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O ano de 2017 está fechado.
Fazem-se apuramentos dos últimos números, mas a conclusão está à vista de todos: mais um ano em que se ultrapassaram todas as perspectivas; bateram-se mais um conjunto de recordes, seja em número de hóspedes, dormidas, receitas turísticas, e de todos os indicadores financeiros que regem o dia-a-dia das empresas hoteleiras.
Voltamos a ter um novo pico de mercado e 2017 ficará, para já, como o melhor ano de sempre.
Mas existe muito mais para lá da cortina: a sazonalidade, característica do sector, decresceu, aliás 2017 teve uma operação que se manteve sempre acima dos 65% entre Abril e Novembro, algo nunca experienciado pelo sector hoteleiro português. Mas a estadia média mantém-se baixa, os preços subiram, mas a qualidade, dos nossos destinos e da nossa hotelaria, tem ainda um longo caminho de promoção e afirmação para se sagrar e conseguir o reconhecimento e consequente posicionamento do valor que tem.
As equipas estão pressionadas, com turnos longos que se agudizam pela falta de pessoas predispostas a trabalhar num sector aliciante, que necessita de paixão diária, de empenho físico e emocional, e que, ao mesmo tempo, têm níveis de stress elevados e reduzido reconhecimento.
O grande desafio para 2018 assenta em conseguir reforçar o activo humano das unidades hoteleiras, contratar profissionais e apostar mais na formação, em particular dos que já lá estão e que necessitam reforçar as suas competências, maior motivação, e reconhecimento que são o principal activo de todo o negócio.
O número de renovações, ampliações e construção nova mantém-se elevado. A hotelaria é uma aposta e posiciona-se, ano após ano, como um activo de crescente importância dentro do imobiliário comercial, veja-se o exemplo das transacções efectuadas em 2017.
Outro bom exemplo deste maior apetite pela hotelaria portuguesa é o tipo de entrada de operadores hoteleiros internacionais: se há três anos atrás era pouco provável a aquisição por parte de um grande operador como meio para entrar no mercado português – fazendo-o maioritariamente por contratos de gestão ou arrendamento –, hoje essa realidade é bem diferente. Grandes cadeias, que dentro dos seus planos de expansão internacional já têm Portugal no mapa, ponderam e estudam, com particular atenção, a opção de aquisição do activo para implementar o seu projecto.
Em 2018 continuaremos a assistir a remodelações integrais de unidades hoteleiras, tanto por necessidade de actualização, de arquitectura de interiores, rebranding, como por reposicionamento. Mas o número de unidades, fruto da construção nova, manter-se-á igualmente elevado à semelhança dos últimos três anos, salientando-se o início das obras do Hotel Meliá em Lisboa e do Catalonia no Porto.
Este contínuo aumento da oferta hoteleira segue a linha de perspectiva de crescimento da procura, mas urgem medidas para atrair e fixar profissionais ou poderemos condicionar a operação e todo um sector.
Por decisão pessoal, o autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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O ano de 2017 está fechado.
Fazem-se apuramentos dos últimos números, mas a conclusão está à vista de todos: mais um ano em que se ultrapassaram todas as perspectivas; bateram-se mais um conjunto de recordes, seja em número de hóspedes, dormidas, receitas turísticas, e de todos os indicadores financeiros que regem o dia-a-dia das empresas hoteleiras.
Voltamos a ter um novo pico de mercado e 2017 ficará, para já, como o melhor ano de sempre.
Mas existe muito mais para lá da cortina: a sazonalidade, característica do sector, decresceu, aliás 2017 teve uma operação que se manteve sempre acima dos 65% entre Abril e Novembro, algo nunca experienciado pelo sector hoteleiro português. Mas a estadia média mantém-se baixa, os preços subiram, mas a qualidade, dos nossos destinos e da nossa hotelaria, tem ainda um longo caminho de promoção e afirmação para se sagrar e conseguir o reconhecimento e consequente posicionamento do valor que tem.
As equipas estão pressionadas, com turnos longos que se agudizam pela falta de pessoas predispostas a trabalhar num sector aliciante, que necessita de paixão diária, de empenho físico e emocional, e que, ao mesmo tempo, têm níveis de stress elevados e reduzido reconhecimento.
O grande desafio para 2018 assenta em conseguir reforçar o activo humano das unidades hoteleiras, contratar profissionais e apostar mais na formação, em particular dos que já lá estão e que necessitam reforçar as suas competências, maior motivação, e reconhecimento que são o principal activo de todo o negócio.
O número de renovações, ampliações e construção nova mantém-se elevado. A hotelaria é uma aposta e posiciona-se, ano após ano, como um activo de crescente importância dentro do imobiliário comercial, veja-se o exemplo das transacções efectuadas em 2017.
Outro bom exemplo deste maior apetite pela hotelaria portuguesa é o tipo de entrada de operadores hoteleiros internacionais: se há três anos atrás era pouco provável a aquisição por parte de um grande operador como meio para entrar no mercado português – fazendo-o maioritariamente por contratos de gestão ou arrendamento –, hoje essa realidade é bem diferente. Grandes cadeias, que dentro dos seus planos de expansão internacional já têm Portugal no mapa, ponderam e estudam, com particular atenção, a opção de aquisição do activo para implementar o seu projecto.
Em 2018 continuaremos a assistir a remodelações integrais de unidades hoteleiras, tanto por necessidade de actualização, de arquitectura de interiores, rebranding, como por reposicionamento. Mas o número de unidades, fruto da construção nova, manter-se-á igualmente elevado à semelhança dos últimos três anos, salientando-se o início das obras do Hotel Meliá em Lisboa e do Catalonia no Porto.
Este contínuo aumento da oferta hoteleira segue a linha de perspectiva de crescimento da procura, mas urgem medidas para atrair e fixar profissionais ou poderemos condicionar a operação e todo um sector.
Por decisão pessoal, o autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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O ano de 2017 está fechado.
Fazem-se apuramentos dos últimos números, mas a conclusão está à vista de todos: mais um ano em que se ultrapassaram todas as perspectivas; bateram-se mais um conjunto de recordes, seja em número de hóspedes, dormidas, receitas turísticas, e de todos os indicadores financeiros que regem o dia-a-dia das empresas hoteleiras.
Voltamos a ter um novo pico de mercado e 2017 ficará, para já, como o melhor ano de sempre.
Mas existe muito mais para lá da cortina: a sazonalidade, característica do sector, decresceu, aliás 2017 teve uma operação que se manteve sempre acima dos 65% entre Abril e Novembro, algo nunca experienciado pelo sector hoteleiro português. Mas a estadia média mantém-se baixa, os preços subiram, mas a qualidade, dos nossos destinos e da nossa hotelaria, tem ainda um longo caminho de promoção e afirmação para se sagrar e conseguir o reconhecimento e consequente posicionamento do valor que tem.
As equipas estão pressionadas, com turnos longos que se agudizam pela falta de pessoas predispostas a trabalhar num sector aliciante, que necessita de paixão diária, de empenho físico e emocional, e que, ao mesmo tempo, têm níveis de stress elevados e reduzido reconhecimento.
O grande desafio para 2018 assenta em conseguir reforçar o activo humano das unidades hoteleiras, contratar profissionais e apostar mais na formação, em particular dos que já lá estão e que necessitam reforçar as suas competências, maior motivação, e reconhecimento que são o principal activo de todo o negócio.
O número de renovações, ampliações e construção nova mantém-se elevado. A hotelaria é uma aposta e posiciona-se, ano após ano, como um activo de crescente importância dentro do imobiliário comercial, veja-se o exemplo das transacções efectuadas em 2017.
Outro bom exemplo deste maior apetite pela hotelaria portuguesa é o tipo de entrada de operadores hoteleiros internacionais: se há três anos atrás era pouco provável a aquisição por parte de um grande operador como meio para entrar no mercado português – fazendo-o maioritariamente por contratos de gestão ou arrendamento –, hoje essa realidade é bem diferente. Grandes cadeias, que dentro dos seus planos de expansão internacional já têm Portugal no mapa, ponderam e estudam, com particular atenção, a opção de aquisição do activo para implementar o seu projecto.
Em 2018 continuaremos a assistir a remodelações integrais de unidades hoteleiras, tanto por necessidade de actualização, de arquitectura de interiores, rebranding, como por reposicionamento. Mas o número de unidades, fruto da construção nova, manter-se-á igualmente elevado à semelhança dos últimos três anos, salientando-se o início das obras do Hotel Meliá em Lisboa e do Catalonia no Porto.
Este contínuo aumento da oferta hoteleira segue a linha de perspectiva de crescimento da procura, mas urgem medidas para atrair e fixar profissionais ou poderemos condicionar a operação e todo um sector.
Por decisão pessoal, o autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.