBRE Portugal foi elevado a um evento que juntou 300 empresários, investidores e ecossistema imobiliário nacional e internacional, na mais ampla discussão do setor no país.

Subordinada ao tema “Building New Cities”, a IV conferência da CBRE Tendências do Imobiliário realizou-se hoje, dia 30 de janeiro, no Cineteatro Capitólio. Neste palco, a equipa de 11 diretores da CBRE partilhou a sua perspetiva e comentou as evoluções para cada uma das linhas de negócio, numa sessão liderada por Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, e Cristina Arouca, Diretora de Research.

A iniciativa foi enriquecida com relevantes insights de convidados como René Bohnsack, Professor na Católica Lisbon School of B&E, que abordou os novos modelos de negócio pautados pelas smart cities, e Jos Tromp, Head of Research da CBRE EMEA, aprofundou o comportamento do setor imobiliário português no contexto europeu. Marie Hunt, Diretora de Research da CBRE Irlanda veio a Portugal abordar uma forte tendência que passa pela evolução do mercado de investimento em ativos multifamiliares e, do lado nacional, Miguel Gonçalves, Partner da Spark Agency, abordou as tendências no mercado de trabalho e as dificuldades das empresas na retenção de talento.

Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, assinala que “Ainda não é em 2020 que o mercado vai abrandar. Existe uma procura sustentada e saudável por parte dos investidores que é transversal aos diferentes setores e que vai permitir que se desenvolvam e transacionem vários projetos, desde os escritórios ao residencial, passando pela hotelaria e pelos novos conceitos de ‘living’, mobilizando cerca de 3.000 M€ em imobiliário de rendimento só no ano de 2020”, assinala.

Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal, reforça que “não faltarão investidores em 2020 para imobiliário de rendimento em todos os setores, mantendo-se a pressão em baixa das taxas de rentabilidade (yields) em virtude de um contexto continuado de baixas taxas de juro. Verificamos elevado apetite por parte de investidores, nacionais e estrangeiros, em produtos de habitação alternativos, nomeante habitação para arrendamento, residências sénior e residências de estudantes, quer numa fase de desenvolvimento quer como ativos de rendimento”. 

INVESTIMENTO | 3.000 M€ Movimentados em imoveis de rendimento e hotéis no radar de quem investe em Portugal

Em 2020 vai continuar a existir uma elevada liquidez a nível global e a CBRE prevê que o volume de investimento ronde os 3.000 M€ em matéria de imobiliário de rendimento. O aumento de financiamento dita este cenário, com uma banca ativa neste sentido e possibilitando a entrada de novos players através de fundos de crédito. O mercado de investimento revela ainda um aumento de operações de forward purchase (compra em fase de projeto) em escritórios, logística e residencial e uma compressão de 25 pontos base nas yields de escritórios (3,75%), hotéis (4,50%) e habitação (4,25%). Com Portugal a desenvolver sucessivamente a sua reputação internacional como destino turístico de excelência, o investimento em hotéis vai estar, definitivamente, na agenda do investidor em 2020 – como já se revelava em 2019 -, podendo atingir os 1.000 M€.

HOTÉIS | Aumento de investimento e de preços em Lisboa e Porto

A CBRE antecipa para 2020 uma estabilização no crescimento do turismo em Portugal, prevendo-se contudo a subida de 2% de dormidas, registando Lisboa e Porto um acréscimo significativo da oferta hoteleira, sendo expectável o crescimento de mais 2.000 novos quartos na capital e mais 1.000 quartos no Porto.

A acompanhar o aumento de investimento neste setor, os Hotéis serão marcados pelo aumento de preços em 2020, rondando 2% a 3% em Lisboa e 3% a 5%, no Porto. 

ESCRITÓRIOS | Contratos de pré arrendamento vão representar mais de 30% da absorção

A palavra “escassez” continuará a pautar a oferta de escritórios, quer em 2020, quer em 2021, contudo a CBRE estima que em 2022 a curva da oferta comece a subir com diversos projetos em pipeline que se prevê estarem concluídos nesse ano. Contudo, a dinâmica de escritórios continua muito ativa, prevendo-se absorções em Lisboa na ordem dos 200.000m2 e no Porto em 70.000m2, ilustrando mais um ano em que a capital oferece uma capacidade de resposta bastante acima da invicta. Neste computo, os contratos de pré arrendamento vão representar mais de 30% da absorção. No que respeita a nova oferta, em Lisboa contará com 53.300m2 - estando apenas 23.000m2 disponíveis – e o Porto contará com 45.000m2 – havendo a disponibilidade de apenas 18.000m2. Note-se que a capital conta com uma taxa de disponibilidade de 4,75% em matéria de escritórios.

Nas oscilações de rendas, a CBRE prevê uma subida nas rendas em Lisboa na ordem dos 4% e a estabilização das rendas de escritórios no Porto. De assinalar que a zona ribeirinha lisboeta posiciona-se, cada vez mais, na atração de talento, conduzindo a um aumento de rendas acima da média de Lisboa, na ordem dos 9%. Aliás, uma das grandes tendências no setor dos escritórios é o foco das empresas e dos proprietários na experiência do utilizador, fruto da nova realidade do mercado de trabalho.

RESIDÊNCIAS DE ESTUDANTES | Mais de 60.000 estudantes estrangeiros em 2020

Se há uma nova realidade nos escritórios em matéria de experiência, há uma crescente tendência de ingressão de estudantes em terras lusas: a CBRE prevê que Portugal vai receber mais de 60.000 estudantes estrangeiros em 2020. Em pipeline estão cerca de 15.000 camas para quem quer estudar em Portugal mas regista-se uma carência de 13.000 camas em Lisboa e 7.000 no Porto. Se em 2019 esta era uma tendência, em 2020 as residências de estudantes são cada vez mais uma nova categoria de investimento a ter em conta no setor imobiliário. 

COMÉRCIO | Rendas no comércio de rua mantêm crescimento face 2019 e centros comerciais na senda de centros de experiências

Tudo indica que o comércio online cresce 10% em 2020, despoletando uma diversificação de usos no território do comércio: um aumento no omnichannel, em que lojas que operam no pure play testam espaço físico com lojas pop-up, e a diversificação do mix de usos do centro comercial, cada vez mais um centro de experiências e ponto de encontro. Com um mercado extramente maduro em Portugal, as rendas nos centros comerciais e nos retail parks vão estabilizar em 2020.

Em matéria de comércio de rua, a reabilitação de edifícios continua a proporcionar novas aberturas de lojas nos centros históricos. Mantendo-se um mercado ativo, as rendas no comércio de rua mantém crescimento face 2019 na ordem dos 4% na Rua Garrett, 8% na Rua de Santa Catarina e os Aliados, a artéria de maior prestígio na cidade invicta, atinge o crescimento de 9% das suas rendas. 

LOGÍSTICA | Aumento da construção especulativa

No setor da logística, em 2020 tudo indica que vai arrancar a construção especulativa. As tendências apontam que haverá uma vaga de reabilitação de fábricas próximas dos grandes centros urbanos para servir a procura de armazéns de pequena dimensão, mais adequados às necessidades da operação logística urbana. Regista-se ainda um aumento da absorção via pré-arrendamentos de mais de 200.000m2 e destaque para o aumento de 7% da renda prime na Azambuja, que aumenta para os 4€ por metro quadrado. 

HABITAÇÃO | Sem previsão de decréscimo nos valores de venda mas surge construção destinada à classe média

No segmento residencial, no próximo ano prevê-se um aumento de valores de venda em Lisboa, notando ainda um crescimento moderado no Porto. Este aumento vai sentir-se de mais acentuada noutros concelhos das respectivas áreas metropolitanas.

2020 irá ainda assistir a uma maior descentralização dos projetos residenciais, nomeadamente de construção nova, para zonas mais periféricas ou mesmo para concelhos limítrofes aos de Lisboa e Porto, bem como um aumento da promoção imobiliária residencial destinada à classe média. A diversificação da oferta de habitação com projetos para arrendamento e novos conceitos como co-living, que são formatos de sucesso noutras geografias e começam agora a chegar a Portugal.

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Tendências do Mercado Imobiliário 2020-1A CBRE apresenta as “Tendências do Mercado Imobiliário” para 2020, antecipando os principais fatores que vão influenciar o desempenho do mercado português durante os próximos 12 meses. O estudo desenvolvido pelo departamento de Research da CBRE Portugal foi elevado a um evento que juntou 300 empresários, investidores e ecossistema imobiliário nacional e internacional, na mais ampla discussão do setor no país.

Subordinada ao tema “Building New Cities”, a IV conferência da CBRE Tendências do Imobiliário realizou-se hoje, dia 30 de janeiro, no Cineteatro Capitólio. Neste palco, a equipa de 11 diretores da CBRE partilhou a sua perspetiva e comentou as evoluções para cada uma das linhas de negócio, numa sessão liderada por Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, e Cristina Arouca, Diretora de Research.

A iniciativa foi enriquecida com relevantes insights de convidados como René Bohnsack, Professor na Católica Lisbon School of B&E, que abordou os novos modelos de negócio pautados pelas smart cities, e Jos Tromp, Head of Research da CBRE EMEA, aprofundou o comportamento do setor imobiliário português no contexto europeu. Marie Hunt, Diretora de Research da CBRE Irlanda veio a Portugal abordar uma forte tendência que passa pela evolução do mercado de investimento em ativos multifamiliares e, do lado nacional, Miguel Gonçalves, Partner da Spark Agency, abordou as tendências no mercado de trabalho e as dificuldades das empresas na retenção de talento.

Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE Portugal, assinala que “Ainda não é em 2020 que o mercado vai abrandar. Existe uma procura sustentada e saudável por parte dos investidores que é transversal aos diferentes setores e que vai permitir que se desenvolvam e transacionem vários projetos, desde os escritórios ao residencial, passando pela hotelaria e pelos novos conceitos de ‘living’, mobilizando cerca de 3.000 M€ em imobiliário de rendimento só no ano de 2020”, assinala.

Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal, reforça que “não faltarão investidores em 2020 para imobiliário de rendimento em todos os setores, mantendo-se a pressão em baixa das taxas de rentabilidade (yields) em virtude de um contexto continuado de baixas taxas de juro. Verificamos elevado apetite por parte de investidores, nacionais e estrangeiros, em produtos de habitação alternativos, nomeante habitação para arrendamento, residências sénior e residências de estudantes, quer numa fase de desenvolvimento quer como ativos de rendimento”. 

INVESTIMENTO | 3.000 M€ Movimentados em imoveis de rendimento e hotéis no radar de quem investe em Portugal

Em 2020 vai continuar a existir uma elevada liquidez a nível global e a CBRE prevê que o volume de investimento ronde os 3.000 M€ em matéria de imobiliário de rendimento. O aumento de financiamento dita este cenário, com uma banca ativa neste sentido e possibilitando a entrada de novos players através de fundos de crédito. O mercado de investimento revela ainda um aumento de operações de forward purchase (compra em fase de projeto) em escritórios, logística e residencial e uma compressão de 25 pontos base nas yields de escritórios (3,75%), hotéis (4,50%) e habitação (4,25%). Com Portugal a desenvolver sucessivamente a sua reputação internacional como destino turístico de excelência, o investimento em hotéis vai estar, definitivamente, na agenda do investidor em 2020 – como já se revelava em 2019 -, podendo atingir os 1.000 M€.

HOTÉIS | Aumento de investimento e de preços em Lisboa e Porto

A CBRE antecipa para 2020 uma estabilização no crescimento do turismo em Portugal, prevendo-se contudo a subida de 2% de dormidas, registando Lisboa e Porto um acréscimo significativo da oferta hoteleira, sendo expectável o crescimento de mais 2.000 novos quartos na capital e mais 1.000 quartos no Porto.

A acompanhar o aumento de investimento neste setor, os Hotéis serão marcados pelo aumento de preços em 2020, rondando 2% a 3% em Lisboa e 3% a 5%, no Porto. 

ESCRITÓRIOS | Contratos de pré arrendamento vão representar mais de 30% da absorção

A palavra “escassez” continuará a pautar a oferta de escritórios, quer em 2020, quer em 2021, contudo a CBRE estima que em 2022 a curva da oferta comece a subir com diversos projetos em pipeline que se prevê estarem concluídos nesse ano. Contudo, a dinâmica de escritórios continua muito ativa, prevendo-se absorções em Lisboa na ordem dos 200.000m2 e no Porto em 70.000m2, ilustrando mais um ano em que a capital oferece uma capacidade de resposta bastante acima da invicta. Neste computo, os contratos de pré arrendamento vão representar mais de 30% da absorção. No que respeita a nova oferta, em Lisboa contará com 53.300m2 - estando apenas 23.000m2 disponíveis – e o Porto contará com 45.000m2 – havendo a disponibilidade de apenas 18.000m2. Note-se que a capital conta com uma taxa de disponibilidade de 4,75% em matéria de escritórios.

Nas oscilações de rendas, a CBRE prevê uma subida nas rendas em Lisboa na ordem dos 4% e a estabilização das rendas de escritórios no Porto. De assinalar que a zona ribeirinha lisboeta posiciona-se, cada vez mais, na atração de talento, conduzindo a um aumento de rendas acima da média de Lisboa, na ordem dos 9%. Aliás, uma das grandes tendências no setor dos escritórios é o foco das empresas e dos proprietários na experiência do utilizador, fruto da nova realidade do mercado de trabalho.

RESIDÊNCIAS DE ESTUDANTES | Mais de 60.000 estudantes estrangeiros em 2020

Se há uma nova realidade nos escritórios em matéria de experiência, há uma crescente tendência de ingressão de estudantes em terras lusas: a CBRE prevê que Portugal vai receber mais de 60.000 estudantes estrangeiros em 2020. Em pipeline estão cerca de 15.000 camas para quem quer estudar em Portugal mas regista-se uma carência de 13.000 camas em Lisboa e 7.000 no Porto. Se em 2019 esta era uma tendência, em 2020 as residências de estudantes são cada vez mais uma nova categoria de investimento a ter em conta no setor imobiliário. 

COMÉRCIO | Rendas no comércio de rua mantêm crescimento face 2019 e centros comerciais na senda de centros de experiências

Tudo indica que o comércio online cresce 10% em 2020, despoletando uma diversificação de usos no território do comércio: um aumento no omnichannel, em que lojas que operam no pure play testam espaço físico com lojas pop-up, e a diversificação do mix de usos do centro comercial, cada vez mais um centro de experiências e ponto de encontro. Com um mercado extramente maduro em Portugal, as rendas nos centros comerciais e nos retail parks vão estabilizar em 2020.

Em matéria de comércio de rua, a reabilitação de edifícios continua a proporcionar novas aberturas de lojas nos centros históricos. Mantendo-se um mercado ativo, as rendas no comércio de rua mantém crescimento face 2019 na ordem dos 4% na Rua Garrett, 8% na Rua de Santa Catarina e os Aliados, a artéria de maior prestígio na cidade invicta, atinge o crescimento de 9% das suas rendas. 

LOGÍSTICA | Aumento da construção especulativa

No setor da logística, em 2020 tudo indica que vai arrancar a construção especulativa. As tendências apontam que haverá uma vaga de reabilitação de fábricas próximas dos grandes centros urbanos para servir a procura de armazéns de pequena dimensão, mais adequados às necessidades da operação logística urbana. Regista-se ainda um aumento da absorção via pré-arrendamentos de mais de 200.000m2 e destaque para o aumento de 7% da renda prime na Azambuja, que aumenta para os 4€ por metro quadrado. 

HABITAÇÃO | Sem previsão de decréscimo nos valores de venda mas surge construção destinada à classe média

No segmento residencial, no próximo ano prevê-se um aumento de valores de venda em Lisboa, notando ainda um crescimento moderado no Porto. Este aumento vai sentir-se de mais acentuada noutros concelhos das respectivas áreas metropolitanas.

2020 irá ainda assistir a uma maior descentralização dos projetos residenciais, nomeadamente de construção nova, para zonas mais periféricas ou mesmo para concelhos limítrofes aos de Lisboa e Porto, bem como um aumento da promoção imobiliária residencial destinada à classe média. A diversificação da oferta de habitação com projetos para arrendamento e novos conceitos como co-living, que são formatos de sucesso noutras geografias e começam agora a chegar a Portugal.

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