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SCP Pool “Employee of the Year”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Artigos Técnicos > Notícias Artigos técnicos

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Revista Anteprojectos - ed 293 - pg24destaque

Revista Anteprojectos - ed 293 - pg24aComo nasceu a SCP Pool Portugal? O que a fez, mudar a Exporlínea para, SCP Pool Portugal? Fala-nos um pouco do seu percurso desta mudança?

A Exporlinea era uma empresa familiar fundada pelos meus pais em 1989, que nasceu pela necessidade que o meu pai sentiu em entrar no negócio da Distribuição para revenda de equipamentos para Piscinas.

Em 1973 os meus pais fundaram uma empresa de nome Poolani, dirigida ao consumidor final, anos mais tarde e com o crescimento do setor das piscinas e o aparecimento

de cada vez mais profissionais nesta área, pensaram que seria uma boa oportunidade abrir uma empresa de venda de equipamentos a estes profissionais. E assim nasceu a Exporlinea, uma empresa com as mesmas características que tem hoje a SCP, de venda exclusiva a profissionais, apoio e formação, mas numa escala muito mais reduzida.

A Exporlinea era uma empresa familiar, mas com muitas representadas estrangeiras entre elas: PSA (hoje Zodiac); Sta-Rite (hoje Pentair); Ezarri; Hayward; Spaform; Sugar Valley (hoje Hayward). Os acordos que tínhamos com estas marcas eram de elevado relevo e pelo trabalho que foi sendo desenvolvido, a preocupação em disponibilizar produtos com qualidade, a preocupação com a formação e proximidade ao cliente, a especialização e knowhow que tínhamos em aquecimento e desumidificação foi conferindo à Exporlinea um reconhecimento importante a nível nacional e internacional. Este reconhecimento levou a uma proposta de compra em 2000, por parte da SCP à Exporlinea.

A SCP que nesta altura estava a dar os primeiros passos na Europa, já tinha adquirido empresas também familiares em França e Inglaterra, e a abertura efetiva em 2001 veio dar continuidade a este processo de expansão.

A que se deve o crescimento desde que a Filipa Tavares dos Santos foi nomeada? Como justifica que continue a evoluir cerca de 15% a 20% ao ano?

A Exporlinea como empresa familiar estava de algum modo limitada a grandes crescimentos, e, portanto, vimos com bastante agrado a aquisição da empresa por um grande grupo como a SCP, líder mundial de distribuição de equipamento para piscinas, uma vez que possibilitou oportunidades de crescimento através da vantagem competitiva de vir a integrar um grupo internacional. Conseguimos assim alargar a nossa gama de produtos, pelos acordos que já existiam a nível de SCP, e tivemos acessos a uma grande variedade de fornecedores em todas as partes do globo, bem como acordos preferenciais em grande escala.

Na altura eu já tinha uma presença operacional na Exporlinea e, nesta fase conquistámos uma alavanca através da aquisição. No entanto a SCP continua a crescer tal como refere, porque apesar de fazermos parte de um grupo Americano, nunca perdemos a nossa identidade, a SCP Pool Portugal, à semelhança de todas as empresas da Europa tem uma autonomia e uma identidade muito própria, somos dirigidos para determinados objetivos a nível de casa mãe, mas temos grande autonomia a nível de gestão e desenvolvimento de projetos, o que contribui como fator de sucesso do nosso crescimento.

Uma empresa para crescer precisa de inovar, de estar sempre em movimento e adaptação às mudanças do mercado, às recorrentes necessidades e evoluções do meio onde se insere, e a SCP Pool Portugal, devido à autonomia que tem, tem conseguido rapidamente reagir e adaptar-se.

Isto exige muito de todos nós, e falo em grupo porque o sucesso deve-se ao facto de sermos uma equipa de trabalho que pretende fazer a diferença, e esse é também um fator de sucesso sustentado ao longo dos anos.

Este percurso de passagem de uma empresa familiar para uma empresa de escala é garantidamente uma história de sucesso e de perseverança, qual a fórmula deste sucesso?

Perseverança é realmente uma palavra com a qual me identifico, estou há mais de 18 anos na Exporlinea/SCP e acreditei neste projeto desde o seu início, todos os dias acordo a pensar como podemos fazer mais e melhor, a minha cabeça está sempre em constante movimento, e quando encontro uma solução, uma ideia, um projeto, não desisto tenho que o ver concluído. Como referi tenho a sorte de ter uma equipa que acredita e apoia todos os desafios a que me proponho, sempre com entusiasmo e espírito positivo.

O seu trabalho já está internacionalizado. Aspira novos mercados no estrangeiro ou considera que há muito a fazer em Portugal?

A SCP a nível Europeu tem já um projeto de crescimento, que não passa diretamente por mim enquanto diretora da SCP Pool Portugal, no entanto estamos já presentes em Angola, Moçambique e Cabo verde que são mercados que nos estão assignados visto à facilidade de comunicação.

De facto, o mercado nacional tem muito ainda por onde crescer. Apesar de ser um mercado considerado um nicho de luxo, hoje em dia já não acontece, havendo cada vez mais pessoas que têm capacidades para adquirir uma piscina, ou qualquer outro equipamento de Wellness. Considero que há muito ainda a fazer, principalmente a nível da profissionalização do setor e do apoio que podemos dar aos nossos clientes.

Como é que caracteriza a evolução do mercado das piscinas e wellness, em Portugal. Existe atualmente um maior interesse em trabalhar com um designer de interiores ou a profissão ainda é desconhecida para a maior parte das pessoas?

O mercado Wellness tem vindo sempre a crescer nos últimos anos em Portugal. Conceitos como: fitness de corpo e mente; nutrição e perda de peso; comida saudável; corpo são; beleza pessoal; beleza e anti envelhecimento; medicina preventiva e saúde publica; medicinas alternativas e complementares; turismo de bem-estar e bem-estar no local de trabalho, são conceitos que fazem já parte do dia a dia de cada um de nós. Hoje em dia não há um hotel ou um turismo de habitação que não tenha um espaço com Spa, Sauna ou banho turco, estes são os três grandes equipamentos base de qualquer centro de Wellness.

A nível internacional estes espaços já são pensados e idealizados por especialistas na área dos espaços como arquitetos e designers de interiores. Em Itália existe por exemplo um gabinete de Arquitetura que se especializou na conceção e design de espaços Wellness e há já um projeto para se avançar com uma formação académica nesta área de Design de Espaços Wellness.

Em Portugal, esta tendência ainda não tem muita expressão, mas acredito que será o caminho, tanto a nível de Wellness como de piscina. A piscina tem vindo a sofrer grandes alterações a nível de conceção e objetivo, surgiu em primeiro lugar como necessidade para o treino da prática desportiva, passou por ser um local de animação onde as crianças se podem divertir, os adultos podem fazer algum exercício, mas a tendência atual passa por ser um local também de relaxamento de bem-estar, com o aparecimento de alguns elementos de massagem e balneoterapia incorporados dentro da própria piscina. A tendência é uma oferta de piscinas mais pequenas, menos profundas, mas mais equipadas e com zonas de lazer e relaxamento.

Este mercado é uma profissão para mulheres? De que forma a sua mãe influenciou a sua escolha?

Este mercado nasceu num mundo de homens não de mulheres, é um mercado que se desenvolveu a partir da construção civil, e começou a especializar-se a partir da área da construção. Portanto é nitidamente um mercado de homens, no entanto hoje em dia já se vê muitas mulheres a trabalharem nesta área.

Esta área do Wellness, bem-estar, está a trazer cada vez mais mulheres para o mercado e o conceito de piscina que se começa a desenvolver através das inspirações de arquitetos e designers, ajuda a trazer um toque mais feminino e visual.

A minha escolha foi tomada desde muito nova, quando nasci o meu pai já estava nesta área de tratamento de águas e posteriormente piscinas, portanto este mercado sempre foi algo bastante próximo a mim e às minhas irmãs, enfim era algo muito presente no nosso dia a dia. Posteriormente a minha mãe fundou a Exporlinea e em casa para além de piscinas tínhamos a vertente de negócio também muito presente, os meus pais sempre trabalharam muito nas duas empresas que tinham e nós já mais crescidas sempre ajudámos. E foi assim que nasceu o meu gosto por gestão de empresas, achei que todo o esforço que os meus pais estavam a fazer durante tantos anos tinha que de algum modo ter continuidade e que me cabia a mim ajudá-los no crescimento dos negócios. O fato da minha mãe ser a diretora da Exporlinea, poderá ter contribuído para a minha entrada neste mundo. Recordo-me no decorrer do processo de aquisição da Exporlinea pela SCP, um dos Vice presidente da empresa ter questionado diretamente se teriam algum problema em reportar a uma mulher. Parece que correu bem porque ainda hoje trabalham comigo e são pessoas em quem eu confio plenamente.

Aprendi muito com os meus pais, com a minha mãe o sentido de resiliência, transparência, perfeição e alguma da perseverança que falamos há pouco. Do meu pai aprendi a trabalhar em equipa, a saber ouvir o outro e a pensar no bemestar de quem nos rodeia e quem trabalha connosco. O meu pai dizia sempre “primeiro pagamos aos empregados e aos fornecedores, nós somos sempre os últimos”.

Considero-me muito afortunada por ter tido o privilégio de trabalhar com os meus pais, passaram-me muito conhecimento do negócio, mas mais importante que isso é a formação como pessoa, as caraterísticas que me definem hoje são muito uma mistura de valores que me foram passados, os quais valorizo muito.

No seu entender o crescimento dos empreendimentos turísticos em Portugal veio ajudar a uma maior procura desta área ou acaba por haver uma massificação de Objetos?

Sim, é verdade que o crescimento do turismo tem ajudado este mercado, a nossa atividade está também diretamente ligada ao turismo, zonas de lazer e bem-estar, hotéis, locais de turismo de habitação, que hoje estão tanto em voga, parques de campismo, parques aquáticos, casas de 2ª habitação, ou seja, instalações passiveis de ter uma ou mais piscinas e zonas de Wellness.

A massificação é sempre uma consequência de um boom em qualquer mercado, no entanto esta massificação também gera negócio para o setor, cria necessidade no consumidor e gera procura, depois há que haver uma especialização dos nossos profissionais, gera mais concorrência e eleva a fasquia a nível de qualidade de produtos e serviços, gera especialização e capacidade de ser diferente e inovador para haver distinção. Sou uma apaixonada por esta movimentação, a concorrência torna-nos melhores e faz-nos crescer, não nos deixa parar e desafia-nos.

Dada a grande oferta que existe hoje em dia, na Internet, com lojas de produtos standard, showrooms, sentiu necessidade de se diferenciar e da afirmação de uma marca sua no mercado?

A criação de uma marca própria na área de Wellness deveu-se à necessidade de distinguir e segmentar tipologias de clientes, há clientes para internet, há clientes de grandes superfícies e há clientes que querem ter um atendimento mais personalizado e profissionalizado. Houve necessidade de mostrar aos consumidores finais que este mercado é muito técnico e que este tipo de produtos precisa de um aconselhamento especializado na altura da sua aquisição e utilização, são equipamentos que estão diretamente ligados à saúde dos indivíduos e as decisões de compra devem ser acompanhadas por pessoas que conheçam o produto e saibam passar toda a informação necessária na altura da aquisição do equipamento.

A grande parte das pessoas por exemplo não sabe que não se pode estar mais de 15 minutos numa spa visto que poderá ser prejudicial para a saúde, este é somente um simples exemplo da necessidade que tivemos de encontrar parceiros que estejam formados e especializados nesta área para conseguir prestar um serviço e acompanhamento que outros canais não conseguem.

Como é que encara o futuro desta área em Portugal? E acha que o seu trabalho poderá mexer com as tendências no sector?

Encaro com muito positivismo, acredito que é um mercado que ainda tem muito para crescer, e onde ainda há muita falta de informação e formação nesta área. Como disse anteriormente, um dos grandes objetivos da SCP Pool Portugal é ajudar a fazer crescer o sector através da ajuda aos profissionais na área da formação e informação, há dois anos inaugurámos uma academia certificada pela DGERT que nos permite dar cursos na nossa área, que promovem também a correta instalação e manutenção dos equipamentos deste setor, com o intuito de termos cada vez mais profissionais conhecedores e competentes na altura de acompanhar e aconselhar os consumidores finais.

Acredito que a SCP tem feito a diferença neste mercado, temos conseguido trazer aos clientes o apoio que precisavam num mercado tão técnico e especializado como este, e muitas vezes desafiamos os nossos clientes a fazerem diferente, a arriscarem a mostrarem aos consumidores que há muita coisa possível de ser feita e que uma piscina não precisa de ser um retângulo de 10X5 e que pode ser muito mais.

Temos na SCP um espaço de jardim com alguns equipamentos como Sauna, Swimspa e Piscina para que os nossos clientes possam ter formação, tirar ideias e trazer inclusivamente os consumidores finais a visualizarem o que pode ser o seu jardim. Temos também um espaço Wellness, que é o primeiro espaço Wellness 100% ativo, e que pode ser utilizado pelos nossos clientes ou pelos consumidores finais, através dos nossos clientes, para que possam conhecer o produto que estão a propor ou a comprar.

Quais os prémios de performance e de gestão para a filial portuguesa que já recebeu?

Em 2014 fomos premiados como a melhor agência da Europa, reconhecida pelos mais de 80 fornecedores do grupo. Em 2015 ganhamos novamente o prémio da melhor agência da Europa reconhecimento atribuído pelo crescimento de mais de 20% de vendas e 115% de Resultados Operacionais.

Mais recentemente em 2017 voltamos a ser reconhecidos como melhor agência Europeia com o elevado crescimento a nível de vendas de mais de 40% e um resultado operacional de quase 30%.

Neste ano de 2017 fui também reconhecida com a mais recente homenagem, de Melhor empregado do Ano. Em que a dedicação e paixão pelo trabalho, capacidade de liderança e motivação e capacidade de inovar, foram alguns dos valores enunciados na entrega deste prémio.

Que conselhos, sugestões deixaria para os interessados em particular os que estão a começar esta carreira?

À semelhança de outros negócios, é importante a paixão e dedicação, no entanto em particular, o conhecimento é fundamental neste negócio devido à sua componente técnica. Formação é crucial nesta área de negócio, a APP – Associação dos profissionais de piscinas instalações desportivas e lazer têm ao dispor de novos profissionais um curso teórico que me parece ser uma base fundamental para quem quer entrar neste setor.

Revista Anteprojectos - ed 293 - pg24cwww.scpeurope.pt

Comercial.centro@scppool.com

+351 219 199 500

Anteprojectos online é uma ferramenta de consulta diária, que lhe permite deter o conhecimento antecipado do que serão as futuras obras!

Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

SCP Pool “Employee of the Year”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Artigos Técnicos > Notícias Artigos técnicos

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Revista Anteprojectos - ed 293 - pg24aComo nasceu a SCP Pool Portugal? O que a fez, mudar a Exporlínea para, SCP Pool Portugal? Fala-nos um pouco do seu percurso desta mudança?

A Exporlinea era uma empresa familiar fundada pelos meus pais em 1989, que nasceu pela necessidade que o meu pai sentiu em entrar no negócio da Distribuição para revenda de equipamentos para Piscinas.

Em 1973 os meus pais fundaram uma empresa de nome Poolani, dirigida ao consumidor final, anos mais tarde e com o crescimento do setor das piscinas e o aparecimento

de cada vez mais profissionais nesta área, pensaram que seria uma boa oportunidade abrir uma empresa de venda de equipamentos a estes profissionais. E assim nasceu a Exporlinea, uma empresa com as mesmas características que tem hoje a SCP, de venda exclusiva a profissionais, apoio e formação, mas numa escala muito mais reduzida.

A Exporlinea era uma empresa familiar, mas com muitas representadas estrangeiras entre elas: PSA (hoje Zodiac); Sta-Rite (hoje Pentair); Ezarri; Hayward; Spaform; Sugar Valley (hoje Hayward). Os acordos que tínhamos com estas marcas eram de elevado relevo e pelo trabalho que foi sendo desenvolvido, a preocupação em disponibilizar produtos com qualidade, a preocupação com a formação e proximidade ao cliente, a especialização e knowhow que tínhamos em aquecimento e desumidificação foi conferindo à Exporlinea um reconhecimento importante a nível nacional e internacional. Este reconhecimento levou a uma proposta de compra em 2000, por parte da SCP à Exporlinea.

A SCP que nesta altura estava a dar os primeiros passos na Europa, já tinha adquirido empresas também familiares em França e Inglaterra, e a abertura efetiva em 2001 veio dar continuidade a este processo de expansão.

A que se deve o crescimento desde que a Filipa Tavares dos Santos foi nomeada? Como justifica que continue a evoluir cerca de 15% a 20% ao ano?

A Exporlinea como empresa familiar estava de algum modo limitada a grandes crescimentos, e, portanto, vimos com bastante agrado a aquisição da empresa por um grande grupo como a SCP, líder mundial de distribuição de equipamento para piscinas, uma vez que possibilitou oportunidades de crescimento através da vantagem competitiva de vir a integrar um grupo internacional. Conseguimos assim alargar a nossa gama de produtos, pelos acordos que já existiam a nível de SCP, e tivemos acessos a uma grande variedade de fornecedores em todas as partes do globo, bem como acordos preferenciais em grande escala.

Na altura eu já tinha uma presença operacional na Exporlinea e, nesta fase conquistámos uma alavanca através da aquisição. No entanto a SCP continua a crescer tal como refere, porque apesar de fazermos parte de um grupo Americano, nunca perdemos a nossa identidade, a SCP Pool Portugal, à semelhança de todas as empresas da Europa tem uma autonomia e uma identidade muito própria, somos dirigidos para determinados objetivos a nível de casa mãe, mas temos grande autonomia a nível de gestão e desenvolvimento de projetos, o que contribui como fator de sucesso do nosso crescimento.

Uma empresa para crescer precisa de inovar, de estar sempre em movimento e adaptação às mudanças do mercado, às recorrentes necessidades e evoluções do meio onde se insere, e a SCP Pool Portugal, devido à autonomia que tem, tem conseguido rapidamente reagir e adaptar-se.

Isto exige muito de todos nós, e falo em grupo porque o sucesso deve-se ao facto de sermos uma equipa de trabalho que pretende fazer a diferença, e esse é também um fator de sucesso sustentado ao longo dos anos.

Este percurso de passagem de uma empresa familiar para uma empresa de escala é garantidamente uma história de sucesso e de perseverança, qual a fórmula deste sucesso?

Perseverança é realmente uma palavra com a qual me identifico, estou há mais de 18 anos na Exporlinea/SCP e acreditei neste projeto desde o seu início, todos os dias acordo a pensar como podemos fazer mais e melhor, a minha cabeça está sempre em constante movimento, e quando encontro uma solução, uma ideia, um projeto, não desisto tenho que o ver concluído. Como referi tenho a sorte de ter uma equipa que acredita e apoia todos os desafios a que me proponho, sempre com entusiasmo e espírito positivo.

O seu trabalho já está internacionalizado. Aspira novos mercados no estrangeiro ou considera que há muito a fazer em Portugal?

A SCP a nível Europeu tem já um projeto de crescimento, que não passa diretamente por mim enquanto diretora da SCP Pool Portugal, no entanto estamos já presentes em Angola, Moçambique e Cabo verde que são mercados que nos estão assignados visto à facilidade de comunicação.

De facto, o mercado nacional tem muito ainda por onde crescer. Apesar de ser um mercado considerado um nicho de luxo, hoje em dia já não acontece, havendo cada vez mais pessoas que têm capacidades para adquirir uma piscina, ou qualquer outro equipamento de Wellness. Considero que há muito ainda a fazer, principalmente a nível da profissionalização do setor e do apoio que podemos dar aos nossos clientes.

Como é que caracteriza a evolução do mercado das piscinas e wellness, em Portugal. Existe atualmente um maior interesse em trabalhar com um designer de interiores ou a profissão ainda é desconhecida para a maior parte das pessoas?

O mercado Wellness tem vindo sempre a crescer nos últimos anos em Portugal. Conceitos como: fitness de corpo e mente; nutrição e perda de peso; comida saudável; corpo são; beleza pessoal; beleza e anti envelhecimento; medicina preventiva e saúde publica; medicinas alternativas e complementares; turismo de bem-estar e bem-estar no local de trabalho, são conceitos que fazem já parte do dia a dia de cada um de nós. Hoje em dia não há um hotel ou um turismo de habitação que não tenha um espaço com Spa, Sauna ou banho turco, estes são os três grandes equipamentos base de qualquer centro de Wellness.

A nível internacional estes espaços já são pensados e idealizados por especialistas na área dos espaços como arquitetos e designers de interiores. Em Itália existe por exemplo um gabinete de Arquitetura que se especializou na conceção e design de espaços Wellness e há já um projeto para se avançar com uma formação académica nesta área de Design de Espaços Wellness.

Em Portugal, esta tendência ainda não tem muita expressão, mas acredito que será o caminho, tanto a nível de Wellness como de piscina. A piscina tem vindo a sofrer grandes alterações a nível de conceção e objetivo, surgiu em primeiro lugar como necessidade para o treino da prática desportiva, passou por ser um local de animação onde as crianças se podem divertir, os adultos podem fazer algum exercício, mas a tendência atual passa por ser um local também de relaxamento de bem-estar, com o aparecimento de alguns elementos de massagem e balneoterapia incorporados dentro da própria piscina. A tendência é uma oferta de piscinas mais pequenas, menos profundas, mas mais equipadas e com zonas de lazer e relaxamento.

Este mercado é uma profissão para mulheres? De que forma a sua mãe influenciou a sua escolha?

Este mercado nasceu num mundo de homens não de mulheres, é um mercado que se desenvolveu a partir da construção civil, e começou a especializar-se a partir da área da construção. Portanto é nitidamente um mercado de homens, no entanto hoje em dia já se vê muitas mulheres a trabalharem nesta área.

Esta área do Wellness, bem-estar, está a trazer cada vez mais mulheres para o mercado e o conceito de piscina que se começa a desenvolver através das inspirações de arquitetos e designers, ajuda a trazer um toque mais feminino e visual.

A minha escolha foi tomada desde muito nova, quando nasci o meu pai já estava nesta área de tratamento de águas e posteriormente piscinas, portanto este mercado sempre foi algo bastante próximo a mim e às minhas irmãs, enfim era algo muito presente no nosso dia a dia. Posteriormente a minha mãe fundou a Exporlinea e em casa para além de piscinas tínhamos a vertente de negócio também muito presente, os meus pais sempre trabalharam muito nas duas empresas que tinham e nós já mais crescidas sempre ajudámos. E foi assim que nasceu o meu gosto por gestão de empresas, achei que todo o esforço que os meus pais estavam a fazer durante tantos anos tinha que de algum modo ter continuidade e que me cabia a mim ajudá-los no crescimento dos negócios. O fato da minha mãe ser a diretora da Exporlinea, poderá ter contribuído para a minha entrada neste mundo. Recordo-me no decorrer do processo de aquisição da Exporlinea pela SCP, um dos Vice presidente da empresa ter questionado diretamente se teriam algum problema em reportar a uma mulher. Parece que correu bem porque ainda hoje trabalham comigo e são pessoas em quem eu confio plenamente.

Aprendi muito com os meus pais, com a minha mãe o sentido de resiliência, transparência, perfeição e alguma da perseverança que falamos há pouco. Do meu pai aprendi a trabalhar em equipa, a saber ouvir o outro e a pensar no bemestar de quem nos rodeia e quem trabalha connosco. O meu pai dizia sempre “primeiro pagamos aos empregados e aos fornecedores, nós somos sempre os últimos”.

Considero-me muito afortunada por ter tido o privilégio de trabalhar com os meus pais, passaram-me muito conhecimento do negócio, mas mais importante que isso é a formação como pessoa, as caraterísticas que me definem hoje são muito uma mistura de valores que me foram passados, os quais valorizo muito.

No seu entender o crescimento dos empreendimentos turísticos em Portugal veio ajudar a uma maior procura desta área ou acaba por haver uma massificação de Objetos?

Sim, é verdade que o crescimento do turismo tem ajudado este mercado, a nossa atividade está também diretamente ligada ao turismo, zonas de lazer e bem-estar, hotéis, locais de turismo de habitação, que hoje estão tanto em voga, parques de campismo, parques aquáticos, casas de 2ª habitação, ou seja, instalações passiveis de ter uma ou mais piscinas e zonas de Wellness.

A massificação é sempre uma consequência de um boom em qualquer mercado, no entanto esta massificação também gera negócio para o setor, cria necessidade no consumidor e gera procura, depois há que haver uma especialização dos nossos profissionais, gera mais concorrência e eleva a fasquia a nível de qualidade de produtos e serviços, gera especialização e capacidade de ser diferente e inovador para haver distinção. Sou uma apaixonada por esta movimentação, a concorrência torna-nos melhores e faz-nos crescer, não nos deixa parar e desafia-nos.

Dada a grande oferta que existe hoje em dia, na Internet, com lojas de produtos standard, showrooms, sentiu necessidade de se diferenciar e da afirmação de uma marca sua no mercado?

A criação de uma marca própria na área de Wellness deveu-se à necessidade de distinguir e segmentar tipologias de clientes, há clientes para internet, há clientes de grandes superfícies e há clientes que querem ter um atendimento mais personalizado e profissionalizado. Houve necessidade de mostrar aos consumidores finais que este mercado é muito técnico e que este tipo de produtos precisa de um aconselhamento especializado na altura da sua aquisição e utilização, são equipamentos que estão diretamente ligados à saúde dos indivíduos e as decisões de compra devem ser acompanhadas por pessoas que conheçam o produto e saibam passar toda a informação necessária na altura da aquisição do equipamento.

A grande parte das pessoas por exemplo não sabe que não se pode estar mais de 15 minutos numa spa visto que poderá ser prejudicial para a saúde, este é somente um simples exemplo da necessidade que tivemos de encontrar parceiros que estejam formados e especializados nesta área para conseguir prestar um serviço e acompanhamento que outros canais não conseguem.

Como é que encara o futuro desta área em Portugal? E acha que o seu trabalho poderá mexer com as tendências no sector?

Encaro com muito positivismo, acredito que é um mercado que ainda tem muito para crescer, e onde ainda há muita falta de informação e formação nesta área. Como disse anteriormente, um dos grandes objetivos da SCP Pool Portugal é ajudar a fazer crescer o sector através da ajuda aos profissionais na área da formação e informação, há dois anos inaugurámos uma academia certificada pela DGERT que nos permite dar cursos na nossa área, que promovem também a correta instalação e manutenção dos equipamentos deste setor, com o intuito de termos cada vez mais profissionais conhecedores e competentes na altura de acompanhar e aconselhar os consumidores finais.

Acredito que a SCP tem feito a diferença neste mercado, temos conseguido trazer aos clientes o apoio que precisavam num mercado tão técnico e especializado como este, e muitas vezes desafiamos os nossos clientes a fazerem diferente, a arriscarem a mostrarem aos consumidores que há muita coisa possível de ser feita e que uma piscina não precisa de ser um retângulo de 10X5 e que pode ser muito mais.

Temos na SCP um espaço de jardim com alguns equipamentos como Sauna, Swimspa e Piscina para que os nossos clientes possam ter formação, tirar ideias e trazer inclusivamente os consumidores finais a visualizarem o que pode ser o seu jardim. Temos também um espaço Wellness, que é o primeiro espaço Wellness 100% ativo, e que pode ser utilizado pelos nossos clientes ou pelos consumidores finais, através dos nossos clientes, para que possam conhecer o produto que estão a propor ou a comprar.

Quais os prémios de performance e de gestão para a filial portuguesa que já recebeu?

Em 2014 fomos premiados como a melhor agência da Europa, reconhecida pelos mais de 80 fornecedores do grupo. Em 2015 ganhamos novamente o prémio da melhor agência da Europa reconhecimento atribuído pelo crescimento de mais de 20% de vendas e 115% de Resultados Operacionais.

Mais recentemente em 2017 voltamos a ser reconhecidos como melhor agência Europeia com o elevado crescimento a nível de vendas de mais de 40% e um resultado operacional de quase 30%.

Neste ano de 2017 fui também reconhecida com a mais recente homenagem, de Melhor empregado do Ano. Em que a dedicação e paixão pelo trabalho, capacidade de liderança e motivação e capacidade de inovar, foram alguns dos valores enunciados na entrega deste prémio.

Que conselhos, sugestões deixaria para os interessados em particular os que estão a começar esta carreira?

À semelhança de outros negócios, é importante a paixão e dedicação, no entanto em particular, o conhecimento é fundamental neste negócio devido à sua componente técnica. Formação é crucial nesta área de negócio, a APP – Associação dos profissionais de piscinas instalações desportivas e lazer têm ao dispor de novos profissionais um curso teórico que me parece ser uma base fundamental para quem quer entrar neste setor.

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A Exporlinea era uma empresa familiar fundada pelos meus pais em 1989, que nasceu pela necessidade que o meu pai sentiu em entrar no negócio da Distribuição para revenda de equipamentos para Piscinas.

Em 1973 os meus pais fundaram uma empresa de nome Poolani, dirigida ao consumidor final, anos mais tarde e com o crescimento do setor das piscinas e o aparecimento

de cada vez mais profissionais nesta área, pensaram que seria uma boa oportunidade abrir uma empresa de venda de equipamentos a estes profissionais. E assim nasceu a Exporlinea, uma empresa com as mesmas características que tem hoje a SCP, de venda exclusiva a profissionais, apoio e formação, mas numa escala muito mais reduzida.

A Exporlinea era uma empresa familiar, mas com muitas representadas estrangeiras entre elas: PSA (hoje Zodiac); Sta-Rite (hoje Pentair); Ezarri; Hayward; Spaform; Sugar Valley (hoje Hayward). Os acordos que tínhamos com estas marcas eram de elevado relevo e pelo trabalho que foi sendo desenvolvido, a preocupação em disponibilizar produtos com qualidade, a preocupação com a formação e proximidade ao cliente, a especialização e knowhow que tínhamos em aquecimento e desumidificação foi conferindo à Exporlinea um reconhecimento importante a nível nacional e internacional. Este reconhecimento levou a uma proposta de compra em 2000, por parte da SCP à Exporlinea.

A SCP que nesta altura estava a dar os primeiros passos na Europa, já tinha adquirido empresas também familiares em França e Inglaterra, e a abertura efetiva em 2001 veio dar continuidade a este processo de expansão.

A que se deve o crescimento desde que a Filipa Tavares dos Santos foi nomeada? Como justifica que continue a evoluir cerca de 15% a 20% ao ano?

A Exporlinea como empresa familiar estava de algum modo limitada a grandes crescimentos, e, portanto, vimos com bastante agrado a aquisição da empresa por um grande grupo como a SCP, líder mundial de distribuição de equipamento para piscinas, uma vez que possibilitou oportunidades de crescimento através da vantagem competitiva de vir a integrar um grupo internacional. Conseguimos assim alargar a nossa gama de produtos, pelos acordos que já existiam a nível de SCP, e tivemos acessos a uma grande variedade de fornecedores em todas as partes do globo, bem como acordos preferenciais em grande escala.

Na altura eu já tinha uma presença operacional na Exporlinea e, nesta fase conquistámos uma alavanca através da aquisição. No entanto a SCP continua a crescer tal como refere, porque apesar de fazermos parte de um grupo Americano, nunca perdemos a nossa identidade, a SCP Pool Portugal, à semelhança de todas as empresas da Europa tem uma autonomia e uma identidade muito própria, somos dirigidos para determinados objetivos a nível de casa mãe, mas temos grande autonomia a nível de gestão e desenvolvimento de projetos, o que contribui como fator de sucesso do nosso crescimento.

Uma empresa para crescer precisa de inovar, de estar sempre em movimento e adaptação às mudanças do mercado, às recorrentes necessidades e evoluções do meio onde se insere, e a SCP Pool Portugal, devido à autonomia que tem, tem conseguido rapidamente reagir e adaptar-se.

Isto exige muito de todos nós, e falo em grupo porque o sucesso deve-se ao facto de sermos uma equipa de trabalho que pretende fazer a diferença, e esse é também um fator de sucesso sustentado ao longo dos anos.

Este percurso de passagem de uma empresa familiar para uma empresa de escala é garantidamente uma história de sucesso e de perseverança, qual a fórmula deste sucesso?

Perseverança é realmente uma palavra com a qual me identifico, estou há mais de 18 anos na Exporlinea/SCP e acreditei neste projeto desde o seu início, todos os dias acordo a pensar como podemos fazer mais e melhor, a minha cabeça está sempre em constante movimento, e quando encontro uma solução, uma ideia, um projeto, não desisto tenho que o ver concluído. Como referi tenho a sorte de ter uma equipa que acredita e apoia todos os desafios a que me proponho, sempre com entusiasmo e espírito positivo.

O seu trabalho já está internacionalizado. Aspira novos mercados no estrangeiro ou considera que há muito a fazer em Portugal?

A SCP a nível Europeu tem já um projeto de crescimento, que não passa diretamente por mim enquanto diretora da SCP Pool Portugal, no entanto estamos já presentes em Angola, Moçambique e Cabo verde que são mercados que nos estão assignados visto à facilidade de comunicação.

De facto, o mercado nacional tem muito ainda por onde crescer. Apesar de ser um mercado considerado um nicho de luxo, hoje em dia já não acontece, havendo cada vez mais pessoas que têm capacidades para adquirir uma piscina, ou qualquer outro equipamento de Wellness. Considero que há muito ainda a fazer, principalmente a nível da profissionalização do setor e do apoio que podemos dar aos nossos clientes.

Como é que caracteriza a evolução do mercado das piscinas e wellness, em Portugal. Existe atualmente um maior interesse em trabalhar com um designer de interiores ou a profissão ainda é desconhecida para a maior parte das pessoas?

O mercado Wellness tem vindo sempre a crescer nos últimos anos em Portugal. Conceitos como: fitness de corpo e mente; nutrição e perda de peso; comida saudável; corpo são; beleza pessoal; beleza e anti envelhecimento; medicina preventiva e saúde publica; medicinas alternativas e complementares; turismo de bem-estar e bem-estar no local de trabalho, são conceitos que fazem já parte do dia a dia de cada um de nós. Hoje em dia não há um hotel ou um turismo de habitação que não tenha um espaço com Spa, Sauna ou banho turco, estes são os três grandes equipamentos base de qualquer centro de Wellness.

A nível internacional estes espaços já são pensados e idealizados por especialistas na área dos espaços como arquitetos e designers de interiores. Em Itália existe por exemplo um gabinete de Arquitetura que se especializou na conceção e design de espaços Wellness e há já um projeto para se avançar com uma formação académica nesta área de Design de Espaços Wellness.

Em Portugal, esta tendência ainda não tem muita expressão, mas acredito que será o caminho, tanto a nível de Wellness como de piscina. A piscina tem vindo a sofrer grandes alterações a nível de conceção e objetivo, surgiu em primeiro lugar como necessidade para o treino da prática desportiva, passou por ser um local de animação onde as crianças se podem divertir, os adultos podem fazer algum exercício, mas a tendência atual passa por ser um local também de relaxamento de bem-estar, com o aparecimento de alguns elementos de massagem e balneoterapia incorporados dentro da própria piscina. A tendência é uma oferta de piscinas mais pequenas, menos profundas, mas mais equipadas e com zonas de lazer e relaxamento.

Este mercado é uma profissão para mulheres? De que forma a sua mãe influenciou a sua escolha?

Este mercado nasceu num mundo de homens não de mulheres, é um mercado que se desenvolveu a partir da construção civil, e começou a especializar-se a partir da área da construção. Portanto é nitidamente um mercado de homens, no entanto hoje em dia já se vê muitas mulheres a trabalharem nesta área.

Esta área do Wellness, bem-estar, está a trazer cada vez mais mulheres para o mercado e o conceito de piscina que se começa a desenvolver através das inspirações de arquitetos e designers, ajuda a trazer um toque mais feminino e visual.

A minha escolha foi tomada desde muito nova, quando nasci o meu pai já estava nesta área de tratamento de águas e posteriormente piscinas, portanto este mercado sempre foi algo bastante próximo a mim e às minhas irmãs, enfim era algo muito presente no nosso dia a dia. Posteriormente a minha mãe fundou a Exporlinea e em casa para além de piscinas tínhamos a vertente de negócio também muito presente, os meus pais sempre trabalharam muito nas duas empresas que tinham e nós já mais crescidas sempre ajudámos. E foi assim que nasceu o meu gosto por gestão de empresas, achei que todo o esforço que os meus pais estavam a fazer durante tantos anos tinha que de algum modo ter continuidade e que me cabia a mim ajudá-los no crescimento dos negócios. O fato da minha mãe ser a diretora da Exporlinea, poderá ter contribuído para a minha entrada neste mundo. Recordo-me no decorrer do processo de aquisição da Exporlinea pela SCP, um dos Vice presidente da empresa ter questionado diretamente se teriam algum problema em reportar a uma mulher. Parece que correu bem porque ainda hoje trabalham comigo e são pessoas em quem eu confio plenamente.

Aprendi muito com os meus pais, com a minha mãe o sentido de resiliência, transparência, perfeição e alguma da perseverança que falamos há pouco. Do meu pai aprendi a trabalhar em equipa, a saber ouvir o outro e a pensar no bemestar de quem nos rodeia e quem trabalha connosco. O meu pai dizia sempre “primeiro pagamos aos empregados e aos fornecedores, nós somos sempre os últimos”.

Considero-me muito afortunada por ter tido o privilégio de trabalhar com os meus pais, passaram-me muito conhecimento do negócio, mas mais importante que isso é a formação como pessoa, as caraterísticas que me definem hoje são muito uma mistura de valores que me foram passados, os quais valorizo muito.

No seu entender o crescimento dos empreendimentos turísticos em Portugal veio ajudar a uma maior procura desta área ou acaba por haver uma massificação de Objetos?

Sim, é verdade que o crescimento do turismo tem ajudado este mercado, a nossa atividade está também diretamente ligada ao turismo, zonas de lazer e bem-estar, hotéis, locais de turismo de habitação, que hoje estão tanto em voga, parques de campismo, parques aquáticos, casas de 2ª habitação, ou seja, instalações passiveis de ter uma ou mais piscinas e zonas de Wellness.

A massificação é sempre uma consequência de um boom em qualquer mercado, no entanto esta massificação também gera negócio para o setor, cria necessidade no consumidor e gera procura, depois há que haver uma especialização dos nossos profissionais, gera mais concorrência e eleva a fasquia a nível de qualidade de produtos e serviços, gera especialização e capacidade de ser diferente e inovador para haver distinção. Sou uma apaixonada por esta movimentação, a concorrência torna-nos melhores e faz-nos crescer, não nos deixa parar e desafia-nos.

Dada a grande oferta que existe hoje em dia, na Internet, com lojas de produtos standard, showrooms, sentiu necessidade de se diferenciar e da afirmação de uma marca sua no mercado?

A criação de uma marca própria na área de Wellness deveu-se à necessidade de distinguir e segmentar tipologias de clientes, há clientes para internet, há clientes de grandes superfícies e há clientes que querem ter um atendimento mais personalizado e profissionalizado. Houve necessidade de mostrar aos consumidores finais que este mercado é muito técnico e que este tipo de produtos precisa de um aconselhamento especializado na altura da sua aquisição e utilização, são equipamentos que estão diretamente ligados à saúde dos indivíduos e as decisões de compra devem ser acompanhadas por pessoas que conheçam o produto e saibam passar toda a informação necessária na altura da aquisição do equipamento.

A grande parte das pessoas por exemplo não sabe que não se pode estar mais de 15 minutos numa spa visto que poderá ser prejudicial para a saúde, este é somente um simples exemplo da necessidade que tivemos de encontrar parceiros que estejam formados e especializados nesta área para conseguir prestar um serviço e acompanhamento que outros canais não conseguem.

Como é que encara o futuro desta área em Portugal? E acha que o seu trabalho poderá mexer com as tendências no sector?

Encaro com muito positivismo, acredito que é um mercado que ainda tem muito para crescer, e onde ainda há muita falta de informação e formação nesta área. Como disse anteriormente, um dos grandes objetivos da SCP Pool Portugal é ajudar a fazer crescer o sector através da ajuda aos profissionais na área da formação e informação, há dois anos inaugurámos uma academia certificada pela DGERT que nos permite dar cursos na nossa área, que promovem também a correta instalação e manutenção dos equipamentos deste setor, com o intuito de termos cada vez mais profissionais conhecedores e competentes na altura de acompanhar e aconselhar os consumidores finais.

Acredito que a SCP tem feito a diferença neste mercado, temos conseguido trazer aos clientes o apoio que precisavam num mercado tão técnico e especializado como este, e muitas vezes desafiamos os nossos clientes a fazerem diferente, a arriscarem a mostrarem aos consumidores que há muita coisa possível de ser feita e que uma piscina não precisa de ser um retângulo de 10X5 e que pode ser muito mais.

Temos na SCP um espaço de jardim com alguns equipamentos como Sauna, Swimspa e Piscina para que os nossos clientes possam ter formação, tirar ideias e trazer inclusivamente os consumidores finais a visualizarem o que pode ser o seu jardim. Temos também um espaço Wellness, que é o primeiro espaço Wellness 100% ativo, e que pode ser utilizado pelos nossos clientes ou pelos consumidores finais, através dos nossos clientes, para que possam conhecer o produto que estão a propor ou a comprar.

Quais os prémios de performance e de gestão para a filial portuguesa que já recebeu?

Em 2014 fomos premiados como a melhor agência da Europa, reconhecida pelos mais de 80 fornecedores do grupo. Em 2015 ganhamos novamente o prémio da melhor agência da Europa reconhecimento atribuído pelo crescimento de mais de 20% de vendas e 115% de Resultados Operacionais.

Mais recentemente em 2017 voltamos a ser reconhecidos como melhor agência Europeia com o elevado crescimento a nível de vendas de mais de 40% e um resultado operacional de quase 30%.

Neste ano de 2017 fui também reconhecida com a mais recente homenagem, de Melhor empregado do Ano. Em que a dedicação e paixão pelo trabalho, capacidade de liderança e motivação e capacidade de inovar, foram alguns dos valores enunciados na entrega deste prémio.

Que conselhos, sugestões deixaria para os interessados em particular os que estão a começar esta carreira?

À semelhança de outros negócios, é importante a paixão e dedicação, no entanto em particular, o conhecimento é fundamental neste negócio devido à sua componente técnica. Formação é crucial nesta área de negócio, a APP – Associação dos profissionais de piscinas instalações desportivas e lazer têm ao dispor de novos profissionais um curso teórico que me parece ser uma base fundamental para quem quer entrar neste setor.

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