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Edifício Sede EDP, Porto

Categoria:  ReportagensCategoria:  DestaqueCategoria:  Reportagens > Engenharia

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l2m

Edifício Sede EDP, Porto

O novo edifício Sede da EDP, localizado junto à Casa da Música no coração da cidade do Porto, conta com uma utilização média de 1100 pessoas e representa uma área bruta de, aproximadamente, 22.000m2 para o bloco A e de 11.500m2 para o bloco B, dos quais cerca de 11.000m2 foram destinados a zona de aparcamento subterrâneo. Este edifício é constituído por dois blocos interligados, um perpendicular à Av. da Boavista (edifício A) e o outro paralelo à Rua dos Vanzeres (edifício B), que se desenvolvem em dez pisos - três caves, rés-do-chão e seis andares. Os seis pisos superiores destinam-se aos escritórios, contando com zonas de convívio e compartimentos técnicos como bastidores. As caves destinam-se maioritariamente a aparcamento automóvel. Na cave inferior (piso -3) ficam também localizados espaços técnicos afectos aos serviços do edifício, tais como, as cisternas de água para usos sanitários e para combate a incêndios e os respectivos grupos de bombagem. Na cave superior (piso -1) localiza-se o auditório com capacidade para 280 pessoas, com acesso directo ao lounge pelo exterior através das escadas em cúpula de vidro. O R/C será destinado a estabelecimentos de comércio e serviços, incluindo um ginásio, um restaurante, a cafetaria e sala de exposições da Fundação EDP.

Neste edifício encontra-se patente uma aposta inovação tecnológica pelas diversas soluções aplicadas ao nível da sustentabilidade e eficiência energética, como pelos sistemas de gestão e controlo implantados. É o caso dos painéis foto voltaicos aplicados na cobertura e fachada, das lâminas sombreadoras nas fachadas que modelam a sua posição em função da incidência da radiação solar, do sistema de controlo da iluminação através de dimmers que ajustam o nível da iluminação conforme a luminosidade exterior ou ainda o aproveitamento de água subterrânea para rega automática. Salienta-se também a eficiência dos equipamentos de AVAC utilizados, bem como a utilização de unidades produtoras de água refrigerada e aquecida com recuperação e unidades de tratamento de ar com recuperação por roda térmica.

Produção centralizada de água de aquecimento e de arrefecimento

A produção de água refrigerada e aquecida do edifício A é assegurada por quatro unidades ar/água: três chillers com recuperação, dois de 184kW e um de 329kW, perfazendo um total de potência de arrefecimento de 692kW e de água aquecida recuperada de 382kW, e uma unidade bomba de calor comum a potência de aquecimento de 363kW. Esta última funciona apenas no regime de aquecimento e apenas quando a recuperação das restantes unidades não estiver disponível.

Relativamente ao bloco B, existem três unidades ar/água: dois chillers com recuperação, cada um com uma potência de arrefecimento de 210kW, perfazendo uma potência total de arrefecimento de cerca de 410kW e de água aquecida por recuperação de 457kW, e uma unidade bomba de calor de 324kW, que funciona apenas no regime de aquecimento e apenas quando a recuperação das restantes unidades não estiver disponível.

Estas unidades encontram-se instaladas nas coberturas dos dois edifícios e são responsáveis pela produção simultânea de água refrigerada, num regime de 7/12ºC e de água quente num regime de 45/40ºC, ida e retorno respectivamente (sistema a 4 tubos).

O funcionamento dos equipamentos é gerido de forma automática por microprocessadores incorporados nas unidades que, em função das necessidades da instalação definem em cada momento qual o número de escalões de capacidade e quais os compressores em serviço, com vista à optimização dos consumos energéticos e ao equilíbrio do desgaste das máquinas.

Estes equipamentos estão interligados a colectores de ida e de retorno de água, localizados no interior das respectivas centrais térmicas, a partir dos quais derivam os circuitos hidráulicos secundários relativos às unidades de renovação e tratamento de ar, às unidades terminais de climatização, bem como o apoio ao sistema de aproveitamento solar. Os grupos de bombagem são autónomos de forma a ser possível diferenciar os diversos serviços afectos a este edifício.

Distribuição da água de aquecimento e de arrefecimento

Nas centrais térmicas ficam ainda instalados os restantes equipamentos que a constituem, tal como todas as bombas circuladoras de água, os depósitos de inércia, os vasos de expansão, de cada equipamento de produção de água aquecida e arrefecida e os demais acessórios dos circuitos (manómetros, termómetros, válvulas de equilíbrio de caudais, etc.).

Desta forma, os circuitos primários funcionam em regime de caudal constante, bem como os circuitos secundários das unidades de tratamento de ar novo e de apoio ao sistema solar, sendo que os secundários dos ventilo-covectores serão providos de bombas de circulação com variação de caudal, de forma a ser possível uma maior rentabilização da energia utilizada.

Todos os circuladores de todos os motores apresentam uma eficiência mínima EFF2.

Associada a cada uma das baterias de cada UTAN existirá um conjunto de regulação do caudal de água constituído por uma válvula de três vias, uma válvula de regulação dinâmica de caudal, uma válvula de globo e duas válvulas de corte. As válvulas de três vias são accionadas por um servomotor de acção modulante comandado pelo sistema de gestão técnica centralizado do edifício e em função da temperatura de ida lida através de colocação de sondas de temperatura de conduta.

Condicionamento do ar e ventilação dos locais

Bastidores e Data Centers

Os bastidores informáticos de piso da EDP têm necessidades de arrefecimento na ordem dos 5 a 7kW, sendo que a sua utilização será permanente, idealizou-se um sistema completamente autónomo de expansão directa, VRV.

Os data centers, salas UPS e de baterias são compartimentos técnicos de extrema importância no armazenamento e processamento de dados, pelo a suas condições interiores temperaturas e humidade deverão ser rigorosamente controladas, mesmo em caso de falha de energia. Desta forma, estas condições são garantidas por duas unidades close control refrigerados a água que se encontram no interior dos dois Data Center e os respectivos dry-collers na cobertura, na tota-lidade estes dois sistemas contem com cerca de 95kW de potência de arrefecimento. Em backup destes sistemas existem em redundância dois grupos iguais, instalados apenas para caso de falha ou avaria das unidades master. Estas unidades apresentam alimentação eléctrica socorrida pelos geradores do edifício.

Auditório, Cafetaria, Fundação EDP

A climatização do Auditório, da Cafetaria e da Fundação EDP é assegurada por unidades de tratamento de ar de duplo fluxo, com ventiladores de velocidade variável Plug and Fan, responsabilizando-se pelo aquecimento, arrefecimento e desumidificação, filtragem e renovação do ar ambiente.

Tomando em consideração que estes compartimentos apresentam um padrão de utilização não permanente e até aleatório e, que por outro lado, pode apresentar elevada carga interna de arrefecimento devida ao número de ocupantes, é previsível que haja necessidade de arrefecimento ambiente, mesmo quando a temperatura exterior é relativamente baixa, pelo que as UTAs são equipadas com módulo de free-cooling, permitindo assim realizar o arrefecimento ambiente sem dispêndio de energia na produção de frio. Por outro lado, a quantidade de ar novo é modulada em função da leitura da qualidade do ar interior da sala, mediante a leitura de sensores de monóxido de carbono associados a registos de caudal motorizados modulantes, com o objectivo de limitar o caudal de ar novo ao valor mínimo necessário para garantir as condições de salubridade da sala e assim reduzir os gastos energéticos do sistema de climatização.

Com vista a diminuir os custos operacionais de energia da instalação a unidade de tratamento de ar é dotada de recuperador de calor do tipo roda térmica que assegura o aproveitamento parcial da energia rejeitada no ar extraído dos espaços interiores, transferindo-o para o ar novo admitido.

Escritórios

Cada piso de escritórios tem cerca de 43 ventilo-convectores no caso do bloco A e 32 no bloco B, são unidades de baixo perfil, do tipo horizontal, próprias para instalação em tecto falso, de ligação a condutas e respectivas grelhas lineares e difusores circulares. A cada unidade está associado a um termóstato individual, de modo a permitir que nesta divisão só funcione a climatização caso esta esteja ocupada, e a permitir igualmente pequenos acertos de temperatura consoante as necessidades exigentes e a sensibilidade das próprias pessoas afectas a essa divisão.

Paralelamente à climatização, assegurada pelos ventilo-convectores, existe um sistema de renovação de ar constituído por unidades de recuperação e ventilação e quatro unidades de tratamento de ar novo 100% (UTAN), do tipo modular, com ventiladores plug fan, assegurando o arrefecimento/aquecimento e a filtragem, associada a uma rede de condutas de distribuição desde a unidade até cada um dos espaços. Também estas unidades contam variação de velocidade dos ventiladores e com um módulo de recuperação de energia, por roda térmica, no bloco A de cerca de 220kW e no bloco B de cerca de 115kW.

Gabinete Projectista:

Sediadas em Matosinhos, as empresas Loureiro & Machado –Serviços de Engenharia, Lda (L2M) e Machado, Trindade & Silva, Lda (e3e) contam com uma equipa técnica orientada para a evolução tecnológica e para os novos desafios energéticos. Surgem da associação dos seus sócios gerentes, Miguel Loureiro e Alexandre Machado, licenciados em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Peritos Qualificados reconhecidos pela Adene.

Estas duas empresas nascem com propósitos bem demarcados na área de projecto e consultadoria (L2M) e na área de certificação e manutenção de edifícios (e3e), partilhando o mesmo espaço e corpo técnico como forma de garantir um serviço de excelência, tendo como preocupação primordial a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental dos espaços que nos rodeiam.

O gabinete encontra-se vocacionado para a consultadoria e elaboração de estudos e projectos nas diversas áreas temáticas de engenharia: Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado, Energias Alternativas, Desenfumagem, Electricidade e telecomunicações, Acústica, Segurança Contra Incêndios, Gases Medicinais, Ar Comprimido, Águas e Esgotos.

As suas competências estendem-se para as áreas da certificação e auditoria energética nas várias vertentes do SCE, fiscalização de obras, manutenção, reparação de sistemas já existentes, ensaios de análises técnicas e laboratoriais da qualidade do ar interior e águas.

A sua experiência e evolução baseiam-se na preocupação contínua e acompanhamento directo de todo o processo, fornecendo um serviço personalizado e de qualidade, desde a fase do anteprojecto, onde serão alvo de reflexão os sistemas mais eficientes, passando pela fase final de projecto, onde serão optimizados e apresentados com o máximo de rigor todas as soluções preconizadas, até à fase de fiscalização e certificação da obra.

Áreas de intervenção

O portfolio de projectos, obras, consultadorias e certificações diversifica-se em vários sectores no território nacional, bem como no continente africano, desde complexos empresariais, edifícios de serviços a hospitais, unidades de saúde e repouso, bem como escolas públicas e privadas, empreendimentos turísticos, restauração e hotelaria, armazéns e lojas comerciais, instalações industriais, complexos de habitação colectiva, moradias unifamiliares.

A L2M e a e3e, actuam em três grandes áreas:

Elaboração de projectos de especialidades, nomeadamente:

  • Projecto de climatização – RSECE e respectiva DCR
  • Projectos de electricidade e de Ited
  • Projectos Segurança contra incêndio

Eficiência energética:

  • Auditorias energéticas
  • Certificação energética e da qualidade do ar
  • Simulação detalhada do comportamento dos edifícios
  • Cálculo dos custos de exploração associados a diferentes opções de projecto
  • Avaliações acústicas e respectivas certificações

Fiscalização

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Contacto

Ângela Leitão

aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

Edifício Sede EDP, Porto

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Edifício Sede EDP, Porto

O novo edifício Sede da EDP, localizado junto à Casa da Música no coração da cidade do Porto, conta com uma utilização média de 1100 pessoas e representa uma área bruta de, aproximadamente, 22.000m2 para o bloco A e de 11.500m2 para o bloco B, dos quais cerca de 11.000m2 foram destinados a zona de aparcamento subterrâneo. Este edifício é constituído por dois blocos interligados, um perpendicular à Av. da Boavista (edifício A) e o outro paralelo à Rua dos Vanzeres (edifício B), que se desenvolvem em dez pisos - três caves, rés-do-chão e seis andares. Os seis pisos superiores destinam-se aos escritórios, contando com zonas de convívio e compartimentos técnicos como bastidores. As caves destinam-se maioritariamente a aparcamento automóvel. Na cave inferior (piso -3) ficam também localizados espaços técnicos afectos aos serviços do edifício, tais como, as cisternas de água para usos sanitários e para combate a incêndios e os respectivos grupos de bombagem. Na cave superior (piso -1) localiza-se o auditório com capacidade para 280 pessoas, com acesso directo ao lounge pelo exterior através das escadas em cúpula de vidro. O R/C será destinado a estabelecimentos de comércio e serviços, incluindo um ginásio, um restaurante, a cafetaria e sala de exposições da Fundação EDP.

Neste edifício encontra-se patente uma aposta inovação tecnológica pelas diversas soluções aplicadas ao nível da sustentabilidade e eficiência energética, como pelos sistemas de gestão e controlo implantados. É o caso dos painéis foto voltaicos aplicados na cobertura e fachada, das lâminas sombreadoras nas fachadas que modelam a sua posição em função da incidência da radiação solar, do sistema de controlo da iluminação através de dimmers que ajustam o nível da iluminação conforme a luminosidade exterior ou ainda o aproveitamento de água subterrânea para rega automática. Salienta-se também a eficiência dos equipamentos de AVAC utilizados, bem como a utilização de unidades produtoras de água refrigerada e aquecida com recuperação e unidades de tratamento de ar com recuperação por roda térmica.

Produção centralizada de água de aquecimento e de arrefecimento

A produção de água refrigerada e aquecida do edifício A é assegurada por quatro unidades ar/água: três chillers com recuperação, dois de 184kW e um de 329kW, perfazendo um total de potência de arrefecimento de 692kW e de água aquecida recuperada de 382kW, e uma unidade bomba de calor comum a potência de aquecimento de 363kW. Esta última funciona apenas no regime de aquecimento e apenas quando a recuperação das restantes unidades não estiver disponível.

Relativamente ao bloco B, existem três unidades ar/água: dois chillers com recuperação, cada um com uma potência de arrefecimento de 210kW, perfazendo uma potência total de arrefecimento de cerca de 410kW e de água aquecida por recuperação de 457kW, e uma unidade bomba de calor de 324kW, que funciona apenas no regime de aquecimento e apenas quando a recuperação das restantes unidades não estiver disponível.

Estas unidades encontram-se instaladas nas coberturas dos dois edifícios e são responsáveis pela produção simultânea de água refrigerada, num regime de 7/12ºC e de água quente num regime de 45/40ºC, ida e retorno respectivamente (sistema a 4 tubos).

O funcionamento dos equipamentos é gerido de forma automática por microprocessadores incorporados nas unidades que, em função das necessidades da instalação definem em cada momento qual o número de escalões de capacidade e quais os compressores em serviço, com vista à optimização dos consumos energéticos e ao equilíbrio do desgaste das máquinas.

Estes equipamentos estão interligados a colectores de ida e de retorno de água, localizados no interior das respectivas centrais térmicas, a partir dos quais derivam os circuitos hidráulicos secundários relativos às unidades de renovação e tratamento de ar, às unidades terminais de climatização, bem como o apoio ao sistema de aproveitamento solar. Os grupos de bombagem são autónomos de forma a ser possível diferenciar os diversos serviços afectos a este edifício.

Distribuição da água de aquecimento e de arrefecimento

Nas centrais térmicas ficam ainda instalados os restantes equipamentos que a constituem, tal como todas as bombas circuladoras de água, os depósitos de inércia, os vasos de expansão, de cada equipamento de produção de água aquecida e arrefecida e os demais acessórios dos circuitos (manómetros, termómetros, válvulas de equilíbrio de caudais, etc.).

Desta forma, os circuitos primários funcionam em regime de caudal constante, bem como os circuitos secundários das unidades de tratamento de ar novo e de apoio ao sistema solar, sendo que os secundários dos ventilo-covectores serão providos de bombas de circulação com variação de caudal, de forma a ser possível uma maior rentabilização da energia utilizada.

Todos os circuladores de todos os motores apresentam uma eficiência mínima EFF2.

Associada a cada uma das baterias de cada UTAN existirá um conjunto de regulação do caudal de água constituído por uma válvula de três vias, uma válvula de regulação dinâmica de caudal, uma válvula de globo e duas válvulas de corte. As válvulas de três vias são accionadas por um servomotor de acção modulante comandado pelo sistema de gestão técnica centralizado do edifício e em função da temperatura de ida lida através de colocação de sondas de temperatura de conduta.

Condicionamento do ar e ventilação dos locais

Bastidores e Data Centers

Os bastidores informáticos de piso da EDP têm necessidades de arrefecimento na ordem dos 5 a 7kW, sendo que a sua utilização será permanente, idealizou-se um sistema completamente autónomo de expansão directa, VRV.

Os data centers, salas UPS e de baterias são compartimentos técnicos de extrema importância no armazenamento e processamento de dados, pelo a suas condições interiores temperaturas e humidade deverão ser rigorosamente controladas, mesmo em caso de falha de energia. Desta forma, estas condições são garantidas por duas unidades close control refrigerados a água que se encontram no interior dos dois Data Center e os respectivos dry-collers na cobertura, na tota-lidade estes dois sistemas contem com cerca de 95kW de potência de arrefecimento. Em backup destes sistemas existem em redundância dois grupos iguais, instalados apenas para caso de falha ou avaria das unidades master. Estas unidades apresentam alimentação eléctrica socorrida pelos geradores do edifício.

Auditório, Cafetaria, Fundação EDP

A climatização do Auditório, da Cafetaria e da Fundação EDP é assegurada por unidades de tratamento de ar de duplo fluxo, com ventiladores de velocidade variável Plug and Fan, responsabilizando-se pelo aquecimento, arrefecimento e desumidificação, filtragem e renovação do ar ambiente.

Tomando em consideração que estes compartimentos apresentam um padrão de utilização não permanente e até aleatório e, que por outro lado, pode apresentar elevada carga interna de arrefecimento devida ao número de ocupantes, é previsível que haja necessidade de arrefecimento ambiente, mesmo quando a temperatura exterior é relativamente baixa, pelo que as UTAs são equipadas com módulo de free-cooling, permitindo assim realizar o arrefecimento ambiente sem dispêndio de energia na produção de frio. Por outro lado, a quantidade de ar novo é modulada em função da leitura da qualidade do ar interior da sala, mediante a leitura de sensores de monóxido de carbono associados a registos de caudal motorizados modulantes, com o objectivo de limitar o caudal de ar novo ao valor mínimo necessário para garantir as condições de salubridade da sala e assim reduzir os gastos energéticos do sistema de climatização.

Com vista a diminuir os custos operacionais de energia da instalação a unidade de tratamento de ar é dotada de recuperador de calor do tipo roda térmica que assegura o aproveitamento parcial da energia rejeitada no ar extraído dos espaços interiores, transferindo-o para o ar novo admitido.

Escritórios

Cada piso de escritórios tem cerca de 43 ventilo-convectores no caso do bloco A e 32 no bloco B, são unidades de baixo perfil, do tipo horizontal, próprias para instalação em tecto falso, de ligação a condutas e respectivas grelhas lineares e difusores circulares. A cada unidade está associado a um termóstato individual, de modo a permitir que nesta divisão só funcione a climatização caso esta esteja ocupada, e a permitir igualmente pequenos acertos de temperatura consoante as necessidades exigentes e a sensibilidade das próprias pessoas afectas a essa divisão.

Paralelamente à climatização, assegurada pelos ventilo-convectores, existe um sistema de renovação de ar constituído por unidades de recuperação e ventilação e quatro unidades de tratamento de ar novo 100% (UTAN), do tipo modular, com ventiladores plug fan, assegurando o arrefecimento/aquecimento e a filtragem, associada a uma rede de condutas de distribuição desde a unidade até cada um dos espaços. Também estas unidades contam variação de velocidade dos ventiladores e com um módulo de recuperação de energia, por roda térmica, no bloco A de cerca de 220kW e no bloco B de cerca de 115kW.

Gabinete Projectista:

Sediadas em Matosinhos, as empresas Loureiro & Machado –Serviços de Engenharia, Lda (L2M) e Machado, Trindade & Silva, Lda (e3e) contam com uma equipa técnica orientada para a evolução tecnológica e para os novos desafios energéticos. Surgem da associação dos seus sócios gerentes, Miguel Loureiro e Alexandre Machado, licenciados em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Peritos Qualificados reconhecidos pela Adene.

Estas duas empresas nascem com propósitos bem demarcados na área de projecto e consultadoria (L2M) e na área de certificação e manutenção de edifícios (e3e), partilhando o mesmo espaço e corpo técnico como forma de garantir um serviço de excelência, tendo como preocupação primordial a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental dos espaços que nos rodeiam.

O gabinete encontra-se vocacionado para a consultadoria e elaboração de estudos e projectos nas diversas áreas temáticas de engenharia: Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado, Energias Alternativas, Desenfumagem, Electricidade e telecomunicações, Acústica, Segurança Contra Incêndios, Gases Medicinais, Ar Comprimido, Águas e Esgotos.

As suas competências estendem-se para as áreas da certificação e auditoria energética nas várias vertentes do SCE, fiscalização de obras, manutenção, reparação de sistemas já existentes, ensaios de análises técnicas e laboratoriais da qualidade do ar interior e águas.

A sua experiência e evolução baseiam-se na preocupação contínua e acompanhamento directo de todo o processo, fornecendo um serviço personalizado e de qualidade, desde a fase do anteprojecto, onde serão alvo de reflexão os sistemas mais eficientes, passando pela fase final de projecto, onde serão optimizados e apresentados com o máximo de rigor todas as soluções preconizadas, até à fase de fiscalização e certificação da obra.

Áreas de intervenção

O portfolio de projectos, obras, consultadorias e certificações diversifica-se em vários sectores no território nacional, bem como no continente africano, desde complexos empresariais, edifícios de serviços a hospitais, unidades de saúde e repouso, bem como escolas públicas e privadas, empreendimentos turísticos, restauração e hotelaria, armazéns e lojas comerciais, instalações industriais, complexos de habitação colectiva, moradias unifamiliares.

A L2M e a e3e, actuam em três grandes áreas:

Elaboração de projectos de especialidades, nomeadamente:

  • Projecto de climatização – RSECE e respectiva DCR
  • Projectos de electricidade e de Ited
  • Projectos Segurança contra incêndio

Eficiência energética:

  • Auditorias energéticas
  • Certificação energética e da qualidade do ar
  • Simulação detalhada do comportamento dos edifícios
  • Cálculo dos custos de exploração associados a diferentes opções de projecto
  • Avaliações acústicas e respectivas certificações

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Edifício Sede EDP, Porto

O novo edifício Sede da EDP, localizado junto à Casa da Música no coração da cidade do Porto, conta com uma utilização média de 1100 pessoas e representa uma área bruta de, aproximadamente, 22.000m2 para o bloco A e de 11.500m2 para o bloco B, dos quais cerca de 11.000m2 foram destinados a zona de aparcamento subterrâneo. Este edifício é constituído por dois blocos interligados, um perpendicular à Av. da Boavista (edifício A) e o outro paralelo à Rua dos Vanzeres (edifício B), que se desenvolvem em dez pisos - três caves, rés-do-chão e seis andares. Os seis pisos superiores destinam-se aos escritórios, contando com zonas de convívio e compartimentos técnicos como bastidores. As caves destinam-se maioritariamente a aparcamento automóvel. Na cave inferior (piso -3) ficam também localizados espaços técnicos afectos aos serviços do edifício, tais como, as cisternas de água para usos sanitários e para combate a incêndios e os respectivos grupos de bombagem. Na cave superior (piso -1) localiza-se o auditório com capacidade para 280 pessoas, com acesso directo ao lounge pelo exterior através das escadas em cúpula de vidro. O R/C será destinado a estabelecimentos de comércio e serviços, incluindo um ginásio, um restaurante, a cafetaria e sala de exposições da Fundação EDP.

Neste edifício encontra-se patente uma aposta inovação tecnológica pelas diversas soluções aplicadas ao nível da sustentabilidade e eficiência energética, como pelos sistemas de gestão e controlo implantados. É o caso dos painéis foto voltaicos aplicados na cobertura e fachada, das lâminas sombreadoras nas fachadas que modelam a sua posição em função da incidência da radiação solar, do sistema de controlo da iluminação através de dimmers que ajustam o nível da iluminação conforme a luminosidade exterior ou ainda o aproveitamento de água subterrânea para rega automática. Salienta-se também a eficiência dos equipamentos de AVAC utilizados, bem como a utilização de unidades produtoras de água refrigerada e aquecida com recuperação e unidades de tratamento de ar com recuperação por roda térmica.

Produção centralizada de água de aquecimento e de arrefecimento

A produção de água refrigerada e aquecida do edifício A é assegurada por quatro unidades ar/água: três chillers com recuperação, dois de 184kW e um de 329kW, perfazendo um total de potência de arrefecimento de 692kW e de água aquecida recuperada de 382kW, e uma unidade bomba de calor comum a potência de aquecimento de 363kW. Esta última funciona apenas no regime de aquecimento e apenas quando a recuperação das restantes unidades não estiver disponível.

Relativamente ao bloco B, existem três unidades ar/água: dois chillers com recuperação, cada um com uma potência de arrefecimento de 210kW, perfazendo uma potência total de arrefecimento de cerca de 410kW e de água aquecida por recuperação de 457kW, e uma unidade bomba de calor de 324kW, que funciona apenas no regime de aquecimento e apenas quando a recuperação das restantes unidades não estiver disponível.

Estas unidades encontram-se instaladas nas coberturas dos dois edifícios e são responsáveis pela produção simultânea de água refrigerada, num regime de 7/12ºC e de água quente num regime de 45/40ºC, ida e retorno respectivamente (sistema a 4 tubos).

O funcionamento dos equipamentos é gerido de forma automática por microprocessadores incorporados nas unidades que, em função das necessidades da instalação definem em cada momento qual o número de escalões de capacidade e quais os compressores em serviço, com vista à optimização dos consumos energéticos e ao equilíbrio do desgaste das máquinas.

Estes equipamentos estão interligados a colectores de ida e de retorno de água, localizados no interior das respectivas centrais térmicas, a partir dos quais derivam os circuitos hidráulicos secundários relativos às unidades de renovação e tratamento de ar, às unidades terminais de climatização, bem como o apoio ao sistema de aproveitamento solar. Os grupos de bombagem são autónomos de forma a ser possível diferenciar os diversos serviços afectos a este edifício.

Distribuição da água de aquecimento e de arrefecimento

Nas centrais térmicas ficam ainda instalados os restantes equipamentos que a constituem, tal como todas as bombas circuladoras de água, os depósitos de inércia, os vasos de expansão, de cada equipamento de produção de água aquecida e arrefecida e os demais acessórios dos circuitos (manómetros, termómetros, válvulas de equilíbrio de caudais, etc.).

Desta forma, os circuitos primários funcionam em regime de caudal constante, bem como os circuitos secundários das unidades de tratamento de ar novo e de apoio ao sistema solar, sendo que os secundários dos ventilo-covectores serão providos de bombas de circulação com variação de caudal, de forma a ser possível uma maior rentabilização da energia utilizada.

Todos os circuladores de todos os motores apresentam uma eficiência mínima EFF2.

Associada a cada uma das baterias de cada UTAN existirá um conjunto de regulação do caudal de água constituído por uma válvula de três vias, uma válvula de regulação dinâmica de caudal, uma válvula de globo e duas válvulas de corte. As válvulas de três vias são accionadas por um servomotor de acção modulante comandado pelo sistema de gestão técnica centralizado do edifício e em função da temperatura de ida lida através de colocação de sondas de temperatura de conduta.

Condicionamento do ar e ventilação dos locais

Bastidores e Data Centers

Os bastidores informáticos de piso da EDP têm necessidades de arrefecimento na ordem dos 5 a 7kW, sendo que a sua utilização será permanente, idealizou-se um sistema completamente autónomo de expansão directa, VRV.

Os data centers, salas UPS e de baterias são compartimentos técnicos de extrema importância no armazenamento e processamento de dados, pelo a suas condições interiores temperaturas e humidade deverão ser rigorosamente controladas, mesmo em caso de falha de energia. Desta forma, estas condições são garantidas por duas unidades close control refrigerados a água que se encontram no interior dos dois Data Center e os respectivos dry-collers na cobertura, na tota-lidade estes dois sistemas contem com cerca de 95kW de potência de arrefecimento. Em backup destes sistemas existem em redundância dois grupos iguais, instalados apenas para caso de falha ou avaria das unidades master. Estas unidades apresentam alimentação eléctrica socorrida pelos geradores do edifício.

Auditório, Cafetaria, Fundação EDP

A climatização do Auditório, da Cafetaria e da Fundação EDP é assegurada por unidades de tratamento de ar de duplo fluxo, com ventiladores de velocidade variável Plug and Fan, responsabilizando-se pelo aquecimento, arrefecimento e desumidificação, filtragem e renovação do ar ambiente.

Tomando em consideração que estes compartimentos apresentam um padrão de utilização não permanente e até aleatório e, que por outro lado, pode apresentar elevada carga interna de arrefecimento devida ao número de ocupantes, é previsível que haja necessidade de arrefecimento ambiente, mesmo quando a temperatura exterior é relativamente baixa, pelo que as UTAs são equipadas com módulo de free-cooling, permitindo assim realizar o arrefecimento ambiente sem dispêndio de energia na produção de frio. Por outro lado, a quantidade de ar novo é modulada em função da leitura da qualidade do ar interior da sala, mediante a leitura de sensores de monóxido de carbono associados a registos de caudal motorizados modulantes, com o objectivo de limitar o caudal de ar novo ao valor mínimo necessário para garantir as condições de salubridade da sala e assim reduzir os gastos energéticos do sistema de climatização.

Com vista a diminuir os custos operacionais de energia da instalação a unidade de tratamento de ar é dotada de recuperador de calor do tipo roda térmica que assegura o aproveitamento parcial da energia rejeitada no ar extraído dos espaços interiores, transferindo-o para o ar novo admitido.

Escritórios

Cada piso de escritórios tem cerca de 43 ventilo-convectores no caso do bloco A e 32 no bloco B, são unidades de baixo perfil, do tipo horizontal, próprias para instalação em tecto falso, de ligação a condutas e respectivas grelhas lineares e difusores circulares. A cada unidade está associado a um termóstato individual, de modo a permitir que nesta divisão só funcione a climatização caso esta esteja ocupada, e a permitir igualmente pequenos acertos de temperatura consoante as necessidades exigentes e a sensibilidade das próprias pessoas afectas a essa divisão.

Paralelamente à climatização, assegurada pelos ventilo-convectores, existe um sistema de renovação de ar constituído por unidades de recuperação e ventilação e quatro unidades de tratamento de ar novo 100% (UTAN), do tipo modular, com ventiladores plug fan, assegurando o arrefecimento/aquecimento e a filtragem, associada a uma rede de condutas de distribuição desde a unidade até cada um dos espaços. Também estas unidades contam variação de velocidade dos ventiladores e com um módulo de recuperação de energia, por roda térmica, no bloco A de cerca de 220kW e no bloco B de cerca de 115kW.

Gabinete Projectista:

Sediadas em Matosinhos, as empresas Loureiro & Machado –Serviços de Engenharia, Lda (L2M) e Machado, Trindade & Silva, Lda (e3e) contam com uma equipa técnica orientada para a evolução tecnológica e para os novos desafios energéticos. Surgem da associação dos seus sócios gerentes, Miguel Loureiro e Alexandre Machado, licenciados em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Peritos Qualificados reconhecidos pela Adene.

Estas duas empresas nascem com propósitos bem demarcados na área de projecto e consultadoria (L2M) e na área de certificação e manutenção de edifícios (e3e), partilhando o mesmo espaço e corpo técnico como forma de garantir um serviço de excelência, tendo como preocupação primordial a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental dos espaços que nos rodeiam.

O gabinete encontra-se vocacionado para a consultadoria e elaboração de estudos e projectos nas diversas áreas temáticas de engenharia: Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado, Energias Alternativas, Desenfumagem, Electricidade e telecomunicações, Acústica, Segurança Contra Incêndios, Gases Medicinais, Ar Comprimido, Águas e Esgotos.

As suas competências estendem-se para as áreas da certificação e auditoria energética nas várias vertentes do SCE, fiscalização de obras, manutenção, reparação de sistemas já existentes, ensaios de análises técnicas e laboratoriais da qualidade do ar interior e águas.

A sua experiência e evolução baseiam-se na preocupação contínua e acompanhamento directo de todo o processo, fornecendo um serviço personalizado e de qualidade, desde a fase do anteprojecto, onde serão alvo de reflexão os sistemas mais eficientes, passando pela fase final de projecto, onde serão optimizados e apresentados com o máximo de rigor todas as soluções preconizadas, até à fase de fiscalização e certificação da obra.

Áreas de intervenção

O portfolio de projectos, obras, consultadorias e certificações diversifica-se em vários sectores no território nacional, bem como no continente africano, desde complexos empresariais, edifícios de serviços a hospitais, unidades de saúde e repouso, bem como escolas públicas e privadas, empreendimentos turísticos, restauração e hotelaria, armazéns e lojas comerciais, instalações industriais, complexos de habitação colectiva, moradias unifamiliares.

A L2M e a e3e, actuam em três grandes áreas:

Elaboração de projectos de especialidades, nomeadamente:

  • Projecto de climatização – RSECE e respectiva DCR
  • Projectos de electricidade e de Ited
  • Projectos Segurança contra incêndio

Eficiência energética:

  • Auditorias energéticas
  • Certificação energética e da qualidade do ar
  • Simulação detalhada do comportamento dos edifícios
  • Cálculo dos custos de exploração associados a diferentes opções de projecto
  • Avaliações acústicas e respectivas certificações

Fiscalização