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“Do acaso à explicação”

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Apresentação 1

Apresentação 1

As reticências do processo ensimesmam e sentenciam uma vontade imensurável de liberdade e a transgressão dos limites do constrangimento. Sem que dai advenha uma necessária violação normativa, mas ele próprio o início e principal impulsionador do gesto criativo, inicia-se então a luta interna entre a consciência omnipresente, inocente e descomprometida e o calculista e premeditado acto de racionalização de intenções.

Este primeiro momento que configura o início de um projecto resume em si os extremos da criação, o imperativo incontornável e o táctil processo de libertação próprio do descomprometimento do desenho. Entre os dois nasce um campo intangível de possibilidades e abre se assim o léxico do imprevisível, a libertação das amarras do condicionamento. Deste processo bipolar, com avanços e recuos, erros e omissões, concordâncias e incongruências começa a nascer o guião, a narrativa que informa e determina as bases do projecto que hão-de dar forma á obra.

Em seguida inicia-se a fase esquizofrénica, de povoamento constante da dúvida, de assombramento do acaso e de confirmação das dificuldades, sejam elas de âmbito negociável (com o cliente, com os organismos reguladores) ou de caracter incontornável.

Aqui recebemos a chamada da razão e somos obrigados a abrir o testamento das intenções que justificam as certezas, os delírios e até o absurdo. Entre a “besta” e o “bestial” vai um passo e é nesta fase que ambos disputam o seu território numa luta até a morte! E é aqui no palco da disputa que o projecto ganha forma e promete a quem ousar questionar, oferecer as repostas e justificações válidas para cada questão que se levanta.

Sejam de âmbito palpável ou não aqui se assumem as diretrizes, os elementos reguladores e linhas de orientação e se constrói a narrativa das intenções á medida das características do projecto.

Olhando para trás já um longo percurso foi decalcado, constituindo uma teia informativa muitas vezes inconsciente de difícil explicação, mas nunca feita “porque apetece”. Este retrocesso no processo configura um recuo no tempo do projecto, um revisitar das memórias que vivem por baixo das linhas, dos traços e se acomodam na cave do pensamento.

Será muito difícil fazer todo o seu registo, mas provavelmente também não interessa, restando então apenas o desejo de que este se possa imortalizar na obra, honrando pois o seu sacrifício e humilde descrição.

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

“Do acaso à explicação”

Categoria:  Artigos de Opinião

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As reticências do processo ensimesmam e sentenciam uma vontade imensurável de liberdade e a transgressão dos limites do constrangimento. Sem que dai advenha uma necessária violação normativa, mas ele próprio o início e principal impulsionador do gesto criativo, inicia-se então a luta interna entre a consciência omnipresente, inocente e descomprometida e o calculista e premeditado acto de racionalização de intenções.

Este primeiro momento que configura o início de um projecto resume em si os extremos da criação, o imperativo incontornável e o táctil processo de libertação próprio do descomprometimento do desenho. Entre os dois nasce um campo intangível de possibilidades e abre se assim o léxico do imprevisível, a libertação das amarras do condicionamento. Deste processo bipolar, com avanços e recuos, erros e omissões, concordâncias e incongruências começa a nascer o guião, a narrativa que informa e determina as bases do projecto que hão-de dar forma á obra.

Em seguida inicia-se a fase esquizofrénica, de povoamento constante da dúvida, de assombramento do acaso e de confirmação das dificuldades, sejam elas de âmbito negociável (com o cliente, com os organismos reguladores) ou de caracter incontornável.

Aqui recebemos a chamada da razão e somos obrigados a abrir o testamento das intenções que justificam as certezas, os delírios e até o absurdo. Entre a “besta” e o “bestial” vai um passo e é nesta fase que ambos disputam o seu território numa luta até a morte! E é aqui no palco da disputa que o projecto ganha forma e promete a quem ousar questionar, oferecer as repostas e justificações válidas para cada questão que se levanta.

Sejam de âmbito palpável ou não aqui se assumem as diretrizes, os elementos reguladores e linhas de orientação e se constrói a narrativa das intenções á medida das características do projecto.

Olhando para trás já um longo percurso foi decalcado, constituindo uma teia informativa muitas vezes inconsciente de difícil explicação, mas nunca feita “porque apetece”. Este retrocesso no processo configura um recuo no tempo do projecto, um revisitar das memórias que vivem por baixo das linhas, dos traços e se acomodam na cave do pensamento.

Será muito difícil fazer todo o seu registo, mas provavelmente também não interessa, restando então apenas o desejo de que este se possa imortalizar na obra, honrando pois o seu sacrifício e humilde descrição.

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As reticências do processo ensimesmam e sentenciam uma vontade imensurável de liberdade e a transgressão dos limites do constrangimento. Sem que dai advenha uma necessária violação normativa, mas ele próprio o início e principal impulsionador do gesto criativo, inicia-se então a luta interna entre a consciência omnipresente, inocente e descomprometida e o calculista e premeditado acto de racionalização de intenções.

Este primeiro momento que configura o início de um projecto resume em si os extremos da criação, o imperativo incontornável e o táctil processo de libertação próprio do descomprometimento do desenho. Entre os dois nasce um campo intangível de possibilidades e abre se assim o léxico do imprevisível, a libertação das amarras do condicionamento. Deste processo bipolar, com avanços e recuos, erros e omissões, concordâncias e incongruências começa a nascer o guião, a narrativa que informa e determina as bases do projecto que hão-de dar forma á obra.

Em seguida inicia-se a fase esquizofrénica, de povoamento constante da dúvida, de assombramento do acaso e de confirmação das dificuldades, sejam elas de âmbito negociável (com o cliente, com os organismos reguladores) ou de caracter incontornável.

Aqui recebemos a chamada da razão e somos obrigados a abrir o testamento das intenções que justificam as certezas, os delírios e até o absurdo. Entre a “besta” e o “bestial” vai um passo e é nesta fase que ambos disputam o seu território numa luta até a morte! E é aqui no palco da disputa que o projecto ganha forma e promete a quem ousar questionar, oferecer as repostas e justificações válidas para cada questão que se levanta.

Sejam de âmbito palpável ou não aqui se assumem as diretrizes, os elementos reguladores e linhas de orientação e se constrói a narrativa das intenções á medida das características do projecto.

Olhando para trás já um longo percurso foi decalcado, constituindo uma teia informativa muitas vezes inconsciente de difícil explicação, mas nunca feita “porque apetece”. Este retrocesso no processo configura um recuo no tempo do projecto, um revisitar das memórias que vivem por baixo das linhas, dos traços e se acomodam na cave do pensamento.

Será muito difícil fazer todo o seu registo, mas provavelmente também não interessa, restando então apenas o desejo de que este se possa imortalizar na obra, honrando pois o seu sacrifício e humilde descrição.