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Eficiência energética na iluminação – tópicos importantes a considerar

Categoria:  Artigos TécnicosCategoria:  Artigos Técnicos > Soluções Técnicas

Publicado

Revista Anteprojectos - Agosto 2018 - pg52

O tema da eficiência energética tem sido muito discutido e visível nos últimos tempos, muito à custa da introdução do LED como fonte de luz. Claramente que as vantagens do LED são inequívocas, tais como a longa vida útil, a alta eficiência energética, uma boa restituição de cores e o facto de permitir aos fabricantes de luminárias uma maior diversidade de opções a nível do design. No entanto, a tecnologia só por si não deve ser encarada como a solução para todos os projetos onde se pretenda obter uma maior eficiência energética. Há tópicos importantes na escolha do produto LED que não devem ser descurados, e é isso que vamos de seguida abordar.

Fonte de luz

A solução LED para determinado projeto, qualquer que seja a sua aplicação ( residencial, comercial, industrial, etc… ), deve considerar a eficiência propriamente dita ( lm/W – lumen/Watt ) e o encandeamento ( UGR – Unified Glare Rating ). A primeira indica a quantidade de luz emitida em função da potência consumida e portanto quanto maior for mais eficiente será a solução. A segunda, traduz o conforto visual dessa solução… um UGR de 19 é por exemplo indicado para escritórios, e portanto quanto mais baixo for o valor do UGR maior será o conforto visual (diminuição do encandeamento).

Qualidade da luz

A qualidade da luz de um determinado produto está diretamente relacionada com a eficiência energética. Normalmente um produto LED com uma eficiência muito elevada ( lm/W ) poderá ter parâmetros que influenciam a qualidade de luz de forma negativa. A temperatura de côr ( CCT – Coulor Correlated Temperature ) deve ser adequada, e deve rondar os 4000K para ambientes comerciais, serviços e industriais, e 3000K para ambientes residenciais. Outro parâmetro importante é o CRI – Colour Rendering Index que deve ser sempre superior a 80%.

Outro parâmetro menos conhecido mas igualmente importante é o número de MacAdam Steps do chip LED usado, já que permite comparar os chips LED usados e o seu desempenho em termos de variações de côr. O valor recomendado deverá ser inferior a 3 Steps MacAdam.

Vida útil

A vida útil da solução LED é determinante para a escolha do produto e no caso do LED não pode ser dissociada de 2 fatores:

o fator L e o fator B. Produtos para uso profissional ( comercial, industrial, etc… ) deverão ter no mínimo uma vida útil de 50.000 horas assim como um fator L de 80% ( L80 ) e um fator B de 10% ( B10 ). O fator B representa a percentagem de LEDs que deixarão de funcionar após a vida útil referida pelo fabricante da solução LED e o fator L representa a quantidade de luz emitida ( em percentagem ) após esse mesmo período. É muito comum encontrar lâmpadas LED com 30.000 horas de vida útil e fatores L70/B50 e luminárias LED com 50.000 horas de vida útil e fatores L80/B10. Daqui resulta que normalmente a melhor solução passa pela escolha de luminárias LED em detrimento de lâmpadas LED.

Sensores e regulação de fluxo

A tecnologia LED veio permitir aos fabricantes de luminárias, a possibilidade de regular o fluxo luminoso dessas luminárias com um custo adicional mais reduzido quando comparado com a tecnologia das lâmpadas fluorescentes. Sendo Portugal um país com um grande exposição solar, um bom projeto de eficiência energética deve considerar a utilização de luminárias com opção de regulação de fluxo e respectivos sistemas de controlo e/ou sensores. Os ganhos a nível de eficiências são muito importantes.

TCO – Total Cost of Ownership

Por último e não menos importante, o tópico do custo total da solução ( TCO ) não deve ser descurado. A escolha da solução LED somente com base no preço é errada e deve ser analisada tendo em conta a vida da instalação. Portanto todos os custos inerentes à aquisição, instalação, manutenção e consumo energético devem ser considerados para o período de vida estimado da instalação. Só assim conseguiremos comparar soluções diferentes e optar pela mais eficaz. Nem sempre a solução mais

eficiente a nível energético é a mais eficaz.

Miguel Pereira

Director Geral da EEE - Lighting Solutions

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

Eficiência energética na iluminação – tópicos importantes a considerar

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Publicado

Revista Anteprojectos - Agosto 2018 - pg52

O tema da eficiência energética tem sido muito discutido e visível nos últimos tempos, muito à custa da introdução do LED como fonte de luz. Claramente que as vantagens do LED são inequívocas, tais como a longa vida útil, a alta eficiência energética, uma boa restituição de cores e o facto de permitir aos fabricantes de luminárias uma maior diversidade de opções a nível do design. No entanto, a tecnologia só por si não deve ser encarada como a solução para todos os projetos onde se pretenda obter uma maior eficiência energética. Há tópicos importantes na escolha do produto LED que não devem ser descurados, e é isso que vamos de seguida abordar.

Fonte de luz

A solução LED para determinado projeto, qualquer que seja a sua aplicação ( residencial, comercial, industrial, etc… ), deve considerar a eficiência propriamente dita ( lm/W – lumen/Watt ) e o encandeamento ( UGR – Unified Glare Rating ). A primeira indica a quantidade de luz emitida em função da potência consumida e portanto quanto maior for mais eficiente será a solução. A segunda, traduz o conforto visual dessa solução… um UGR de 19 é por exemplo indicado para escritórios, e portanto quanto mais baixo for o valor do UGR maior será o conforto visual (diminuição do encandeamento).

Qualidade da luz

A qualidade da luz de um determinado produto está diretamente relacionada com a eficiência energética. Normalmente um produto LED com uma eficiência muito elevada ( lm/W ) poderá ter parâmetros que influenciam a qualidade de luz de forma negativa. A temperatura de côr ( CCT – Coulor Correlated Temperature ) deve ser adequada, e deve rondar os 4000K para ambientes comerciais, serviços e industriais, e 3000K para ambientes residenciais. Outro parâmetro importante é o CRI – Colour Rendering Index que deve ser sempre superior a 80%.

Outro parâmetro menos conhecido mas igualmente importante é o número de MacAdam Steps do chip LED usado, já que permite comparar os chips LED usados e o seu desempenho em termos de variações de côr. O valor recomendado deverá ser inferior a 3 Steps MacAdam.

Vida útil

A vida útil da solução LED é determinante para a escolha do produto e no caso do LED não pode ser dissociada de 2 fatores:

o fator L e o fator B. Produtos para uso profissional ( comercial, industrial, etc… ) deverão ter no mínimo uma vida útil de 50.000 horas assim como um fator L de 80% ( L80 ) e um fator B de 10% ( B10 ). O fator B representa a percentagem de LEDs que deixarão de funcionar após a vida útil referida pelo fabricante da solução LED e o fator L representa a quantidade de luz emitida ( em percentagem ) após esse mesmo período. É muito comum encontrar lâmpadas LED com 30.000 horas de vida útil e fatores L70/B50 e luminárias LED com 50.000 horas de vida útil e fatores L80/B10. Daqui resulta que normalmente a melhor solução passa pela escolha de luminárias LED em detrimento de lâmpadas LED.

Sensores e regulação de fluxo

A tecnologia LED veio permitir aos fabricantes de luminárias, a possibilidade de regular o fluxo luminoso dessas luminárias com um custo adicional mais reduzido quando comparado com a tecnologia das lâmpadas fluorescentes. Sendo Portugal um país com um grande exposição solar, um bom projeto de eficiência energética deve considerar a utilização de luminárias com opção de regulação de fluxo e respectivos sistemas de controlo e/ou sensores. Os ganhos a nível de eficiências são muito importantes.

TCO – Total Cost of Ownership

Por último e não menos importante, o tópico do custo total da solução ( TCO ) não deve ser descurado. A escolha da solução LED somente com base no preço é errada e deve ser analisada tendo em conta a vida da instalação. Portanto todos os custos inerentes à aquisição, instalação, manutenção e consumo energético devem ser considerados para o período de vida estimado da instalação. Só assim conseguiremos comparar soluções diferentes e optar pela mais eficaz. Nem sempre a solução mais

eficiente a nível energético é a mais eficaz.

Miguel Pereira

Director Geral da EEE - Lighting Solutions

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Revista Anteprojectos - Agosto 2018 - pg52

O tema da eficiência energética tem sido muito discutido e visível nos últimos tempos, muito à custa da introdução do LED como fonte de luz. Claramente que as vantagens do LED são inequívocas, tais como a longa vida útil, a alta eficiência energética, uma boa restituição de cores e o facto de permitir aos fabricantes de luminárias uma maior diversidade de opções a nível do design. No entanto, a tecnologia só por si não deve ser encarada como a solução para todos os projetos onde se pretenda obter uma maior eficiência energética. Há tópicos importantes na escolha do produto LED que não devem ser descurados, e é isso que vamos de seguida abordar.

Fonte de luz

A solução LED para determinado projeto, qualquer que seja a sua aplicação ( residencial, comercial, industrial, etc… ), deve considerar a eficiência propriamente dita ( lm/W – lumen/Watt ) e o encandeamento ( UGR – Unified Glare Rating ). A primeira indica a quantidade de luz emitida em função da potência consumida e portanto quanto maior for mais eficiente será a solução. A segunda, traduz o conforto visual dessa solução… um UGR de 19 é por exemplo indicado para escritórios, e portanto quanto mais baixo for o valor do UGR maior será o conforto visual (diminuição do encandeamento).

Qualidade da luz

A qualidade da luz de um determinado produto está diretamente relacionada com a eficiência energética. Normalmente um produto LED com uma eficiência muito elevada ( lm/W ) poderá ter parâmetros que influenciam a qualidade de luz de forma negativa. A temperatura de côr ( CCT – Coulor Correlated Temperature ) deve ser adequada, e deve rondar os 4000K para ambientes comerciais, serviços e industriais, e 3000K para ambientes residenciais. Outro parâmetro importante é o CRI – Colour Rendering Index que deve ser sempre superior a 80%.

Outro parâmetro menos conhecido mas igualmente importante é o número de MacAdam Steps do chip LED usado, já que permite comparar os chips LED usados e o seu desempenho em termos de variações de côr. O valor recomendado deverá ser inferior a 3 Steps MacAdam.

Vida útil

A vida útil da solução LED é determinante para a escolha do produto e no caso do LED não pode ser dissociada de 2 fatores:

o fator L e o fator B. Produtos para uso profissional ( comercial, industrial, etc… ) deverão ter no mínimo uma vida útil de 50.000 horas assim como um fator L de 80% ( L80 ) e um fator B de 10% ( B10 ). O fator B representa a percentagem de LEDs que deixarão de funcionar após a vida útil referida pelo fabricante da solução LED e o fator L representa a quantidade de luz emitida ( em percentagem ) após esse mesmo período. É muito comum encontrar lâmpadas LED com 30.000 horas de vida útil e fatores L70/B50 e luminárias LED com 50.000 horas de vida útil e fatores L80/B10. Daqui resulta que normalmente a melhor solução passa pela escolha de luminárias LED em detrimento de lâmpadas LED.

Sensores e regulação de fluxo

A tecnologia LED veio permitir aos fabricantes de luminárias, a possibilidade de regular o fluxo luminoso dessas luminárias com um custo adicional mais reduzido quando comparado com a tecnologia das lâmpadas fluorescentes. Sendo Portugal um país com um grande exposição solar, um bom projeto de eficiência energética deve considerar a utilização de luminárias com opção de regulação de fluxo e respectivos sistemas de controlo e/ou sensores. Os ganhos a nível de eficiências são muito importantes.

TCO – Total Cost of Ownership

Por último e não menos importante, o tópico do custo total da solução ( TCO ) não deve ser descurado. A escolha da solução LED somente com base no preço é errada e deve ser analisada tendo em conta a vida da instalação. Portanto todos os custos inerentes à aquisição, instalação, manutenção e consumo energético devem ser considerados para o período de vida estimado da instalação. Só assim conseguiremos comparar soluções diferentes e optar pela mais eficaz. Nem sempre a solução mais

eficiente a nível energético é a mais eficaz.

Miguel Pereira

Director Geral da EEE - Lighting Solutions