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Segurança - O pilar estrutural da Companhia

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Artigos Técnicos > Notícias Artigos técnicos

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Luís Marmelo, Director EH&S, Quality & Technical Field Support da OTIS em Portugal

1. Em Portugal, Luis Marmelo representa há 37 anos a marca de distinção da OTIS – a Segurança. Conte-nos um pouco do seu percurso na Companhia…

Estive sempre ligado ás áreas técnicas da companhia. Entrei com 18 anos como estagiário, depois como Controlador de Qualidade da fábrica, na altura COMPORTEL, e segui para a Engenharia de produto. Fui Técnico residente e Supervisor e alguns anos mais tarde convidaram-me para lançar o FOD (Field Operations Department). No início de 2000 fui nomeado Director de Qualidade, Segurança e FOD onde me mantive até agora. Por acumulação tive também a Direcção de IT por mais de 10 anos. Todavia sempre estive muito ligado com a área de Segurança e há mais de duas décadas que participo em auditorias internacionais, um pouco por todo o mundo.

2. O que representa ser um Director de Segurança numa multinacional que, em Portugal, emprega mais de 600 colaboradores, com um parque de milhares de unidades de manutenção de elevadores, escadas e tapetes rolantes e que coloca em movimento milhões de pessoas todos os dias?

Para mim representa uma honra poder desempenhar esta função numa companhia com a dimensão e os valores da OTIS Portugal. Já quando penso na sua escala mundial, onde realizamos os nossos serviços em 2 milhões de equipamentos e transportamos a população mundial a cada dois dias, sou acometido de uma pontinha de orgulho que, convenhamos, por vezes tenho dificuldade em esconder.

O pin da OTIS no meu casaco não é por acaso!

3. Actualmente, a Segurança é um valor absoluto para a maioria das pessoas quando associam este conceito a um elevador. Em que medida é que a OTIS, enquanto líder da industria deste sector tem vindo a contribuir para este posicionamento dos elevadores, enquanto meio de transporte Seguro?

Sintetizarei, dado porque essa resposta deixar-me-ia aqui a falar muito tempo – na minha equipa temos contribuído apaixonadamente para essa liderança e sucesso. Há muito que a OTIS tomou a Segurança como um dos seus valores absolutos. Tal provém da nossa génese aquando do invento do paraquedas pelo nosso fundador sr. Elisha Otis, e que a industria cedo adoptou como standard seguro. Essa orientação á Segurança perdurou no tempo e sabiamente gerimos os nossos recursos e crescimento com esse foco. Nesse processo desenvolvemos novos produtos, novos procedimentos e novas ferramentas. Formámos, treinámos e certificámos permanentemente todos os nossos colaboradores e empreiteiros e não considerámos aptos a trabalhar connosco quem não cumprisse as nossas regras de Segurança. Instalámos produtos seguros e state-of-art, modernizámos e elevámos significativamente a segurança em muitos milhares de elevadores antigos. Em paralelo fomentámos o programa de partilha de sugestões de melhoria e de quase acidentes, estudámos e partilhámos os alertas e as aprendizagens sobre acidentes da indústria a nível mundial. Ser líder reconhecido, pelos nossos pares, e em especial na área da Segurança, não é um acaso ou uma circunstância, é antes a resultante de muito trabalho, persistência e conhecimento do conjunto das pessoas OTIS.

4. Como avalia a protecção da Segurança na regulamentação do sector. Na sua opinião é adequada ou existem ainda oportunidades?

Dividirei a questão em duas partes. Se falarmos de elevadores novos podemos dizer que sim, está devidamente identificada e regulamentada seguindo elevados padrões. Se falarmos em elevadores antigos penso que essa protecção, também definida e legislada, não tem, contudo, transposta para o campo a exigência e efectividade esperada e está contextualizada em várias oportunidades de melhoria. Dou-lhe um exemplo concreto: as famosas cabinas dos anos 60-80, sem porta, que persistem ser resolvidas. Há muito que existe a legislação e obrigatoriedade de colocar essas portas, existem as soluções técnicas adequadas, económicas e facilmente exequíveis e existem também as nossas propostas de modernização aos clientes. Contudo, registe-se, continuamos ainda com milhares de casos em mãos, muitos milhares se contabilizarmos o parque total do país, onde o risco latente toca diariamente grande parte dos utilizadores e induz a que de vez em quando aconteça uma morte relacionada com este problema. Há claramente uma subavaliação do problema e a legislação não está aplicada porque as entidades responsáveis continuam a aceitar escusas e contornos à lei ao arrepio da Segurança das pessoas. Não muito longe daqui há países que resolveram o assunto há muitos anos com outra exigência e inteligência. Não imagina por isso a revolta que sinto quando estes acidentes ocorrem, ás vezes com crianças, e eu os tenho de investigar, casos onde a OTIS fez tudo o que podia e onde outros responsáveis em pouco ou nada contribuíram.

5. No entanto, para outras pessoas entrar num elevador ainda pode provocar alguma ansiedade. Enquanto responsável máximo pela Segurança das pessoas que viajam em milhares de elevadores no nosso país que palavra lhes pode transmitir que as faça lembrar e minimizar esse receio?

Muito sinceramente penso que os utilizadores podem minimizar esse receio e estar descansados quanto a isso. Não podemos dizer que não há acidentes com elevadores, a questão das portas em elevadores antigos é assinalável, todavia a sinistralidade no geral nos elevadores é baixíssima e concentra-se principalmente á volta de faltas de atenção na utilização e na realização incorrecta do procedimento de resgate de pessoas fechadas, algo que só deve ser realizado por alguém treinado. A questão do elevador poder cair, comummente falado, e que a todos produz medo, é, felizmente, mais um argumento para cinema e não uma realidade. Por estes dias o produto elevador novo ou modernizado incorpora múltiplos sistemas de segurança mecânicos e electrónicos que cobrem a totalidade dos riscos conhecidos. As fábricas, em especial as nossas, produzem segundo os referenciais de segurança mais elevados e actualizados e também em campo o nosso programa de manutenção mensal garante níveis de segurança elevados.

6. Considera que somos, culturalmente, um povo com hábitos de Segurança? Mais proactivos ou reactivos?

A questão é interessante. No geral penso que não somos um povo com hábitos de Segurança e somos naturalmente até um pouco reactivos. A avaliar pela curva de aprendizagem que tivemos para chegarmos internamente a este nível de cultura de Segurança com os nossos colaboradores, se tivéssemos partido nos anos 80 de um ponto mais robusto, teríamos decerto obtido resultados mais cedo. Sobre o público em geral penso que não existe muita consciência sobre os riscos e a atenção que devem ter no uso dos equipamentos. Basta parar e ver por 5 minutos o que se passa na entrada de uma escada rolante e chegamos com facilidade a essa conclusão.

7. Luís, a época no momento é de festa, de paz e harmonia junto de familiares e amigos. Que mensagem nos pode transmitir para umas Boas-Festas?

Este é um bom momento para fazer notar que por estes dias a nossa atenção deve ser redobrada e temos uma boa explicação para isso: aspectos como o trânsito, o mau tempo, a nossa falta de tempo, e outros, condicionam-nos naquilo que normalmente nos corre bem. Diz-nos a estatística que neste período corre muitas vezes mal e daí ser necessário estar muito alerta controlando exaustivamente todos os riscos.

Entremos assim em 2019 continuando decerto esta sustentabilidade de Zero Acidentes para os nossos utentes e colaboradores e sigamos com o nosso grande objectivo de estar sempre seguros, em todos os elevadores e escadas rolantes, todos os dias.

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aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

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Luís Marmelo, Director EH&S, Quality & Technical Field Support da OTIS em Portugal

1. Em Portugal, Luis Marmelo representa há 37 anos a marca de distinção da OTIS – a Segurança. Conte-nos um pouco do seu percurso na Companhia…

Estive sempre ligado ás áreas técnicas da companhia. Entrei com 18 anos como estagiário, depois como Controlador de Qualidade da fábrica, na altura COMPORTEL, e segui para a Engenharia de produto. Fui Técnico residente e Supervisor e alguns anos mais tarde convidaram-me para lançar o FOD (Field Operations Department). No início de 2000 fui nomeado Director de Qualidade, Segurança e FOD onde me mantive até agora. Por acumulação tive também a Direcção de IT por mais de 10 anos. Todavia sempre estive muito ligado com a área de Segurança e há mais de duas décadas que participo em auditorias internacionais, um pouco por todo o mundo.

2. O que representa ser um Director de Segurança numa multinacional que, em Portugal, emprega mais de 600 colaboradores, com um parque de milhares de unidades de manutenção de elevadores, escadas e tapetes rolantes e que coloca em movimento milhões de pessoas todos os dias?

Para mim representa uma honra poder desempenhar esta função numa companhia com a dimensão e os valores da OTIS Portugal. Já quando penso na sua escala mundial, onde realizamos os nossos serviços em 2 milhões de equipamentos e transportamos a população mundial a cada dois dias, sou acometido de uma pontinha de orgulho que, convenhamos, por vezes tenho dificuldade em esconder.

O pin da OTIS no meu casaco não é por acaso!

3. Actualmente, a Segurança é um valor absoluto para a maioria das pessoas quando associam este conceito a um elevador. Em que medida é que a OTIS, enquanto líder da industria deste sector tem vindo a contribuir para este posicionamento dos elevadores, enquanto meio de transporte Seguro?

Sintetizarei, dado porque essa resposta deixar-me-ia aqui a falar muito tempo – na minha equipa temos contribuído apaixonadamente para essa liderança e sucesso. Há muito que a OTIS tomou a Segurança como um dos seus valores absolutos. Tal provém da nossa génese aquando do invento do paraquedas pelo nosso fundador sr. Elisha Otis, e que a industria cedo adoptou como standard seguro. Essa orientação á Segurança perdurou no tempo e sabiamente gerimos os nossos recursos e crescimento com esse foco. Nesse processo desenvolvemos novos produtos, novos procedimentos e novas ferramentas. Formámos, treinámos e certificámos permanentemente todos os nossos colaboradores e empreiteiros e não considerámos aptos a trabalhar connosco quem não cumprisse as nossas regras de Segurança. Instalámos produtos seguros e state-of-art, modernizámos e elevámos significativamente a segurança em muitos milhares de elevadores antigos. Em paralelo fomentámos o programa de partilha de sugestões de melhoria e de quase acidentes, estudámos e partilhámos os alertas e as aprendizagens sobre acidentes da indústria a nível mundial. Ser líder reconhecido, pelos nossos pares, e em especial na área da Segurança, não é um acaso ou uma circunstância, é antes a resultante de muito trabalho, persistência e conhecimento do conjunto das pessoas OTIS.

4. Como avalia a protecção da Segurança na regulamentação do sector. Na sua opinião é adequada ou existem ainda oportunidades?

Dividirei a questão em duas partes. Se falarmos de elevadores novos podemos dizer que sim, está devidamente identificada e regulamentada seguindo elevados padrões. Se falarmos em elevadores antigos penso que essa protecção, também definida e legislada, não tem, contudo, transposta para o campo a exigência e efectividade esperada e está contextualizada em várias oportunidades de melhoria. Dou-lhe um exemplo concreto: as famosas cabinas dos anos 60-80, sem porta, que persistem ser resolvidas. Há muito que existe a legislação e obrigatoriedade de colocar essas portas, existem as soluções técnicas adequadas, económicas e facilmente exequíveis e existem também as nossas propostas de modernização aos clientes. Contudo, registe-se, continuamos ainda com milhares de casos em mãos, muitos milhares se contabilizarmos o parque total do país, onde o risco latente toca diariamente grande parte dos utilizadores e induz a que de vez em quando aconteça uma morte relacionada com este problema. Há claramente uma subavaliação do problema e a legislação não está aplicada porque as entidades responsáveis continuam a aceitar escusas e contornos à lei ao arrepio da Segurança das pessoas. Não muito longe daqui há países que resolveram o assunto há muitos anos com outra exigência e inteligência. Não imagina por isso a revolta que sinto quando estes acidentes ocorrem, ás vezes com crianças, e eu os tenho de investigar, casos onde a OTIS fez tudo o que podia e onde outros responsáveis em pouco ou nada contribuíram.

5. No entanto, para outras pessoas entrar num elevador ainda pode provocar alguma ansiedade. Enquanto responsável máximo pela Segurança das pessoas que viajam em milhares de elevadores no nosso país que palavra lhes pode transmitir que as faça lembrar e minimizar esse receio?

Muito sinceramente penso que os utilizadores podem minimizar esse receio e estar descansados quanto a isso. Não podemos dizer que não há acidentes com elevadores, a questão das portas em elevadores antigos é assinalável, todavia a sinistralidade no geral nos elevadores é baixíssima e concentra-se principalmente á volta de faltas de atenção na utilização e na realização incorrecta do procedimento de resgate de pessoas fechadas, algo que só deve ser realizado por alguém treinado. A questão do elevador poder cair, comummente falado, e que a todos produz medo, é, felizmente, mais um argumento para cinema e não uma realidade. Por estes dias o produto elevador novo ou modernizado incorpora múltiplos sistemas de segurança mecânicos e electrónicos que cobrem a totalidade dos riscos conhecidos. As fábricas, em especial as nossas, produzem segundo os referenciais de segurança mais elevados e actualizados e também em campo o nosso programa de manutenção mensal garante níveis de segurança elevados.

6. Considera que somos, culturalmente, um povo com hábitos de Segurança? Mais proactivos ou reactivos?

A questão é interessante. No geral penso que não somos um povo com hábitos de Segurança e somos naturalmente até um pouco reactivos. A avaliar pela curva de aprendizagem que tivemos para chegarmos internamente a este nível de cultura de Segurança com os nossos colaboradores, se tivéssemos partido nos anos 80 de um ponto mais robusto, teríamos decerto obtido resultados mais cedo. Sobre o público em geral penso que não existe muita consciência sobre os riscos e a atenção que devem ter no uso dos equipamentos. Basta parar e ver por 5 minutos o que se passa na entrada de uma escada rolante e chegamos com facilidade a essa conclusão.

7. Luís, a época no momento é de festa, de paz e harmonia junto de familiares e amigos. Que mensagem nos pode transmitir para umas Boas-Festas?

Este é um bom momento para fazer notar que por estes dias a nossa atenção deve ser redobrada e temos uma boa explicação para isso: aspectos como o trânsito, o mau tempo, a nossa falta de tempo, e outros, condicionam-nos naquilo que normalmente nos corre bem. Diz-nos a estatística que neste período corre muitas vezes mal e daí ser necessário estar muito alerta controlando exaustivamente todos os riscos.

Entremos assim em 2019 continuando decerto esta sustentabilidade de Zero Acidentes para os nossos utentes e colaboradores e sigamos com o nosso grande objectivo de estar sempre seguros, em todos os elevadores e escadas rolantes, todos os dias.

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1. Em Portugal, Luis Marmelo representa há 37 anos a marca de distinção da OTIS – a Segurança. Conte-nos um pouco do seu percurso na Companhia…

Estive sempre ligado ás áreas técnicas da companhia. Entrei com 18 anos como estagiário, depois como Controlador de Qualidade da fábrica, na altura COMPORTEL, e segui para a Engenharia de produto. Fui Técnico residente e Supervisor e alguns anos mais tarde convidaram-me para lançar o FOD (Field Operations Department). No início de 2000 fui nomeado Director de Qualidade, Segurança e FOD onde me mantive até agora. Por acumulação tive também a Direcção de IT por mais de 10 anos. Todavia sempre estive muito ligado com a área de Segurança e há mais de duas décadas que participo em auditorias internacionais, um pouco por todo o mundo.

2. O que representa ser um Director de Segurança numa multinacional que, em Portugal, emprega mais de 600 colaboradores, com um parque de milhares de unidades de manutenção de elevadores, escadas e tapetes rolantes e que coloca em movimento milhões de pessoas todos os dias?

Para mim representa uma honra poder desempenhar esta função numa companhia com a dimensão e os valores da OTIS Portugal. Já quando penso na sua escala mundial, onde realizamos os nossos serviços em 2 milhões de equipamentos e transportamos a população mundial a cada dois dias, sou acometido de uma pontinha de orgulho que, convenhamos, por vezes tenho dificuldade em esconder.

O pin da OTIS no meu casaco não é por acaso!

3. Actualmente, a Segurança é um valor absoluto para a maioria das pessoas quando associam este conceito a um elevador. Em que medida é que a OTIS, enquanto líder da industria deste sector tem vindo a contribuir para este posicionamento dos elevadores, enquanto meio de transporte Seguro?

Sintetizarei, dado porque essa resposta deixar-me-ia aqui a falar muito tempo – na minha equipa temos contribuído apaixonadamente para essa liderança e sucesso. Há muito que a OTIS tomou a Segurança como um dos seus valores absolutos. Tal provém da nossa génese aquando do invento do paraquedas pelo nosso fundador sr. Elisha Otis, e que a industria cedo adoptou como standard seguro. Essa orientação á Segurança perdurou no tempo e sabiamente gerimos os nossos recursos e crescimento com esse foco. Nesse processo desenvolvemos novos produtos, novos procedimentos e novas ferramentas. Formámos, treinámos e certificámos permanentemente todos os nossos colaboradores e empreiteiros e não considerámos aptos a trabalhar connosco quem não cumprisse as nossas regras de Segurança. Instalámos produtos seguros e state-of-art, modernizámos e elevámos significativamente a segurança em muitos milhares de elevadores antigos. Em paralelo fomentámos o programa de partilha de sugestões de melhoria e de quase acidentes, estudámos e partilhámos os alertas e as aprendizagens sobre acidentes da indústria a nível mundial. Ser líder reconhecido, pelos nossos pares, e em especial na área da Segurança, não é um acaso ou uma circunstância, é antes a resultante de muito trabalho, persistência e conhecimento do conjunto das pessoas OTIS.

4. Como avalia a protecção da Segurança na regulamentação do sector. Na sua opinião é adequada ou existem ainda oportunidades?

Dividirei a questão em duas partes. Se falarmos de elevadores novos podemos dizer que sim, está devidamente identificada e regulamentada seguindo elevados padrões. Se falarmos em elevadores antigos penso que essa protecção, também definida e legislada, não tem, contudo, transposta para o campo a exigência e efectividade esperada e está contextualizada em várias oportunidades de melhoria. Dou-lhe um exemplo concreto: as famosas cabinas dos anos 60-80, sem porta, que persistem ser resolvidas. Há muito que existe a legislação e obrigatoriedade de colocar essas portas, existem as soluções técnicas adequadas, económicas e facilmente exequíveis e existem também as nossas propostas de modernização aos clientes. Contudo, registe-se, continuamos ainda com milhares de casos em mãos, muitos milhares se contabilizarmos o parque total do país, onde o risco latente toca diariamente grande parte dos utilizadores e induz a que de vez em quando aconteça uma morte relacionada com este problema. Há claramente uma subavaliação do problema e a legislação não está aplicada porque as entidades responsáveis continuam a aceitar escusas e contornos à lei ao arrepio da Segurança das pessoas. Não muito longe daqui há países que resolveram o assunto há muitos anos com outra exigência e inteligência. Não imagina por isso a revolta que sinto quando estes acidentes ocorrem, ás vezes com crianças, e eu os tenho de investigar, casos onde a OTIS fez tudo o que podia e onde outros responsáveis em pouco ou nada contribuíram.

5. No entanto, para outras pessoas entrar num elevador ainda pode provocar alguma ansiedade. Enquanto responsável máximo pela Segurança das pessoas que viajam em milhares de elevadores no nosso país que palavra lhes pode transmitir que as faça lembrar e minimizar esse receio?

Muito sinceramente penso que os utilizadores podem minimizar esse receio e estar descansados quanto a isso. Não podemos dizer que não há acidentes com elevadores, a questão das portas em elevadores antigos é assinalável, todavia a sinistralidade no geral nos elevadores é baixíssima e concentra-se principalmente á volta de faltas de atenção na utilização e na realização incorrecta do procedimento de resgate de pessoas fechadas, algo que só deve ser realizado por alguém treinado. A questão do elevador poder cair, comummente falado, e que a todos produz medo, é, felizmente, mais um argumento para cinema e não uma realidade. Por estes dias o produto elevador novo ou modernizado incorpora múltiplos sistemas de segurança mecânicos e electrónicos que cobrem a totalidade dos riscos conhecidos. As fábricas, em especial as nossas, produzem segundo os referenciais de segurança mais elevados e actualizados e também em campo o nosso programa de manutenção mensal garante níveis de segurança elevados.

6. Considera que somos, culturalmente, um povo com hábitos de Segurança? Mais proactivos ou reactivos?

A questão é interessante. No geral penso que não somos um povo com hábitos de Segurança e somos naturalmente até um pouco reactivos. A avaliar pela curva de aprendizagem que tivemos para chegarmos internamente a este nível de cultura de Segurança com os nossos colaboradores, se tivéssemos partido nos anos 80 de um ponto mais robusto, teríamos decerto obtido resultados mais cedo. Sobre o público em geral penso que não existe muita consciência sobre os riscos e a atenção que devem ter no uso dos equipamentos. Basta parar e ver por 5 minutos o que se passa na entrada de uma escada rolante e chegamos com facilidade a essa conclusão.

7. Luís, a época no momento é de festa, de paz e harmonia junto de familiares e amigos. Que mensagem nos pode transmitir para umas Boas-Festas?

Este é um bom momento para fazer notar que por estes dias a nossa atenção deve ser redobrada e temos uma boa explicação para isso: aspectos como o trânsito, o mau tempo, a nossa falta de tempo, e outros, condicionam-nos naquilo que normalmente nos corre bem. Diz-nos a estatística que neste período corre muitas vezes mal e daí ser necessário estar muito alerta controlando exaustivamente todos os riscos.

Entremos assim em 2019 continuando decerto esta sustentabilidade de Zero Acidentes para os nossos utentes e colaboradores e sigamos com o nosso grande objectivo de estar sempre seguros, em todos os elevadores e escadas rolantes, todos os dias.

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