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“O vidro é o herói dos nossos projectos e gostamos de desafiar os seus limites”

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Artigos Técnicos > Notícias Artigos técnicos

Publicado

Guardian Glass_destaque

Å pela_VideÄnik_em_Gorafe

A arquiteta Špela Videčnik do atelier OFIS Architects, aceitou o desafio que foi lançado pela Guardian Glass. Apesar de possuir uma longa experiência de construção em ambientes extremos, o atelier esloveno não esconde a extrema complexidade da proposta e algumas das incógnitas com que teve de lidar para erguer a Casa do Deserto.

P – Do ponto de vista da arquitectura, qual é o objectivo principal do arquitecto quando realiza um projecto complexo como este?

Existem muitas questões. O mais importante é conseguir o melhor desempenho do edifício em condições extremas sem perder a relação entre o seu interior e a beleza da natureza. É importante que se mantenha o contacto entre quem habita a casa e a paisagem em volta. Por outro lado, é necessário ter em conta a resistência ao vento forte e todas as forças verticais e, claro, as características térmicas do edifício que devem funcionar muito bem no clima extremo desta região.

P – Quando a Guardian Glass a desafiou para este projecto, qual foi a primeira coisa que pensou, que sentiu? Achou que era viável?

Na verdade despertou imenso o nosso interesse. No nosso escritório lidamos com projectos difíceis, mas o que mais gostamos é de criar pequenos objectos como este em ambientes extremos. Nos últimos anos construímos três abrigos alpinos em montanhas muito altas, com muita neve e estamos a testar a sua resistência e o bem-estar dos montanhistas que as usam. A casa de vidro no deserto é parte desta pesquisa, mas envolve um contexto, um clima e materiais muito diferentes.

P – Como arquitectos especializados em climas extremos, quais são os requisitos essenciais que estas construções devem cumprir de forma a serem habitáveis e confortáveis? Qual é a coisa mais importante a ter em conta?

Primeiro que tudo, esta é uma questão de clima. Gorafe tem Verões muito quentes, quase sem chuva, sol intenso e ventos… e depois no inverno o tempo fica muito frio e até neva. São temperaturas com uma amplitude extrema entre o dia e a noite que também têm de ser consideradas. O edifício precisa de conseguir enfrentar este clima e proteger o interior do sol, ao mesmo tempo que mantém o vidro o mais transparente possível. Conseguimos fazer isto com o apoio dos técnicos da Guardian que definiram diferentes revestimentos no vidro triplo – invisíveis mas com isolamento térmico.

Também explorámos aspectos estruturais do vidro – ter paredes de vidro também como elemento estrutural. Não há, neste edifício, colunas de vidro ou madeira. O telhado com todos os elementos pesados dos painéis fotovoltaicos é suportado apenas pelo vidro.

P – Para além do mais, “A Casa do Deserto” é um edifício energeticamente eficiente e autosuficiente, com consumo quase zero. Qual o papel do vidro neste contexto?

O vidro tem um papel importante neste edifício. Nos nossos projectos gostamos de pesquisar e testar diferentes tipos de materiais. O vidro é o herói dos nossos projectos e nós gostamos de desafiar os seus limites. Criar uma casa é brincar com as suas transparências e reflexos…

Então, trata-se de testar as suas características térmicas – impedindo o interior de ficar demasiado quente no verão e mantê-lo aquecido no inverno.

O terceiro desafio foi criar um edifício sem outra estrutura que não fosse o vidro. Sem colunas, sem aço, transparência pura.

P – Para além do uso da Guardian Glass nos ambientes extremos, quais os benefícios de usar este tipo de vidro nas janelas das casas?

Špela_VidečnikO vidro – a separação transparente entre o interior e o exterior, tem um papel importante na arquitectura. Quando desenhamos a casa de alguém, seja uma casa de família ou um apartamento num bairro, tentamos estabelecer um relação forte entre o apartamento e o meio envolvente. É importante que cada casa tenha um pedaço de espaço exterior. Uma janela grande permite uma ligação ao terraço, à varanda, ao jardim ou simplesmente com o mundo exterior.

Criamos sempre janelas como grandes paredes de vidro, mesmo em projectos com orçamentos baixos, porque acreditamos que é importante que uma casa não tenha fronteiras entre o interior e a natureza, tenha muito sol e luz e que a fronteira seja invisível. É isto que se consegue com vidro de alta qualidade.

P – Como foi trabalhar no terreno no deserto de Gorafe? Do ponto de vista arquitectónico, como avaliaria este território espanhol?

É um ambiente selvagem maravilhoso, um parque natural. Ficamos impressionados com a paisagem rica e diversificada e encontramos arquitectura vernacular muito interessante – caves subterrâneas: foi a forma que as pessoas encontraram de se adaptarem a este clima severo e agora, a “Casa do Deserto” é o contrário de tudo isto.

P – Até que ponto é importante, num projecto como este, ter uma boa comunicação e coordenação entre os diferentes profissionais envolvidos?

É extremamente importante. Colaboramos intensamente com os nossos engenheiros de sustentabilidade de uma empresa alemã – a Transsolar –, e os nossos engenheiros de estruturas – a AKT II – de Londres, no sentido de explorar o potencial de viver numa casa de vidro num clima extremo.

Também tivemos um bom apoio dos técnicos da Guardian, especialmente Tamás Kovács, que nos deu os cálculos da espessura certa para os apoios estruturais e a selecção dos vários tipos de vidro de alto desempenho para criar a combinação que vai impedir o sol de entrar na casa, mantendo o efeito de vidro extremamente transparente.

P – Como foi a experiência profissional de trabalhar com os peritos e técnicos da Guardian Glass?

Trabalhamos com a Guardian Glass há vários anos em diferentes edifícios. Refiro apenas dois porque foram diversos.

Acabámos de construir uma torre de vidro no centro de Liubliana – o Intercontinental Hotel. Não há estruturas de sombreamento no exterior desta torre por causa do vento e Liubliana também tem temperaturas severas, Verões quentes e Invernos frios, pelo que obter as características térmicas certas é muito importante. Tivemos de proteger o interior do sol directo, mas queríamos fachadas transparentes sem revestimento verde ou cinzento. Usamos o vidro Guardian, que se chama “invisível”, para que a fronteira entre o interior e o exterior desaparecesse.

Um projecto muito diferente foi o do abrigo na Montanha Skuta, uma montanha de 2200 metros de altitude, onde fizemos um pequeno objecto com os nossos estudantes da Graduate School of design da Universidade de Harvard. Duas das fachadas principais deste abrigo são completamente em vidro, o que funciona muito bem termicamente e estruturalmente.

P – E quanto à parte mais difícil do projecto?

Para ser honesta, eu diria que a parte mais difícil do projecto foi a burocracia, tratar dos papéis foi um longo processo.

Agora, a sério, a parte mais difícil resultou do fato de querermos uma casa sem pilares. Havia a cobertura de madeira e o chão de madeira ligados apenas por vidro. Esta ligação entre estes dois materiais tinha de ser estrutural e muito precisa – e isto foi difícil, mas o edifício está feito e acreditamos que funciona bem e, no limite, é disto que se trata.

P – Está satisfeita com o resultado?

Até agora estamos muito satisfeitos e entusiasmados para ver como a casa se vai comportar no sítio nas várias estações do ano, e claro, estamos muito entusiasmados com a ideia de passar a nossa primeira noite lá…

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Guardian Glass

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

“O vidro é o herói dos nossos projectos e gostamos de desafiar os seus limites”

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Å pela_VideÄnik_em_Gorafe

A arquiteta Špela Videčnik do atelier OFIS Architects, aceitou o desafio que foi lançado pela Guardian Glass. Apesar de possuir uma longa experiência de construção em ambientes extremos, o atelier esloveno não esconde a extrema complexidade da proposta e algumas das incógnitas com que teve de lidar para erguer a Casa do Deserto.

P – Do ponto de vista da arquitectura, qual é o objectivo principal do arquitecto quando realiza um projecto complexo como este?

Existem muitas questões. O mais importante é conseguir o melhor desempenho do edifício em condições extremas sem perder a relação entre o seu interior e a beleza da natureza. É importante que se mantenha o contacto entre quem habita a casa e a paisagem em volta. Por outro lado, é necessário ter em conta a resistência ao vento forte e todas as forças verticais e, claro, as características térmicas do edifício que devem funcionar muito bem no clima extremo desta região.

P – Quando a Guardian Glass a desafiou para este projecto, qual foi a primeira coisa que pensou, que sentiu? Achou que era viável?

Na verdade despertou imenso o nosso interesse. No nosso escritório lidamos com projectos difíceis, mas o que mais gostamos é de criar pequenos objectos como este em ambientes extremos. Nos últimos anos construímos três abrigos alpinos em montanhas muito altas, com muita neve e estamos a testar a sua resistência e o bem-estar dos montanhistas que as usam. A casa de vidro no deserto é parte desta pesquisa, mas envolve um contexto, um clima e materiais muito diferentes.

P – Como arquitectos especializados em climas extremos, quais são os requisitos essenciais que estas construções devem cumprir de forma a serem habitáveis e confortáveis? Qual é a coisa mais importante a ter em conta?

Primeiro que tudo, esta é uma questão de clima. Gorafe tem Verões muito quentes, quase sem chuva, sol intenso e ventos… e depois no inverno o tempo fica muito frio e até neva. São temperaturas com uma amplitude extrema entre o dia e a noite que também têm de ser consideradas. O edifício precisa de conseguir enfrentar este clima e proteger o interior do sol, ao mesmo tempo que mantém o vidro o mais transparente possível. Conseguimos fazer isto com o apoio dos técnicos da Guardian que definiram diferentes revestimentos no vidro triplo – invisíveis mas com isolamento térmico.

Também explorámos aspectos estruturais do vidro – ter paredes de vidro também como elemento estrutural. Não há, neste edifício, colunas de vidro ou madeira. O telhado com todos os elementos pesados dos painéis fotovoltaicos é suportado apenas pelo vidro.

P – Para além do mais, “A Casa do Deserto” é um edifício energeticamente eficiente e autosuficiente, com consumo quase zero. Qual o papel do vidro neste contexto?

O vidro tem um papel importante neste edifício. Nos nossos projectos gostamos de pesquisar e testar diferentes tipos de materiais. O vidro é o herói dos nossos projectos e nós gostamos de desafiar os seus limites. Criar uma casa é brincar com as suas transparências e reflexos…

Então, trata-se de testar as suas características térmicas – impedindo o interior de ficar demasiado quente no verão e mantê-lo aquecido no inverno.

O terceiro desafio foi criar um edifício sem outra estrutura que não fosse o vidro. Sem colunas, sem aço, transparência pura.

P – Para além do uso da Guardian Glass nos ambientes extremos, quais os benefícios de usar este tipo de vidro nas janelas das casas?

Špela_VidečnikO vidro – a separação transparente entre o interior e o exterior, tem um papel importante na arquitectura. Quando desenhamos a casa de alguém, seja uma casa de família ou um apartamento num bairro, tentamos estabelecer um relação forte entre o apartamento e o meio envolvente. É importante que cada casa tenha um pedaço de espaço exterior. Uma janela grande permite uma ligação ao terraço, à varanda, ao jardim ou simplesmente com o mundo exterior.

Criamos sempre janelas como grandes paredes de vidro, mesmo em projectos com orçamentos baixos, porque acreditamos que é importante que uma casa não tenha fronteiras entre o interior e a natureza, tenha muito sol e luz e que a fronteira seja invisível. É isto que se consegue com vidro de alta qualidade.

P – Como foi trabalhar no terreno no deserto de Gorafe? Do ponto de vista arquitectónico, como avaliaria este território espanhol?

É um ambiente selvagem maravilhoso, um parque natural. Ficamos impressionados com a paisagem rica e diversificada e encontramos arquitectura vernacular muito interessante – caves subterrâneas: foi a forma que as pessoas encontraram de se adaptarem a este clima severo e agora, a “Casa do Deserto” é o contrário de tudo isto.

P – Até que ponto é importante, num projecto como este, ter uma boa comunicação e coordenação entre os diferentes profissionais envolvidos?

É extremamente importante. Colaboramos intensamente com os nossos engenheiros de sustentabilidade de uma empresa alemã – a Transsolar –, e os nossos engenheiros de estruturas – a AKT II – de Londres, no sentido de explorar o potencial de viver numa casa de vidro num clima extremo.

Também tivemos um bom apoio dos técnicos da Guardian, especialmente Tamás Kovács, que nos deu os cálculos da espessura certa para os apoios estruturais e a selecção dos vários tipos de vidro de alto desempenho para criar a combinação que vai impedir o sol de entrar na casa, mantendo o efeito de vidro extremamente transparente.

P – Como foi a experiência profissional de trabalhar com os peritos e técnicos da Guardian Glass?

Trabalhamos com a Guardian Glass há vários anos em diferentes edifícios. Refiro apenas dois porque foram diversos.

Acabámos de construir uma torre de vidro no centro de Liubliana – o Intercontinental Hotel. Não há estruturas de sombreamento no exterior desta torre por causa do vento e Liubliana também tem temperaturas severas, Verões quentes e Invernos frios, pelo que obter as características térmicas certas é muito importante. Tivemos de proteger o interior do sol directo, mas queríamos fachadas transparentes sem revestimento verde ou cinzento. Usamos o vidro Guardian, que se chama “invisível”, para que a fronteira entre o interior e o exterior desaparecesse.

Um projecto muito diferente foi o do abrigo na Montanha Skuta, uma montanha de 2200 metros de altitude, onde fizemos um pequeno objecto com os nossos estudantes da Graduate School of design da Universidade de Harvard. Duas das fachadas principais deste abrigo são completamente em vidro, o que funciona muito bem termicamente e estruturalmente.

P – E quanto à parte mais difícil do projecto?

Para ser honesta, eu diria que a parte mais difícil do projecto foi a burocracia, tratar dos papéis foi um longo processo.

Agora, a sério, a parte mais difícil resultou do fato de querermos uma casa sem pilares. Havia a cobertura de madeira e o chão de madeira ligados apenas por vidro. Esta ligação entre estes dois materiais tinha de ser estrutural e muito precisa – e isto foi difícil, mas o edifício está feito e acreditamos que funciona bem e, no limite, é disto que se trata.

P – Está satisfeita com o resultado?

Até agora estamos muito satisfeitos e entusiasmados para ver como a casa se vai comportar no sítio nas várias estações do ano, e claro, estamos muito entusiasmados com a ideia de passar a nossa primeira noite lá…

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A arquiteta Špela Videčnik do atelier OFIS Architects, aceitou o desafio que foi lançado pela Guardian Glass. Apesar de possuir uma longa experiência de construção em ambientes extremos, o atelier esloveno não esconde a extrema complexidade da proposta e algumas das incógnitas com que teve de lidar para erguer a Casa do Deserto.

P – Do ponto de vista da arquitectura, qual é o objectivo principal do arquitecto quando realiza um projecto complexo como este?

Existem muitas questões. O mais importante é conseguir o melhor desempenho do edifício em condições extremas sem perder a relação entre o seu interior e a beleza da natureza. É importante que se mantenha o contacto entre quem habita a casa e a paisagem em volta. Por outro lado, é necessário ter em conta a resistência ao vento forte e todas as forças verticais e, claro, as características térmicas do edifício que devem funcionar muito bem no clima extremo desta região.

P – Quando a Guardian Glass a desafiou para este projecto, qual foi a primeira coisa que pensou, que sentiu? Achou que era viável?

Na verdade despertou imenso o nosso interesse. No nosso escritório lidamos com projectos difíceis, mas o que mais gostamos é de criar pequenos objectos como este em ambientes extremos. Nos últimos anos construímos três abrigos alpinos em montanhas muito altas, com muita neve e estamos a testar a sua resistência e o bem-estar dos montanhistas que as usam. A casa de vidro no deserto é parte desta pesquisa, mas envolve um contexto, um clima e materiais muito diferentes.

P – Como arquitectos especializados em climas extremos, quais são os requisitos essenciais que estas construções devem cumprir de forma a serem habitáveis e confortáveis? Qual é a coisa mais importante a ter em conta?

Primeiro que tudo, esta é uma questão de clima. Gorafe tem Verões muito quentes, quase sem chuva, sol intenso e ventos… e depois no inverno o tempo fica muito frio e até neva. São temperaturas com uma amplitude extrema entre o dia e a noite que também têm de ser consideradas. O edifício precisa de conseguir enfrentar este clima e proteger o interior do sol, ao mesmo tempo que mantém o vidro o mais transparente possível. Conseguimos fazer isto com o apoio dos técnicos da Guardian que definiram diferentes revestimentos no vidro triplo – invisíveis mas com isolamento térmico.

Também explorámos aspectos estruturais do vidro – ter paredes de vidro também como elemento estrutural. Não há, neste edifício, colunas de vidro ou madeira. O telhado com todos os elementos pesados dos painéis fotovoltaicos é suportado apenas pelo vidro.

P – Para além do mais, “A Casa do Deserto” é um edifício energeticamente eficiente e autosuficiente, com consumo quase zero. Qual o papel do vidro neste contexto?

O vidro tem um papel importante neste edifício. Nos nossos projectos gostamos de pesquisar e testar diferentes tipos de materiais. O vidro é o herói dos nossos projectos e nós gostamos de desafiar os seus limites. Criar uma casa é brincar com as suas transparências e reflexos…

Então, trata-se de testar as suas características térmicas – impedindo o interior de ficar demasiado quente no verão e mantê-lo aquecido no inverno.

O terceiro desafio foi criar um edifício sem outra estrutura que não fosse o vidro. Sem colunas, sem aço, transparência pura.

P – Para além do uso da Guardian Glass nos ambientes extremos, quais os benefícios de usar este tipo de vidro nas janelas das casas?

Špela_VidečnikO vidro – a separação transparente entre o interior e o exterior, tem um papel importante na arquitectura. Quando desenhamos a casa de alguém, seja uma casa de família ou um apartamento num bairro, tentamos estabelecer um relação forte entre o apartamento e o meio envolvente. É importante que cada casa tenha um pedaço de espaço exterior. Uma janela grande permite uma ligação ao terraço, à varanda, ao jardim ou simplesmente com o mundo exterior.

Criamos sempre janelas como grandes paredes de vidro, mesmo em projectos com orçamentos baixos, porque acreditamos que é importante que uma casa não tenha fronteiras entre o interior e a natureza, tenha muito sol e luz e que a fronteira seja invisível. É isto que se consegue com vidro de alta qualidade.

P – Como foi trabalhar no terreno no deserto de Gorafe? Do ponto de vista arquitectónico, como avaliaria este território espanhol?

É um ambiente selvagem maravilhoso, um parque natural. Ficamos impressionados com a paisagem rica e diversificada e encontramos arquitectura vernacular muito interessante – caves subterrâneas: foi a forma que as pessoas encontraram de se adaptarem a este clima severo e agora, a “Casa do Deserto” é o contrário de tudo isto.

P – Até que ponto é importante, num projecto como este, ter uma boa comunicação e coordenação entre os diferentes profissionais envolvidos?

É extremamente importante. Colaboramos intensamente com os nossos engenheiros de sustentabilidade de uma empresa alemã – a Transsolar –, e os nossos engenheiros de estruturas – a AKT II – de Londres, no sentido de explorar o potencial de viver numa casa de vidro num clima extremo.

Também tivemos um bom apoio dos técnicos da Guardian, especialmente Tamás Kovács, que nos deu os cálculos da espessura certa para os apoios estruturais e a selecção dos vários tipos de vidro de alto desempenho para criar a combinação que vai impedir o sol de entrar na casa, mantendo o efeito de vidro extremamente transparente.

P – Como foi a experiência profissional de trabalhar com os peritos e técnicos da Guardian Glass?

Trabalhamos com a Guardian Glass há vários anos em diferentes edifícios. Refiro apenas dois porque foram diversos.

Acabámos de construir uma torre de vidro no centro de Liubliana – o Intercontinental Hotel. Não há estruturas de sombreamento no exterior desta torre por causa do vento e Liubliana também tem temperaturas severas, Verões quentes e Invernos frios, pelo que obter as características térmicas certas é muito importante. Tivemos de proteger o interior do sol directo, mas queríamos fachadas transparentes sem revestimento verde ou cinzento. Usamos o vidro Guardian, que se chama “invisível”, para que a fronteira entre o interior e o exterior desaparecesse.

Um projecto muito diferente foi o do abrigo na Montanha Skuta, uma montanha de 2200 metros de altitude, onde fizemos um pequeno objecto com os nossos estudantes da Graduate School of design da Universidade de Harvard. Duas das fachadas principais deste abrigo são completamente em vidro, o que funciona muito bem termicamente e estruturalmente.

P – E quanto à parte mais difícil do projecto?

Para ser honesta, eu diria que a parte mais difícil do projecto foi a burocracia, tratar dos papéis foi um longo processo.

Agora, a sério, a parte mais difícil resultou do fato de querermos uma casa sem pilares. Havia a cobertura de madeira e o chão de madeira ligados apenas por vidro. Esta ligação entre estes dois materiais tinha de ser estrutural e muito precisa – e isto foi difícil, mas o edifício está feito e acreditamos que funciona bem e, no limite, é disto que se trata.

P – Está satisfeita com o resultado?

Até agora estamos muito satisfeitos e entusiasmados para ver como a casa se vai comportar no sítio nas várias estações do ano, e claro, estamos muito entusiasmados com a ideia de passar a nossa primeira noite lá…

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