O papel da envolvente na eficiência energética de edifícios:

A eficiência e a certificação energética, as energias renováveis, os equipamentos mecânicos de baixo consumo e as soluções mais ou menos sofisticadas estão na ordem do dia.

A eficiência energética, ou conforto, como gostamos de lhe chamar, começa na arquitectura, quando se define a orientação dos edifícios ao sol e ao vento, o dimensionamento dos vãos, a escolha dos materiais de construção.

A Secil desenvolve técnicas construtivas e materiais adequados para que o conforto fique dentro de casa, ao mesmo tempo que reduz os gastos energéticos com a climatização. Mesmo que estas soluções impliquem um custo adicional inicial, as poupanças mensais são significativas.

O fenómeno da inércia térmica é a capacidade que um corpo tem de conservar calor e a velocidade com que o liberta ou absorve. No caso do betão maciço, tal como nas espessas paredes de alvenarias antigas, a inércia térmica é elevada.

Durante as horas de exposição solar, a absorção é lenta, mantendo o interior das habitações fresco; à noite, quando o ar arrefece, dá-se a transferência de energia acumulada no material, amenizando a temperatura. Esta propriedade está presente nos betões arquitectónicos que podem funcionar como uma pilha de energia solar, seguramente, o sistema de aquecimento mais eficiente.

A construção de edifícios habitacionais com materiais maciços, como o betão e os rebocos, em paredes, pavimentos e coberturas, é que permitem uma relação directa (armazenamento e radiação) com o ambiente interior.

Quando não se verifique esta situação, quer pela natureza dos materiais, quer pela espessura das paredes, deve recorrer-se à aplicação de isolamento com materiais leves para minimizar as perdas energéticas.

O desenvolvimento de soluções técnicas de isolamento térmico é uma área importante da investigação no Grupo Secil. O isolamento térmico adequado permite reduzir perdas de calor no Inverno e o sobreaquecimento no Verão, conseguindo-se uma temperatura mais amena no interior da casa.

Calcula-se que uma elevada percentagem de energia usada para aquecimento no Inverno seja desperdiçada através das paredes, coberturas e pavimentos.

O tratamento de paredes é uma questão a considerar em obras novas e em renovação porque ocupam a maior área em contacto com o exterior.

O revestimento leve sobre a envolvente opaca nova ou existente é a forma de evitar as perdas energéticas através das paredes. Consoante a natureza, forma dos suportes ou gosto pessoal, podem escolher-se múltiplas soluções. Desde os Sistemas compósitos de isolamento térmico pelo exterior (ETICS), também aplicáveis pelo interior, com painéis EPS (esferovite), lã mineral ou aglomerado de cortiça, até às argamassas térmicas, de cimento ou cal hidráulica natural (NHL) que podem, elas próprias, incorporar agregados leves como o EPS ou a cortiça.

A argamassa térmica ISODUR é um produto inovador desenvolvido pela Secil Argamassas, cuja aplicação é feita por projecção, sem limites quanto à forma do suporte, oferecendo melhorias significativas no desempenho térmico dos edifícios.

Para pavimentos e coberturas, existem diversas possibilidades de escolha entre betões e betonilhas leves que aliam o enchimento e regularização ao isolamento térmico. Já nos pavimentos radiantes, é importante garantir a passagem de calor para o interior da habitação, com betonilhas condutoras e impedir as perdas para o exterior com camadas de isolamento.

Por vezes considera-se que quanto mais isolamento melhor, contudo há outros aspectos que devem ser valorizados. O importante é que exista uma continuidade nas características térmicas dos materiais utilizados na envolvente, de forma a evitar a ocorrência de pontes térmicas (vigas, pilares, ombreiras de portas e janelas, por exemplo) que podem resultar em condensações e outras patologias das construções.

Aos edifícios também se aplica a máxima “o que protege o frio, protege o calor”.

Para Mais Informações:

Secil