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Novo conceito das prisões em Portugal. Conheça o Atelier aqui!

Categoria:  Notícias do Dia

Publicado

noticia dia 3

As novas cadeias de Ponta Delgada e Montijo, que implicam um investimento de 120 milhões de euros, assentam no conceito de que as prisões não servem para castigar: celas maiores e sem grades, que parecem quartos, áreas amplas, jardins e arvoredos.

As duas novas prisões seguem o mesmo modelo mas a do Montijo é maior. Têm três pisos, em que o rés do chão é ocupado pelo pátio e os outros dois por celas. A cadeia está dividida em núcleos de cinquenta celas que têm acesso a um pátio próprio. Os núcleos estão separados uns dos outros por vigas de betão que deixam passar a luz natural mas por onde não pode passar uma cabeça. Não há grades. Cada núcleo terá um espaço comum e um pequeno bar gerido pelos reclusos.

O NOVO CONCEITO DAS PRISÕES EM PORTUGAL

Neste novo conceito as celas perdem os gradeamentos e passarão a ser quase todas individuais e adquirem uma aparência de quarto, com áreas mais amplas – passam dos seis metros quadrados médios para 10. “Preferimos chamar-lhes quartos”, diz mesmo o arquitecto Jorge Mealha, professor da Faculdade de Arquitectura de Lisboa, em declarações ao Expresso. Há celas maiores, com doze metros quadrados que terão espaço para dois reclusos. Mas serão uma excepção. As únicas grades são as das janelas.

Ao contrário do que acontece na maior parte das celas individuais actuais, estas não terão duche, tendo cada ala um duche colectivo. “Não são locais de conflito, isso é uma dramatização criada pelos filmes americanos”, diz o arquitecto. Acrescenta ainda que “segundo os serviços prisionais, o último problema que houve nos balneários foi há quarenta anos”.

Em redor, jardins e arvoredos, numa ‘paisagem’ que contrasta com o ambiente das prisões. Existe uma uma alameda central com relva e árvores que separa os diversos “núcleos habitacionais”. O objectivo é transmitir paz aos reclusos, sem que se entre no campo do luxo.

Rómulo Mateus, director-geral dos Serviços Prisionais, refere que é um “novo paradigma”, que assenta na ideia de que “a prisão não é um local para castigar”, mas antes para reintegrar pessoas na sociedade, que as aguarda, quando a liberdade chegar. “Vão ser edifícios inteligentes, com reciclagem de água e painéis solares, mas não haverá luxos desnecessários. Uma prisão não é um hotel”, diz o director-geral.

O projecto arquitectónico inicial previa que algumas das paredes das celas e das áreas comuns fossem construídas em betão salmão-laranja “porque está demonstrado que é uma cor que produz efeitos calmantes”, afirmou Jorge Mealha. “Os arquitectos tomaram algumas liberdades artísticas e não é isso que foi pedido pela direcção-geral. Nem tudo o que está no projecto será concretizado. Essas cores são bonitas e atraentes mas têm custos”, crítica Rómulo Mateus. Percebe-se assim que o conceito ainda é alvo de divergências entre o responsável dos Serviços Prisionais e o projectista.

O conceito é original de países nórdicos, que o adoptaram para promover a inclusão social mesmo durante a reclusão.

GABINETE:

JORGE MEALHA - ARQUITECTO, LDA

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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As novas cadeias de Ponta Delgada e Montijo, que implicam um investimento de 120 milhões de euros, assentam no conceito de que as prisões não servem para castigar: celas maiores e sem grades, que parecem quartos, áreas amplas, jardins e arvoredos.

As duas novas prisões seguem o mesmo modelo mas a do Montijo é maior. Têm três pisos, em que o rés do chão é ocupado pelo pátio e os outros dois por celas. A cadeia está dividida em núcleos de cinquenta celas que têm acesso a um pátio próprio. Os núcleos estão separados uns dos outros por vigas de betão que deixam passar a luz natural mas por onde não pode passar uma cabeça. Não há grades. Cada núcleo terá um espaço comum e um pequeno bar gerido pelos reclusos.

O NOVO CONCEITO DAS PRISÕES EM PORTUGAL

Neste novo conceito as celas perdem os gradeamentos e passarão a ser quase todas individuais e adquirem uma aparência de quarto, com áreas mais amplas – passam dos seis metros quadrados médios para 10. “Preferimos chamar-lhes quartos”, diz mesmo o arquitecto Jorge Mealha, professor da Faculdade de Arquitectura de Lisboa, em declarações ao Expresso. Há celas maiores, com doze metros quadrados que terão espaço para dois reclusos. Mas serão uma excepção. As únicas grades são as das janelas.

Ao contrário do que acontece na maior parte das celas individuais actuais, estas não terão duche, tendo cada ala um duche colectivo. “Não são locais de conflito, isso é uma dramatização criada pelos filmes americanos”, diz o arquitecto. Acrescenta ainda que “segundo os serviços prisionais, o último problema que houve nos balneários foi há quarenta anos”.

Em redor, jardins e arvoredos, numa ‘paisagem’ que contrasta com o ambiente das prisões. Existe uma uma alameda central com relva e árvores que separa os diversos “núcleos habitacionais”. O objectivo é transmitir paz aos reclusos, sem que se entre no campo do luxo.

Rómulo Mateus, director-geral dos Serviços Prisionais, refere que é um “novo paradigma”, que assenta na ideia de que “a prisão não é um local para castigar”, mas antes para reintegrar pessoas na sociedade, que as aguarda, quando a liberdade chegar. “Vão ser edifícios inteligentes, com reciclagem de água e painéis solares, mas não haverá luxos desnecessários. Uma prisão não é um hotel”, diz o director-geral.

O projecto arquitectónico inicial previa que algumas das paredes das celas e das áreas comuns fossem construídas em betão salmão-laranja “porque está demonstrado que é uma cor que produz efeitos calmantes”, afirmou Jorge Mealha. “Os arquitectos tomaram algumas liberdades artísticas e não é isso que foi pedido pela direcção-geral. Nem tudo o que está no projecto será concretizado. Essas cores são bonitas e atraentes mas têm custos”, crítica Rómulo Mateus. Percebe-se assim que o conceito ainda é alvo de divergências entre o responsável dos Serviços Prisionais e o projectista.

O conceito é original de países nórdicos, que o adoptaram para promover a inclusão social mesmo durante a reclusão.

GABINETE:

JORGE MEALHA - ARQUITECTO, LDA

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As novas cadeias de Ponta Delgada e Montijo, que implicam um investimento de 120 milhões de euros, assentam no conceito de que as prisões não servem para castigar: celas maiores e sem grades, que parecem quartos, áreas amplas, jardins e arvoredos.

As duas novas prisões seguem o mesmo modelo mas a do Montijo é maior. Têm três pisos, em que o rés do chão é ocupado pelo pátio e os outros dois por celas. A cadeia está dividida em núcleos de cinquenta celas que têm acesso a um pátio próprio. Os núcleos estão separados uns dos outros por vigas de betão que deixam passar a luz natural mas por onde não pode passar uma cabeça. Não há grades. Cada núcleo terá um espaço comum e um pequeno bar gerido pelos reclusos.

O NOVO CONCEITO DAS PRISÕES EM PORTUGAL

Neste novo conceito as celas perdem os gradeamentos e passarão a ser quase todas individuais e adquirem uma aparência de quarto, com áreas mais amplas – passam dos seis metros quadrados médios para 10. “Preferimos chamar-lhes quartos”, diz mesmo o arquitecto Jorge Mealha, professor da Faculdade de Arquitectura de Lisboa, em declarações ao Expresso. Há celas maiores, com doze metros quadrados que terão espaço para dois reclusos. Mas serão uma excepção. As únicas grades são as das janelas.

Ao contrário do que acontece na maior parte das celas individuais actuais, estas não terão duche, tendo cada ala um duche colectivo. “Não são locais de conflito, isso é uma dramatização criada pelos filmes americanos”, diz o arquitecto. Acrescenta ainda que “segundo os serviços prisionais, o último problema que houve nos balneários foi há quarenta anos”.

Em redor, jardins e arvoredos, numa ‘paisagem’ que contrasta com o ambiente das prisões. Existe uma uma alameda central com relva e árvores que separa os diversos “núcleos habitacionais”. O objectivo é transmitir paz aos reclusos, sem que se entre no campo do luxo.

Rómulo Mateus, director-geral dos Serviços Prisionais, refere que é um “novo paradigma”, que assenta na ideia de que “a prisão não é um local para castigar”, mas antes para reintegrar pessoas na sociedade, que as aguarda, quando a liberdade chegar. “Vão ser edifícios inteligentes, com reciclagem de água e painéis solares, mas não haverá luxos desnecessários. Uma prisão não é um hotel”, diz o director-geral.

O projecto arquitectónico inicial previa que algumas das paredes das celas e das áreas comuns fossem construídas em betão salmão-laranja “porque está demonstrado que é uma cor que produz efeitos calmantes”, afirmou Jorge Mealha. “Os arquitectos tomaram algumas liberdades artísticas e não é isso que foi pedido pela direcção-geral. Nem tudo o que está no projecto será concretizado. Essas cores são bonitas e atraentes mas têm custos”, crítica Rómulo Mateus. Percebe-se assim que o conceito ainda é alvo de divergências entre o responsável dos Serviços Prisionais e o projectista.

O conceito é original de países nórdicos, que o adoptaram para promover a inclusão social mesmo durante a reclusão.

GABINETE:

JORGE MEALHA - ARQUITECTO, LDA